Er... Tem filmes que são tão ruins que ficam bons. Não é o caso. Destaque pra trilha sonora de joguinhos do Atari e as cenas finais, que poderiam ter contado com a participação do Macaulay Culkin, se ele fosse nascido na época.
Final bom demais. Fiquei na torcida pra que não tivesse nenhuma liçãozinha de moral ou recomendação à Bíblia. Ao invés disso, ficou a pergunta no ar: quais três livros você levaria?
Pô, tirando o Van Helsing bobo-da-corte, eu gostei bastante. Só esses atores famosões que, pra mim, atrapalham um pouco, também. Acho que muita gente considera isso como um ponto positivo em filmes, mas eu fico lembrando de outros personagens, aí tira a seriedade de qualquer filme. Eu tava meio que rindo mentalmente porque o Neo tava vendendo um imóvel pro Conde Drácula, por exemplo. Mas achei fodão! Clima massa no início do filme, nem parece ser "recente".
"Para mim, as pessoas são como lobos". Uma pessoa que resistiu a 15 anos de solidão absoluta, num porão escuro, sem nem entender como a água e o pão surgiam (eram colocados somente enquanto ele dormia), sobreviveu pouco mais de 4 anos em sociedade. Pra quem tiver interesse, uma parte da história nas palavras do próprio Kaspar Hauser:
Vi esse filme duas vezes seguidas. Primeiro porque, de início, quase sempre fico disperso. Tem filme que acaba me prendendo, outros não, e esse demorou um pouco pra conseguir isso. Segundo que só se entende um pouco as motivações do Jacek, e algumas referências à fatos anteriores ao filme, depois deste já estar bem adiantado. Não que o filme use aquele clichê de voltar no tempo depois de um fato marcante. A ordem cronológica utilizada aqui é a "correta", mesmo. Mas a conversa de Jacek com seu advogado, ainda que revele pouco sobre a vida do personagem - não se sabe onde e com quem ele vive, se trabalha e o que faz além de andar pela cidade sozinho - faz com que quem assiste ao filme chegue a sentir empatia pelo rapaz.
Uma coisa que me chamou a atenção, por exemplo, foi que o único sorriso verdadeiro dado por ele foi logo após ter feito duas menininhas rirem, enquanto se preparava pra matar o taxista. Mais tarde, ele contaria ao advogado que deixou a casa dos pais depois que a irmã, de 12 anos, foi atropelada por um amigo com quem estava bebendo. E que tudo poderia ser diferente se ela estivesse viva. Isso me fez pensar que, com uma história de vida diferente, as pessoas que se preparavam pra executá-lo poderiam ter cometido um crime parecido. Talvez teriam matado o mesmo taxista. Mas elas poderiam ser consideradas a mesma pessoa se tivessem outra história de vida? Claro, há que se levar em consideração a genética da pessoa. Alguém com um perfil psicológico predominantemente melancólico provavelmente iria prefirir o suicídio ao homicídio. Mas o nosso personagem principal não é um sujeito expansivo, um valentão que fala alto e chutaria a porta de um bar, ao entrar. E nem é um cara frio, como diz a sinopse. Ele é, isso sim, extremamente ressentido com todos, talvez por não conseguir se encaixar em lugar algum. Na cena do assassinato, me dava a impressão que ele não teria força, e nem coragem, pra pôr em prática o que planejou. Seria dito, depois, que Jacek tem apenas vinte anos. Além disso, o protagonista tem uma aparência frágil. É provável que, como eu, quem assistir ao filme torça pra que ele consiga matar logo o taxista (até porque o espectador é levado a sentir antipatia por este). Jacek consegue, mas em meio a ânsias de vômito e choramingos. É como se ele esperasse que a morte não se mostrasse tão feia à ele. É claro que nenhum filme tem a obrigação de ser fiel à realidade, e a maioria nem é. Mas será que, dada às circunstâncias, qualquer um seria capaz de matar? Jacek não me pareceu o assassino mais provável. Ao fim do filme, se tem a impressão de que a execução dele não faz o menor sentido. Não é algo limpo - um indivíduo perigoso sendo eliminado para a segurança bem da sociedade. A execução de Jacek foi algo mais pesado de se assistir do que o assassinato do taxista. Talvez pela diferença entre os dois. Um, o rapaz sem amigos, de olhar triste e que desconta sua tristeza com uma conduta antissocial. O outro, um adulto arrogante, com esposa, e que dispensa a companhia do restante. Ainda que a execução, em si, tenha sido algo rápido, toda a tensão que a antecedeu, o fato de saber que iria morrer e nada poderia ser feito, chegando a não conseguir dar o passo que o faria sair da cela, geraram um sofrimento psicológico infitamente maior. A morte do rapaz perde todo o sentido pra quem a assiste.
O paralelo entre a rotina do personagem principal e o seu futuro advogado dão uma certa revolta, também. Enfim, o filme me levou a pensar sobre que circunstâncias poderiam diferenciar um cidadão exemplar de um sujeito marginalizado que chegue ao ponto que Jacek chegou. Talvez qualquer um possa matar em circunstâncias extremas. E, por circunstâncias extremas, não é preciso se pensar em legítima defesa, ou em alguém que matar pra proteger um filho, ou qualquer outro clichê. Não há como conhecer o mundo interno de um sujeito. Ao menos, não com um aperto de mão e um desinteressado "tudo bem?". Não que, durante todo o filme, alguém faça isso pelo protagonista. Enfim, é tanta coisa que pode ser dita partindo desse filme... Normalmente, não sinto necessidade de comentar sobre filmes que eu vejo, por mais que eu goste. E, também, não costumo gostar de dramas. Mas me peguei pensando nesse filme hoje. Ficam aí as minhas impressões sobre ele, rere.
Encaixotando Helena
3.1 307Tsc, achei que tivesse encontrado um filme corajoso.
Foi até bem montada a trama, na minha opinião. A Helena desperta o misógino que existe em cada um
a cena do atropelamento dela foi acompanha por um "UHUUUULL!" meu, aliás
Antes de descobrir que era só um sonho, tava empolgado com o filme. A Helena acabou parecida com uma obra do Joel-Peter Witkin, só que viva.
Mas o final politicamente correto... me brochou demais. Não deveria ter assistido ao filme todo, eu ia gostar bem mais dele.
Aniversário Macabro
3.1 233 Assista AgoraEr...
Tem filmes que são tão ruins que ficam bons. Não é o caso.
Destaque pra trilha sonora de joguinhos do Atari e as cenas finais, que poderiam ter contado com a participação do Macaulay Culkin, se ele fosse nascido na época.
Em Nome do Amor
3.3 19AHUHAUUAHUHAUEU
Fuga do Século 23
3.5 72O sonho de todo desajustado.
Logan's Run
3.6 12Puta que pariu, lá vem merda.
A Noite do Terror Cego
3.3 63Pô, eu tava antecipando um final fodão e me decepcionei.
Quiseram econimizar no sangue com aquela foto se distanciando? Que mierda. Achei que os templários iam esperar os vagões encherem e tal.
Snatch: Porcos e Diamantes
4.2 1,1K Assista AgoraPuta filme leite com pera.
Stalker
4.3 504 Assista AgoraBaixei o filme errado, não é possível.
Não Amarás
4.2 297 Assista AgoraSegundo filme do Kieslowski que vejo. Algumas cenas, de ambos, me deram um mal estar que um The Ync não conseguiu. Fodão.
Amor Carnal
3.8 101Dá pra se divertir mais com os comentários do que com o curta. HAUHAUH
A Máquina do Tempo
3.9 102 Assista AgoraQue coisa mais foda! Só não dou as cinco estrelas pelas cenas de luta, que são toscas.
Final bom demais. Fiquei na torcida pra que não tivesse nenhuma liçãozinha de moral ou recomendação à Bíblia. Ao invés disso, ficou a pergunta no ar: quais três livros você levaria?
O Diabo no Convento
4.0 23Pô, eu tava felizão achando que o Diabo ia botar o convento abaixo. :\
Alice
4.1 265Preciso ver mais coisas desse cara. :O
Prokofiev: O Diário Inacabado
1Tô vendo que não vou achar nunca. :T
Copycat: A Vida Imita a Morte
3.5 168 Assista AgoraEstragando um filme nos quinze minutos finais.
Sério, que porra de luta foi aquela com a psiquiatra e o serial killer?
Teve até spray nos olhos, HAUHAUA. Só faltou entrar o Didi com um extintor.
Turista Espacial
4.3 236Esperava um filme bem mais inteligente. Mas é legalzinho, vai.
O Vingador Tóxico
3.7 215Mussorgsky na trilha sonora! \o/
Drácula de Bram Stoker
4.0 1,4K Assista AgoraPô, tirando o Van Helsing bobo-da-corte, eu gostei bastante.
Só esses atores famosões que, pra mim, atrapalham um pouco, também.
Acho que muita gente considera isso como um ponto positivo em filmes, mas eu fico lembrando de outros personagens, aí tira a seriedade de qualquer filme. Eu tava meio que rindo mentalmente porque o Neo tava vendendo um imóvel pro Conde Drácula, por exemplo.
Mas achei fodão! Clima massa no início do filme, nem parece ser "recente".
A parte em que a sombra do Drácula enforca o "Neo" sem que ele perceba eu achei muito bem pensada. :D
Bem boladom, bem boladommmm.
Dom
2.5 167Filme até legal. O pessoal deve meter o pau só porque é BRBRBR HUEHUEHUE GIVE MONI PLS.
O Gabinete do Dr. Caligari
4.3 524 Assista AgoraDemorei pra me dar conta de que esse filme tem quase cem anos. o.o
Orgasmo
3.0 41I don't wanna sound like a queer or nothin', but I think Orgazmo is a sweet movie.
O Enigma de Kaspar Hauser
4.0 328"Para mim, as pessoas são como lobos".
Uma pessoa que resistiu a 15 anos de solidão absoluta, num porão escuro, sem nem entender como a água e o pão surgiam (eram colocados somente enquanto ele dormia), sobreviveu pouco mais de 4 anos em sociedade.
Pra quem tiver interesse, uma parte da história nas palavras do próprio Kaspar Hauser:
Não Matarás
4.1 131 Assista AgoraVi esse filme duas vezes seguidas. Primeiro porque, de início, quase sempre fico disperso. Tem filme que acaba me prendendo, outros não, e esse demorou um pouco pra conseguir isso.
Segundo que só se entende um pouco as motivações do Jacek, e algumas referências à fatos anteriores ao filme, depois deste já estar bem adiantado.
Não que o filme use aquele clichê de voltar no tempo depois de um fato marcante. A ordem cronológica utilizada aqui é a "correta", mesmo. Mas a conversa de Jacek com seu advogado, ainda que revele pouco sobre a vida do personagem - não se sabe onde e com quem ele vive, se trabalha e o que faz além de andar pela cidade sozinho - faz com que quem assiste ao filme chegue a sentir empatia pelo rapaz.
Uma coisa que me chamou a atenção, por exemplo, foi que o único sorriso verdadeiro dado por ele foi logo após ter feito duas menininhas rirem, enquanto se preparava pra matar o taxista. Mais tarde, ele contaria ao advogado que deixou a casa dos pais depois que a irmã, de 12 anos, foi atropelada por um amigo com quem estava bebendo. E que tudo poderia ser diferente se ela estivesse viva.
Isso me fez pensar que, com uma história de vida diferente, as pessoas que se preparavam pra executá-lo poderiam ter cometido um crime parecido. Talvez teriam matado o mesmo taxista. Mas elas poderiam ser consideradas a mesma pessoa se tivessem outra história de vida?
Claro, há que se levar em consideração a genética da pessoa. Alguém com um perfil psicológico predominantemente melancólico provavelmente iria prefirir o suicídio ao homicídio. Mas o nosso personagem principal não é um sujeito expansivo, um valentão que fala alto e chutaria a porta de um bar, ao entrar. E nem é um cara frio, como diz a sinopse. Ele é, isso sim, extremamente ressentido com todos, talvez por não conseguir se encaixar em lugar algum. Na cena do assassinato, me dava a impressão que ele não teria força, e nem coragem, pra pôr em prática o que planejou. Seria dito, depois, que Jacek tem apenas vinte anos. Além disso, o protagonista tem uma aparência frágil.
É provável que, como eu, quem assistir ao filme torça pra que ele consiga matar logo o taxista (até porque o espectador é levado a sentir antipatia por este). Jacek consegue, mas em meio a ânsias de vômito e choramingos. É como se ele esperasse que a morte não se mostrasse tão feia à ele.
É claro que nenhum filme tem a obrigação de ser fiel à realidade, e a maioria nem é. Mas será que, dada às circunstâncias, qualquer um seria capaz de matar? Jacek não me pareceu o assassino mais provável.
Ao fim do filme, se tem a impressão de que a execução dele não faz o menor sentido. Não é algo limpo - um indivíduo perigoso sendo eliminado para a segurança bem da sociedade. A execução de Jacek foi algo mais pesado de se assistir do que o assassinato do taxista. Talvez pela diferença entre os dois. Um, o rapaz sem amigos, de olhar triste e que desconta sua tristeza com uma conduta antissocial. O outro, um adulto arrogante, com esposa, e que dispensa a companhia do restante.
Ainda que a execução, em si, tenha sido algo rápido, toda a tensão que a antecedeu, o fato de saber que iria morrer e nada poderia ser feito, chegando a não conseguir dar o passo que o faria sair da cela, geraram um sofrimento psicológico infitamente maior. A morte do rapaz perde todo o sentido pra quem a assiste.
O paralelo entre a rotina do personagem principal e o seu futuro advogado dão uma certa revolta, também. Enfim, o filme me levou a pensar sobre que circunstâncias poderiam diferenciar um cidadão exemplar de um sujeito marginalizado que chegue ao ponto que Jacek chegou. Talvez qualquer um possa matar em circunstâncias extremas. E, por circunstâncias extremas, não é preciso se pensar em legítima defesa, ou em alguém que matar pra proteger um filho, ou qualquer outro clichê.
Não há como conhecer o mundo interno de um sujeito. Ao menos, não com um aperto de mão e um desinteressado "tudo bem?". Não que, durante todo o filme, alguém faça isso pelo protagonista.
Enfim, é tanta coisa que pode ser dita partindo desse filme...
Normalmente, não sinto necessidade de comentar sobre filmes que eu vejo, por mais que eu goste. E, também, não costumo gostar de dramas. Mas me peguei pensando nesse filme hoje. Ficam aí as minhas impressões sobre ele, rere.
O Homem que Ri
4.3 154"It's wonderful how my Gwynplaine makes the people laugh - even when he is sad".