Uma tentativa nostálgica de recriar o clima dos slashers dos anos 80, mas falha em capturar o equilíbrio entre diversão e seriedade que tornou esses filmes tão cativantes. A tensão inicial é bem construída, destacando a negligência e o comportamento imprudente que levam ao desastre durante uma Black Friday que acontece no feriado de Ação de Graças. As mortes que se seguem são brutais e inventivas, características típicas do diretor Eli Roth.
O filme peca em sua escalação de elenco fraca e personagens unidimensionais. Enquanto os slashers clássicos como “Pânico” (os originais) conseguiram desenvolver protagonistas memoráveis, “Feriado Sangrento” oferece apenas personagens rasos e estereotipados. Os amigos da protagonista são superficiais, contribuindo pra uma falta de empatia. Além disso, o filme apresenta diversos furos de roteiro, inconsistências lógicas e personas que simplesmente somem quando é conveniente. Embora faça referências a clássicos do gênero, essas homenagens não conseguem compensar as deficiências do enredo.
Em suma, “Feriado Sangrento” tinha potencial pra ser um grande slasher, mas acaba se perdendo ao focar demais no choque e negligenciar o desenvolvimento dos personagens, além de carecer do elemento surpresa, crucial pra tornar um longa deste gênero minimamente memorável.
Um filme que se destaca pela integração eficaz do elemento espontâneo nas ações, diálogos e atuações, junto com eventos dramáticos. Embora mantenha uma dinâmica documental, “Marte Um” equilibra isso com um roteiro convencional e uma moral familiar edificante.
A mãe surge como uma figura mais interessante e central do que Deivinho, sendo um núcleo ambíguo que absorve as tensões familiares de forma intuitiva. O roteiro explora a relação da personagem com seu ambiente de um jeito misterioso e sempre evitando clichês metafóricos. As cenas dentro e ao redor da casa mostram equilíbrio entre isolamento e intimidade dos personagens, com destaque para momentos como a mãe mostrando fotos para Deivinho, que revelam uma integração profunda com a raiz familiar.
“Marte Um” é uma obra significativa que nos convida a apreciar a beleza das pessoas e coisas que estão próximas de nós.
Denis Villeneuve conseguiu manter consistentemente a qualidade excepcional estabelecida em “Duna: Parte Um” nesta continuação. Ambos os longas se equiparam em excelência e se complementam. Imagino que assistir um seguido do outro seja uma experiência incrível, que vale a pena ser realizada.
Analisando a “Parte Dois” isoladamente, eu particularmente gostei que o filme não perde tempo algum dando explicações sobre os acontecimentos anteriores, pra alguns isso pode parecer um trabalho desajeitado, mas de fato nós estamos entrando no meio de uma narrativa. E assim que se inicia, a imersão na história e no mundo de Duna é total, muito graças ao impecável senso de estilo de Villeneuve. Seja no design de produção, na trilha sonora, nos efeitos visuais, nos figurinos ou no som, tudo se harmoniza perfeitamente.
As performances, mais uma vez, também são dignas de destaque. Timothée Chalamet demonstra sua maestria como ator até em seu tom de voz, enquanto Zendaya e Javier Bardem apresentam um desempenho excelente com personagens mais substanciais. Austin Butler surge impressionante como Feyd-Rautha, um psicopata cujo comportamento é perturbador.
“Duna: Parte Dois” é um sucesso indiscutível. Grandioso em todos os seus detalhes técnicos e narrativos. Merece ser visto na maior tela possível, com o melhor som possível. Já quero reassistir.
Denis Villeneuve faz um trabalho invejável visualmente em todos os filmes de ficção científica que já dirigiu. Com Duna não foi diferente. Assisti o filme pela segunda vez e é impressionante como algumas obras tendem a ficar ainda melhores quando revisitadas. Se na primeira vez eu tinha achado o longa um tanto quanto arrastado, dessa vez achei o ritmo competente, delicado e bem explorado.
Tecnicamente, é um filme sem defeitos. Efeitos visuais, design de produção, som, trilha sonora, tudo aqui funciona em perfeita sincronia. Pra completar, temos um elenco inspirado: Timothée Chalamet se mostrou uma escolha e tanto para Paul Atreides, assim como Rebecca Ferguson e Oscar Isaac. Mesmo atores renomados que aparecem por uma, duas ou três cenas, também deixam sua marca aqui, tamanha a força do texto e dos personagens.
Geralmente não costumo criar expectativas, mas assistir de novo me animou ainda mais pra conferir a Parte Dois nos cinemas.
Não tão ruim quanto poderia ser. Não tão bom quanto deveria ter sido. Quem vai assistir ao filme esperando um grande slasher, pode sair decepcionado. Mas achei a mensagem por trás desse roteiro bem interessante. Muito além de alguém mascarado dando facadas e machadadas, terror de verdade existe na terapia de conversão e na homofobia. E isso sim é muito real.
Melhor do que o “Reino da Caveira de Cristal”. O ritmo do filme é bom, só tem uma duração muito maior do que realmente precisava, o que acaba tornando a experiência um tanto inchada. Mas o longa conta com muitas cenas de ação que são boas, a aventura tá presente, a trilha tá incrível... E o elenco dá conta.
Phoebe Waller-Bridge dá vida a uma personagem muito interessante e rouba a cena em boa parte do filme. Helena tem uma dinâmica tão boa com Jones. Mads Mickelsen, na pele de um nazista, foi um vilão adequado no primeiro ato, mas depois as coisas se desequilibram.
Os efeitos especiais de rejuvenescimento do Harrison Ford não estavam perfeitos, mas ainda assim foram competentes. A parte cômica peca em alguns momentos, mas conseguiram equilibrar bem a dose de drama com comédia. Por esse filme ter dedo direto da Disney, eu fiquei surpreso com algumas cenas de mortes presentes.
Enfim, acho que foi um final satisfatório pra um personagem que marcou tanto.
Eletrizante do início ao fim. O suspense aplicado em cada uma das cenas foi impressionante, a narrativa criou uma atmosfera claustrofóbica, e o diretor Marcus Baldini fez um trabalho excepcional evocando isso principalmente nas cenas dentro da cabine.
Nota-se o orçamento baixo por conta dos efeitos especiais decepcionantes e também pela fotografia pouco inspirada. Mas em texto, direção e atuação, é um filme bastante competente e mais um exemplo, entre tantos outros, que o cinema brasileiro sabe produzir cinema.
Espetáculo visual, com cores vibrantes, uma trama interessante, protagonista carismático e muita fantasia.
Temos aqui uma grande narrativa sobre o luto e seguir em frente. A dor de uma perda transforma a pessoa em uma coisa "oca", e é complicado sair desse lugar.
Muito inferior à trilogia original, mas ainda tem alguns momentos proveitosos. Tirando toda a introdução que não tem muito a ver com o restante da trama, e também alguns absurdos (grandes demais até pra Indiana Jones), é um filme de aventura que diverte e entretém.
Genial. Christopher Nolan desde sempre propondo uma narrativa e técnica inovadora pra contar uma história. A estrutura do filme ter como base acompanharmos a trajetória do protagonista de trás pra frente é muito pontual pra fundamentar ainda mais a dúvida e os questionamentos no público. Nolan provoca isso como ninguém.
Provavelmente vou ter que assistir novamente pra pegar coisas que eu deixei passar. Mas que filmaço.
Steven Spielberg fez um trabalho tão competente com essa franquia. Três filmes que mantiveram o mesmo nível de excelência, sem deixar de explorar coisas novas e de desenvolver muito bem seu personagem central. Gostei demais dos três filmes. Não à toa o Harrison Ford tem tanto orgulho de Indiana Jones.
Tentando entender por qual motivo as cenas do Tahar Rahim foram dubladas. Deu pra ver claramente a voz por cima, foi feito um trabalho porco em cima disso, sem sincronia, sem naturalidade.
Com um roteiro desses, com diálogos como esses, não tinha como nenhum dos atores aqui entregar uma atuação no mínimo tolerável. Esse filme deu as mãos pra Morbius com vontade, a ponto de conseguir ser pior que ele.
Tão bom quanto o primeiro filme. Engraçado, aventuresco, energético. É um filme que não dá pausas desde seus primeiros minutos, sempre tem algo empolgante acontecendo. Steven Spielberg inspiradíssimo.
Ambientação interessante. Roteiro furado, muito viajado. Tem que fechar bastante os olhos pro absurdo que é a narrativa em alguns pontos. Mas cumpre o papel de entreter.
Um exagero aqui, outro ali. Mas no geral um filme descompromissado, com o único objetivo de entreter e divertir, e se sai bem-sucedido nessa tarefa. Zac Efron tem uma composição sólida de personagem aqui.
Não fui traído pela memória afetiva. Nem lembro a última vez que assisti Indiana Jones, mas tinha uma lembrança muito positiva e aconchegante deste filme. Remota, mas existia. Revisitando agora, entendo ainda mais o quão grandioso foi para o cinema e para o Harrison Ford, que já vinha do Han Solo.
Preciso dizer: mais surpreendente do que os tiros na cabeça que alguns personagens levam aqui, a intensidade de sangue, etc, é o fato da Disney não ter censurado as cenas na plataforma de streaming como fez com algumas outras obras.
Angustiante. É um verdadeiro filme de terror, com a diferença que o horror não é nitidamente mostrado. Ele tá ali, presente, assustador... Mas não ao nosso alcance.
Esse filme fez um trabalho magistral e irretocável na banalização do que representa o mal no mundo. Foi uma decisão criativa do diretor Jonathan Glazer focar as cenas na casa da família de um dos comandantes. E nós vemos suas rotinas... Enquanto ouvimos gritos abafados, tiros, fogo, fumaça, cinzas... A família tá ali vivendo o sonho da vida deles. O que importa é aquela casa e aquele jardim, qualquer coisa que venha de fora é sinal de incômodo. O diretor brinca até com as cores nessas cenas angustiantes, o vermelho vivo do fogo pedindo pra entrar na casa e sendo impedido pelas pessoas que se recusam a encarar o que realmente é a causa do incêndio.
A vizinha tá em um campo de concentração. Mas a lamentação é não ter conseguido arrematar as cortinas dela. O filho que prende o irmão mais novo dentro de uma estufa, como um treino para o que ele almeja fazer no futuro. O comandante observando as pessoas de uma festa e imaginando como seria sufocá-las em uma câmara de gás. É esse tipo de postura, de desejo, e de desdém que encontramos nos asquerosos personagens deste longa. E é isso o que o torna tão fascinante, pois é um retrato real de como os responsáveis por aquela atrocidade enxergavam o que estavam fazendo. É apenas um trabalho. É apenas assassinato de pessoas. Diante de casas perfeitas e jardins perfeitos cobertos de cinzas humanas, qualquer coisa de fora desse mundinho de margarina é apenas um ruído que eventualmente vai embora.
Visualmente bonito, com uma narrativa atraente e profunda, embalada por músicas inspiradas, tanto nas letras quanto nas melodias. Me surpreendeu.
Todas as performances aqui são excepcionais. Danielle Brooks rouba as cenas em que surge na tela, dando um tom forte, emocionante para sua personagem. Fantasia Barrino dá um show de sensibilidade na composição de sua Celie – e preciso ressaltar aqui a escalação da Phylicia Pearl Mpasi para defender a personagem quando mais jovem, porque além de talentosa, a garota é extremamente parecida com Barrino. Taraji P. Henson também dá o nome, assim como Colman Domingo na pele de um homem odioso.
Coreografias bem ensaiadas, com movimentos bonitos. Fotografia caprichada. Figurinos belíssimos. É daqueles filmes que terminam e te deixam com uma sensação calorosa. Vale a pena.
Já vi muitos documentários difíceis e com cenas pesadíssimas, mas não sei, acho que esse aqui conseguiu se superar como o mais angustiante que já assisti até hoje. É absurdamente assustador ver a extensão da destruição e do sofrimento da população de Mariupol nesses primeiros 20 dias de ataques. E o filme não tem pudor pra ilustrar o horror da guerra, tudo aqui é “permitido”, valas como covas onde corpos são atirados, civis mortos e gravemente feridos, pessoas mortas em cima de pessoas mortas. Precisa de coragem, e estômago, pra encarar esse material. E é compreensível que seja tão gráfico assim, por conta de uma “jogada” russa na cobertura da guerra que é capaz de frustrar qualquer pessoa.
Jeffrey Wright irretocável na composição desse personagem. O trabalho que ele realiza aqui, retratando as emoções intensas do Monk (sendo raiva a principal e mais constante delas), é fantástico em muitos níveis. Além disso, o filme traz um assunto que é interessante e importante (como os próprios personagens em determinado momento ironizam). Achei o roteiro bem hábil criando uma narrativa familiar comovente ao mesmo tempo em que constrói uma sátira consciente.
É sempre muito revoltante quando nos deparamos com países enfrentando uma situação política trágica como essa que acontece na Uganda. E achei o filme bastante competente ao mostrar em detalhes, ao menos pelos olhos de Bobi Wine, a importância em derrubar o governo opressor de Yoweri Museveni – além de nos dar um vislumbre interessante da vida dele como artista e as dificuldades enfrentadas por conta de seu posicionamento e ativismo contrário a Museveni.
Feriado Sangrento
3.1 402Uma tentativa nostálgica de recriar o clima dos slashers dos anos 80, mas falha em capturar o equilíbrio entre diversão e seriedade que tornou esses filmes tão cativantes. A tensão inicial é bem construída, destacando a negligência e o comportamento imprudente que levam ao desastre durante uma Black Friday que acontece no feriado de Ação de Graças. As mortes que se seguem são brutais e inventivas, características típicas do diretor Eli Roth.
O filme peca em sua escalação de elenco fraca e personagens unidimensionais. Enquanto os slashers clássicos como “Pânico” (os originais) conseguiram desenvolver protagonistas memoráveis, “Feriado Sangrento” oferece apenas personagens rasos e estereotipados. Os amigos da protagonista são superficiais, contribuindo pra uma falta de empatia. Além disso, o filme apresenta diversos furos de roteiro, inconsistências lógicas e personas que simplesmente somem quando é conveniente. Embora faça referências a clássicos do gênero, essas homenagens não conseguem compensar as deficiências do enredo.
Em suma, “Feriado Sangrento” tinha potencial pra ser um grande slasher, mas acaba se perdendo ao focar demais no choque e negligenciar o desenvolvimento dos personagens, além de carecer do elemento surpresa, crucial pra tornar um longa deste gênero minimamente memorável.
Marte Um
4.1 302 Assista AgoraUm filme que se destaca pela integração eficaz do elemento espontâneo nas ações, diálogos e atuações, junto com eventos dramáticos. Embora mantenha uma dinâmica documental, “Marte Um” equilibra isso com um roteiro convencional e uma moral familiar edificante.
A mãe surge como uma figura mais interessante e central do que Deivinho, sendo um núcleo ambíguo que absorve as tensões familiares de forma intuitiva. O roteiro explora a relação da personagem com seu ambiente de um jeito misterioso e sempre evitando clichês metafóricos. As cenas dentro e ao redor da casa mostram equilíbrio entre isolamento e intimidade dos personagens, com destaque para momentos como a mãe mostrando fotos para Deivinho, que revelam uma integração profunda com a raiz familiar.
“Marte Um” é uma obra significativa que nos convida a apreciar a beleza das pessoas e coisas que estão próximas de nós.
Duna: Parte 2
4.4 627Denis Villeneuve conseguiu manter consistentemente a qualidade excepcional estabelecida em “Duna: Parte Um” nesta continuação. Ambos os longas se equiparam em excelência e se complementam. Imagino que assistir um seguido do outro seja uma experiência incrível, que vale a pena ser realizada.
Analisando a “Parte Dois” isoladamente, eu particularmente gostei que o filme não perde tempo algum dando explicações sobre os acontecimentos anteriores, pra alguns isso pode parecer um trabalho desajeitado, mas de fato nós estamos entrando no meio de uma narrativa. E assim que se inicia, a imersão na história e no mundo de Duna é total, muito graças ao impecável senso de estilo de Villeneuve. Seja no design de produção, na trilha sonora, nos efeitos visuais, nos figurinos ou no som, tudo se harmoniza perfeitamente.
As performances, mais uma vez, também são dignas de destaque. Timothée Chalamet demonstra sua maestria como ator até em seu tom de voz, enquanto Zendaya e Javier Bardem apresentam um desempenho excelente com personagens mais substanciais. Austin Butler surge impressionante como Feyd-Rautha, um psicopata cujo comportamento é perturbador.
“Duna: Parte Dois” é um sucesso indiscutível. Grandioso em todos os seus detalhes técnicos e narrativos. Merece ser visto na maior tela possível, com o melhor som possível. Já quero reassistir.
Duna: Parte 1
3.8 1,6K Assista AgoraDenis Villeneuve faz um trabalho invejável visualmente em todos os filmes de ficção científica que já dirigiu. Com Duna não foi diferente. Assisti o filme pela segunda vez e é impressionante como algumas obras tendem a ficar ainda melhores quando revisitadas. Se na primeira vez eu tinha achado o longa um tanto quanto arrastado, dessa vez achei o ritmo competente, delicado e bem explorado.
Tecnicamente, é um filme sem defeitos. Efeitos visuais, design de produção, som, trilha sonora, tudo aqui funciona em perfeita sincronia. Pra completar, temos um elenco inspirado: Timothée Chalamet se mostrou uma escolha e tanto para Paul Atreides, assim como Rebecca Ferguson e Oscar Isaac. Mesmo atores renomados que aparecem por uma, duas ou três cenas, também deixam sua marca aqui, tamanha a força do texto e dos personagens.
Geralmente não costumo criar expectativas, mas assistir de novo me animou ainda mais pra conferir a Parte Dois nos cinemas.
Taylor Swift: The Eras Tour (Taylor’s Version)
4.5 62I had the time of my life with you.
Sem Ar
2.6 69 Assista AgoraParece um remake, já que nada aqui é novo, trama batida com desdobramentos batidos. Mas tem lá alguns bons momentos. Serve como entretenimento.
They/Them: O Acampamento
2.3 149Não tão ruim quanto poderia ser. Não tão bom quanto deveria ter sido. Quem vai assistir ao filme esperando um grande slasher, pode sair decepcionado. Mas achei a mensagem por trás desse roteiro bem interessante. Muito além de alguém mascarado dando facadas e machadadas, terror de verdade existe na terapia de conversão e na homofobia. E isso sim é muito real.
Indiana Jones e a Relíquia do Destino
3.2 331 Assista AgoraMelhor do que o “Reino da Caveira de Cristal”. O ritmo do filme é bom, só tem uma duração muito maior do que realmente precisava, o que acaba tornando a experiência um tanto inchada. Mas o longa conta com muitas cenas de ação que são boas, a aventura tá presente, a trilha tá incrível... E o elenco dá conta.
Phoebe Waller-Bridge dá vida a uma personagem muito interessante e rouba a cena em boa parte do filme. Helena tem uma dinâmica tão boa com Jones. Mads Mickelsen, na pele de um nazista, foi um vilão adequado no primeiro ato, mas depois as coisas se desequilibram.
Os efeitos especiais de rejuvenescimento do Harrison Ford não estavam perfeitos, mas ainda assim foram competentes. A parte cômica peca em alguns momentos, mas conseguiram equilibrar bem a dose de drama com comédia. Por esse filme ter dedo direto da Disney, eu fiquei surpreso com algumas cenas de mortes presentes.
Enfim, acho que foi um final satisfatório pra um personagem que marcou tanto.
O Sequestro do Voo 375
3.8 193 Assista AgoraEletrizante do início ao fim. O suspense aplicado em cada uma das cenas foi impressionante, a narrativa criou uma atmosfera claustrofóbica, e o diretor Marcus Baldini fez um trabalho excepcional evocando isso principalmente nas cenas dentro da cabine.
Nota-se o orçamento baixo por conta dos efeitos especiais decepcionantes e também pela fotografia pouco inspirada. Mas em texto, direção e atuação, é um filme bastante competente e mais um exemplo, entre tantos outros, que o cinema brasileiro sabe produzir cinema.
O Menino e a Garça
4.0 217Espetáculo visual, com cores vibrantes, uma trama interessante, protagonista carismático e muita fantasia.
Temos aqui uma grande narrativa sobre o luto e seguir em frente. A dor de uma perda transforma a pessoa em uma coisa "oca", e é complicado sair desse lugar.
Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal
3.2 614 Assista AgoraMuito inferior à trilogia original, mas ainda tem alguns momentos proveitosos. Tirando toda a introdução que não tem muito a ver com o restante da trama, e também alguns absurdos (grandes demais até pra Indiana Jones), é um filme de aventura que diverte e entretém.
Amnésia
4.2 2,2K Assista AgoraGenial. Christopher Nolan desde sempre propondo uma narrativa e técnica inovadora pra contar uma história. A estrutura do filme ter como base acompanharmos a trajetória do protagonista de trás pra frente é muito pontual pra fundamentar ainda mais a dúvida e os questionamentos no público. Nolan provoca isso como ninguém.
Provavelmente vou ter que assistir novamente pra pegar coisas que eu deixei passar. Mas que filmaço.
Indiana Jones e a Última Cruzada
4.0 486 Assista AgoraSteven Spielberg fez um trabalho tão competente com essa franquia. Três filmes que mantiveram o mesmo nível de excelência, sem deixar de explorar coisas novas e de desenvolver muito bem seu personagem central. Gostei demais dos três filmes. Não à toa o Harrison Ford tem tanto orgulho de Indiana Jones.
Parasita
4.5 3,6K Assista AgoraPerfeito em absolutamente tudo o que se propõe. Atemporal. Trágico. Reflexivo. Um marco pro cinema.
Madame Teia
2.1 239 Assista AgoraTentando entender por qual motivo as cenas do Tahar Rahim foram dubladas. Deu pra ver claramente a voz por cima, foi feito um trabalho porco em cima disso, sem sincronia, sem naturalidade.
Com um roteiro desses, com diálogos como esses, não tinha como nenhum dos atores aqui entregar uma atuação no mínimo tolerável. Esse filme deu as mãos pra Morbius com vontade, a ponto de conseguir ser pior que ele.
Indiana Jones e o Templo da Perdição
3.9 507 Assista AgoraTão bom quanto o primeiro filme. Engraçado, aventuresco, energético. É um filme que não dá pausas desde seus primeiros minutos, sempre tem algo empolgante acontecendo. Steven Spielberg inspiradíssimo.
Uma Noite Infernal
2.5 88 Assista AgoraAmbientação interessante. Roteiro furado, muito viajado. Tem que fechar bastante os olhos pro absurdo que é a narrativa em alguns pontos. Mas cumpre o papel de entreter.
17 Outra Vez
3.1 1,1K Assista AgoraUm exagero aqui, outro ali. Mas no geral um filme descompromissado, com o único objetivo de entreter e divertir, e se sai bem-sucedido nessa tarefa. Zac Efron tem uma composição sólida de personagem aqui.
Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida
4.0 668 Assista AgoraNão fui traído pela memória afetiva. Nem lembro a última vez que assisti Indiana Jones, mas tinha uma lembrança muito positiva e aconchegante deste filme. Remota, mas existia. Revisitando agora, entendo ainda mais o quão grandioso foi para o cinema e para o Harrison Ford, que já vinha do Han Solo.
Preciso dizer: mais surpreendente do que os tiros na cabeça que alguns personagens levam aqui, a intensidade de sangue, etc, é o fato da Disney não ter censurado as cenas na plataforma de streaming como fez com algumas outras obras.
Zona de Interesse
3.6 594 Assista AgoraAngustiante. É um verdadeiro filme de terror, com a diferença que o horror não é nitidamente mostrado. Ele tá ali, presente, assustador... Mas não ao nosso alcance.
Esse filme fez um trabalho magistral e irretocável na banalização do que representa o mal no mundo. Foi uma decisão criativa do diretor Jonathan Glazer focar as cenas na casa da família de um dos comandantes. E nós vemos suas rotinas... Enquanto ouvimos gritos abafados, tiros, fogo, fumaça, cinzas... A família tá ali vivendo o sonho da vida deles. O que importa é aquela casa e aquele jardim, qualquer coisa que venha de fora é sinal de incômodo. O diretor brinca até com as cores nessas cenas angustiantes, o vermelho vivo do fogo pedindo pra entrar na casa e sendo impedido pelas pessoas que se recusam a encarar o que realmente é a causa do incêndio.
A vizinha tá em um campo de concentração. Mas a lamentação é não ter conseguido arrematar as cortinas dela. O filho que prende o irmão mais novo dentro de uma estufa, como um treino para o que ele almeja fazer no futuro. O comandante observando as pessoas de uma festa e imaginando como seria sufocá-las em uma câmara de gás. É esse tipo de postura, de desejo, e de desdém que encontramos nos asquerosos personagens deste longa. E é isso o que o torna tão fascinante, pois é um retrato real de como os responsáveis por aquela atrocidade enxergavam o que estavam fazendo. É apenas um trabalho. É apenas assassinato de pessoas. Diante de casas perfeitas e jardins perfeitos cobertos de cinzas humanas, qualquer coisa de fora desse mundinho de margarina é apenas um ruído que eventualmente vai embora.
A Cor Púrpura
3.5 102Visualmente bonito, com uma narrativa atraente e profunda, embalada por músicas inspiradas, tanto nas letras quanto nas melodias. Me surpreendeu.
Todas as performances aqui são excepcionais. Danielle Brooks rouba as cenas em que surge na tela, dando um tom forte, emocionante para sua personagem. Fantasia Barrino dá um show de sensibilidade na composição de sua Celie – e preciso ressaltar aqui a escalação da Phylicia Pearl Mpasi para defender a personagem quando mais jovem, porque além de talentosa, a garota é extremamente parecida com Barrino. Taraji P. Henson também dá o nome, assim como Colman Domingo na pele de um homem odioso.
Coreografias bem ensaiadas, com movimentos bonitos. Fotografia caprichada. Figurinos belíssimos. É daqueles filmes que terminam e te deixam com uma sensação calorosa. Vale a pena.
20 Dias em Mariupol
3.9 57 Assista AgoraJá vi muitos documentários difíceis e com cenas pesadíssimas, mas não sei, acho que esse aqui conseguiu se superar como o mais angustiante que já assisti até hoje. É absurdamente assustador ver a extensão da destruição e do sofrimento da população de Mariupol nesses primeiros 20 dias de ataques. E o filme não tem pudor pra ilustrar o horror da guerra, tudo aqui é “permitido”, valas como covas onde corpos são atirados, civis mortos e gravemente feridos, pessoas mortas em cima de pessoas mortas. Precisa de coragem, e estômago, pra encarar esse material. E é compreensível que seja tão gráfico assim, por conta de uma “jogada” russa na cobertura da guerra que é capaz de frustrar qualquer pessoa.
Ficção Americana
3.8 375 Assista AgoraJeffrey Wright irretocável na composição desse personagem. O trabalho que ele realiza aqui, retratando as emoções intensas do Monk (sendo raiva a principal e mais constante delas), é fantástico em muitos níveis. Além disso, o filme traz um assunto que é interessante e importante (como os próprios personagens em determinado momento ironizam). Achei o roteiro bem hábil criando uma narrativa familiar comovente ao mesmo tempo em que constrói uma sátira consciente.
Bobi Wine: O Presidente Do Povo
3.6 26É sempre muito revoltante quando nos deparamos com países enfrentando uma situação política trágica como essa que acontece na Uganda. E achei o filme bastante competente ao mostrar em detalhes, ao menos pelos olhos de Bobi Wine, a importância em derrubar o governo opressor de Yoweri Museveni – além de nos dar um vislumbre interessante da vida dele como artista e as dificuldades enfrentadas por conta de seu posicionamento e ativismo contrário a Museveni.
Terminei o longa bastante impactado.