- Daqui a pouco você também já me esqueceu. - Eu não quero esquecer você. - Não adianta, você vai esquecer.
- (...) Quando você estiver cruzando as estradas no seu caminhão enorme, espero que você lembre que eu fui a primeira pessoa a te fazer por a mão num volante (...) No dia que você quiser lembrar de mim, dá uma olhada no retratinho que a gente tirou juntos. Eu digo isso porque tenho medo que um dia você também me esqueça. Tenho saudade do meu pai. Tenho saudade de tudo.
O primeiro já tinha sido encantador. Esse aqui contou com uma dose maior, coesa e cativante de maturidade não só com a história, mas através do comportamento dos personagens diante das mudanças. As atuações das crianças evoluíram bastante também de Laços pra Lições. Fiquei emocionado mesmo em algumas cenas.
De uma delicadeza surpreendente. Mal posso esperar pelas novas aventuras dessa turma...
Angustiante de todas as formas, uma das obras mais pesadas que já assisti. Kristen Stewart irretocável, evoca e transparece o sufoco da Lady Di com maestria. É uma narrativa difícil de encarar, daquelas que você se sente aliviado quando termina. E é o que faz deste, um grande filme.
Meu coração de fã tá feliz demais! Maravilhoso ter a oportunidade de reencontrar esses personagens depois de mais de uma década (igual quando Pânico 4 chegou aos cinemas, é uma sensação única), ainda mais com um filme que honra seu legado e ainda se reinventa. Wes estaria orgulhoso.
Fada Madrinha cantando I Need a Hero enquanto toda aquela ação do Shrek, Biscoito, Burro e o Gato é desenvolvida, é de longe uma das melhores cenas do cinema e tenho dito!
O único defeito do filme é também sua maior virtude: os efeitos especiais impressionantes que tornaram cada um dos animais absurdamente realistas. Tecnicamente falando, é perfeito (e eu sou apaixonado pelo cuidado do estúdio com os detalhes minimalistas, me surpreendi em várias cenas, o Simba andando no deserto foi impecável). No entanto, justamente por conta dessa precisão na retratação dos bichos, perde-se a expressão facial tão marcante da animação. É sempre a mesma... Não fosse pela voz, não tem como saber se os personagens estão sentindo raiva, tristeza, felicidade. Isso é uma pena.
Mas na dublagem original, eu não vi problemas. Foi incrível ouvir James Earl Jones como Mufasa novamente e ao contrário da maioria (pelo o que andei lendo), eu amei o Scar do Chiwetel Ejiofor. Achei o tom dele realmente ameaçador, embora o personagem tenha perdido alguns dos trejeitos que o tenham tornado tão cativante em 1994 - o que não enxergo como defeito, já que o objetivo de incomodar e de evocar sua frieza, crueldade, é cumprido. Seth Rogen e Billy Eichner roubam as cenas em que aparecem, claro!
Amei muito a cena em que introduziram Spirit, ficou perfeito, só queria que tivesse durado um pouquinho mais já que a música é lindíssima. Acho a Beyoncé uma deusa na terra, mas confesso que estava com receio do resultado final da Nala. Felizmente, minhas expectativas foram superadas. JD McCrary emociona DEMAIS como o jovem Simba, assim como Donald Glover diverte com o personagem já adulto.
Enfim, me emocionei muito com as cenas marcantes que todos já conhecemos. O Rei Leão é um dos filmes mais importantes da minha vida, e fiquei muito satisfeito por ver esse remake respeitando dignamente o original. Vale muito o ingresso no IMAX 3D.
Ótimo no estilo encantador Toy Story. E talvez seja mesmo o mais divertido entre os quatro longas. No entanto como desfecho eu ainda prefiro Toy Story 3, acho que ele foi perfeito em fechamento de arcos e personagens. Este capítulo tem seus grandes momentos e cenas que me deixaram “entalado”, por assim dizer – o início quando toca a clássica “Amigo Estou Aqui” e os momentinhos finais, claro –, mas de fato é um roteiro que foca e dá uma finalização apenas a um personagem em específico. Woody e Buzz da turma clássica são os únicos com algum destaque de verdade, principalmente o primeiro. Senti falta de uma presença maior dos outros.
De qualquer forma os personagens novos são bons. Foi muito legal rever a Beth e descobrir o que aconteceu com ela nesse tempo todo. Garfinho é maravilhoso, ri muito com ele. Pixar cada vez mais revolucionando a animação, eu fico abismado com a qualidade e a atenção aos mínimos detalhes. Cenários ótimos, criativos, realistas.
Enfim, como de praxe, pra agradar não somente crianças, mas jovens e adultos, ainda mais aqueles que, assim como eu, acompanharam a evolução dessas histórias e desses personagens tão únicos e importantes. Obrigado, Disney-Pixar.
Aprendi a gostar mais do “Godzilla” de 2014 conforme fui assistindo mais algumas vezes. Claro que o fato do monstro-título ser quase que um coadjuvante naquela narrativa, que abriu muito mais espaço para os MUTOS, é algo que me incomoda até hoje – principalmente os cortes descarados em cenas de confronto que poderiam render. No entanto, os efeitos especiais grandiosos, produção caprichada, edição de som incrível, trilha sonora inspirada e várias cenas fodas me fizeram, de certa forma, abraçar o longa. Logo, minha expectativa era de ver todos os pontos positivos do primeiro ampliados, com uma participação bem maior do Gojira e confrontos épicos com os outros monstros. Felizmente foi isso que aconteceu.
Acho que existe um equilíbrio bom entre a ação dos monstros e as ações dos humanos. O roteiro tem alguns diálogos bem ruinzinhos, frases de efeito ruins, exclamações constrangedoras, mas tudo é recompensado quando os monstrões estão em tela e principalmente quando os confrontos são iniciados. Com imagens belíssimas, planos abertos grandiosos mostrando o tamanho das criaturas e a escala de destruição, efeitos especiais mais do que convincentes, este é um filme bem prato cheio pra quem gosta do gênero e é fã do “big guy”, como dito por um dos personagens. É prazeroso o que fazem com Godzilla aqui, as várias camadas novas que apresentam para o personagem, desde a força até seus poderes – um em específico, no ato final, mostrando uma transformação surpreendente do monstro, foi FODA apenas.
Eu, particularmente, não achei “Rei dos Monstros” escuro. Acho que esse problema veio em sessões 3D comuns, pois no IMAX 3D não tive problemas pra entender o que estava acontecendo e o que cada monstro estava fazendo – ao contrário do primeiro que, escuro por si só, ficou piorado com os óculos e não dava pra enxergar quase nada da batalha final. Claro que sim, seria ainda mais proveitoso se optassem por mostrar alguns dos confrontos sem poluição – tem chuva, tem neve, tem fumaça –, mas realmente essa decisão não foi algo que me deixou incomodado assistindo.
Na trama dos humanos, em comparação, o original se sobressai bastante. Neste aqui, embora as motivações de alguns sejam bem claras e até coesas, outras são risíveis e sem fundamento algum – vide a causa da personagem de Vera Farmiga, que usa o filho como desculpa para seus atos e pra mim, não teve lógica alguma. Ainda mais se levarmos em conta que ela não é apresentada e nem demonstra características de vilã, ao contrário dos outros que estão ao lado dela e possuem as mesmas ideias. Millie Bobbie Brown é uma atriz promissora e até rende algumas cenas boas. Entre todos, as atitudes e objetivos do Mark Russell, interpretado pelo excelente Kyle Chandler, é o que mais convence.
Enfim, “Godzilla II: Rei dos Monstros” se propõe a fazer o que havia prometido nos trailers e faz bem. Divertido e muito bem produzido, com batalhas monumentais, muita pancadaria e gritaria. O que os fãs estavam esperando mesmo. Que venha o confronto do século contra Kong agora.
Tive que esperar quatro dias pra encontrar palavras e falar sobre “Ultimato”, esse que é de longe o melhor filme desses 10 anos de histórias que a Marvel nos apresentou. Um evento grandioso e uma conclusão épica que ficará marcada por muitas gerações, sem sombra de dúvidas.
A ambição e grandeza presentes em “Ultimato” são surpreendentes. Assim como ocorreu em “Guerra Infinita”, esta continuação possui um tom bem tenso do início ao fim. Diria que no primeiro ato essa atmosfera se encontra ainda mais pesada, já que mostra os personagens reagindo quase que imediatamente à dizimação provocada por Thanos e como lidam com tantas perdas. São diálogos profundos e bastante reflexivos. A partir disso, os diretors Joe e Anthony Russo utilizam os vários, inúmeros laços emocionais que foram estabelecidos com o público durante os 21 longas anteriores, para construir a narrativa de forma clara e objetiva. Eles sabem onde querem chegar e como chegar lá. E deram os passos de maneira a agradar cada um dos fãs que acompanharam de perto tudo o que o estúdio ofereceu esse tempo todo.
Além de resgatar várias sensações e emoções, o roteiro deste “Ultimato” ainda é inteligente ao estabelecer as regras que ditam a trama principal. Particularmente fiquei muito satisfeito com as soluções para a viagem no tempo, pois antes de assistir estava bem receoso acerca das mortes que não tinham sido ocasionadas pelo estalo de Thanos, como Loki e Gamora – e reverter a situação dos dois, pra mim, seria como eliminar todo o impacto grandioso alcançado em “Guerra Infinita”. Dito isso, é extremamente satisfatório revisitar vários cenários que marcaram os anos anteriores do MCU, em especial a Batalha de NYC que traz uma das melhores sequências do filme – Capitão América e seu “hail Hydra” em uma cena que tinha tudo pra reinventar a luta do elevador presente em “O Soldado Inverval”, e claro, o momento do confronto Steve x Steve, com o bônus do personagem do passado acreditar se tratar de Loki disfarçado, o que permitiu deixar a mente do personagem intacta.
A viagem no tempo também proporciona momentos de reconciliação e muita emoção, vide Tony Stark podendo conversar com seu pai e finalmente descobrir que ele o amava sim, à sua maneira. Já que passou grande parte da vida (ela inteira) acreditando que Howard só o via como um fardo e um homem incapaz. A cena em que Steve se depara com Peggy Carter e a encara, silencioso, escondido, fez com que eu me sentisse entalado. Nem uma palavra. Apenas o olhar dele diante do amor de sua vida.
O terceiro ato é um presente aos fãs do início ao fim. E é impossível não se emocionar, mesmo que você não seja um fã assíduo. Desde a surpreendente morte da Natasha (algo que eu NUNCA nem cogitei e fiquei verdadeiramente chocado quando aconteceu), até o momento em que vários portais se abrem e todos os heróis retornam para a batalha final contra Thanos. Essa sequência entrou sim para a história do cinema, absolutamente inesquecível. Todos os personagens possuem seu momento glorioso. Desde Wanda (que por MUITO POUCO não conseguiu acabar com Thanos) até o ápice com Capitão América conseguindo erguer o Martelo de Thor. E claro, o “estalo” final, que acredito foi capaz de emocionar até a pessoa mais seca do mundo. O quanto eu chorei com a morte de Tony Stark, com seu sacrifício, não tá escrito. Ainda mais por conta de suas últimas palavras antes de acabar com Thanos, um paralelo com a última cena do filme que deu início ao universo, mas com contexto diferente. Se antes ele queria seu ego alimentado e reconhecido, desta vez o “Eu sou o Homem de Ferro” vem no tom mais altruísta da vida do Tony.
O desfecho do Capitão América foi divino e sem furos, se parar pra analisar algumas coisas ditas (e não mostradas, curiosamente rs) nos longas anteriores. Não à toa os diretores Russo afirmavam que este seria o fechamento de um ciclo pra ele. A jornada de Steve Rogers era reencontrar seu amor e viver a vida que lhe foi tomada tantos anos antes e que vivia o atormentando.
A trilha sonora inspiradíssima de Alan Silvestri torna tudo ainda mais emocionante. O compositor ainda resgata algumas músicas e acordes que estiveram presentes em cenas-chave de “Guerra Infinita”, o que contribui pra inúmeros arrepios durante as 3 horas de projeção. O tema principal dos Vingadores, que pra mim já era marcante e causador de muitos arrepios, entrou de vez para a lista dos mais históricos do cinema, ao lado de “Star Wars”, “Harry Potter” e tantos outros.
Chris Evans e Robert Downey Jr. com a melhor atuação em toda a franquia, de longe. Chris Hemsworth mescla bem a comédia com a carga dramática do Thor (que é bem pesada). Scarlett Johansoson, Karen Gillan e Josh Brolin fecham a lista com as melhores performances do longa. Já que esses personagens possuem histórias desenvolvidas e muitos sentimentos expostos ao longo do filme.
Enfim, só tenho mesmo a agradecer a Marvel por ter proporcionado um momento mágico, único como esse para os fãs que estão acompanhando todas essas histórias e jornadas há anos. Despedir-me dos “Vingadores” foi o equivalente ao que senti quando chegou o momento de dizer adeus a Harry Potter nas telonas. Uma sensação de vazio enorme. Me apeguei aos personagens, passei a amá-los (alguns eu nem esperava) e esse vínculo, quando rompido, nunca é fácil de encarar. Obrigado, Marvel. Por nos presentear com tantos momentos incríveis.
A sensibilidade da diretora Nadine Labaki na condução deste filme me impressionou de uma maneira que nem consigo colocar em palavras. É um longa realista demais, cru demais. O suficiente pra te deixar sem ar durante os 126 minutos de duração.
Soma-se a isso um roteiro ousado, que faz um trabalho absurdamente excepcional no desenvolvimento do jovem Zain, e também à atuação de Zain Al Rafeea. Quanto talento! As expressões me tocaram tanto, em DIVERSOS momentos, que nem consegui me segurar. Não tem como, na verdade. Pela forma como ele, tão pequeno (uma criança!!) já enxerga o mundo... E pela relação construída com o bebê Yonas.
Produção poderosa em todos os aspectos. É dos filmes que deveria ter muuuuito mais reconhecimento. Um dos melhores que já assisti na vida.
74 minutos que mais pareceram 222. E esse filme deve ter o recorde de personagens mais insuportáveis. NENHUM aqui se salva. São todos chatos, mesquinhos, idiotas. SEM exceção. Haja saco pra conseguir terminar isso, quase fico louco. Uma das piores escolhas que fiz pra filmes nos últimos tempos.
Literalmente senti minhas pernas bambas quando o filme acabou e eu tive que me levantar pra sair do cinema. O filme é FODA e quero destacar algumas coisas:
A trama do filme é maravilhosa, coerente e absolutamente tensa. O filme ganha um tom sombrio em vários momentos, coisa que me surpreendeu bastante – até então nenhum outro título da Marvel tinha me passado isso. Melhor ainda é que não precisou escurecer totalmente a fotografia para atingir esse feito. O roteiro tem uma estrutura impecável. Começa tenso (só a intro da Marvel Studios com aquele “zunido” já estabelece o tom geral do longa) e termina tenso. Toda hora acontece algo de importância. “Guerra Infinita” não perde tempo com cenas descartáveis e o humor funciona, é incluído nos momentos certos e são certeiros.
É um filme com uma longa lista de personagens, mas todos eles têm seu espaço. Claro que alguns menos que outros, mas ainda assim marcam presença apenas por estarem na tela. E a interação entre eles!!! Um dos melhores pontos do filme. Guardiões com Thor. Tony Stark com Dr. Strange. Etc. E ainda aprofunda bem arcos dramáticos para personagens específicos: Wanda e Gamora. E o Thanos é um vilão da PORRA! Compensou totalmente todos os antagonistas anteriores que não tinham uma causa coesa ou convincente.
Efeitos especiais muito bons. Design de produção incrível! É incrível o empenho da equipe na construção dos cenários e nesse filme, temos de sobra!
E nas atuações, destaco principalmente: Josh Brolin, deu um show como Thanos, mesmo com toda aquela criação digital do personagem. Zoe Saldana, como Gamora. E Elizabeth Olsen, como Wanda. Não que os outros não mereçam atenção, mas esses três aqui se destacaram um pouquinho mais.
Surpreendentemente dramático e com um desfecho impactante, “Guerra Infinita” é, de longe, o melhor de todos os “Vingadores”. O mais equilibrado, maduro, coeso, divertido e emocionante.
O capítulo mais sangrento da franquia “Jogos Mortais” até agora e o que mais me deu agonia. Haja estômago para as mortes – em especial aquela que é investigada logo nos primeiros minutos do filme.
As reviravoltas nos dois filmes anteriores foram melhores e mais interessantes, mas este aqui não fica muito atrás neste quesito. O final é surpreendente, o teste promovido pelo John Kramer é assustador de tão inteligente. E não é sempre que a gente se depara com um vilão tão vulnerável.
“A Cura Mortal” foi o único livro desta franquia que eu não li – por falta de oportunidade mesmo –, então o conteúdo deste capítulo final da franquia “Maze Runner” era basicamente inédito pra mim. E fui surpreendido positivamente.
É um filme de ação intensa: sempre tem alguma coisa acontecendo que pode trazer consequências aos personagens, logo, você teme pela segurança deles. Um acerto do roteiro. Também abre espaço para pequenos momentos de humor (são poucos, mas quando incluídos, funcionam). Até que no desfecho, a coisa toda toma uma reviravolta mais triste e você passa a enxergar as tragédias do ato final com um olhar totalmente diferente – e de certa forma, frustrante. O roteiro desenvolve bem a história, não existe quebra de ritmo (felizmente!) e os diálogos em suma, estão bons. Claro que temos um momento ou outro que força a barra, que é expositivo, mas T.S. Nowlin foge disso.
Wes Ball fez um trabalho excepcional na franquia. Foi um acerto mantê-lo como diretor durante as três produções. Ele comanda as cenas de ação com muita energia e entusiasmo, ciente de que elas são ponto-chave de uma obra como essa. E é sempre objetivo. Divide bem a narrativa nos respectivos núcleos (CRUEL e Gladers) sem que o longa perca força. Até no cunho político, Ball faz um bom trabalho: a revolta da popução e a invasão que os mesmos fazem por serem excluídos aos olhos da “alta sociedade” é uma das melhores sequências de “A Cura Mortal”.
A trilha sonora de John Paesano fecha a trilogia com chave de ouro – ele compôs as músicas dos dois anteriores também, então os mais atentos vão reparar acordes de músicas e temas que já se tornaram marca da franquia Maze Runner; e eu gosto muito daquela que toca nos créditos finais. Fotografia e design de produção ótimos: o visual da cidade onde a sede do CRUEL se encontra é incrível e inspirado. E os efeitos estão bons também.
Dylan O’Brien é um ator que venho admirando há muito tempo e acho que ele deu o melhor como Thomas. A habilidade que o ator tem na mudança abrupta de expressões é sem dúvida um grande diferencial. Kaya Scodelario retorna como uma Teresa vivendo um conflito interessantíssimo (e bem abordado pelo roteiro): a certeza de que está fazendo algo em prol da humanidade, ao mesmo tempo em que pesa em sua consciência o fato de ter traído seus amigos. Ela defende Teresa com garra e o resultado é satisfatório. Thomas Brodie-Sangster excepcional: se em “Prova de Fogo” ele surgia um tanto apagado, neste ele compensa com cenas intensas e muito emocionantes para o Newt, com uma performance delicada e bem construída. Ki Hong Lee, mesmo reduzido a quase um “vegetal” em 75% do filme, ainda assim evoca bem a sensibilidade de Minho e a revolta com suas expressões. Por fim, Aidan Gillen se mostra bastante competente quando seu Janson se transforma defitivamente.
“A Cura Mortal” é, pra mim, o melhor desfecho cinematográfico desde Harry Potter. Intenso, forte, e surpreendentemente triste (as duas mortes principais são de fazer chorar muito). Vale o ingresso e a franquia.
Que decepção. Essa trama, embora não seja das mais originais, prometia tanto. Mas os roteiristas (e também diretores) preferiram desenvolver tudo de uma forma rasa, desconexa, sem nenhum tipo de compromisso. Há alguns momentos ou outros em que você leva uns sustinhos, graças principalmente ao batido truque de elevar os acordes da trilha sonora. Mas fora isso, nada acontece.
E o que mais irrita no decorrer de “The Open House” é a burrice dos personagens principais. Eu até consegui criar um vínculo com Logan, por conta da tragédia que se abate à vida dele logo nos primeiros minutos. Mas depois a postura fica indefensável. A família recebe várias dicas em diversos momentos de que existe alguém dentro da casa brincando com eles – o lance do aquecedor é só uma dessas dicas. O pior, pra mim, foi o cereal! Quem assistiu, sabe o que estou falando.
Além disso, o roteiro também tenta vender um conflito entre Logan e Naomi, mãe e filho, que não faz o MÍNIMO sentido. Não é abordado, não colocam na tela as razões para o possível ressentimento do Logan. É tudo muito mal executado.
A fotografia ganha pontos e a atuação de Dylan Minnette e Piercey Dalton também. Mas é só isso mesmo. De resto, o filme é uma TENTATIVA de filme. Muito falha, por sinal.
Gostei muito do filme. Pode até não ser tão bom quanto o primeiro, porém não acho que fica muito atrás. A trama principal é bem legal e bem conduzida. E eu amei forte a vilã da Julianne Moore.
Que decepção. Filme pobre, inconsistente. Único acerto e ponto positivo é a dose de violência, que é pesada e bem cruel (algo natural para um filme que conta a história de origem do Leatherface). E as mortes são todas brutais – apesar de que você fica com aquela sensação de que algumas das cenas, por mais bem trabalhadas que sejam, servem apenas para causar choque no público e escancarar o caráter dos personagens. A fotografia é boa e a direção também. Achei a ambientação, narrativa, bem diferente do que estava esperando. Aliás, toda essa história de fundo, da clínica psiquiátrica e a fuga de alguns dos pacientes, foi uma surpresa.
O roteiro, no entanto, é inconsistente. Se por um lado acerta escondendo a verdadeira identidade daquele que se tornaria o Leatherface futuramente (eu mesmo fiquei bem chocado, jurava que era aquele outro rapazinho), por outro erra de forma tosca, preguiçosa, na construção do personagem principal. Jed é introduzido de uma forma. No decorrer do filme acompanhamos um tipo de comportamento até que no final ele muda TOTALMENTE de uma hora pra outra. Não deu pra comprar. Faltou aprofundar mais. Final anticlimático, corrido...
E uma observação: não entendo como a família Sawyer, principalmente a Verna, continuavam à solta assim sendo que era comprovado se tratar de uma família criminosa, assassina, etc. Lili Taylor uma excelente atriz, mas desprezível demais como Verna. Mulher asquerosa.
Confesso que, ao terminar “O Despertar da Força”, fiquei bastante receoso com o episódio 8 da franquia “Star Wars” por conta da troca de diretor: achei que Rian Johnson não seria capaz de entregar um material à altura. Felizmente ele me provou o contrário. Foram tantas reações, arrepios, durante “Os Últimos Jedi” que realmente me faltaram palavras. Johnson não abandona os elementos que fizeram Star Wars ser Star Wars, mas é inteligentíssimo ao incluir algumas coisas novas, diferentes, inovadoras que transformam o filme em uma obra única.
O Episódio 8 conta com um tom bem mais sombrio do que “O Despertar da Força”. O roteiro trabalha muito bem os personagens e o desenvolvimento dos mesmos. Especialmente no que diz respeito a Rey e Kylo Ren, que protagonizam cenas memoráveis – com destaque, claro, para aquela que toma lugar em um cenário vermelho que quase me fez ter uma convulsão, de tantos arrepios que senti. Daisy Ridley defende a personagem com maestria, ilustrando bem o conflito interno que ela enfrenta. Adam Driver igualmente hábil na composição de Kylo Ren e como jamais deixa o personagem soar piegas, caricato ou previsível.
Luke ressurge potente, apesar de estar bem mais velho, exala segurança e “força”, também bem defendido por Mark Hamill. Finn é o único que soa mais “avulso”, digamos, com um arco bem mais fraco em comparação ao longa anterior – embora sua companheira de cena, Rose, seja uma adição interessantíssima. Poe segue sendo um personagem icônico e admirável (mais ainda por constatarmos que ele é, sim, falho). E as cenas com Carrie Fisher foram ótimas e dolorosas por sabermos que este é o capítulo final dela.
O primeiro ato de “Os Últimos Jedi” é meio agridoce. Mais lento do que poderíamos esperar e sem grandes alterações na história. Felizmente, quando a coisa muda (na cena do cenário vermelho que já citei), o longa engrena de uma maneira que fica até difícil de acompanhar sem deixar passar nenhum detalhe. São muitas reviravoltas, muitas informações e uma ação desenfreada que se sobrepõe totalmente ao problema de ritmo do primeiro terço. Além disso, a história que estão contando neste capítulo é imprevisível, principalmente no desfecho quando não deixa muitas ideias do que pode vir a seguir.
Não há o que dizer sobre os efeitos, direção de arte além disso: EXCEPCIONAIS! Este é o filme mais lindo de “Star Wars” do ponto de vista estético. Vários cenários impressionantes – achei foda aquele da guerra cujo branco se tornava vermelho ao toque. Trilha sonora de John Williams sempre impecável e marcante.
Enfim, é um FILMAÇO, além de ser muito promissor para o futuro da franquia, para o desfecho desta história em específico. Vem, 2019.
Fechou perfeitamente bem a trilogia “Planeta dos Macacos”, a qual me tornei fã. Este é um filme intenso. É emocionante, possui cenas de ação na medida certa e acima de tudo: é absolutamente reflexivo. Faz você pensar.
Com uma narrativa excepcional, o roteiro se preocupa em desenvolver bem seus personagens e nas relações entre eles ao passo que avança com a trama de forma coerente, sem jamais fazer o público perder o interesse ou deixar de imaginar o que está por vir. Os efeitos especiais são fundamentais neste quesito, já que Caesar e seus companheiros em nenhum momento parecem irreais, muito pelo contrário. É fascinante a habilidade dos produtores na criação dos primatas.
Dito isso, Andy Serkis certamente merecia uma indicação ao Oscar (não vou me surpreender caso consiga) por sua composição do protagonista, desde os maneirismos até as expressões silenciosas que gritam os sentimentos de Caesar sem que ele precise escancará-los com sua fala. Já Woody Harrelson, o segundo grande destaque de “A Guerra”, dá vida ao Coronel com segurança e de maneira até assustadora, levando em conta a forma como ele acredita que o que faz é o correto e que ninguém ouse contrariá-lo.
Esteticamente perfeito, com uma trilha sonora arrebatadora e uma direção objetiva de Matt Reeves, “A Guerra” fecha a trilogia de forma emocional, sempre evocando a mesma pergunta: Afinal de contas, o que é a humanidade?
Não estava muito animado pra conferir o filme porque, até então, não tinha me empolgado muito com os filmes solo do Thor – em especial “O Mundo Sombrio”. E é uma sensação maravilhosa quando você vai conferir algo com expectativas baixas e sai totalmente realizado. De longe, “Ragnarok” é o melhor filme da trilogia e certamente figura entre os melhores já lançados pela Marvel nesses últimos anos.
Gostei do roteito e da estrutura para desenvolver e contar a trama. A história, além de interessante, foi turbinada com vários acontecimentos diferentes acontecendo no meio do caminho – e até mesmo os momentos que pareciam não ter ligação com o plot principal, no fim renderam alguma coisa. Não é um filme de ação desenfreada: claro que temos excelentes momentos de luta (Hulk vs. Thor, por exemplo, e a grande batalha final que foi FODA demais), mas o roteiro é centrado e sabe onde quer chegar. Como de praxe, várias piadas são introduzidas ao longo da narrativa, algumas que funcionam, outras que soam absurdamente forçadas. Mas não achei a dose exagerada. O alívio cômico esteve presente tanto quanto nos outros filmes da Marvel. Além disso, souberam mesclar bem a comédia com o drama: “Ragnarok” possui uma carga dramática bem intensa, em especial no terceiro e último ato.
Chris Hemsworth interpreta Thor com carisma e se diverte à beça com o texto. Domina bem os momentos cômicos e é hábil ao evocar o sentimento de dor e raiva do personagem sem precisar abrir a boca. Cate Blanchett consegue roubar a cena nas cenas em que aparece, deu um tom apropriado para a vilã Hela (que já se tornou uma das minhas favoritas da franquia Marvel). A personagem da Tessa Thompson talvez tenha o melhor desenvolvimento entre todos, já que é introduzida como uma pessoa bêbada que não liga pra nada, e logo se transforma numa mulher guerreira e vingativa – e a interação que ela tem tanto com Thor quanto com Hulk funciona perfeitamente bem. Tom Hiddleston cumpre com seu papel como Loki, divertindo na medida certa. Rever Mark Ruffalo na pele de Bruce mais uma vez foi satisfatório. E Jeff Goldblum fecha os destaques como o excêntrico, mas diveritdo, Grandmaster.
A fotografia foi um acerto à parte. Design de produção inspirado, com cenários criativos e ricos em detalhes – o planeta comandado pelo Grandmaster, por exemplo. E a trilha sonora também foi um dos pontos altos.
Enfim, é um filme que certamente vai divertir aqueles que gostam do gênero.
Central do Brasil
4.1 1,8K Assista Agora- Daqui a pouco você também já me esqueceu.
- Eu não quero esquecer você.
- Não adianta, você vai esquecer.
- (...) Quando você estiver cruzando as estradas no seu caminhão enorme, espero que você lembre que eu fui a primeira pessoa a te fazer por a mão num volante (...) No dia que você quiser lembrar de mim, dá uma olhada no retratinho que a gente tirou juntos. Eu digo isso porque tenho medo que um dia você também me esqueça. Tenho saudade do meu pai. Tenho saudade de tudo.
Turma da Mônica: Lições
3.9 273 Assista AgoraO primeiro já tinha sido encantador. Esse aqui contou com uma dose maior, coesa e cativante de maturidade não só com a história, mas através do comportamento dos personagens diante das mudanças. As atuações das crianças evoluíram bastante também de Laços pra Lições. Fiquei emocionado mesmo em algumas cenas.
De uma delicadeza surpreendente. Mal posso esperar pelas novas aventuras dessa turma...
Spencer
3.7 569 Assista AgoraAngustiante de todas as formas, uma das obras mais pesadas que já assisti. Kristen Stewart irretocável, evoca e transparece o sufoco da Lady Di com maestria. É uma narrativa difícil de encarar, daquelas que você se sente aliviado quando termina. E é o que faz deste, um grande filme.
O Esquadrão Suicida
3.6 1,3K Assista AgoraA surra naquela porcaria que lançaram em 2016. Esse deu gosto de assistir.
Pânico
3.4 1,1K Assista AgoraMeu coração de fã tá feliz demais! Maravilhoso ter a oportunidade de reencontrar esses personagens depois de mais de uma década (igual quando Pânico 4 chegou aos cinemas, é uma sensação única), ainda mais com um filme que honra seu legado e ainda se reinventa. Wes estaria orgulhoso.
Neve Campbell, você é TUDO.
Shrek 2
3.8 823 Assista AgoraFada Madrinha cantando I Need a Hero enquanto toda aquela ação do Shrek, Biscoito, Burro e o Gato é desenvolvida, é de longe uma das melhores cenas do cinema e tenho dito!
Hereditário
3.8 3,0K Assista AgoraO tempo todo deu pra sentir como se os personagens estivessem transitando pelos dioramas da Annie. Artístico demais.
A Barraca do Beijo 2
3.0 387Inúmeras situações que poderiam ser resolvidas em questão de minutos se os personagens soubessem o que é CONVERSAR.
O Rei Leão
3.8 1,6K Assista AgoraO único defeito do filme é também sua maior virtude: os efeitos especiais impressionantes que tornaram cada um dos animais absurdamente realistas. Tecnicamente falando, é perfeito (e eu sou apaixonado pelo cuidado do estúdio com os detalhes minimalistas, me surpreendi em várias cenas, o Simba andando no deserto foi impecável). No entanto, justamente por conta dessa precisão na retratação dos bichos, perde-se a expressão facial tão marcante da animação. É sempre a mesma... Não fosse pela voz, não tem como saber se os personagens estão sentindo raiva, tristeza, felicidade. Isso é uma pena.
Mas na dublagem original, eu não vi problemas. Foi incrível ouvir James Earl Jones como Mufasa novamente e ao contrário da maioria (pelo o que andei lendo), eu amei o Scar do Chiwetel Ejiofor. Achei o tom dele realmente ameaçador, embora o personagem tenha perdido alguns dos trejeitos que o tenham tornado tão cativante em 1994 - o que não enxergo como defeito, já que o objetivo de incomodar e de evocar sua frieza, crueldade, é cumprido. Seth Rogen e Billy Eichner roubam as cenas em que aparecem, claro!
Amei muito a cena em que introduziram Spirit, ficou perfeito, só queria que tivesse durado um pouquinho mais já que a música é lindíssima. Acho a Beyoncé uma deusa na terra, mas confesso que estava com receio do resultado final da Nala. Felizmente, minhas expectativas foram superadas. JD McCrary emociona DEMAIS como o jovem Simba, assim como Donald Glover diverte com o personagem já adulto.
Enfim, me emocionei muito com as cenas marcantes que todos já conhecemos. O Rei Leão é um dos filmes mais importantes da minha vida, e fiquei muito satisfeito por ver esse remake respeitando dignamente o original. Vale muito o ingresso no IMAX 3D.
Toy Story 4
4.1 1,4K Assista AgoraÓtimo no estilo encantador Toy Story. E talvez seja mesmo o mais divertido entre os quatro longas. No entanto como desfecho eu ainda prefiro Toy Story 3, acho que ele foi perfeito em fechamento de arcos e personagens. Este capítulo tem seus grandes momentos e cenas que me deixaram “entalado”, por assim dizer – o início quando toca a clássica “Amigo Estou Aqui” e os momentinhos finais, claro –, mas de fato é um roteiro que foca e dá uma finalização apenas a um personagem em específico. Woody e Buzz da turma clássica são os únicos com algum destaque de verdade, principalmente o primeiro. Senti falta de uma presença maior dos outros.
De qualquer forma os personagens novos são bons. Foi muito legal rever a Beth e descobrir o que aconteceu com ela nesse tempo todo. Garfinho é maravilhoso, ri muito com ele. Pixar cada vez mais revolucionando a animação, eu fico abismado com a qualidade e a atenção aos mínimos detalhes. Cenários ótimos, criativos, realistas.
Enfim, como de praxe, pra agradar não somente crianças, mas jovens e adultos, ainda mais aqueles que, assim como eu, acompanharam a evolução dessas histórias e desses personagens tão únicos e importantes. Obrigado, Disney-Pixar.
Godzilla II: Rei dos Monstros
3.2 651 Assista AgoraAprendi a gostar mais do “Godzilla” de 2014 conforme fui assistindo mais algumas vezes. Claro que o fato do monstro-título ser quase que um coadjuvante naquela narrativa, que abriu muito mais espaço para os MUTOS, é algo que me incomoda até hoje – principalmente os cortes descarados em cenas de confronto que poderiam render. No entanto, os efeitos especiais grandiosos, produção caprichada, edição de som incrível, trilha sonora inspirada e várias cenas fodas me fizeram, de certa forma, abraçar o longa. Logo, minha expectativa era de ver todos os pontos positivos do primeiro ampliados, com uma participação bem maior do Gojira e confrontos épicos com os outros monstros. Felizmente foi isso que aconteceu.
Acho que existe um equilíbrio bom entre a ação dos monstros e as ações dos humanos. O roteiro tem alguns diálogos bem ruinzinhos, frases de efeito ruins, exclamações constrangedoras, mas tudo é recompensado quando os monstrões estão em tela e principalmente quando os confrontos são iniciados. Com imagens belíssimas, planos abertos grandiosos mostrando o tamanho das criaturas e a escala de destruição, efeitos especiais mais do que convincentes, este é um filme bem prato cheio pra quem gosta do gênero e é fã do “big guy”, como dito por um dos personagens. É prazeroso o que fazem com Godzilla aqui, as várias camadas novas que apresentam para o personagem, desde a força até seus poderes – um em específico, no ato final, mostrando uma transformação surpreendente do monstro, foi FODA apenas.
Eu, particularmente, não achei “Rei dos Monstros” escuro. Acho que esse problema veio em sessões 3D comuns, pois no IMAX 3D não tive problemas pra entender o que estava acontecendo e o que cada monstro estava fazendo – ao contrário do primeiro que, escuro por si só, ficou piorado com os óculos e não dava pra enxergar quase nada da batalha final. Claro que sim, seria ainda mais proveitoso se optassem por mostrar alguns dos confrontos sem poluição – tem chuva, tem neve, tem fumaça –, mas realmente essa decisão não foi algo que me deixou incomodado assistindo.
Na trama dos humanos, em comparação, o original se sobressai bastante. Neste aqui, embora as motivações de alguns sejam bem claras e até coesas, outras são risíveis e sem fundamento algum – vide a causa da personagem de Vera Farmiga, que usa o filho como desculpa para seus atos e pra mim, não teve lógica alguma. Ainda mais se levarmos em conta que ela não é apresentada e nem demonstra características de vilã, ao contrário dos outros que estão ao lado dela e possuem as mesmas ideias. Millie Bobbie Brown é uma atriz promissora e até rende algumas cenas boas. Entre todos, as atitudes e objetivos do Mark Russell, interpretado pelo excelente Kyle Chandler, é o que mais convence.
Enfim, “Godzilla II: Rei dos Monstros” se propõe a fazer o que havia prometido nos trailers e faz bem. Divertido e muito bem produzido, com batalhas monumentais, muita pancadaria e gritaria. O que os fãs estavam esperando mesmo. Que venha o confronto do século contra Kong agora.
Vingadores: Ultimato
4.3 2,6K Assista AgoraTive que esperar quatro dias pra encontrar palavras e falar sobre “Ultimato”, esse que é de longe o melhor filme desses 10 anos de histórias que a Marvel nos apresentou. Um evento grandioso e uma conclusão épica que ficará marcada por muitas gerações, sem sombra de dúvidas.
A ambição e grandeza presentes em “Ultimato” são surpreendentes. Assim como ocorreu em “Guerra Infinita”, esta continuação possui um tom bem tenso do início ao fim. Diria que no primeiro ato essa atmosfera se encontra ainda mais pesada, já que mostra os personagens reagindo quase que imediatamente à dizimação provocada por Thanos e como lidam com tantas perdas. São diálogos profundos e bastante reflexivos. A partir disso, os diretors Joe e Anthony Russo utilizam os vários, inúmeros laços emocionais que foram estabelecidos com o público durante os 21 longas anteriores, para construir a narrativa de forma clara e objetiva. Eles sabem onde querem chegar e como chegar lá. E deram os passos de maneira a agradar cada um dos fãs que acompanharam de perto tudo o que o estúdio ofereceu esse tempo todo.
Além de resgatar várias sensações e emoções, o roteiro deste “Ultimato” ainda é inteligente ao estabelecer as regras que ditam a trama principal. Particularmente fiquei muito satisfeito com as soluções para a viagem no tempo, pois antes de assistir estava bem receoso acerca das mortes que não tinham sido ocasionadas pelo estalo de Thanos, como Loki e Gamora – e reverter a situação dos dois, pra mim, seria como eliminar todo o impacto grandioso alcançado em “Guerra Infinita”. Dito isso, é extremamente satisfatório revisitar vários cenários que marcaram os anos anteriores do MCU, em especial a Batalha de NYC que traz uma das melhores sequências do filme – Capitão América e seu “hail Hydra” em uma cena que tinha tudo pra reinventar a luta do elevador presente em “O Soldado Inverval”, e claro, o momento do confronto Steve x Steve, com o bônus do personagem do passado acreditar se tratar de Loki disfarçado, o que permitiu deixar a mente do personagem intacta.
A viagem no tempo também proporciona momentos de reconciliação e muita emoção, vide Tony Stark podendo conversar com seu pai e finalmente descobrir que ele o amava sim, à sua maneira. Já que passou grande parte da vida (ela inteira) acreditando que Howard só o via como um fardo e um homem incapaz. A cena em que Steve se depara com Peggy Carter e a encara, silencioso, escondido, fez com que eu me sentisse entalado. Nem uma palavra. Apenas o olhar dele diante do amor de sua vida.
O terceiro ato é um presente aos fãs do início ao fim. E é impossível não se emocionar, mesmo que você não seja um fã assíduo. Desde a surpreendente morte da Natasha (algo que eu NUNCA nem cogitei e fiquei verdadeiramente chocado quando aconteceu), até o momento em que vários portais se abrem e todos os heróis retornam para a batalha final contra Thanos. Essa sequência entrou sim para a história do cinema, absolutamente inesquecível. Todos os personagens possuem seu momento glorioso. Desde Wanda (que por MUITO POUCO não conseguiu acabar com Thanos) até o ápice com Capitão América conseguindo erguer o Martelo de Thor. E claro, o “estalo” final, que acredito foi capaz de emocionar até a pessoa mais seca do mundo. O quanto eu chorei com a morte de Tony Stark, com seu sacrifício, não tá escrito. Ainda mais por conta de suas últimas palavras antes de acabar com Thanos, um paralelo com a última cena do filme que deu início ao universo, mas com contexto diferente. Se antes ele queria seu ego alimentado e reconhecido, desta vez o “Eu sou o Homem de Ferro” vem no tom mais altruísta da vida do Tony.
O desfecho do Capitão América foi divino e sem furos, se parar pra analisar algumas coisas ditas (e não mostradas, curiosamente rs) nos longas anteriores. Não à toa os diretores Russo afirmavam que este seria o fechamento de um ciclo pra ele. A jornada de Steve Rogers era reencontrar seu amor e viver a vida que lhe foi tomada tantos anos antes e que vivia o atormentando.
A trilha sonora inspiradíssima de Alan Silvestri torna tudo ainda mais emocionante. O compositor ainda resgata algumas músicas e acordes que estiveram presentes em cenas-chave de “Guerra Infinita”, o que contribui pra inúmeros arrepios durante as 3 horas de projeção. O tema principal dos Vingadores, que pra mim já era marcante e causador de muitos arrepios, entrou de vez para a lista dos mais históricos do cinema, ao lado de “Star Wars”, “Harry Potter” e tantos outros.
Chris Evans e Robert Downey Jr. com a melhor atuação em toda a franquia, de longe. Chris Hemsworth mescla bem a comédia com a carga dramática do Thor (que é bem pesada). Scarlett Johansoson, Karen Gillan e Josh Brolin fecham a lista com as melhores performances do longa. Já que esses personagens possuem histórias desenvolvidas e muitos sentimentos expostos ao longo do filme.
Enfim, só tenho mesmo a agradecer a Marvel por ter proporcionado um momento mágico, único como esse para os fãs que estão acompanhando todas essas histórias e jornadas há anos. Despedir-me dos “Vingadores” foi o equivalente ao que senti quando chegou o momento de dizer adeus a Harry Potter nas telonas. Uma sensação de vazio enorme. Me apeguei aos personagens, passei a amá-los (alguns eu nem esperava) e esse vínculo, quando rompido, nunca é fácil de encarar. Obrigado, Marvel. Por nos presentear com tantos momentos incríveis.
Cafarnaum
4.6 673 Assista AgoraA sensibilidade da diretora Nadine Labaki na condução deste filme me impressionou de uma maneira que nem consigo colocar em palavras. É um longa realista demais, cru demais. O suficiente pra te deixar sem ar durante os 126 minutos de duração.
Soma-se a isso um roteiro ousado, que faz um trabalho absurdamente excepcional no desenvolvimento do jovem Zain, e também à atuação de Zain Al Rafeea. Quanto talento! As expressões me tocaram tanto, em DIVERSOS momentos, que nem consegui me segurar. Não tem como, na verdade. Pela forma como ele, tão pequeno (uma criança!!) já enxerga o mundo... E pela relação construída com o bebê Yonas.
Produção poderosa em todos os aspectos. É dos filmes que deveria ter muuuuito mais reconhecimento. Um dos melhores que já assisti na vida.
Romina
0.9 173 Assista Agora74 minutos que mais pareceram 222. E esse filme deve ter o recorde de personagens mais insuportáveis. NENHUM aqui se salva. São todos chatos, mesquinhos, idiotas. SEM exceção. Haja saco pra conseguir terminar isso, quase fico louco. Uma das piores escolhas que fiz pra filmes nos últimos tempos.
Vingadores: Guerra Infinita
4.3 2,6K Assista AgoraLiteralmente senti minhas pernas bambas quando o filme acabou e eu tive que me levantar pra sair do cinema. O filme é FODA e quero destacar algumas coisas:
A trama do filme é maravilhosa, coerente e absolutamente tensa. O filme ganha um tom sombrio em vários momentos, coisa que me surpreendeu bastante – até então nenhum outro título da Marvel tinha me passado isso. Melhor ainda é que não precisou escurecer totalmente a fotografia para atingir esse feito. O roteiro tem uma estrutura impecável. Começa tenso (só a intro da Marvel Studios com aquele “zunido” já estabelece o tom geral do longa) e termina tenso. Toda hora acontece algo de importância. “Guerra Infinita” não perde tempo com cenas descartáveis e o humor funciona, é incluído nos momentos certos e são certeiros.
É um filme com uma longa lista de personagens, mas todos eles têm seu espaço. Claro que alguns menos que outros, mas ainda assim marcam presença apenas por estarem na tela. E a interação entre eles!!! Um dos melhores pontos do filme. Guardiões com Thor. Tony Stark com Dr. Strange. Etc. E ainda aprofunda bem arcos dramáticos para personagens específicos: Wanda e Gamora. E o Thanos é um vilão da PORRA! Compensou totalmente todos os antagonistas anteriores que não tinham uma causa coesa ou convincente.
Efeitos especiais muito bons. Design de produção incrível! É incrível o empenho da equipe na construção dos cenários e nesse filme, temos de sobra!
E nas atuações, destaco principalmente: Josh Brolin, deu um show como Thanos, mesmo com toda aquela criação digital do personagem. Zoe Saldana, como Gamora. E Elizabeth Olsen, como Wanda. Não que os outros não mereçam atenção, mas esses três aqui se destacaram um pouquinho mais.
Surpreendentemente dramático e com um desfecho impactante, “Guerra Infinita” é, de longe, o melhor de todos os “Vingadores”. O mais equilibrado, maduro, coeso, divertido e emocionante.
Strong Island
3.5 49Forte. Tocante. E frustrante. Realidade pura que, infelizmente, se estende até os dias de hoje. Talvez de forma ainda mais pesada.
Jogos Mortais 3
3.3 705 Assista AgoraO capítulo mais sangrento da franquia “Jogos Mortais” até agora e o que mais me deu agonia. Haja estômago para as mortes – em especial aquela que é investigada logo nos primeiros minutos do filme.
As reviravoltas nos dois filmes anteriores foram melhores e mais interessantes, mas este aqui não fica muito atrás neste quesito. O final é surpreendente, o teste promovido pelo John Kramer é assustador de tão inteligente. E não é sempre que a gente se depara com um vilão tão vulnerável.
Maze Runner: A Cura Mortal
3.3 564 Assista Agora“A Cura Mortal” foi o único livro desta franquia que eu não li – por falta de oportunidade mesmo –, então o conteúdo deste capítulo final da franquia “Maze Runner” era basicamente inédito pra mim. E fui surpreendido positivamente.
É um filme de ação intensa: sempre tem alguma coisa acontecendo que pode trazer consequências aos personagens, logo, você teme pela segurança deles. Um acerto do roteiro. Também abre espaço para pequenos momentos de humor (são poucos, mas quando incluídos, funcionam). Até que no desfecho, a coisa toda toma uma reviravolta mais triste e você passa a enxergar as tragédias do ato final com um olhar totalmente diferente – e de certa forma, frustrante. O roteiro desenvolve bem a história, não existe quebra de ritmo (felizmente!) e os diálogos em suma, estão bons. Claro que temos um momento ou outro que força a barra, que é expositivo, mas T.S. Nowlin foge disso.
Wes Ball fez um trabalho excepcional na franquia. Foi um acerto mantê-lo como diretor durante as três produções. Ele comanda as cenas de ação com muita energia e entusiasmo, ciente de que elas são ponto-chave de uma obra como essa. E é sempre objetivo. Divide bem a narrativa nos respectivos núcleos (CRUEL e Gladers) sem que o longa perca força. Até no cunho político, Ball faz um bom trabalho: a revolta da popução e a invasão que os mesmos fazem por serem excluídos aos olhos da “alta sociedade” é uma das melhores sequências de “A Cura Mortal”.
A trilha sonora de John Paesano fecha a trilogia com chave de ouro – ele compôs as músicas dos dois anteriores também, então os mais atentos vão reparar acordes de músicas e temas que já se tornaram marca da franquia Maze Runner; e eu gosto muito daquela que toca nos créditos finais. Fotografia e design de produção ótimos: o visual da cidade onde a sede do CRUEL se encontra é incrível e inspirado. E os efeitos estão bons também.
Dylan O’Brien é um ator que venho admirando há muito tempo e acho que ele deu o melhor como Thomas. A habilidade que o ator tem na mudança abrupta de expressões é sem dúvida um grande diferencial. Kaya Scodelario retorna como uma Teresa vivendo um conflito interessantíssimo (e bem abordado pelo roteiro): a certeza de que está fazendo algo em prol da humanidade, ao mesmo tempo em que pesa em sua consciência o fato de ter traído seus amigos. Ela defende Teresa com garra e o resultado é satisfatório. Thomas Brodie-Sangster excepcional: se em “Prova de Fogo” ele surgia um tanto apagado, neste ele compensa com cenas intensas e muito emocionantes para o Newt, com uma performance delicada e bem construída. Ki Hong Lee, mesmo reduzido a quase um “vegetal” em 75% do filme, ainda assim evoca bem a sensibilidade de Minho e a revolta com suas expressões. Por fim, Aidan Gillen se mostra bastante competente quando seu Janson se transforma defitivamente.
“A Cura Mortal” é, pra mim, o melhor desfecho cinematográfico desde Harry Potter. Intenso, forte, e surpreendentemente triste (as duas mortes principais são de fazer chorar muito). Vale o ingresso e a franquia.
Vende-se Esta Casa
1.4 989 Assista AgoraQue decepção. Essa trama, embora não seja das mais originais, prometia tanto. Mas os roteiristas (e também diretores) preferiram desenvolver tudo de uma forma rasa, desconexa, sem nenhum tipo de compromisso. Há alguns momentos ou outros em que você leva uns sustinhos, graças principalmente ao batido truque de elevar os acordes da trilha sonora. Mas fora isso, nada acontece.
E o que mais irrita no decorrer de “The Open House” é a burrice dos personagens principais. Eu até consegui criar um vínculo com Logan, por conta da tragédia que se abate à vida dele logo nos primeiros minutos. Mas depois a postura fica indefensável. A família recebe várias dicas em diversos momentos de que existe alguém dentro da casa brincando com eles – o lance do aquecedor é só uma dessas dicas. O pior, pra mim, foi o cereal! Quem assistiu, sabe o que estou falando.
Além disso, o roteiro também tenta vender um conflito entre Logan e Naomi, mãe e filho, que não faz o MÍNIMO sentido. Não é abordado, não colocam na tela as razões para o possível ressentimento do Logan. É tudo muito mal executado.
A fotografia ganha pontos e a atuação de Dylan Minnette e Piercey Dalton também. Mas é só isso mesmo. De resto, o filme é uma TENTATIVA de filme. Muito falha, por sinal.
Kingsman: O Círculo Dourado
3.5 885 Assista AgoraGostei muito do filme. Pode até não ser tão bom quanto o primeiro, porém não acho que fica muito atrás. A trama principal é bem legal e bem conduzida. E eu amei forte a vilã da Julianne Moore.
Massacre no Texas
2.5 431 Assista AgoraQue decepção. Filme pobre, inconsistente. Único acerto e ponto positivo é a dose de violência, que é pesada e bem cruel (algo natural para um filme que conta a história de origem do Leatherface). E as mortes são todas brutais – apesar de que você fica com aquela sensação de que algumas das cenas, por mais bem trabalhadas que sejam, servem apenas para causar choque no público e escancarar o caráter dos personagens. A fotografia é boa e a direção também. Achei a ambientação, narrativa, bem diferente do que estava esperando. Aliás, toda essa história de fundo, da clínica psiquiátrica e a fuga de alguns dos pacientes, foi uma surpresa.
O roteiro, no entanto, é inconsistente. Se por um lado acerta escondendo a verdadeira identidade daquele que se tornaria o Leatherface futuramente (eu mesmo fiquei bem chocado, jurava que era aquele outro rapazinho), por outro erra de forma tosca, preguiçosa, na construção do personagem principal. Jed é introduzido de uma forma. No decorrer do filme acompanhamos um tipo de comportamento até que no final ele muda TOTALMENTE de uma hora pra outra. Não deu pra comprar. Faltou aprofundar mais. Final anticlimático, corrido...
E uma observação: não entendo como a família Sawyer, principalmente a Verna, continuavam à solta assim sendo que era comprovado se tratar de uma família criminosa, assassina, etc. Lili Taylor uma excelente atriz, mas desprezível demais como Verna. Mulher asquerosa.
Star Wars, Episódio VIII: Os Últimos Jedi
4.1 1,6K Assista AgoraConfesso que, ao terminar “O Despertar da Força”, fiquei bastante receoso com o episódio 8 da franquia “Star Wars” por conta da troca de diretor: achei que Rian Johnson não seria capaz de entregar um material à altura. Felizmente ele me provou o contrário. Foram tantas reações, arrepios, durante “Os Últimos Jedi” que realmente me faltaram palavras. Johnson não abandona os elementos que fizeram Star Wars ser Star Wars, mas é inteligentíssimo ao incluir algumas coisas novas, diferentes, inovadoras que transformam o filme em uma obra única.
O Episódio 8 conta com um tom bem mais sombrio do que “O Despertar da Força”. O roteiro trabalha muito bem os personagens e o desenvolvimento dos mesmos. Especialmente no que diz respeito a Rey e Kylo Ren, que protagonizam cenas memoráveis – com destaque, claro, para aquela que toma lugar em um cenário vermelho que quase me fez ter uma convulsão, de tantos arrepios que senti. Daisy Ridley defende a personagem com maestria, ilustrando bem o conflito interno que ela enfrenta. Adam Driver igualmente hábil na composição de Kylo Ren e como jamais deixa o personagem soar piegas, caricato ou previsível.
Luke ressurge potente, apesar de estar bem mais velho, exala segurança e “força”, também bem defendido por Mark Hamill. Finn é o único que soa mais “avulso”, digamos, com um arco bem mais fraco em comparação ao longa anterior – embora sua companheira de cena, Rose, seja uma adição interessantíssima. Poe segue sendo um personagem icônico e admirável (mais ainda por constatarmos que ele é, sim, falho). E as cenas com Carrie Fisher foram ótimas e dolorosas por sabermos que este é o capítulo final dela.
O primeiro ato de “Os Últimos Jedi” é meio agridoce. Mais lento do que poderíamos esperar e sem grandes alterações na história. Felizmente, quando a coisa muda (na cena do cenário vermelho que já citei), o longa engrena de uma maneira que fica até difícil de acompanhar sem deixar passar nenhum detalhe. São muitas reviravoltas, muitas informações e uma ação desenfreada que se sobrepõe totalmente ao problema de ritmo do primeiro terço. Além disso, a história que estão contando neste capítulo é imprevisível, principalmente no desfecho quando não deixa muitas ideias do que pode vir a seguir.
Não há o que dizer sobre os efeitos, direção de arte além disso: EXCEPCIONAIS! Este é o filme mais lindo de “Star Wars” do ponto de vista estético. Vários cenários impressionantes – achei foda aquele da guerra cujo branco se tornava vermelho ao toque. Trilha sonora de John Williams sempre impecável e marcante.
Enfim, é um FILMAÇO, além de ser muito promissor para o futuro da franquia, para o desfecho desta história em específico. Vem, 2019.
Planeta dos Macacos: A Guerra
4.0 965 Assista AgoraFechou perfeitamente bem a trilogia “Planeta dos Macacos”, a qual me tornei fã. Este é um filme intenso. É emocionante, possui cenas de ação na medida certa e acima de tudo: é absolutamente reflexivo. Faz você pensar.
Com uma narrativa excepcional, o roteiro se preocupa em desenvolver bem seus personagens e nas relações entre eles ao passo que avança com a trama de forma coerente, sem jamais fazer o público perder o interesse ou deixar de imaginar o que está por vir. Os efeitos especiais são fundamentais neste quesito, já que Caesar e seus companheiros em nenhum momento parecem irreais, muito pelo contrário. É fascinante a habilidade dos produtores na criação dos primatas.
Dito isso, Andy Serkis certamente merecia uma indicação ao Oscar (não vou me surpreender caso consiga) por sua composição do protagonista, desde os maneirismos até as expressões silenciosas que gritam os sentimentos de Caesar sem que ele precise escancará-los com sua fala. Já Woody Harrelson, o segundo grande destaque de “A Guerra”, dá vida ao Coronel com segurança e de maneira até assustadora, levando em conta a forma como ele acredita que o que faz é o correto e que ninguém ouse contrariá-lo.
Esteticamente perfeito, com uma trilha sonora arrebatadora e uma direção objetiva de Matt Reeves, “A Guerra” fecha a trilogia de forma emocional, sempre evocando a mesma pergunta: Afinal de contas, o que é a humanidade?
Thor: Ragnarok
3.7 1,9K Assista AgoraNão estava muito animado pra conferir o filme porque, até então, não tinha me empolgado muito com os filmes solo do Thor – em especial “O Mundo Sombrio”. E é uma sensação maravilhosa quando você vai conferir algo com expectativas baixas e sai totalmente realizado. De longe, “Ragnarok” é o melhor filme da trilogia e certamente figura entre os melhores já lançados pela Marvel nesses últimos anos.
Gostei do roteito e da estrutura para desenvolver e contar a trama. A história, além de interessante, foi turbinada com vários acontecimentos diferentes acontecendo no meio do caminho – e até mesmo os momentos que pareciam não ter ligação com o plot principal, no fim renderam alguma coisa. Não é um filme de ação desenfreada: claro que temos excelentes momentos de luta (Hulk vs. Thor, por exemplo, e a grande batalha final que foi FODA demais), mas o roteiro é centrado e sabe onde quer chegar. Como de praxe, várias piadas são introduzidas ao longo da narrativa, algumas que funcionam, outras que soam absurdamente forçadas. Mas não achei a dose exagerada. O alívio cômico esteve presente tanto quanto nos outros filmes da Marvel. Além disso, souberam mesclar bem a comédia com o drama: “Ragnarok” possui uma carga dramática bem intensa, em especial no terceiro e último ato.
Chris Hemsworth interpreta Thor com carisma e se diverte à beça com o texto. Domina bem os momentos cômicos e é hábil ao evocar o sentimento de dor e raiva do personagem sem precisar abrir a boca. Cate Blanchett consegue roubar a cena nas cenas em que aparece, deu um tom apropriado para a vilã Hela (que já se tornou uma das minhas favoritas da franquia Marvel). A personagem da Tessa Thompson talvez tenha o melhor desenvolvimento entre todos, já que é introduzida como uma pessoa bêbada que não liga pra nada, e logo se transforma numa mulher guerreira e vingativa – e a interação que ela tem tanto com Thor quanto com Hulk funciona perfeitamente bem. Tom Hiddleston cumpre com seu papel como Loki, divertindo na medida certa. Rever Mark Ruffalo na pele de Bruce mais uma vez foi satisfatório. E Jeff Goldblum fecha os destaques como o excêntrico, mas diveritdo, Grandmaster.
A fotografia foi um acerto à parte. Design de produção inspirado, com cenários criativos e ricos em detalhes – o planeta comandado pelo Grandmaster, por exemplo. E a trilha sonora também foi um dos pontos altos.
Enfim, é um filme que certamente vai divertir aqueles que gostam do gênero.