Mais safadeza e depressão. Falando um pouco mais sério agora, esses dois episódios adicionais são quase um sonho. Tem um quê de onírico e de surrealismo muito forte que acima de tudo deve ser mais experimentado do que assimilado. Sem dúvida precisarei de materiais complementares para entender mais a fundo. A impressão forte que a obra me passou foi a do autor usar esse universo fictício para tratar dos próprios problemas. Abandono, solidão, rejeição e desejo sexual sufocado gritam na animação. Se projetar para dentro do Shinji com esses quatro elementos internalizados ajuda a entender a dimensão do que a obra quer nos passar.
Neon Genesis Evangelion não é uma animação que recomendo para todos, é uma jornada estranha mas fico feliz por ter tido essa experiência. Imagino o impacto disso para quem acompanhou lá trás na década de 90.
Dei play sem pretensão nenhuma e também me lembrava muito pouco do primeiro filme. Fiquei surpreso com o tanto que gostei dessa sequência. A estética de zumbis e gore foi bem dosada, nada é gratuito e sem propósito e o diretor não abusa dos mesmos recursos cena após cena. O grupo todo é muito carismático e o filme é recheado de referências e bom humor.
Definitivamente não é meu tipo de humor. Tenho uma barreira com stand up, o timing parece sempre previsível e frequentemente abusam da mesma receita de bolo no show inteiro. Do pouco que já assisti o Ricky Gervais consegue colocar mais camadas nas piadas que conta. Outra coisa, tive a sensação que no show você passa mais tempo ouvindo a plateia gritar e bater palmas do que o comediante de fato falando. Sendo mais particular neste caso, "bitch" e "nigga" ditos 4 vezes por minuto satura completamente e enche o saco. Achei o nível um pouco baixo mesmo considerando o contexto entrelinhas do que é dito. No geral parece cumprir bem o papel de tocar em pontos de tensão da sociedade mas pessoalmente prefiro outros formatos.
Documentário que abusa do bom senso. Sendo bem breve os três pontos que justificam minha nota:
1) Narração em primeira pessoa foi de uma vergonha alheia sem tamanho e 4/5 do documentário são fungos crescendo em filmagens aceleradas, cansa uma hora.
2) "Big claims, no evidence". Os idealizadores tiveram a pachorra de dizer que os fungos foram os responsáveis pelo nosso ancestral primata ter evoluído o cérebro. Cura do câncer, tratamento de doença mental, solução para aquecimento global, para o derramamento de óleo, para a fome, para a falta de água potável da África, para a morte das abelhas, para a poluição de plástico.... sério, chegou um momento que achei que era uma sketch de humor porque eu já dava dando risada. Absolutamente nenhuma evidência foi mostrada. Embalaram tudo isso no bom e velho truque do marketing "o inimigo comum", industria farmacêutica, igreja, políticos etc .
3) Aqui foi onde subiu o sinal vermelho pra mim. O velho druida dos cogumelos conta que submeteram as "pesquisas científicas" para peer to peer review nas academias e foi muito bem recebido.... pela mídia!
Em conclusão, excelente peça de marketing, seguiram todas as regras do livro. Vai funcionar muito bem pros miolo-moles "pra frentex" quererem usar cogumelo achando que vão encontrar algum sentido superior de euforia ou catarse.
Um dos filmes mais medíocres que eu já assisti. É tão pobre em todos os aspectos possíveis que o único recurso que sobrou foi o diretor ser apelativo na estética. Gore, sangue, mortes gratuitas e sem significado, quebra de expectativa que não é quebra porque depois de usado pela 20ª vez torna-se esperado, pobreza de roteiro, falta de objetividade, moral rasa. Tudo isso embalado em uma playlist do James Gunn escutar chapado pra te vender como uma boa opção de entretenimento. As 3 meia-risadas não valem 2 horas e 12 minutos da sua vida.
No geral acho filmes de herói uma merd*, com excessão de Watchmen e a trilogia do Homem Aranha do Sam Raimi. Não assisti JL de 2017 então fui ver sem saber da bomba. Dito isto, esse aqui até que agradou bem, assisti com amigos então parte da graça foi o próprio evento.
É a produção mais brilhante que vi nos últimos tempos. Faz Cosmos parecer brincadeira de criança. De modo geral se você tem algum interesse ou curiosidade sobre física e cosmologia e consumiu muito conteúdo sobre o assunto, deve ter se deparado com a fronteira atual da ciência. A incompatibilidade da relatividade de Einstein com a física quântica. A crise no meio científico é gritante e de fato existe um establishment autoritário. Teorias absurdas de 11 dimensões, multiversos entre outros são as melhores opções oferecidas atualmente.
A hipótese, que é provada no decorrer do documentário, é que as premissas pelas quais a ciência moderna está pautada estão equivocados. E para corrigi-la é necessário dar alguns passos para trás e analisar essas premissas no campo filosófico e metafísico. Isso significa voltar a um estado de pensamento anterior ao momento do erro e analisa-lo com as ferramentas que estavam disponíveis no pré-erro, pois não estão viciadas ainda.
Sem dúvidas é necessário assistir mais de uma vez e estudar mais sobre o assunto. Gostaria de ver ensaios críticos sobre o que o Wolfgang Smith propõe. A história dele é muito bonita e as passagens sobre sua esposa são emocionantes. Um homem brilhante.
Documentário bem interessante. O Billy é um mentiroso e manipulador nato, do tipo capaz de criar seitas e controlar pessoas, todos os tipos de pessoas. Foi bem legal saber mais desse mundo de luxo do marketing, dos influencers de rede social e de toda a pilantragem para gerar valor subjetivo. Foi bem cômico ver aqueles jovens chegando na ilha e a coisa rapidamente virar um Hunger Games. Ainda bem que não houve selvageria física nem mortes, mas com certeza para aqueles jovens parvos foi um verdadeiro filme de terror. Pontos de tristeza foram os moradores da ilha que não receberam pelo trabalho que fizeram. Fiquei com dó especialmente da dona do restaurante, perdeu as economias de vida dela (50 mil dólares) e mesmo assim não parecia transmitir ódio nem raiva quando falava, apenas um sentimento legítimo de mágoa por não cumprirem o combinado.
Agora o que realmente me assustou e impressionou foi o minuto final. Depois de todo o desfecho o documentário volta para o encarregado de obras da ilha. Este funcionário contou todos os detalhes de como foi o empreendimento e de como todos eles tinham sido enganados pelo Billy. E acontece de o próprio Billy ligar para este funcionário no meio do depoimento. Pasmem: o funcionário fica FELIZ com a ligação, ele se derrete todo conversando com o Billy, isso significa que apesar de toda a fraude ser exposta o Billy ainda consegue ter poder sobre as pessoas que ele enganou, isso é algo que impressionou muito. Provavelmente ele conseguiria dobrar todas aquelas pessoas envolvidas e, novamente, embarcar com elas num novo projeto.
É um bom documentário complementar para o assunto. Trás um bom contexto, alguns fatos e sequência lógica de argumentos. Porém não trás insumos suficientes para uma discussão completa. Ele possui viés intervencionista e estatista (apesar de todos os problemas terem emergido do governo central), não atoa uma das pessoas entrevistadas é o execrável George Soros. Se você esta alinhado com este viés provavelmente irá adorar o documentário e achar que é o argumento definitivo para combater o "neo-liberalismo". Se você tiver formação liberal-conservadora deverá saber apontar os erros mas principalmente abrirá os olhos para distorções que o sistema possui e que devem ser corrigidos.
É o famoso filme pipocão. Não é um grande filme, nem memorável mas é uma ótima opção se você busca entretenimento puro e simples. Desses para não pensar muito e apenas se deixar levar. Um grande destaque, e surpresa, foi o arco do Hank Marlow, soldado da 2ª guerra mundial, que de fato emociona.
Assisti de novo, que filmão do caraio. Redondinho, bons personagens, tudo bem dosado sem exageros, plot sobre honra e sacrifício. Não entra na minha cabeça como puderam fazer tanta merd* nos eps 7, 8 e 9...
É um filme acima da média. Qualquer um com dois neurônios consegue perceber que de alguns anos pra cá a qualidade dos filmes lançados despencou, com efeito, um filme que seja bem dirigido, com um roteiro mais elaborado e um bom elenco consegue emergir no meio de tantas opções ruins. É o caso de Magnatas do Crime. Porém comparando com os "big boys" do gênero, incluindo outros filmes do próprio Guy Ritchie, e aqui destaco Snatch e Lock, Stock and Two Smoking Barrels, é um filme bastante bobo. Olhando com um pouco mais de atenção, e conhecendo outros filmes, a história torna-se muito menos surpreendente do que parece ser, sendo bastante previsível em momentos chave. No entanto, onde o filme mais peca é na tentativa de imprimir ares de classe e refino em torno dos personagens. Simplesmente não funciona. Matthew McConaughey não exala uma atmosfera de domínio e respeito como Vito e Michael Corleone. A história do "King" implacável e sua "Queen" dominadora parecem vindo de sonhos molhados de algum adolescente.
Sem dúvidas é um dos maiores filmes sobre o tema, é brutal em todos os sentidos. A guerra revela espectros opostos, um é o massacre sádico de tantas vidas humanas, o outro a grandeza dos homens que nela deram a vida para defender sua cultura e seus valores. Dito isso o filme se tornou, para mim, um pouco cansativo no último ato.
O filme é maravilhoso. Outro colosso do David Lean que também dirigiu Lawrence da Arábia. Toda a parte de produção é impecável, dos figurinos à trilha sonora e principalmente a fotografia. O romance é baseado na obra de Boris Pasternak (1890-1960) e abrange o período da primeira guerra mundial e a revolução russa. É uma grande denúncia sobre a podridão do comunismo, mostrando o prelúdio de todos os horrores que iriam se abater sobre o povo russo durante quase um século. Neste turbilhão de desesperança, sofrimento e supressão de liberdade acompanhamos a vida de Yuri Zhivago, marcada por atitudes nobres mas também por grandes erros principalmente com sua esposa Tonya. Não se intimidem com a duração do filme, ele é divido em dois momentos, ideal para fazer uma pausa, e é bastante dinâmico e envolvente.
Grande, e como, clássico. A produção é fenomenal, é um refresco pros olhos ver efeitos práticos e cenários reais. Hoje em dia o CGI tá meio banalizado e parece que tudo é perfeito ou artificial demais. Aqui é a beleza natural dos desertos da Jordânia em planos bem abertos e com trilha sonora à altura. O que falar das atuações também, a performance do Peter O'Toole é simplesmente absurda, toda a decadência rumo à loucura do Lawrance muito bem encarnada. Um grande marco do cinema.
Pra quem vai assistir achando que é os bastidores de Senhor dos Anéis vai quebrar a cara, sinto muito. É um filme sobre amor e amizade, e é muito competente pois emociona em vários momentos. Sou um grande fã da obra literária e achei ótimo poder acompanhar mais de perto alguns dos acontecimentos da sua vida que influenciaram tanto. Gostei muito das referências sutis, (Eärendil, o conto das duas árvores e etc). Se tivesse que apontar um defeito no filme diria que a vida religiosa do Tolkien foi completamente omitida. Ele era um cristão fervoroso e isso exerceu uma tremenda influência em sua vida e obra. No mais, filmão!
A história de Spartacus é absolutamente incrível. Recomendo a todos que, além do filme, procurem ler mais sobre a história de um escravo que tem seu nome lembrado mesmo depois de mais de 2000 anos. Adianto que o roteiro tem bastante "licença poética" para alterar alguns fatos.
Sobre o filme em sí. Senti apenas que faltou um pouquinho mais de cuidado na construção do personagem do Spartacus, não me passou muito bem a impressão de um grande líder (com exceção no último ato). No entanto me emocionei bastante nos momentos em que o Kirk Douglas está junto de sua amada e suspende a pose de durão falando com grande sinceridade:
Varinia : What are you thinking about? Spartacus : I'm free. And what do I know? I don't even know how to read. Varinia : You know things that can't be taught. Spartacus : I know nothing. Nothing. And I wanna know. I want to... I wanna know. Varinia : Know what? Spartacus : Everything! Why a star falls and a bird doesn't, where the sun goes at night, why the moon changes shape. I wanna know where the wind comes from. Spartacus : I wanna know all about you. Every line, every curve. I wanna know every part of you. Every beat of your heart.
A produção do filme é espetacular também. Poucos diretores seriam capazes de conduzir uma obra dessa magnitude.
Spartacus é um épico sobre liberdade, e isso é tudo que vocês precisam saber.
"We've traveled a long ways together. We've fought many battles and won many victories. Now, instead of taking ships to our homes across the sea, we must fight again once more. Maybe there's no peace in this world, for us or for anyone else, I don't know. But I do know that as long as we live, we must remain true to ourselves."
"When a free man dies, he loses the pleasure of life. A slave loses his pain. Death is the only freedom a slave knows. That's why he's not afraid of it. That's why we'll win."
Fiquei absolutamente impressionado com o que conseguiram fazer com os recursos de 64 anos atrás (a abertura do Mar Vermelho então....). É uma grande peça de teatro encenada em 3 horas e 40 minutos (tem uma pausa no meio, recomendo para esticar as pernas e fazer um lanche). Os figurinos são muito belos, tanto a parte da nobreza egípcia quanto os escravos hebreus, sujos e queimados de sol (inclusive cenas muito fortes aqui sobre a escravidão). Tiveram bastante atenção para cada detalhe das cenas, com dezenas de elementos e figurantes, imagine só dirigir tudo isso. Os atores também estão incríveis, cada qual com seu momento de brilho. Sobre a história é uma das mais consagradas do antigo testamento, trás a libertação do povo hebreu através de Moisés. Não se assustem com a duração do filme, vale cada minuto!
Lindo filme. Tem aquela leveza semelhante a "O Serviço de Entregas da Kiki", você assiste e se sente bem, definitivamente não é um dramalhão à la Pixar. Parece ser feito para crianças mas tem muitas camadas de valores que servem para todos os adultos que se esqueceram deles. A parte técnica é incrível, as cores, composição das telas, é impressionante o cuidado que tiveram. Sem falar que o protagonista é estilo puro, virou meu "mascote" favorito!
Achei terrível. Parece que o diretor quis atirar para todos os lados e acabou não acertando nenhum. É uma confusão de simbolismos que fica muito difícil extrair alguma mensagem superior deste filme. Sinceramente acho que faltou mais mais cuidado para retratar o que o diretor parece querer criticar, a natureza humana, as religiões, as organizações civis e etc. Quando o próprio diretor aparece para tentar explicar seu filme é um mau sinal. A estética do filme também é horrível, o que é outro mau sinal, impactar mais pela forma do que pelo conteúdo.
O que penso nesse momento é que a própria natureza além do homem é desigual e aparentemente injusta. É aquela sensação ruim de quando você vê um predador matando sua presa no Discovery Channel. Mas a diferença é que os homens possuem dons únicos. Autoconsciência, imaginação, consciência e vontade independente dão a nós liberdade de escolha. Neste filme o diretor nos leva a crer que somos 100% refém às condições que nascemos e coloca seus personagens em situações desesperadoras e extremas para justificar isso.
É um filme aparentemente bobinho. Não tem muito bem um começo, meio e fim mas é um olhar mais íntimo na construção da identidade de um menino. A busca por aprovação, por autoafirmação, sexualidade, amizade e família... enfim, em maior ou menor grau cada um de nós passa por experiências do tipo tentando descobrir o seu lugar no mundo. Mas por ser apenas um retrato disso tudo e não desenvolver esses conceitos para chegar em algum lugar o filme acaba sendo um pouco pobre. Tem cenas divertidas que ri muito por me identificar.
Assisti com pouco conhecimento prévio. Sabia que era uma saga de livros suecos e que também ja existiam três filmes. Falando sobre este aqui por si só, é um suspense bom. O mistério a ser resolvido te envolve e prende até o fim. No entanto fiquei com a impressão de que o filme é muito corrido, na verdade extremamente corrido. Personagens novos vem e vão, viagens acontecem, relacionamentos se desenvolvem, novas pistas e etc, é tudo muito comprimido que fica até difícil absorver todos os detalhes e acabamos tendo que aceitar algumas soluções meio insatisfatórias para alguns conflitos. No final então acontecem dezenas de coisas em pouquíssimos minutos. Funcionou razoavelmente bem aqui, talvez pela competência do diretor mas imagino que só lendo o livro para ter a experiencia completa do thriller.
O filme é muito bom e bastante fiel ao original. Em questão de roteiro ele é brilhante, é Shakespeare diluído para crianças e adultos. Porém sofre de uma gravíssimo problema: uma de suas maiores forças é também um de seus maiores defeitos. Explico.
A qualidade gráfica dos cenários e dos animais é algo absurda, acho que talvez seja (até o momento) a animação mais bem feita e realista já feita. E é aí que tá. Lembram que eu tinha dito que Rei Leão é Shakespeare diluído? E funcionava muito bem no original porque os animais em grande parte servem como metáfora para seres humanos. Na animação, em forma de desenho, havia liberdade criativa para colocar expressões humanas nos animais. Felicidade, rancor, tristeza, culpa, arrependimento e etc, tudo isso é possível ver no desenho original. Aqui como o foco no realismo é tão grande, acabou que isso se perdeu um pouco. As situações que acontecem ficam mais longe de nós, pois é tão bem feito que parece um documentário do Animal Planet. É mais difícil nos conectarmos a eles.
Outra coisa a se dizer é a dublagem. Eu assisti legendado e foi ok. A orquestra é simplesmente maravilhosa. Mas as canções dubladas do original são muitíssimo mais impactante em mim. Talvez pelo fator nostalgia e ter assistido o VHS dezenas e dezenas de vezes.
Para finalizar, é um filme muito bom e com vários momentos marcantes e emocionantes. Foi uma experiencia boa rever esta história em novo formato.
Neon Genesis Evangelion: O Fim do Evangelho
4.3 253 Assista AgoraMais safadeza e depressão. Falando um pouco mais sério agora, esses dois episódios adicionais são quase um sonho. Tem um quê de onírico e de surrealismo muito forte que acima de tudo deve ser mais experimentado do que assimilado. Sem dúvida precisarei de materiais complementares para entender mais a fundo. A impressão forte que a obra me passou foi a do autor usar esse universo fictício para tratar dos próprios problemas. Abandono, solidão, rejeição e desejo sexual sufocado gritam na animação. Se projetar para dentro do Shinji com esses quatro elementos internalizados ajuda a entender a dimensão do que a obra quer nos passar.
Neon Genesis Evangelion não é uma animação que recomendo para todos, é uma jornada estranha mas fico feliz por ter tido essa experiência. Imagino o impacto disso para quem acompanhou lá trás na década de 90.
Zumbilândia: Atire Duas Vezes
3.4 612 Assista AgoraDei play sem pretensão nenhuma e também me lembrava muito pouco do primeiro filme. Fiquei surpreso com o tanto que gostei dessa sequência. A estética de zumbis e gore foi bem dosada, nada é gratuito e sem propósito e o diretor não abusa dos mesmos recursos cena após cena. O grupo todo é muito carismático e o filme é recheado de referências e bom humor.
Muito bom as alfinetadas que dão nos esquerdinhas americanos HAHAHAHHA
Dave Chappelle: Encerramento
3.6 24 Assista AgoraDefinitivamente não é meu tipo de humor. Tenho uma barreira com stand up, o timing parece sempre previsível e frequentemente abusam da mesma receita de bolo no show inteiro. Do pouco que já assisti o Ricky Gervais consegue colocar mais camadas nas piadas que conta. Outra coisa, tive a sensação que no show você passa mais tempo ouvindo a plateia gritar e bater palmas do que o comediante de fato falando. Sendo mais particular neste caso, "bitch" e "nigga" ditos 4 vezes por minuto satura completamente e enche o saco. Achei o nível um pouco baixo mesmo considerando o contexto entrelinhas do que é dito. No geral parece cumprir bem o papel de tocar em pontos de tensão da sociedade mas pessoalmente prefiro outros formatos.
Fungos Fantásticos
3.9 60 Assista AgoraDocumentário que abusa do bom senso. Sendo bem breve os três pontos que justificam minha nota:
1) Narração em primeira pessoa foi de uma vergonha alheia sem tamanho e 4/5 do documentário são fungos crescendo em filmagens aceleradas, cansa uma hora.
2) "Big claims, no evidence". Os idealizadores tiveram a pachorra de dizer que os fungos foram os responsáveis pelo nosso ancestral primata ter evoluído o cérebro. Cura do câncer, tratamento de doença mental, solução para aquecimento global, para o derramamento de óleo, para a fome, para a falta de água potável da África, para a morte das abelhas, para a poluição de plástico.... sério, chegou um momento que achei que era uma sketch de humor porque eu já dava dando risada. Absolutamente nenhuma evidência foi mostrada. Embalaram tudo isso no bom e velho truque do marketing "o inimigo comum", industria farmacêutica, igreja, políticos etc .
3) Aqui foi onde subiu o sinal vermelho pra mim. O velho druida dos cogumelos conta que submeteram as "pesquisas científicas" para peer to peer review nas academias e foi muito bem recebido.... pela mídia!
Em conclusão, excelente peça de marketing, seguiram todas as regras do livro. Vai funcionar muito bem pros miolo-moles "pra frentex" quererem usar cogumelo achando que vão encontrar algum sentido superior de euforia ou catarse.
O Esquadrão Suicida
3.6 1,3K Assista AgoraUm dos filmes mais medíocres que eu já assisti. É tão pobre em todos os aspectos possíveis que o único recurso que sobrou foi o diretor ser apelativo na estética. Gore, sangue, mortes gratuitas e sem significado, quebra de expectativa que não é quebra porque depois de usado pela 20ª vez torna-se esperado, pobreza de roteiro, falta de objetividade, moral rasa. Tudo isso embalado em uma playlist do James Gunn escutar chapado pra te vender como uma boa opção de entretenimento. As 3 meia-risadas não valem 2 horas e 12 minutos da sua vida.
Liga da Justiça de Zack Snyder
4.0 1,3KNo geral acho filmes de herói uma merd*, com excessão de Watchmen e a trilogia do Homem Aranha do Sam Raimi. Não assisti JL de 2017 então fui ver sem saber da bomba. Dito isto, esse aqui até que agradou bem, assisti com amigos então parte da graça foi o próprio evento.
O fim da Realidade Quântica
4.5 1É a produção mais brilhante que vi nos últimos tempos. Faz Cosmos parecer brincadeira de criança. De modo geral se você tem algum interesse ou curiosidade sobre física e cosmologia e consumiu muito conteúdo sobre o assunto, deve ter se deparado com a fronteira atual da ciência. A incompatibilidade da relatividade de Einstein com a física quântica. A crise no meio científico é gritante e de fato existe um establishment autoritário. Teorias absurdas de 11 dimensões, multiversos entre outros são as melhores opções oferecidas atualmente.
A hipótese, que é provada no decorrer do documentário, é que as premissas pelas quais a ciência moderna está pautada estão equivocados. E para corrigi-la é necessário dar alguns passos para trás e analisar essas premissas no campo filosófico e metafísico. Isso significa voltar a um estado de pensamento anterior ao momento do erro e analisa-lo com as ferramentas que estavam disponíveis no pré-erro, pois não estão viciadas ainda.
Sem dúvidas é necessário assistir mais de uma vez e estudar mais sobre o assunto. Gostaria de ver ensaios críticos sobre o que o Wolfgang Smith propõe. A história dele é muito bonita e as passagens sobre sua esposa são emocionantes. Um homem brilhante.
FYRE Festival: Fiasco no Caribe
3.6 227Documentário bem interessante. O Billy é um mentiroso e manipulador nato, do tipo capaz de criar seitas e controlar pessoas, todos os tipos de pessoas. Foi bem legal saber mais desse mundo de luxo do marketing, dos influencers de rede social e de toda a pilantragem para gerar valor subjetivo. Foi bem cômico ver aqueles jovens chegando na ilha e a coisa rapidamente virar um Hunger Games. Ainda bem que não houve selvageria física nem mortes, mas com certeza para aqueles jovens parvos foi um verdadeiro filme de terror. Pontos de tristeza foram os moradores da ilha que não receberam pelo trabalho que fizeram. Fiquei com dó especialmente da dona do restaurante, perdeu as economias de vida dela (50 mil dólares) e mesmo assim não parecia transmitir ódio nem raiva quando falava, apenas um sentimento legítimo de mágoa por não cumprirem o combinado.
Agora o que realmente me assustou e impressionou foi o minuto final. Depois de todo o desfecho o documentário volta para o encarregado de obras da ilha. Este funcionário contou todos os detalhes de como foi o empreendimento e de como todos eles tinham sido enganados pelo Billy. E acontece de o próprio Billy ligar para este funcionário no meio do depoimento. Pasmem: o funcionário fica FELIZ com a ligação, ele se derrete todo conversando com o Billy, isso significa que apesar de toda a fraude ser exposta o Billy ainda consegue ter poder sobre as pessoas que ele enganou, isso é algo que impressionou muito. Provavelmente ele conseguiria dobrar todas aquelas pessoas envolvidas e, novamente, embarcar com elas num novo projeto.
Trabalho Interno
4.1 205 Assista AgoraÉ um bom documentário complementar para o assunto. Trás um bom contexto, alguns fatos e sequência lógica de argumentos. Porém não trás insumos suficientes para uma discussão completa. Ele possui viés intervencionista e estatista (apesar de todos os problemas terem emergido do governo central), não atoa uma das pessoas entrevistadas é o execrável George Soros. Se você esta alinhado com este viés provavelmente irá adorar o documentário e achar que é o argumento definitivo para combater o "neo-liberalismo". Se você tiver formação liberal-conservadora deverá saber apontar os erros mas principalmente abrirá os olhos para distorções que o sistema possui e que devem ser corrigidos.
Kong: A Ilha da Caveira
3.3 1,2K Assista AgoraÉ o famoso filme pipocão. Não é um grande filme, nem memorável mas é uma ótima opção se você busca entretenimento puro e simples. Desses para não pensar muito e apenas se deixar levar. Um grande destaque, e surpresa, foi o arco do Hank Marlow, soldado da 2ª guerra mundial, que de fato emociona.
Rogue One: Uma História Star Wars
4.2 1,7K Assista AgoraAssisti de novo, que filmão do caraio. Redondinho, bons personagens, tudo bem dosado sem exageros, plot sobre honra e sacrifício. Não entra na minha cabeça como puderam fazer tanta merd* nos eps 7, 8 e 9...
Magnatas do Crime
3.8 301 Assista AgoraÉ um filme acima da média. Qualquer um com dois neurônios consegue perceber que de alguns anos pra cá a qualidade dos filmes lançados despencou, com efeito, um filme que seja bem dirigido, com um roteiro mais elaborado e um bom elenco consegue emergir no meio de tantas opções ruins. É o caso de Magnatas do Crime. Porém comparando com os "big boys" do gênero, incluindo outros filmes do próprio Guy Ritchie, e aqui destaco Snatch e Lock, Stock and Two Smoking Barrels, é um filme bastante bobo. Olhando com um pouco mais de atenção, e conhecendo outros filmes, a história torna-se muito menos surpreendente do que parece ser, sendo bastante previsível em momentos chave. No entanto, onde o filme mais peca é na tentativa de imprimir ares de classe e refino em torno dos personagens. Simplesmente não funciona. Matthew McConaughey não exala uma atmosfera de domínio e respeito como Vito e Michael Corleone. A história do "King" implacável e sua "Queen" dominadora parecem vindo de sonhos molhados de algum adolescente.
Apollo 11
3.9 54Here men from the planet Earth first set foot upon the Moon July 1969, A.D. We came in peace for all mankind.
O Resgate do Soldado Ryan
4.2 1,6K Assista AgoraSem dúvidas é um dos maiores filmes sobre o tema, é brutal em todos os sentidos. A guerra revela espectros opostos, um é o massacre sádico de tantas vidas humanas, o outro a grandeza dos homens que nela deram a vida para defender sua cultura e seus valores. Dito isso o filme se tornou, para mim, um pouco cansativo no último ato.
Doutor Jivago
4.2 312 Assista AgoraO filme é maravilhoso. Outro colosso do David Lean que também dirigiu Lawrence da Arábia. Toda a parte de produção é impecável, dos figurinos à trilha sonora e principalmente a fotografia. O romance é baseado na obra de Boris Pasternak (1890-1960) e abrange o período da primeira guerra mundial e a revolução russa. É uma grande denúncia sobre a podridão do comunismo, mostrando o prelúdio de todos os horrores que iriam se abater sobre o povo russo durante quase um século. Neste turbilhão de desesperança, sofrimento e supressão de liberdade acompanhamos a vida de Yuri Zhivago, marcada por atitudes nobres mas também por grandes erros principalmente com sua esposa Tonya. Não se intimidem com a duração do filme, ele é divido em dois momentos, ideal para fazer uma pausa, e é bastante dinâmico e envolvente.
Lawrence da Arábia
4.2 417 Assista AgoraGrande, e como, clássico. A produção é fenomenal, é um refresco pros olhos ver efeitos práticos e cenários reais. Hoje em dia o CGI tá meio banalizado e parece que tudo é perfeito ou artificial demais. Aqui é a beleza natural dos desertos da Jordânia em planos bem abertos e com trilha sonora à altura. O que falar das atuações também, a performance do Peter O'Toole é simplesmente absurda, toda a decadência rumo à loucura do Lawrance muito bem encarnada. Um grande marco do cinema.
Tolkien
3.5 162 Assista AgoraPra quem vai assistir achando que é os bastidores de Senhor dos Anéis vai quebrar a cara, sinto muito. É um filme sobre amor e amizade, e é muito competente pois emociona em vários momentos. Sou um grande fã da obra literária e achei ótimo poder acompanhar mais de perto alguns dos acontecimentos da sua vida que influenciaram tanto. Gostei muito das referências sutis, (Eärendil, o conto das duas árvores e etc). Se tivesse que apontar um defeito no filme diria que a vida religiosa do Tolkien foi completamente omitida. Ele era um cristão fervoroso e isso exerceu uma tremenda influência em sua vida e obra. No mais, filmão!
Spartacus
4.0 344 Assista AgoraA história de Spartacus é absolutamente incrível. Recomendo a todos que, além do filme, procurem ler mais sobre a história de um escravo que tem seu nome lembrado mesmo depois de mais de 2000 anos. Adianto que o roteiro tem bastante "licença poética" para alterar alguns fatos.
Sobre o filme em sí. Senti apenas que faltou um pouquinho mais de cuidado na construção do personagem do Spartacus, não me passou muito bem a impressão de um grande líder (com exceção no último ato). No entanto me emocionei bastante nos momentos em que o Kirk Douglas está junto de sua amada e suspende a pose de durão falando com grande sinceridade:
Varinia : What are you thinking about?
Spartacus : I'm free. And what do I know? I don't even know how to read.
Varinia : You know things that can't be taught.
Spartacus : I know nothing. Nothing. And I wanna know. I want to... I wanna know.
Varinia : Know what?
Spartacus : Everything! Why a star falls and a bird doesn't, where the sun goes at night, why the moon changes shape. I wanna know where the wind comes from.
Spartacus : I wanna know all about you. Every line, every curve. I wanna know every part of you. Every beat of your heart.
A produção do filme é espetacular também. Poucos diretores seriam capazes de conduzir uma obra dessa magnitude.
Spartacus é um épico sobre liberdade, e isso é tudo que vocês precisam saber.
"We've traveled a long ways together. We've fought many battles and won many victories. Now, instead of taking ships to our homes across the sea, we must fight again once more. Maybe there's no peace in this world, for us or for anyone else, I don't know. But I do know that as long as we live, we must remain true to ourselves."
"When a free man dies, he loses the pleasure of life. A slave loses his pain. Death is the only freedom a slave knows. That's why he's not afraid of it. That's why we'll win."
Os Dez Mandamentos
4.1 263 Assista AgoraFiquei absolutamente impressionado com o que conseguiram fazer com os recursos de 64 anos atrás (a abertura do Mar Vermelho então....). É uma grande peça de teatro encenada em 3 horas e 40 minutos (tem uma pausa no meio, recomendo para esticar as pernas e fazer um lanche). Os figurinos são muito belos, tanto a parte da nobreza egípcia quanto os escravos hebreus, sujos e queimados de sol (inclusive cenas muito fortes aqui sobre a escravidão). Tiveram bastante atenção para cada detalhe das cenas, com dezenas de elementos e figurantes, imagine só dirigir tudo isso. Os atores também estão incríveis, cada qual com seu momento de brilho. Sobre a história é uma das mais consagradas do antigo testamento, trás a libertação do povo hebreu através de Moisés. Não se assustem com a duração do filme, vale cada minuto!
Porco Rosso: O Último Herói Romântico
3.9 285 Assista AgoraLindo filme. Tem aquela leveza semelhante a "O Serviço de Entregas da Kiki", você assiste e se sente bem, definitivamente não é um dramalhão à la Pixar. Parece ser feito para crianças mas tem muitas camadas de valores que servem para todos os adultos que se esqueceram deles. A parte técnica é incrível, as cores, composição das telas, é impressionante o cuidado que tiveram. Sem falar que o protagonista é estilo puro, virou meu "mascote" favorito!
O Poço
3.7 2,1K Assista AgoraAchei terrível. Parece que o diretor quis atirar para todos os lados e acabou não acertando nenhum. É uma confusão de simbolismos que fica muito difícil extrair alguma mensagem superior deste filme. Sinceramente acho que faltou mais mais cuidado para retratar o que o diretor parece querer criticar, a natureza humana, as religiões, as organizações civis e etc. Quando o próprio diretor aparece para tentar explicar seu filme é um mau sinal. A estética do filme também é horrível, o que é outro mau sinal, impactar mais pela forma do que pelo conteúdo.
O que penso nesse momento é que a própria natureza além do homem é desigual e aparentemente injusta. É aquela sensação ruim de quando você vê um predador matando sua presa no Discovery Channel. Mas a diferença é que os homens possuem dons únicos. Autoconsciência, imaginação, consciência e vontade independente dão a nós liberdade de escolha. Neste filme o diretor nos leva a crer que somos 100% refém às condições que nascemos e coloca seus personagens em situações desesperadoras e extremas para justificar isso.
Anos 90
3.9 503É um filme aparentemente bobinho. Não tem muito bem um começo, meio e fim mas é um olhar mais íntimo na construção da identidade de um menino. A busca por aprovação, por autoafirmação, sexualidade, amizade e família... enfim, em maior ou menor grau cada um de nós passa por experiências do tipo tentando descobrir o seu lugar no mundo. Mas por ser apenas um retrato disso tudo e não desenvolver esses conceitos para chegar em algum lugar o filme acaba sendo um pouco pobre. Tem cenas divertidas que ri muito por me identificar.
Millennium: Os Homens que Não Amavam as Mulheres
4.2 3,1K Assista AgoraAssisti com pouco conhecimento prévio. Sabia que era uma saga de livros suecos e que também ja existiam três filmes. Falando sobre este aqui por si só, é um suspense bom. O mistério a ser resolvido te envolve e prende até o fim. No entanto fiquei com a impressão de que o filme é muito corrido, na verdade extremamente corrido. Personagens novos vem e vão, viagens acontecem, relacionamentos se desenvolvem, novas pistas e etc, é tudo muito comprimido que fica até difícil absorver todos os detalhes e acabamos tendo que aceitar algumas soluções meio insatisfatórias para alguns conflitos. No final então acontecem dezenas de coisas em pouquíssimos minutos. Funcionou razoavelmente bem aqui, talvez pela competência do diretor mas imagino que só lendo o livro para ter a experiencia completa do thriller.
O Rei Leão
3.8 1,6K Assista AgoraO filme é muito bom e bastante fiel ao original. Em questão de roteiro ele é brilhante, é Shakespeare diluído para crianças e adultos. Porém sofre de uma gravíssimo problema: uma de suas maiores forças é também um de seus maiores defeitos. Explico.
A qualidade gráfica dos cenários e dos animais é algo absurda, acho que talvez seja (até o momento) a animação mais bem feita e realista já feita. E é aí que tá. Lembram que eu tinha dito que Rei Leão é Shakespeare diluído? E funcionava muito bem no original porque os animais em grande parte servem como metáfora para seres humanos. Na animação, em forma de desenho, havia liberdade criativa para colocar expressões humanas nos animais. Felicidade, rancor, tristeza, culpa, arrependimento e etc, tudo isso é possível ver no desenho original. Aqui como o foco no realismo é tão grande, acabou que isso se perdeu um pouco. As situações que acontecem ficam mais longe de nós, pois é tão bem feito que parece um documentário do Animal Planet. É mais difícil nos conectarmos a eles.
Outra coisa a se dizer é a dublagem. Eu assisti legendado e foi ok. A orquestra é simplesmente maravilhosa. Mas as canções dubladas do original são muitíssimo mais impactante em mim. Talvez pelo fator nostalgia e ter assistido o VHS dezenas e dezenas de vezes.
Para finalizar, é um filme muito bom e com vários momentos marcantes e emocionantes. Foi uma experiencia boa rever esta história em novo formato.