Sem dúvidas, um filme emocionante. Interessante observar como a mente do ser humano está sendo sempre refém do seu corpo físico: uma renomada professora, extremamente qualificada e instruída durante décadas, perde-se em diversos momentos devido a uma doença precoce.
Além disso, dedicou-se a vida inteira para uma área que, futuramente, seria a principal afetada pela doença: a linguística. A protagonista se perde mental e fisicamente, e perceber que tudo o que havia estudado e se focado tanto vai se esvaindo é a culminância de sua tristeza. Sua negativa autopercepção a consome. Mas, além disso, há outro fator que me sensibilizou muito no filme: a forma de como seus familiares, as pessoas mais próximas dela, simplesmente não se conformam com a sua doença. Com exceção de sua filha caçula, Lydia, nenhum outro filho e nem o marido aceitam a ideia desde o princípio, e isso apenas intensifica a tristeza de Alice. Mas o mais interessante é observar que não se trata de uma "não-aceitação" explícita, e sim implícita. Os familiares passam o filme inteiro tentando ignorar o fato de que Alice está doente, em vez de simplesmente aceitá-lo e lidar com isso, como Lydia estava. Ironicamente, a única filha que nunca ganhou o apoio da mãe é justamente a que mais a apoia nos momentos difíceis, a única que realmente a aceita e se mostra disposta a ajudá-la. Notar como podemos machucar tanto os outros mediante atitudes implícitas é realmente fascinante, pois muitas vezes agimos de forma horrível sem sequer percebermos. E, bom, não posso deixar de mencionar a incredibilíssima atuação da Julianne Moore... Em todas as cenas do filme, mesmo as de longa sequência, foi simplesmente impecável, mas devo frisar que a cena que mais me tocou foi a do discurso. Quando ela segura o choro, dá vontade de chorar junto com ela.
Incrível, brilhante, ela consegue entrar num personagem de forma surreal. Ela não precisa de expressões severas, longe disso. Com sutis expressões faciais, consegue atuar de forma impressionante. Enfim, filme respeitável e tocante, e certamente muito sensibilizador.
Tá bem longe de ser o melhor filme do mundo, mas me surpreendi com o final. A frase "que coisa mais traiçoeira é acreditar que uma pessoa é mais do que uma pessoa" é incrível, algo que reflete exatamente o que penso. Assim como o protagonista do filme, vejo inúmeras pessoas romantizando outras e enxergando muito mais do que uma simples pessoa, ignorando todos seus defeitos e limitações. Infelizmente, o filme só mostrou algum valor no final, porque todo o resto é apenas a mente do protagonista sendo fantasiosa e imaginando mil coisas passionais.
Confesso que fui assistir esse filme esperando apenas uma animação boba de comédia. Obviamente, não preciso nem dizer que me surpreendeu muito. Um filme criativo e muito engraçado. Originalidade nota 10.
Pra mim, o filme começa bem e vai ficando cansativo. A história é contada a partir do ponto de vista da ex-mulher de Stephen Hawking, Jane Wilde, já que o filme é uma adaptação de um livro escrito por ela. Não espere um filme voltado para as descobertas científicas de Hawking, porque, nas poucas cenas em que são mostradas, são expostas de forma bem leiga. O filme trata muito mais do drama amoroso envolvendo o cientista e sua ex-mulher do que qualquer outra coisa, e, na verdade, a protagonista mesmo é a Jane, e não o Hawking. Além disso, dá a entender que Stephen Hawking crê em Deus em uma parte isolada do filme (a ex dele, que conta a história, é bem cristã), o que pra mim foi meio decepcionante. Um detalhe que eu gostei bastante no filme foi o de mostrar Hawking, um dos maiores gênios da atualidade, tendo dificuldades com coisas tão simples e banais do dia-a-dia, como, por exemplo, comer com garfo e faca, enquanto todos ao seu redor possuem facilidade nisso. Há cenas que tocam muito, pois observar uma pessoa tão brilhante passando por esses tipos de dificuldade é emocionante e, ainda assim, ele não desistiu, ele superou e supera isso tudo, e segue com um humor e inteligência admiráveis. Imagine só quantas vezes inserimos obstáculos bestas, desistimos de muita coisa e nos lamentamos, enquanto que Hawking, que não é apto para realizar funções básicas do cotidiano, é simplesmente um dos maiores cientistas dos últimos tempos. Eu ainda veria esse filme repetidas vezes apenas pela atuação excepcional de Eddie Redmayne, que interpretou o Hawking no filme. É brilhante do começo ao fim, dignamente merecedor do oscar. É incrível observar a evolução desse ator, que, a princípio mediano, chegou a esse nível de entrar totalmente no personagem.
O filme basicamente consiste em agrupar ateus e cristãos como os malvadinhos de um lado e os bonzinhos de outro, respectivamente. O maniqueísmo e a enorme carga de preconceitos são postos em práticas o filme inteiro. Temos, por um lado, um professor ateu extremamente arrogante, uma jornalista ateia que vive para o trabalho e não tem ninguém, um homem de negócios ateu de caráter extremamente questionável; e, por outro, temos uma idosa demente bondosa, um calouro humilde e esforçado e uma jovem dona-de-casa sendo humilhada pelo marido ateu malvado. Sinceramente, acho que não preciso me prolongar aqui. No decorrer de todo o filme, uma realidade pouco vista é tida como maioria. No mundo inteiro, há muito mais religiosos do que ateus, e o Cristianismo segue sendo a religião mais popular do mundo. Vale lembrar que mesmo quando uma pessoa não é religiosa, ela é obrigada, por lei, a respeitar as crenças dos outros, e não só isso, as religiões são muitas vezes vistas como "intocáveis", então mesmo que você não seja religioso, é praticamente uma obrigação não só legal, mas também de ser socialmente conveniente que você não discuta religião com os religiosos. E o que o filme nos mostra? Uma minoria de cristãos que são fortemente perseguidos devido às suas crenças, e muito humilhados pelos ateus. Claro, como se as milhares de interferências religiosas não pesassem na vida das pessoas que não têm nada a ver com as crenças alheias e mesmo assim são prejudicadas por isso não existissem, como se partisse dos ateus, e não dos religiosos, toda essa humilhação e rejeição de quando alguém não aceita seu deus ou não está disposto a aceitá-lo. Mas o mais bizarro do filme são os argumentos do calouro tentando provar a existência de Deus, ou pelo menos o seu ponto de vista. O cara consegue a façanha de misturar evolucionismo com criacionismo, e não só isso, demonstra que a ciência explica de forma simplória coisas que necessitaram anos de estudo, como o evolucionismo, como se o criacionismo e a Bíblia fossem mais capazes de dar uma resposta aprofundada do que a ciência. E mais, traz frases avulsas de pensadores e físicos como Stephen Hawking para fundamentar o seu ponto Mas ainda não cheguei na parte mais absurda de todas... Em certa parte do filme, especificamente o final, o calouro, em meio à discussão com o professor ateu, AFIRMA em sala de aula: "A CIÊNCIA APOIA A EXISTÊNCIA DE DEUS." Sinceramente, não há mais o que se dizer. Mentira, há sim: o professor ateu não passa de um birrento que no final morre e se converte ao Cristianismo, porque, no fundo, nunca foi ateu de verdade, ele apenas detestava Deus, e isso só demonstrou que durante todo esse tempo o professor não possuía nada de brilhante, era apenas mais um sujeito comum que poderia ser facilmente influenciado, e sequer possuía tanto conhecimento quanto demonstrava, porque sequer conseguiu refutar os argumentos do aluno calouro, que, embora esforçado, possuía argumentos tão bons quanto escorregar num escorregador de canivetes afiados.
Pra mim, o filme é essencialmente contemporâneo e o assunto que eu vejo ser mais tratado é a aceitação, mas é abordado de uma forma diferente: enquanto em várias obras se fala da aceitação da sociedade para com o indivíduo, no filme não se fala apenas disso, mas principalmente da própria aceitação, e não só sexualmente, mas em tudo na vida, como, por exemplo, profissionalmente.
Enquanto se vê uma personagem cada vez mais se aprofundando em si mesma (Emma), explorando seu lado artístico e não escondendo de ninguém sua homossexualidade, vê-se, por outro lado, uma outra personagem (Adèle) que está sempre se negando (na escola com seus colegas, com os pais, não explorando seu potencial profissional e até mesmo quando tem um caso com um cara, sendo que no começo do filme fica evidente que a personagem não se atrai por homens); pelo contrário, ela parece estar sempre buscando ser aceita pelos outros mais que por si mesma, como se pode observar na cena em que ela faz a comida e serve todo mundo e até mesmo no emprego dela, em que ela está sempre buscando estar socialmente incluída e sendo querida pelas crianças, mas nunca se deixando transparecer o que realmente sente, o que realmente é - como se pode observar no momento em que assim que todas as crianças e seus respectivos pais saem da sala ela começa a chorar copiosamente, sendo que segundos antes estava sorrindo e aparentando estar feliz. Pareceu-me que Emma passa a se "cansar" dessa falta de atitude, falta de mudança, por parte da Adèle, como se pode perceber na cena após a festa de Emma, quando esta começa a se distanciar de Adèle, e conversa sobre ela passar a fazer algo que realmente goste, demonstrando um pouco de decepção pela inércia de sua companheira. Enfim, acredito que a cena mais linda do filme que só mostra a Adèle é quando a personagem mergulha no mar e se deixa levar pelas profundas ondas azuis, que pra mim fazem clara referência aos cabelos exóticos de Emma; foi uma tentativa de mergulhar em toda aquela intensidade vivenciada entre as duas, visto que ela já não tinha mais aquilo, e então buscou suprir a ausência de sua amada. O final mostra Emma numa etapa mais evoluída do que no começo do filme: de estudante à artista famosa, com outra cor de cabelo, com família (como ela mesma diz) etc.; e Adèle pouco mudada, mas que parecia estar mudando no final, como se pode ver a intensidade com que deseja e toca em Emma em público no final do filme, embora tenha olhado para o lado para ver se alguém havia visto aquela cena. Reiterando, parece que a personagem estava começando a evoluir no final, porém, o filme deixa isso em aberto. Até porque Adèle recém havia alcançado a maioridade, mas isso também mostra o quão a Emma estava mais avançada: aos 14 anos já havia se descoberto. Como dito, acredito realmente que seja um filme que fala sobre a aceitação a si mesmo.
Um filme que vale a pena ser visto, a atuação de Léa Seydoux é realmente brilhante. Ela praticamente viveu uma personagem, uma pena que a partir da metade do filme tenham mudado a cor do cabelo dela. No entando, e talvez muitos discordem de mim, achei fraca a atuação de Adèle, muito aquém em comparação à da sua colega de trabalho.
O que mais gostei no filme foi, com certeza, o final: mostra-se que não era apenas Gil que estava insatisfeito com a sua época, mas todos os outros personagens também. Aliás, vai mais além: não é nem com a sua época que os personagens estão tristes, e sim com as próprias vidas deles, e, então, eles preferem fantasiar uma realidade alternativa, uma época diferente, como um dos personagens do filme diz. Quando Gil finalmente percebe que não foi uma questão temporal e sim pessoal que o fazia tão insatisfeito, decidiu romper com esta vida e se mudou para Paris - e, claro, abandonou o casamento, que tinha uma aparente previsão de fracasso. Enfim, o filme tem muitas referências de épocas diferentes, às vezes chega a ser um pouco cansativo e pretensioso - pelo menos pra mim, já que vi que a maioria aqui adorou isso.
Filme melancólico do início ao fim. Grandes atuações. Bela fotografia. Tem a tendência de atingir mais o público feminino que o masculino. Artístico. Não recomendado para quem não gosta de dramas.
"Even if a husband lives 200 hundred fucking years, he'll never discover his wife's true nature. I may be able to understand the secrets of the universe, but... I'll never understand the truth about you. Never."
1º: o filme não precisa falar de espíritos nem nada do tipo pra ser assustador. O filme inteiro é consistente e todos os fatos se encaixam, por mais bizarros que sejam. 2º: achei muito legal a atitude de o Hitchcock de colocar o filme em preto e branco numa época que a coloração já estava disponível justamente pro filme não parecer um poço de sangue e coisas demasiadas violentas (como acontece com uns e outros diretores, né, Tarantino...). Há violência, há suspense, o filme te dá ansiedade, prende a sua atenção e tudo isso pretendendo ser um filme moderado, sem que os impactos nas cenas de violência se sobressaiam ao conteúdo e roteiro do filme. Excelente moderação. 3º: a personagem principal simplesmente morre no meio do filme (ou até antes da metade). É simplesmente incrível como mesmo quebrando um paradigma de forma tão arriscada o filme não se perde e faz você se envolver ainda mais por ele.
Claro que há cenas que ATUALMENTE podem parecer meio "thrash",
como a própria cena mais que clássica do chuveiro, onde a personagem principal morre
, mas quem assiste a esse clássico deve levar em consideração o contexto e, portanto, a época em que foi filmado. Ah, e já que entrei no assunto de levar em consideração a época, quem assiste o filme deve ter plena consciência de que, embora o filme pareça ter muitos clichês, na verdade ele foi a inspiração pra vários outros filmes. Então, os outros filmes que vieram depois desse é que se tornaram clichês, e não o contrário - obviamente. É um clássico que deve ser assistido por todos que apreciam a sétima arte.
Acho que a única parte realmente surpreendente do filme foi no final, que mostra uma negra sendo a mulher de um cara de muita relevância política dos EUA.
O filme definido em uma palavra: pretensioso. Sinto que o filme fala de MUITA coisa e, sim, acaba se perdendo, e várias vezes. Não digo que o filme não tem um "propósito", um objetivo e tal, ele tem, só que expõe isso da forma mais complicada possível - o que pra uns pode ser algo muito bom e pra outros algo muito ruim.
Na minha opinião, a única narrativa que eu senti que foi compatível com a realidade foi a do menino gay. Aliás, curti bastante a história. O personagem conseguiu mostrar bastante profundidade e em nenhum momento senti que a história dele se descompromissou com a realidade ou fantasiou tanto, muito pelo contrário até.
Enfim, se eu falar mais corro o risco de dar uma opinião mais pessoal que crítica, então fico por aqui. Mesmo sendo bem cansativo às vezes vale a pena assistir.
Então apenas uma pergunta a ser feita: alguém se convenceu com a morte de Hans Landa? Um detetive tão espetacular assim iria cair tão facilmente nas mãos dos Bastardos? Tirando isso, nada mais de novo tenho a acrescentar por aqui.
Para Sempre Alice
4.1 2,3K Assista AgoraSem dúvidas, um filme emocionante. Interessante observar como a mente do ser humano está sendo sempre refém do seu corpo físico: uma renomada professora, extremamente qualificada e instruída durante décadas, perde-se em diversos momentos devido a uma doença precoce.
Além disso, dedicou-se a vida inteira para uma área que, futuramente, seria a principal afetada pela doença: a linguística. A protagonista se perde mental e fisicamente, e perceber que tudo o que havia estudado e se focado tanto vai se esvaindo é a culminância de sua tristeza. Sua negativa autopercepção a consome. Mas, além disso, há outro fator que me sensibilizou muito no filme: a forma de como seus familiares, as pessoas mais próximas dela, simplesmente não se conformam com a sua doença. Com exceção de sua filha caçula, Lydia, nenhum outro filho e nem o marido aceitam a ideia desde o princípio, e isso apenas intensifica a tristeza de Alice. Mas o mais interessante é observar que não se trata de uma "não-aceitação" explícita, e sim implícita. Os familiares passam o filme inteiro tentando ignorar o fato de que Alice está doente, em vez de simplesmente aceitá-lo e lidar com isso, como Lydia estava. Ironicamente, a única filha que nunca ganhou o apoio da mãe é justamente a que mais a apoia nos momentos difíceis, a única que realmente a aceita e se mostra disposta a ajudá-la. Notar como podemos machucar tanto os outros mediante atitudes implícitas é realmente fascinante, pois muitas vezes agimos de forma horrível sem sequer percebermos. E, bom, não posso deixar de mencionar a incredibilíssima atuação da Julianne Moore... Em todas as cenas do filme, mesmo as de longa sequência, foi simplesmente impecável, mas devo frisar que a cena que mais me tocou foi a do discurso. Quando ela segura o choro, dá vontade de chorar junto com ela.
Cidades de Papel
3.0 1,3K Assista AgoraTá bem longe de ser o melhor filme do mundo, mas me surpreendi com o final. A frase "que coisa mais traiçoeira é acreditar que uma pessoa é mais do que uma pessoa" é incrível, algo que reflete exatamente o que penso. Assim como o protagonista do filme, vejo inúmeras pessoas romantizando outras e enxergando muito mais do que uma simples pessoa, ignorando todos seus defeitos e limitações. Infelizmente, o filme só mostrou algum valor no final, porque todo o resto é apenas a mente do protagonista sendo fantasiosa e imaginando mil coisas passionais.
Divertida Mente
4.3 3,2K Assista AgoraConfesso que fui assistir esse filme esperando apenas uma animação boba de comédia. Obviamente, não preciso nem dizer que me surpreendeu muito. Um filme criativo e muito engraçado. Originalidade nota 10.
A Teoria de Tudo
4.1 3,4K Assista AgoraPra mim, o filme começa bem e vai ficando cansativo. A história é contada a partir do ponto de vista da ex-mulher de Stephen Hawking, Jane Wilde, já que o filme é uma adaptação de um livro escrito por ela. Não espere um filme voltado para as descobertas científicas de Hawking, porque, nas poucas cenas em que são mostradas, são expostas de forma bem leiga. O filme trata muito mais do drama amoroso envolvendo o cientista e sua ex-mulher do que qualquer outra coisa, e, na verdade, a protagonista mesmo é a Jane, e não o Hawking. Além disso, dá a entender que Stephen Hawking crê em Deus em uma parte isolada do filme (a ex dele, que conta a história, é bem cristã), o que pra mim foi meio decepcionante.
Um detalhe que eu gostei bastante no filme foi o de mostrar Hawking, um dos maiores gênios da atualidade, tendo dificuldades com coisas tão simples e banais do dia-a-dia, como, por exemplo, comer com garfo e faca, enquanto todos ao seu redor possuem facilidade nisso. Há cenas que tocam muito, pois observar uma pessoa tão brilhante passando por esses tipos de dificuldade é emocionante e, ainda assim, ele não desistiu, ele superou e supera isso tudo, e segue com um humor e inteligência admiráveis. Imagine só quantas vezes inserimos obstáculos bestas, desistimos de muita coisa e nos lamentamos, enquanto que Hawking, que não é apto para realizar funções básicas do cotidiano, é simplesmente um dos maiores cientistas dos últimos tempos.
Eu ainda veria esse filme repetidas vezes apenas pela atuação excepcional de Eddie Redmayne, que interpretou o Hawking no filme. É brilhante do começo ao fim, dignamente merecedor do oscar. É incrível observar a evolução desse ator, que, a princípio mediano, chegou a esse nível de entrar totalmente no personagem.
Deus Não Está Morto
2.8 1,4K Assista AgoraFilmes como God Is Not Dead servem para alguma coisa: mostrar-nos como a realidade pode ser tão violentamente distorcida num só filme.
O filme basicamente consiste em agrupar ateus e cristãos como os malvadinhos de um lado e os bonzinhos de outro, respectivamente. O maniqueísmo e a enorme carga de preconceitos são postos em práticas o filme inteiro. Temos, por um lado, um professor ateu extremamente arrogante, uma jornalista ateia que vive para o trabalho e não tem ninguém, um homem de negócios ateu de caráter extremamente questionável; e, por outro, temos uma idosa demente bondosa, um calouro humilde e esforçado e uma jovem dona-de-casa sendo humilhada pelo marido ateu malvado. Sinceramente, acho que não preciso me prolongar aqui.
No decorrer de todo o filme, uma realidade pouco vista é tida como maioria. No mundo inteiro, há muito mais religiosos do que ateus, e o Cristianismo segue sendo a religião mais popular do mundo. Vale lembrar que mesmo quando uma pessoa não é religiosa, ela é obrigada, por lei, a respeitar as crenças dos outros, e não só isso, as religiões são muitas vezes vistas como "intocáveis", então mesmo que você não seja religioso, é praticamente uma obrigação não só legal, mas também de ser socialmente conveniente que você não discuta religião com os religiosos. E o que o filme nos mostra? Uma minoria de cristãos que são fortemente perseguidos devido às suas crenças, e muito humilhados pelos ateus. Claro, como se as milhares de interferências religiosas não pesassem na vida das pessoas que não têm nada a ver com as crenças alheias e mesmo assim são prejudicadas por isso não existissem, como se partisse dos ateus, e não dos religiosos, toda essa humilhação e rejeição de quando alguém não aceita seu deus ou não está disposto a aceitá-lo.
Mas o mais bizarro do filme são os argumentos do calouro tentando provar a existência de Deus, ou pelo menos o seu ponto de vista. O cara consegue a façanha de misturar evolucionismo com criacionismo, e não só isso, demonstra que a ciência explica de forma simplória coisas que necessitaram anos de estudo, como o evolucionismo, como se o criacionismo e a Bíblia fossem mais capazes de dar uma resposta aprofundada do que a ciência. E mais, traz frases avulsas de pensadores e físicos como Stephen Hawking para fundamentar o seu ponto
Mas ainda não cheguei na parte mais absurda de todas... Em certa parte do filme, especificamente o final, o calouro, em meio à discussão com o professor ateu, AFIRMA em sala de aula:
"A CIÊNCIA APOIA A EXISTÊNCIA DE DEUS."
Sinceramente, não há mais o que se dizer.
Mentira, há sim: o professor ateu não passa de um birrento que no final morre e se converte ao Cristianismo, porque, no fundo, nunca foi ateu de verdade, ele apenas detestava Deus, e isso só demonstrou que durante todo esse tempo o professor não possuía nada de brilhante, era apenas mais um sujeito comum que poderia ser facilmente influenciado, e sequer possuía tanto conhecimento quanto demonstrava, porque sequer conseguiu refutar os argumentos do aluno calouro, que, embora esforçado, possuía argumentos tão bons quanto escorregar num escorregador de canivetes afiados.
Azul é a Cor Mais Quente
3.7 4,3K Assista AgoraPra mim, o filme é essencialmente contemporâneo e o assunto que eu vejo ser mais tratado é a aceitação, mas é abordado de uma forma diferente: enquanto em várias obras se fala da aceitação da sociedade para com o indivíduo, no filme não se fala apenas disso, mas principalmente da própria aceitação, e não só sexualmente, mas em tudo na vida, como, por exemplo, profissionalmente.
Enquanto se vê uma personagem cada vez mais se aprofundando em si mesma (Emma), explorando seu lado artístico e não escondendo de ninguém sua homossexualidade, vê-se, por outro lado, uma outra personagem (Adèle) que está sempre se negando (na escola com seus colegas, com os pais, não explorando seu potencial profissional e até mesmo quando tem um caso com um cara, sendo que no começo do filme fica evidente que a personagem não se atrai por homens); pelo contrário, ela parece estar sempre buscando ser aceita pelos outros mais que por si mesma, como se pode observar na cena em que ela faz a comida e serve todo mundo e até mesmo no emprego dela, em que ela está sempre buscando estar socialmente incluída e sendo querida pelas crianças, mas nunca se deixando transparecer o que realmente sente, o que realmente é - como se pode observar no momento em que assim que todas as crianças e seus respectivos pais saem da sala ela começa a chorar copiosamente, sendo que segundos antes estava sorrindo e aparentando estar feliz. Pareceu-me que Emma passa a se "cansar" dessa falta de atitude, falta de mudança, por parte da Adèle, como se pode perceber na cena após a festa de Emma, quando esta começa a se distanciar de Adèle, e conversa sobre ela passar a fazer algo que realmente goste, demonstrando um pouco de decepção pela inércia de sua companheira.
Enfim, acredito que a cena mais linda do filme que só mostra a Adèle é quando a personagem mergulha no mar e se deixa levar pelas profundas ondas azuis, que pra mim fazem clara referência aos cabelos exóticos de Emma; foi uma tentativa de mergulhar em toda aquela intensidade vivenciada entre as duas, visto que ela já não tinha mais aquilo, e então buscou suprir a ausência de sua amada.
O final mostra Emma numa etapa mais evoluída do que no começo do filme: de estudante à artista famosa, com outra cor de cabelo, com família (como ela mesma diz) etc.; e Adèle pouco mudada, mas que parecia estar mudando no final, como se pode ver a intensidade com que deseja e toca em Emma em público no final do filme, embora tenha olhado para o lado para ver se alguém havia visto aquela cena. Reiterando, parece que a personagem estava começando a evoluir no final, porém, o filme deixa isso em aberto. Até porque Adèle recém havia alcançado a maioridade, mas isso também mostra o quão a Emma estava mais avançada: aos 14 anos já havia se descoberto. Como dito, acredito realmente que seja um filme que fala sobre a aceitação a si mesmo.
Um filme que vale a pena ser visto, a atuação de Léa Seydoux é realmente brilhante. Ela praticamente viveu uma personagem, uma pena que a partir da metade do filme tenham mudado a cor do cabelo dela. No entando, e talvez muitos discordem de mim, achei fraca a atuação de Adèle, muito aquém em comparação à da sua colega de trabalho.
Meia-Noite em Paris
4.0 3,8K Assista AgoraO que mais gostei no filme foi, com certeza, o final: mostra-se que não era apenas Gil que estava insatisfeito com a sua época, mas todos os outros personagens também. Aliás, vai mais além: não é nem com a sua época que os personagens estão tristes, e sim com as próprias vidas deles, e, então, eles preferem fantasiar uma realidade alternativa, uma época diferente, como um dos personagens do filme diz. Quando Gil finalmente percebe que não foi uma questão temporal e sim pessoal que o fazia tão insatisfeito, decidiu romper com esta vida e se mudou para Paris - e, claro, abandonou o casamento, que tinha uma aparente previsão de fracasso. Enfim, o filme tem muitas referências de épocas diferentes, às vezes chega a ser um pouco cansativo e pretensioso - pelo menos pra mim, já que vi que a maioria aqui adorou isso.
O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei
4.5 1,8K Assista AgoraO melhor dos três! QUE FINAL!!!!! *-*
As Horas
4.2 1,4KFilme melancólico do início ao fim. Grandes atuações. Bela fotografia. Tem a tendência de atingir mais o público feminino que o masculino. Artístico. Não recomendado para quem não gosta de dramas.
Quando Duas Mulheres Pecam
4.4 1,1K Assista AgoraPosso estar viajando e tal, mas só eu vi algumas semelhanças desse filme com Cisne Negro?
A Felicidade Não Se Compra
4.5 1,2K Assista Agora"All you can take with you is that which you've given away."
Titanic
4.0 4,6K Assista Agora<3
Último Tango em Paris
3.5 569"Even if a husband lives 200 hundred fucking years, he'll never discover his wife's true nature. I may be able to understand the secrets of the universe, but... I'll never understand the truth about you. Never."
Os Miseráveis
4.1 4,2K Assista AgoraNão recomendo pra quem não gosta de musicais.
Psicose
4.4 2,5K Assista AgoraTá aí um filme que quebra alguns paradigmas do cinema:
1º: o filme não precisa falar de espíritos nem nada do tipo pra ser assustador. O filme inteiro é consistente e todos os fatos se encaixam, por mais bizarros que sejam.
2º: achei muito legal a atitude de o Hitchcock de colocar o filme em preto e branco numa época que a coloração já estava disponível justamente pro filme não parecer um poço de sangue e coisas demasiadas violentas (como acontece com uns e outros diretores, né, Tarantino...). Há violência, há suspense, o filme te dá ansiedade, prende a sua atenção e tudo isso pretendendo ser um filme moderado, sem que os impactos nas cenas de violência se sobressaiam ao conteúdo e roteiro do filme. Excelente moderação.
3º: a personagem principal simplesmente morre no meio do filme (ou até antes da metade). É simplesmente incrível como mesmo quebrando um paradigma de forma tão arriscada o filme não se perde e faz você se envolver ainda mais por ele.
como a própria cena mais que clássica do chuveiro, onde a personagem principal morre
Ah, e já que entrei no assunto de levar em consideração a época, quem assiste o filme deve ter plena consciência de que, embora o filme pareça ter muitos clichês, na verdade ele foi a inspiração pra vários outros filmes. Então, os outros filmes que vieram depois desse é que se tornaram clichês, e não o contrário - obviamente.
É um clássico que deve ser assistido por todos que apreciam a sétima arte.
Lincoln
3.5 1,5KAcho que a única parte realmente surpreendente do filme foi no final, que mostra uma negra sendo a mulher de um cara de muita relevância política dos EUA.
Lincoln
3.5 1,5KO filme é muito bom e tal, mas 11 oscars é muito exagero...
A Viagem
3.7 2,5K Assista AgoraO filme definido em uma palavra: pretensioso. Sinto que o filme fala de MUITA coisa e, sim, acaba se perdendo, e várias vezes. Não digo que o filme não tem um "propósito", um objetivo e tal, ele tem, só que expõe isso da forma mais complicada possível - o que pra uns pode ser algo muito bom e pra outros algo muito ruim.
Na minha opinião, a única narrativa que eu senti que foi compatível com a realidade foi a do menino gay. Aliás, curti bastante a história. O personagem conseguiu mostrar bastante profundidade e em nenhum momento senti que a história dele se descompromissou com a realidade ou fantasiou tanto, muito pelo contrário até.
A Viagem
3.7 2,5K Assista AgoraA viagem... é uma viagem.
Galera do Mal
3.2 257 Assista AgoraSobre o filme: cada um com suas mentiras... as dos cristãos são apenas diferentes das mais comuns.
Abraços Partidos
3.9 661O filme começa muito bom e depois fica um saco. O final, então... deixa muito a desejar.
O Conde de Monte Cristo
4.1 1,2KUm filme épico que abrange jogos de poder, estratégias, "ego" e romance. Recomendadíssimo.
Bastardos Inglórios
4.4 4,9K Assista AgoraQue o filme é muito bom e o Tarantino é brilhante já sabemos. Acho que pouparei meu comentário de elogiar o filme, que já é bem prestigiado.
Então apenas uma pergunta a ser feita: alguém se convenceu com a morte de Hans Landa? Um detetive tão espetacular assim iria cair tão facilmente nas mãos dos Bastardos? Tirando isso, nada mais de novo tenho a acrescentar por aqui.
O Noivo da Minha Melhor Amiga
3.1 829 Assista AgoraAh, esqueci de comentar: Ginnifer Goodwin, como sempre, interpretando uma personagem super sem graça...