Diferente do que tem sido afirmado, não creio que seja um filme que critique a Cientologia ou qualquer outra religião. É uma história sobre almas desesperadas, e quem de nós não tem um pouco de Freddie em si, buscando por um Mestre que te mostre qualquer saída viável, qualquer tipo de paz interior ou equilíbrio, em um mundo que parece não se adaptar à nós. Apenas é preciso lembrar que nem sempre a resposta encontrada é o caminho que se procura. Aos que ainda não assistiram, não esperem uma história de fato em "The Master", o filme é realmente sobre pessoas e toda sua complexidade (e como é rica essa complexidade).
P.S.: Comentar as atuaçoes do trio principal de atores já se tornou óbvio, ainda que eu precise registrar que Amy Adams é monstruosa para mim, sendo capaz de deixar o telespectador completamente vidrado apenas com seu olhar.
O início é muito bom, especialmente o primeiro longo diálogo do filme no qual Frank desvela toda a complexidade por traz do velho lema "USA: Land of Freedom". Infelizmente o filme perde um pouco com o surgimento da Roxy, que na minha visão é apenas mais uma garota mimada. Contudo a grande genialidade do filme, para mim, é a sua ironia: o fato de ser um filme comercial, extremamente americano (a forma como a violência é abordada, a linguagem utilizada, os assuntos tratados, etc) e criticar exatamente.... o american way of life!! Nada mais esperto que realizar um filme tipicamente americano para criticar os próprios americanos, o que de certa forma é uma maneira de dizer a todos nós que assistimos o filme que por mais que a gente critique toda a babaquice estadunidense, não somos tão diferente deles. Em resumo: é um filme bem bacana, menos idiota do que parece, e mais divertido do que se espera.
O filme começa despretensioso e até mesmo com certa leveza e humor. Contudo as histórias ganham um tom cada vez mais pesado e ao final nos surpreendemos, pois somos flagrados levantando uma séries de questionamentos que vão desde dúvidas acerca dos nossos próprios comportamentos e os constante jogos de manipulação que nos rondam, até as idéias de destino e escolha. Esse filme foi uma bela surpresa!
A narrativa circular desse filme é uma das coisas mais bem feitas que já vi. E as histórias entrelaçadas são lindas. Ainda assim, o que me tocou de fato é que as personagens não se julgam, não há condenação ou repúdia entre elas por suas escolhas, cada uma tem sua história, seu ponto de vista, suas razões para tais escolhas, o que demonstra que entre elas existe justamente o que faltou à sociedade que as condenou: tolerância.
De fato a linguagem específica é bem complexa e incompreensível a quem não é do meio. Contudo, ainda que eu não entenda absolutamente nada do assunto, não acredito que o valor do filme foi diminuído por este fato, pelo contrário ele não torna o tema banal ou simplificado demais (ele não mastiga o enredo para o espectador) mas as interpretações são tão boas e bem trabalhadas, que qualquer um é capaz de entender do que o filme realmente trata. A última fala de Jeremy Irons no filme deixa bem claro "It's just money, it's all made up, pieces of paper with faces on it so we don't have to kill each other so we can have something to eat".
A trama poderia ser melhor entrelaçada com o tema do qual trata, ou seja, o roteiro não me agradou muito. Contudo tem tomadas muito bacanas. Fassbender, Vincent Cassel e Viggo estão bons (como sempre!), porém já os vi em papéis que mostravam melhor o quanto os três são talentosos. Keira Knightley não me agradou muito, apesar de reconhecer a complexidade da sua personagem. Porém, como sempre tive uma birra pessoal com a atriz, talvez minha antipatia tenha atrapalhado que eu valorizasse o trabalho dela aqui.
Há 8 meses, quando assisti Sátántangó, as pessoas vinham dar suas opiniões, sendo boas ou não, e simplesmente (ainda que a esmagadora maioria tivesse opiniões positivas acerca filme). Contudo, me assustei com o enorme número de pessoas que decidiu vir atormentar essa página apenas pela mera satisfação de criticar. Primeiramente Sátántangó não é "filme de cult", se você quer criticar os "moderninhos" assista Woody Allen ou Lars Von Trier (que aliás também têm seu lugar no cinema, não pretendo desprezá-los aqui). Béla Tarr, contudo, é para aqueles que apreciam filmes simplesmente pelo prazer de assistir um belo filme (em todos os sentidos possíveis), pela apreciação da sensibilidade que o cinema é capaz de trazer, pela consciência de que o silêncio também fala e pela capacidade de se deixar afetar. Se você é um desses, essas serão as 7h30min. mais bem gastas da sua vida. Se você quer se entreter, divertir ou passar o tempo: ótimo! Muitas vezes eu também quero, mas se esse é o caso, assista cinema de entretenimento. Não julgue um filme pelo público que você acredita que gosta dele nem critique-o simplesmente porque ele não é o que você gostaria que ele fosse, existem outros filmes que vão preencher esse espaço, procure-os. Uma vez que seu tempo é tão valioso (me parece que 7h30 seriam "perdidas" com um filme, mas um dia inteiro de propagandas, novelas enfadonhas e uma troca de canais incessante é realmente um grande ganho na sua vida), não perca-o criticando aquilo que, obviamente, não te interessa e não traz ganho algum à sua vida além do mero prazer de tratar os outros mal.
Fotografia linda, atores excelentes (Michael Fassbender nem carece de comentários), contudo história já contada e recontada e sempre com o mesmo estereótipo de "heroína" (apesar de gostar muito da Mia Wasikowska).
Michael Fassbender é o filme, sempre um excelente ator. James McAvoy também não deixa a desejar. Tirando os dois, "X-Men First Class" é apenas mais um bom filme de super heróis.
A história é excelente, a fotografia está em perfeita harmonia com o clima do filme e, sem demerecer o ótimo elenco, principalmente a dupla de crianças, o Javier Bardem É o filme, está divino. Contudo, creio que a montagem deixou muitos vazios entre as cenas criando uma quebra no ritmo. Não que essa desconexão seja algo necesariamente ruim, mas me parece que não era essa intenção do Iñárritu e se era acho que ele pecou nisso. De qualquer forma é melhor que Babel, mas perde para 21 Gramas. Recomendado..
Último filme da carreira do Béla Tarr (que decidiu se aposentar, para a tristeza do cinema mundial) e vencedor do Urso de Prata do Festival de Berlim: é NECESSÁRIO (no sentido mais rigoroso da palavra) assistir esse filme.
Uma obra prima do expressionismo alemão em plena década de 90 exatamente o que torna "Europa" ainda mais genial refletindo justamente o tipo de sentimento que transborda em obras do cinema alemão pós-guerra da década de 20. Esse "trocadilho" irônico do Lars von Trier foi de uma perspicácia. E o jogo com cores, que coisa maravilhosa. Lindíssimo!
Tem elementos interessantes, a trama tinha tudo para render um bom filme: bons atores, enredo simples e temas que rendem muita reflexão. Contudo, parece que o filme se perde e fica tudo muito jogado na história.
O Mestre
3.7 1,0K Assista AgoraDiferente do que tem sido afirmado, não creio que seja um filme que critique a Cientologia ou qualquer outra religião. É uma história sobre almas desesperadas, e quem de nós não tem um pouco de Freddie em si, buscando por um Mestre que te mostre qualquer saída viável, qualquer tipo de paz interior ou equilíbrio, em um mundo que parece não se adaptar à nós. Apenas é preciso lembrar que nem sempre a resposta encontrada é o caminho que se procura. Aos que ainda não assistiram, não esperem uma história de fato em "The Master", o filme é realmente sobre pessoas e toda sua complexidade (e como é rica essa complexidade).
P.S.: Comentar as atuaçoes do trio principal de atores já se tornou óbvio, ainda que eu precise registrar que Amy Adams é monstruosa para mim, sendo capaz de deixar o telespectador completamente vidrado apenas com seu olhar.
Amor
4.2 2,2K Assista AgoraComo dói amar!
Deus Abençoe a América
4.0 799O início é muito bom, especialmente o primeiro longo diálogo do filme no qual Frank desvela toda a complexidade por traz do velho lema "USA: Land of Freedom". Infelizmente o filme perde um pouco com o surgimento da Roxy, que na minha visão é apenas mais uma garota mimada. Contudo a grande genialidade do filme, para mim, é a sua ironia: o fato de ser um filme comercial, extremamente americano (a forma como a violência é abordada, a linguagem utilizada, os assuntos tratados, etc) e criticar exatamente.... o american way of life!! Nada mais esperto que realizar um filme tipicamente americano para criticar os próprios americanos, o que de certa forma é uma maneira de dizer a todos nós que assistimos o filme que por mais que a gente critique toda a babaquice estadunidense, não somos tão diferente deles. Em resumo: é um filme bem bacana, menos idiota do que parece, e mais divertido do que se espera.
Na Solidão da Noite
3.9 73O filme começa despretensioso e até mesmo com certa leveza e humor. Contudo as histórias ganham um tom cada vez mais pesado e ao final nos surpreendemos, pois somos flagrados levantando uma séries de questionamentos que vão desde dúvidas acerca dos nossos próprios comportamentos e os constante jogos de manipulação que nos rondam, até as idéias de destino e escolha. Esse filme foi uma bela surpresa!
A Invenção de Hugo Cabret
4.0 3,6K Assista AgoraUma bela homenagem ao cinema, além de fofíssimo!! "If you have ever wondered where your dreams come from.. this is where they are made!"
O Círculo
4.1 32A narrativa circular desse filme é uma das coisas mais bem feitas que já vi. E as histórias entrelaçadas são lindas. Ainda assim, o que me tocou de fato é que as personagens não se julgam, não há condenação ou repúdia entre elas por suas escolhas, cada uma tem sua história, seu ponto de vista, suas razões para tais escolhas, o que demonstra que entre elas existe justamente o que faltou à sociedade que as condenou: tolerância.
Margin Call: O Dia Antes do Fim
3.4 223 Assista AgoraDe fato a linguagem específica é bem complexa e incompreensível a quem não é do meio. Contudo, ainda que eu não entenda absolutamente nada do assunto, não acredito que o valor do filme foi diminuído por este fato, pelo contrário ele não torna o tema banal ou simplificado demais (ele não mastiga o enredo para o espectador) mas as interpretações são tão boas e bem trabalhadas, que qualquer um é capaz de entender do que o filme realmente trata. A última fala de Jeremy Irons no filme deixa bem claro "It's just money, it's all made up, pieces of paper with faces on it so we don't have to kill each other so we can have something to eat".
Um Método Perigoso
3.5 1,1KA trama poderia ser melhor entrelaçada com o tema do qual trata, ou seja, o roteiro não me agradou muito. Contudo tem tomadas muito bacanas. Fassbender, Vincent Cassel e Viggo estão bons (como sempre!), porém já os vi em papéis que mostravam melhor o quanto os três são talentosos. Keira Knightley não me agradou muito, apesar de reconhecer a complexidade da sua personagem. Porém, como sempre tive uma birra pessoal com a atriz, talvez minha antipatia tenha atrapalhado que eu valorizasse o trabalho dela aqui.
O Artista
4.2 2,1K Assista AgoraEm tempos de "Avatar", "O Artista" veio como um alento ao meu coração.
O Tango de Satã
4.3 139Há 8 meses, quando assisti Sátántangó, as pessoas vinham dar suas opiniões, sendo boas ou não, e simplesmente (ainda que a esmagadora maioria tivesse opiniões positivas acerca filme). Contudo, me assustei com o enorme número de pessoas que decidiu vir atormentar essa página apenas pela mera satisfação de criticar. Primeiramente Sátántangó não é "filme de cult", se você quer criticar os "moderninhos" assista Woody Allen ou Lars Von Trier (que aliás também têm seu lugar no cinema, não pretendo desprezá-los aqui). Béla Tarr, contudo, é para aqueles que apreciam filmes simplesmente pelo prazer de assistir um belo filme (em todos os sentidos possíveis), pela apreciação da sensibilidade que o cinema é capaz de trazer, pela consciência de que o silêncio também fala e pela capacidade de se deixar afetar. Se você é um desses, essas serão as 7h30min. mais bem gastas da sua vida. Se você quer se entreter, divertir ou passar o tempo: ótimo! Muitas vezes eu também quero, mas se esse é o caso, assista cinema de entretenimento. Não julgue um filme pelo público que você acredita que gosta dele nem critique-o simplesmente porque ele não é o que você gostaria que ele fosse, existem outros filmes que vão preencher esse espaço, procure-os. Uma vez que seu tempo é tão valioso (me parece que 7h30 seriam "perdidas" com um filme, mas um dia inteiro de propagandas, novelas enfadonhas e uma troca de canais incessante é realmente um grande ganho na sua vida), não perca-o criticando aquilo que, obviamente, não te interessa e não traz ganho algum à sua vida além do mero prazer de tratar os outros mal.
Entre Segredos e Mentiras
3.3 691Repete a mesma fórmula do gênero, o que salva são as ótimas atuações.
Jane Eyre
3.9 787 Assista AgoraFotografia linda, atores excelentes (Michael Fassbender nem carece de comentários), contudo história já contada e recontada e sempre com o mesmo estereótipo de "heroína" (apesar de gostar muito da Mia Wasikowska).
Minhas Tardes Com Margueritte
4.3 522 Assista AgoraMargueritte é a velhinha mais doce da história do cinema *.*
X-Men: Primeira Classe
3.9 3,4K Assista AgoraMichael Fassbender é o filme, sempre um excelente ator. James McAvoy também não deixa a desejar. Tirando os dois, "X-Men First Class" é apenas mais um bom filme de super heróis.
O Núcleo: Missão ao Centro da Terra
2.8 232 Assista AgoraBons atores, mas o filme é muito "mais do mesmo" do gênero "salvem o planeta".
Vítimas da Tormenta
4.4 47O melhor do De Sica.
Vício Frenético
3.1 447 Assista AgoraAlgumas cenas são extremamente herzogianas, apenas por elas o filme vale a pena.
Biutiful
4.0 1,1KA história é excelente, a fotografia está em perfeita harmonia com o clima do filme e, sem demerecer o ótimo elenco, principalmente a dupla de crianças, o Javier Bardem É o filme, está divino. Contudo, creio que a montagem deixou muitos vazios entre as cenas criando uma quebra no ritmo. Não que essa desconexão seja algo necesariamente ruim, mas me parece que não era essa intenção do Iñárritu e se era acho que ele pecou nisso. De qualquer forma é melhor que Babel, mas perde para 21 Gramas. Recomendado..
O Cavalo de Turim
4.2 211Último filme da carreira do Béla Tarr (que decidiu se aposentar, para a tristeza do cinema mundial) e vencedor do Urso de Prata do Festival de Berlim: é NECESSÁRIO (no sentido mais rigoroso da palavra) assistir esse filme.
O Casamento de Rachel
3.3 510Tentativa forçada de criar uma semelhança com "Festa de Família" do Vinterberg.
Viagem a Citera
4.2 17A cena final é inesquecível!
Europa
4.0 117 Assista AgoraUma obra prima do expressionismo alemão em plena década de 90 exatamente o que torna "Europa" ainda mais genial refletindo justamente o tipo de sentimento que transborda em obras do cinema alemão pós-guerra da década de 20. Esse "trocadilho" irônico do Lars von Trier foi de uma perspicácia. E o jogo com cores, que coisa maravilhosa. Lindíssimo!
O Tango de Satã
4.3 139Maravilhoso! O silêncio e o vazio do Béla Tarr sempre trazem revelações.
Temporada de Patos
3.9 29Tem elementos interessantes, a trama tinha tudo para render um bom filme: bons atores, enredo simples e temas que rendem muita reflexão. Contudo, parece que o filme se perde e fica tudo muito jogado na história.