Visualmente é maravilhoso, com sequências longas e amplas, além de ser ajudado por um grande elenco. Gostei também do desenvolvimento que é aplicado a George, que funciona com muita organicidade. Parece-me que a adaptação foi muito bem feita. Soberba é um grande filme, enfim. Começa e termina bem.
A virada que tem no final é bem inesperada, mas acaba que meio conturbada. Não entendi se realmente esse filme é uma metáfora às regras sociais, mas vale destacar a coragem de filmar algo tão provocante. É o segundo filme de Bigas Luna que eu assisto e, apesar disso, já tenho certeza que sempre será uma experiência singular em próximas sessões. Destaque para o poodle. Muito bem treinado.
O filme é cheio de sutilezas, especialmente nas atuações, que até em certo momento parece existir uma batalha entre Phoenix e Hoffman. É também um filme sobre doutrinação e poder de dominação, frente fraquezas e horrores do mundo. O Mestre, enfim, poderia se passar hoje em dia, sem problemas nenhum.
Não me identifiquei muito com o discurso e o filme perde ritmo e interesse a partir do segundo ato. Confesso que esperava mais, na verdade. Pelo menos a trilha de Michael Kamen (RIP) é boa, como sempre.
O cenário, muito bem escolhido, serve para nos mostrar o poder da massa de pessoas em tornar fofoca em um fato. À parte disso, é um filme tecnicamente impecável, com grande direção de Fulci.
Eu assisti a estreia de Martino em O Retorno de Arizona Colt, então foi muito interessante de acompanhar como o diretor já tinha evoluído aqui, mesmo eu já sabendo que ele se tornaria um mestre no gênero. O olhar hipnotizante de Fenech é maravilhoso e este é um filme bem padrão. Tem tudo que um bom giallo tem que ter: muitas cores no cenário, o corpo feminino em destaque, sangue, luvas e navalhas. Pena que, para dar lugar à ação, a discussão sobre sexualidade acaba muito rápido. Ainda assim, é um ótimo filme.
A transição do primeiro para o segundo ato é tão genial, que me rir mais do qualquer brincadeira de Guido. Aliás, trabalho incrível do diretor, conciliando muito bem as duas funções no filme. Gosto ainda da trilha sonora, que é maravilhosa, enfatizando bem cada emoção jogada em tela. E por mais que o goste de Central do Brasil, realmente fica difícil argumentar algo frente a uma história como essa.
Maravilhoso! É um dos melhores trabalhos de Jimmy McGovern. O que prova que os anos 90 foram anos de brilhantismo do autor. Aqui, ele foge um pouco dos tabus e da religião, para ir fundo no estudo de como uma pessoa e seu círculo são afetados por esse tipo notícia: diagnóstico de doença crônica. Confesso que nunca vi um filme que fala sobre esclerose múltipla, mas aqui eu gostei, muito. Tem sensibilidade, organicidade e as músicas famosas, que eram comumente tocadas na tv britânica dos anos 90, não deixam o filme cair no melodrama, nunca. Robert Carlyle também é um show a parte, ótima escolha para o papel, de fato. Grande filme!
Muito decepcionante, principalmente quando você percebe que a Antonia Bird é a mesma que dirigiu Padre. No entanto, tenho que admitir que ela não é a maior culpada, tendo em vista que o roteiro é extremamente preguiçoso e pouco credível. Falta coração, falta motivação aos personagens. Pra piorar as músicas são péssimas, chegando ao ponto de eu pensar que elas foram escolhidas assim propositadamente. ps. agora que eu vi a Antonia Bird dizendo que ela tinha feito um filme de adolescentes e já na pós produção a disney pediu para transformá-lo em um filme para maiores, perdendo o coração do filme. entendi.
O filme, no começo, tem um ar de made in for tv italiana, com atuações questionáveis, principalmente da protagonista. O alívio é que tudo melhora depois da metade, com um conto muito sensível sobre o luto. Além disso, John Turturro está maravilhoso aqui.
É um PTA mais descontraído, que não faz só uma homenagem à década de 70, mas também à juventude. Trata-se de um conto sobre maturidade e escolhas, com um cenário perfeito para a ocasião. Grande filme.
Com exceção da cena de perseguição com as lanchas, o filme carece demais de criatividade, com uso excessivo de convenções e clichês, que chegam a irritar em certo ponto. O filme flerta com o slasher, mas tem mais influências do Giallo. Saí bem decepcionado da sessão.
Filmaço de Claire Denis. Me fez perder de vez o preconceito que eu tinha dos filmes dela quando assisti High Life. Aqui é quase um filme de gênero, que por vezes parece ter sido feito para a tv dos anos 90 e por vezes parece ter sido feito nos anos 70, como um autêntico filme policial. Vincent Lindon tem a aparência perfeita para isso e o carro perfeito também rsrs. Só que Bastardos consegue se sobressair das referências com uma trama bem construída e com uma atmosfera recheada de tensão, que é ressaltada por uma ótima trilha. Grande filme!
Trata-se de uma pequena amostra do que David Lynch viria aprofundar em Twin Peaks. É bizarro, surreal, nojento e até expressionista. É uma impressionante estreia do diretor, enfim.
A primeira metade é legal porque algumas cenas de suspense se constroem bem. O problema é que depois o filme joga com uma previsibilidade terrível e acha que a audiência é burra. Pra piorar o ator que faz o policial é péssimo. Night School é, enfim, uma mistura de GIALLO com Slasher, mas com nada a acrescentar.
É um dos que eu menos gostei do mestre. Me irrita aquela aparente superficialidade. As atuações caricatas também não ajudaram. Que bom que logo em seguida Bergman viria com uma obra-prima atrás da outra.
O estilo semidocumental é abandonado bem cedo, mas nada que comprometa. Na verdade, serve para mostrar como a câmera de Siegel está tão quanto nos melhores filmes dele. O cenário é usado de maneira perfeita e os detentos são bem estudados. Para completar há um grande comentário social sobre a reabilitação de detentos e sobre as negligências das autoridades. Grande filme.
Trabalho magnifico nos efeitos visuais, de fato. Só que, apesar do esforço na direção de Don Chaffey, a simplicidade da história e a falta de carisma do protagonista não deixam o filme ficar mais divertido.
Slasher com roteiro que serve apenas para as construções de várias mortes. Para isso temos litros de sangue! Em alguns momentos até parece trasheira, devido à qualidade do elenco. Mas tá bom.
A direção de Argento é muito elegante, como quase em todos os seus filmes, mas nesse aqui tem vários caminhos que o roteiro toma que é difícil de entender. Por exemplo, toda aquela coincidência no fim da perseguição com o cachorro é um pouco demais. Também há uma relativa perda quando forçam plot twists que eram bem previsíveis. Pelo menos, o comentário sobre machismo é relevante e há uma clara mensagem de Argento a seus críticos da época. A trilha sonora também é importante, apesar de estranha e incômoda.
O primeiro ato é bom, funciona muito bem quando satiriza a ignorância daquele grupo. Depois vai para um lugar que fica interessante apenas quando temos as cenas de canibalismo, que são boas. No fim, no entanto, parece que foi apenas questão de diversão do diretor.
Maravilhoso entrelaço de gêneros. Trata-se de um neo-noir que nos traz também muito de sc-fi clássico dos anos 50 e 60, além de alguns momentos de horror. Estuda a cultura pop de forma muito sugestiva, indo para um caminho não muito absurdo. David Robert Mitchell é um diretor muito subestimado, enfim. Desde os maravilhosos The Myth of the American Sleepover e Corrente do Mal, que ele não deixa de impressionar, conseguindo ser original e muito seguro, mesmo que Silver Lake seja recheado de referências. Pena que ele faça tão poucos filmes.
Filme noir sobre ganância e charlatanismo, onde pouca coisa acontece e que dificilmente faz empolgar. Pelo menos, a direção de arte é soberba e Bradley Cooper está muito bem, ajudando a manter o interesse no filme.
É Perfeito no desenvolvimento de cada personagem, que felizmente se encontram de forma orgânica. É sobre maternidade, relacionamentos e, obviamente, confiança, que é o que envolve todas as discussões do filme. A montagem, incrível, consegue dar o devido espaço para cada personagem, fase e temas. Ótimo filme.
Soberba
3.8 75 Assista AgoraVisualmente é maravilhoso, com sequências longas e amplas, além de ser ajudado por um grande elenco. Gostei também do desenvolvimento que é aplicado a George, que funciona com muita organicidade. Parece-me que a adaptação foi muito bem feita. Soberba é um grande filme, enfim. Começa e termina bem.
Caninos
3.2 5A virada que tem no final é bem inesperada, mas acaba que meio conturbada. Não entendi se realmente esse filme é uma metáfora às regras sociais, mas vale destacar a coragem de filmar algo tão provocante. É o segundo filme de Bigas Luna que eu assisto e, apesar disso, já tenho certeza que sempre será uma experiência singular em próximas sessões. Destaque para o poodle. Muito bem treinado.
O Mestre
3.7 1,0K Assista AgoraO filme é cheio de sutilezas, especialmente nas atuações, que até em certo momento parece existir uma batalha entre Phoenix e Hoffman. É também um filme sobre doutrinação e poder de dominação, frente fraquezas e horrores do mundo. O Mestre, enfim, poderia se passar hoje em dia, sem problemas nenhum.
O Gigante de Ferro
4.1 508 Assista AgoraNão me identifiquei muito com o discurso e o filme perde ritmo e interesse a partir do segundo ato. Confesso que esperava mais, na verdade. Pelo menos a trilha de Michael Kamen (RIP) é boa, como sempre.
O Segredo do Bosque dos Sonhos
3.8 88O cenário, muito bem escolhido, serve para nos mostrar o poder da massa de pessoas em tornar fofoca em um fato. À parte disso, é um filme tecnicamente impecável, com grande direção de Fulci.
O Estranho Vício da Senhora Wardh
3.6 33 Assista AgoraEu assisti a estreia de Martino em O Retorno de Arizona Colt, então foi muito interessante de acompanhar como o diretor já tinha evoluído aqui, mesmo eu já sabendo que ele se tornaria um mestre no gênero. O olhar hipnotizante de Fenech é maravilhoso e este é um filme bem padrão. Tem tudo que um bom giallo tem que ter: muitas cores no cenário, o corpo feminino em destaque, sangue, luvas e navalhas. Pena que, para dar lugar à ação, a discussão sobre sexualidade acaba muito rápido. Ainda assim, é um ótimo filme.
A Vida é Bela
4.5 2,7K Assista AgoraA transição do primeiro para o segundo ato é tão genial, que me rir mais do qualquer brincadeira de Guido. Aliás, trabalho incrível do diretor, conciliando muito bem as duas funções no filme. Gosto ainda da trilha sonora, que é maravilhosa, enfatizando bem cada emoção jogada em tela. E por mais que o goste de Central do Brasil, realmente fica difícil argumentar algo frente a uma história como essa.
Bola Pra Frente
3.1 1Maravilhoso! É um dos melhores trabalhos de Jimmy McGovern. O que prova que os anos 90 foram anos de brilhantismo do autor. Aqui, ele foge um pouco dos tabus e da religião, para ir fundo no estudo de como uma pessoa e seu círculo são afetados por esse tipo notícia: diagnóstico de doença crônica. Confesso que nunca vi um filme que fala sobre esclerose múltipla, mas aqui eu gostei, muito. Tem sensibilidade, organicidade e as músicas famosas, que eram comumente tocadas na tv britânica dos anos 90, não deixam o filme cair no melodrama, nunca. Robert Carlyle também é um show a parte, ótima escolha para o papel, de fato. Grande filme!
Amor Louco
3.0 45 Assista AgoraMuito decepcionante, principalmente quando você percebe que a Antonia Bird é a mesma que dirigiu Padre. No entanto, tenho que admitir que ela não é a maior culpada, tendo em vista que o roteiro é extremamente preguiçoso e pouco credível. Falta coração, falta motivação aos personagens. Pra piorar as músicas são péssimas, chegando ao ponto de eu pensar que elas foram escolhidas assim propositadamente.
ps. agora que eu vi a Antonia Bird dizendo que ela tinha feito um filme de adolescentes e já na pós produção a disney pediu para transformá-lo em um filme para maiores, perdendo o coração do filme. entendi.
Minha Mãe
3.7 61 Assista AgoraO filme, no começo, tem um ar de made in for tv italiana, com atuações questionáveis, principalmente da protagonista. O alívio é que tudo melhora depois da metade, com um conto muito sensível sobre o luto. Além disso, John Turturro está maravilhoso aqui.
Licorice Pizza
3.5 597É um PTA mais descontraído, que não faz só uma homenagem à década de 70, mas também à juventude. Trata-se de um conto sobre maturidade e escolhas, com um cenário perfeito para a ocasião. Grande filme.
Caçada no Canal da Morte
3.4 25Com exceção da cena de perseguição com as lanchas, o filme carece demais de criatividade, com uso excessivo de convenções e clichês, que chegam a irritar em certo ponto. O filme flerta com o slasher, mas tem mais influências do Giallo. Saí bem decepcionado da sessão.
Bastardos
3.2 33Filmaço de Claire Denis. Me fez perder de vez o preconceito que eu tinha dos filmes dela quando assisti High Life. Aqui é quase um filme de gênero, que por vezes parece ter sido feito para a tv dos anos 90 e por vezes parece ter sido feito nos anos 70, como um autêntico filme policial. Vincent Lindon tem a aparência perfeita para isso e o carro perfeito também rsrs. Só que Bastardos consegue se sobressair das referências com uma trama bem construída e com uma atmosfera recheada de tensão, que é ressaltada por uma ótima trilha. Grande filme!
Eraserhead
3.9 922 Assista AgoraTrata-se de uma pequena amostra do que David Lynch viria aprofundar em Twin Peaks. É bizarro, surreal, nojento e até expressionista. É uma impressionante estreia do diretor, enfim.
Escola Noturna
3.2 41A primeira metade é legal porque algumas cenas de suspense se constroem bem. O problema é que depois o filme joga com uma previsibilidade terrível e acha que a audiência é burra. Pra piorar o ator que faz o policial é péssimo. Night School é, enfim, uma mistura de GIALLO com Slasher, mas com nada a acrescentar.
Sorrisos de uma Noite de Amor
4.0 58É um dos que eu menos gostei do mestre. Me irrita aquela aparente superficialidade. As atuações caricatas também não ajudaram. Que bom que logo em seguida Bergman viria com uma obra-prima atrás da outra.
Rebelião no Presídio
3.6 9O estilo semidocumental é abandonado bem cedo, mas nada que comprometa. Na verdade, serve para mostrar como a câmera de Siegel está tão quanto nos melhores filmes dele. O cenário é usado de maneira perfeita e os detentos são bem estudados. Para completar há um grande comentário social sobre a reabilitação de detentos e sobre as negligências das autoridades. Grande filme.
Jasão e o Velo de Ouro
3.6 115Trabalho magnifico nos efeitos visuais, de fato. Só que, apesar do esforço na direção de Don Chaffey, a simplicidade da história e a falta de carisma do protagonista não deixam o filme ficar mais divertido.
Shadow Woods: O Pesadelo
2.9 36Slasher com roteiro que serve apenas para as construções de várias mortes. Para isso temos litros de sangue! Em alguns momentos até parece trasheira, devido à qualidade do elenco. Mas tá bom.
Tenebre
3.8 132 Assista AgoraA direção de Argento é muito elegante, como quase em todos os seus filmes, mas nesse aqui tem vários caminhos que o roteiro toma que é difícil de entender. Por exemplo, toda aquela coincidência no fim da perseguição com o cachorro é um pouco demais. Também há uma relativa perda quando forçam plot twists que eram bem previsíveis. Pelo menos, o comentário sobre machismo é relevante e há uma clara mensagem de Argento a seus críticos da época. A trilha sonora também é importante, apesar de estranha e incômoda.
Canibais
2.6 518 Assista AgoraO primeiro ato é bom, funciona muito bem quando satiriza a ignorância daquele grupo. Depois vai para um lugar que fica interessante apenas quando temos as cenas de canibalismo, que são boas. No fim, no entanto, parece que foi apenas questão de diversão do diretor.
O Mistério de Silver Lake
3.0 290 Assista AgoraMaravilhoso entrelaço de gêneros. Trata-se de um neo-noir que nos traz também muito de sc-fi clássico dos anos 50 e 60, além de alguns momentos de horror. Estuda a cultura pop de forma muito sugestiva, indo para um caminho não muito absurdo. David Robert Mitchell é um diretor muito subestimado, enfim. Desde os maravilhosos The Myth of the American Sleepover e Corrente do Mal, que ele não deixa de impressionar, conseguindo ser original e muito seguro, mesmo que Silver Lake seja recheado de referências. Pena que ele faça tão poucos filmes.
O Beco do Pesadelo
3.5 496 Assista AgoraFilme noir sobre ganância e charlatanismo, onde pouca coisa acontece e que dificilmente faz empolgar. Pelo menos, a direção de arte é soberba e Bradley Cooper está muito bem, ajudando a manter o interesse no filme.
Confiança
4.1 65É Perfeito no desenvolvimento de cada personagem, que felizmente se encontram de forma orgânica. É sobre maternidade, relacionamentos e, obviamente, confiança, que é o que envolve todas as discussões do filme. A montagem, incrível, consegue dar o devido espaço para cada personagem, fase e temas. Ótimo filme.