Sobre melancolia e rotina. Gummo (1997) está pautado no niilismo cínico atrelado à contemporaneidade. Gosto de pensar nesse filme por dois fatores assegurados em: interno e externo, o primeiro refere-se propriamente ao roteiro e a sombra motriz que o empurra para baixo, já o externo são os elementos que constrói a estética sendo exclusivamente atribuída à direção. A direção de Gummo (1997) é anárquica, ora por não respeitar qualquer enquadramento, ora por intercalar cenas que subentende a quebra da quarta parede ou a voz-over sussurrando fatos que encorpam o passado de Xenia, Ohio, a conjecturar imundice, a direção promove uma estética promotora da essência do roteiro. Sobre Gummo: Afinal, qual é o argumento?
Acho que esse papo sobre niilismo no filme de Korine tornou-se quase que o próprio roteiro, afinal há começo e fim, sem grandes atos que ponteiam a narrativa, e talvez o que mais vislumbra o telespectador seja o paralelo com o mundo real, senão uma condição de docilidade imposta ao ser pelo mundo. Há um espectro adaptativo na ficção de Korine que assombra a vida, afinal - Gummo (1997) é essencialmente sobre rotina e morte. Morrer, matar, morreu, morto, mataram etc surge em constância na narrativa a modo que remete à condição anti-vida, constância elementar que parte de um universo que mitiga a vida à perspectiva vil e degenerativa, o escárnio, o feio e violência tornam-se sinônimo de Gummo (1997) - contrapondo, penso ter um ar estoico, afinal - adaptar-se ao condicionado não promove uma ideia de aceitação? Conformismo?
A passividade banaliza o ordinário a modo que situações pontuais exemplo a relação de Salomon e Cassidey, prostituta cega, seja o incomum, outro exemplo é as aspirações da garota albina, ou voz-over de Salomon sussurrando que a vida é bela.
Em suma, o experimentalismo de Korine permeia entre os grandes nomes do lado B noventista, Gummo (1997) agride os olhos, seja por sua direção desconcertante com inserções que simulam depoimentos para TV seja por sua melancolia desejada pelo telespectador, afinal - no fundo trata-se de pessoas submetidas a um rotina vil. Em síntese refere-se a comer, beber, conversar e existir, é sobre condição e docilidade mediante ao caos, sobre aceitar a vida a esperar a morte.
É sobre começo. É sobre fim. “A morte, portanto, o mais terrível dos males, não é nada para nós, visto que, quando existimos, a morte não chegou e, quando a morte chegou, nós não existimos.” – Epicuro.
Não se trata de um ótimo filme, completamente o contrário. Mas eu vejo o apreço pela estética funcional nesse filme (entre outros mediantes às décadas de 70, 80 e 90) - é de um charme inexplicável, afora isso, o filme é perdidamente preparado por obviedades que não o torna péssimo, ruim, mas não péssimo. Um entretenimento fugaz dentro das delimitações da época.
Simples, direto e moderno. Ao encarar a obra original em retrospectiva me deparo com um projeto que emprega mais amor e menos cinema. Até hoje não conheci ninguém, dos que se enquadram como amantes do terror, que odeie Evil Dead de Sam Raimi, o amor qual me refiro é alicerce para o que conhecemos como "estilo Raimi de ser" e de 81 para 87 há uma evolução nada tímida, o contrário, vejo em Evil Dead 2 (1987) uma evolução gigantesca que une o amor e experiência o que inaugura o amálgama dos elementos que constroem esse universo. Abro espaço aqui só para citar esta cena em Evil Dead 2. https://www.youtube.com/watch?v=SOpcdJ_V5_M Eu, particularmente acho uma cena genial que sintetiza em minutos todo a histeria que é o o trabalho de Raimi, equipe e Bruce Campbell.
Mas, se originalmente tivemos o amor pelo cinema à frente, por aqui invertemos os papeis, entretanto, sem desvalidar Evil Dead: Rise como um filme competente e que honra seu compromisso em ser um filme de terror. A estrutura de roteiro é direta e constrói sua introdução à problemática de modo que aspirantes e veteranos consigam obter imersão na narrativa, ênfase para o cuidado que o roteiro tem de abrir um brecha a deixar subentendido (visto que não há menções diretas) que possivelmente Evil Dead (1981, 1987) e Evil Dead (2013) estão inclusos dentro desse universo. A áurea trash mantém-se firme, mais familiarizada com o terror moderno, mas ela existe, e em alguns casos apresentadas em forma de homenagem à obra original.
Vide: a cena do olho.
Acredito que Evil Dead: Rise tem mais acertos do que erros, embora eu pense que se tirarmos o necronomicon e o título homônimo que traz de subtítulo 'ascensão' - Evil Dead: Rise poderia funcionar como um remake de Demons 2 (1986)¹ o que não vejo por uma angulação negativa e sim um pontapé inicial para uma possível nova trilogia (não sei, por que não?) que venha somar mais ao universo e a expandir a fortuna crítica dessa obra que eu considero um exercício de horror estético e direção.
Há dois fatores a serem levados em conta. Primeiro, o fator narrativo que é quase pecaminoso e quase inexistente no terceiro ato. Segundo, o arcabouço da literatura que a Nintendo construiu, o que podemos colocar como o fator nostalgia na obra. Ao meu ver o segundo anula o primeiro (para os olhares mais críticos) visto que é meio gratificante para um fã da nintendo ver enxurrada de referências, eu em particular adorei. O filme é pautado no público infantil e as crianças que estavam na sessão que eu fui ver aparentemente adoraram, o que me faz pensar sobre como o estúdio junto a Nintendo fizeram escolhas assertivas já que, o público-alvo dessa estilo de animação teve uma boa recepção e os fãs de Mario aparentemente gostaram também. Ou seja, recepcionado e rentável. Acho que falar sobre estrutura cinematográfica nesse tipo de filme é um pouco desnecessário e adoraria fazer um observação que em futuros títulos eu iria adorar um pós-crédito em que o Mario enfrenta o Bowser (Koopa ou Kopa) em um lustre, então - após derrotá-lo, o Mario é expurgado do castelo do vilão e uma enorme espada cai sobre o castelo.
Só acho que você deveria olhar isso Nintendo, só acho. Ps. Não me processe. Ps². Metroid daria um ótimo filme.
Brenda Fraser à parte. Saliento também a trilha sonora, desde "Requiem for a Dream" os trabalhos de Aronofsky não extrapolam nesse quesito, de forma que cada trilha em cena torna-se orgânica e harmoniosa, seja diegético, não diegético etc, no filme em questão seja a trilha ou os roncos, respiração ofegante ou andar lento e barulhento, a sonoplastia como um tudo atrela-se ao texto e reforça o drama. Vou reforçar alguns pontos que eu considero cruciais (então são meros interpretativos e não tem peso crítico algum) - a construção do personagem é fundamentada em camadas e até o comparativo com a obra "Moby Dick" não se faz uma nuance, todavia, um reforço crucial para que haja um parâmetro comparativo de passado e presente de Charlie. A cenografia é simplória, mas não artificial, e eu acredito que seja proposital visto que é uma dramaturgia habitada (algo semelhante ao que é visto em "Carnage" ou "Deus da Carnificina" que sejamos justos é um nome muito foda) e isso estende ao próximo ponto que é a narrativa lenta e marcada em atos que são demarcados por dias da semana, acredito que há uma certa assimilação ao texto original (quem manja de teatro depois me confirma isso) e isso justifica essa decisão narrativa. Seja a compulsão alimentar, a depressão e até o niilismo sútil (Charlie é grotesco, repugnante é rebaixo a nada) o sentimento devastado e o peso da culpa (expressa em pedidos de desculpas sem pressupostos) eu vejo "The Whale" como um acerto, talvez não o maior do diretor, mas é um acerto com aberturas que permite cada telespectador recorrer à camada que mais lhe soe interessante. Ao fim eu deixo um último ponto que é o a raiz literária (é quase um texto comparado quando colocamos lado a lado ao "Moby Dick") - entre as brechas significativas dentro da faceta interpretativa, o texto permite alguns debates que são bem explicitados nos comentários aqui, o que me permite acreditar que o filme é um texto profundo, dramático e assustador, mas poético. Humano, poético. Volúvel, pela inconstância das condições, mas poético.
Digo, tomo liberdade para referenciar Umberto Eco (e eu posso estar super errado nessa citação) Mas é "O texto pelo texto".
Gosto do título desse filme, gosto especificamente de como ele precede uma metalinguagem que atua como amálgama de filme e título. "Miss Violence" recepciona-nos com uma tragédia que em seu ritmo assenta-a com o visceral âmbito familiar. Penso no espaço onde tudo é ensaiado, o lar é subvertido, pervertido e reduzido à desgraça, falência e imoralidade na tênue relação pai-avô e família.
Indiscutivelmente cansativo. Entretanto, a estrutura do roteiro se desencadeia em cama de gato, todavia, sólida. As relações entre o vasto núcleo de personagem se estreitam à medida que a narrativa sonífera acontece, destaca-se o começo e o final, são interessantíssimos de forma no inicio do filme pode se pressupor que haverá uma espécie de estrutura de crônica. Não é um filme ruim, longe disso, mas para um público descompromissado não vem a calhar, longe disso, a colossal três horas precisa ser dosada (caso queira aproveitar) senão pouco irá aproveitar desse que podemos chamar de filme "ame-o ou odeio-o"
Clerks III é uma carta de despedida incoerente e talvez o excesso de emoção tenha atrapalhado na hora de redigir. Contudo como um amigo citou abaixo "pq todo fã e um idiot... [...]" eu como um bom fã também amei o filme. Não é pelo o filme em si, mas como a personificação de cada membro do núcleo de personagem está externalizada em nós, os fãs, o uso da metalinguagem encontra apoio na estrutura do primeiro filme, aliás! muito legal ver o Kevin Smith quebrando seu personagem e sendo ele mesmo, entre erros e acertos (vide as nuances negativas que o amigo abaixo trouxe à tona) - O real drama do filme não está e sua conclusão fúnebre e adeus com sabor de catarse, mas na saudade que os longínquos anos imortalizados nos filmes de Kevin Smith deixará em nós, afinal, não é sobre piadas nerds, drogas e idiotices, mas sobre estética vanguarda 90 e pós 90.
Um filme competente. Há uma ar especial à volta do escopo, refiro-me aos pratos e o storytelling por trás deles, eu penso que a narrativa carregaria uma dramática mais pesada se mantivesse o foco totalmente nos pratos. No mais, o filme é interessante e conseguiu me surpreender, entretanto, dentro do nicho 'cinema gastronomia' o filme "Estômago" ainda é o meu favorito.
No quesito singularidade e sensibilidade penso eu ser um dos maiores no Cinema Brasileiro pós 2000, especialmente por ser um filme que preza a estética,
"A fotografia do filme mescla imagens de duas câmeras 16mm (Bolex), uma câmera super-8, uma mini-DV VX1000 (Sony) e uma câmera tcheca (Minockner)." - Wiki do filme.
A fotografia granulada e enquadramentos que beiram ao amadorismo exercido (ou emulação de tal) que remete, a talvez, uma euforia em viagem e desejo pelo novo, torna-se bem ornamentada com uma trilha sonora que sinceramente eu não conseguiria pensar em outra, muito charmosa e tem aquela essência de AM/FM.
Contrapartida, o filme é arrastado, o que me faz pensar que a ideia seria melhor aplicada em um curta-metragem, todavia isso nem funciona como crítica em si, afinal é algo que não chega a afetar o filme, mas sim a recepção do telespectador. Angústia, catarse, amor de ida e saudade de volta, a humanidade aflorada em caráter de singularidade, penso que faz bom uso desse 'material humano' para construção do texto do filme, afinal é um longo devaneio de alguém só e saudoso, entretanto, José Renato, Geólogo, faz-se de errante em suas palavras, embora só em seu espaço físico, tem em sua macro universo, nós, os telespectadores.
Embora proponha uma narrativa arrastada em sua duas horas e pouco de filme, a continuação manifesta certas positividades comparada ao filme anterior, vide personagens desenvolvidos (mesmo que algumas ações sejam questionáveis) - todavia, o charme do filme fica pela competência de efeitos práticos, maquiagem e o excelente trabalho em emular uma estética mais oitentista. Damien Leone possivelmente tem tudo para ser o Savini deste tempo.
A função de Esquadrão Suicida (2021) é servir como produto cinematográfico. Função bem executada e resultante em possíveis sobrevida ao produto (vide: seriado do Pacificador, jogo e possivelmente animação). Em síntese, James Gunn elaborou um roteiro que não se distancia muito do que a literatura original de Esquadrão Suicida propõe. O que mais cativa no trabalho de Gunn é o aspecto trash que ele consegue empregar em seus filmes, o diretor e roteirista fez casa no estúdio Troma e não é estranho ver essa essência em seus blockbusters. Aliás! A direção é um show à parte, embora mantenha-se estruturado bem como a demanda de blockbuster, a direção vez ou outra capricha em uns planos que chegam até destoar:
A cena de abertura com a câmera enquadrando o reflexo do personagem interpretado por Michael Rooker na poça d'água ganha um sobre charme com a tonalidade quente da fotografia
É um ponto bem sagaz a ser levado em conta se compararmos com o filme de 2016 (não vou entrar no mérito de falar do sério problema(s) de montagem do antecessor. Aliás! Ocasionado(s) pela própria Warner).
Enfim, Esquadrão Suicida (2021) apresenta mais prós do que contras. E talvez ele seja o ponta-pé inicial para uma nova onda de filmes criativos e livres da megalomania da Warner. Em resumo: a proposta original da HQ casa bem com a estética e direção, a falta de seriedade faz jus ao pessimismo e Suicide Squad é uma piada pastelona em tom ácido e eloquente.
Obs: Li um comentário que dizia que algumas cenas pareciam soltas, eu notei isso também, a impressão que deixa é que havia mais material para trabalhar, contudo, talvez o prazo para entrega obrigou a aceleração do processo de edição. Sei lá! Talvez venha uma edição aí com umas duzentas horas a mais.
Soul cumpre o que propõe. O roteiro é objetivo e o parâmetro técnico faz jus ao estúdio (não me recordo de um filme produzido pela Disney Pixar que tenha decepcionado nos quesitos técnicos) É preciso falar sobre Peter Docter ao tocar no assunto "Disney Pixar" e não é por menos, Soul ele replica a fórmula utilizada 2015 em Divertidamente. No longa de 2015 o roteiro é executado de maneira despretensiosa e aborda o princípio freudiano dentro de uma didática simples, contudo, genial. Soul provém dessa fórmula e traz consigo a essência do espiritismo dentro de uma química que propõe homogeneizar o princípio da doutrina religiosa ao roteiro.
Agora levanto uma questão mais individual, já que, de duas ou uma: Ou eu assisti ao filme de maneira errada ou tomei a liberdade de significar Soul dentro do meu panorama de crença, contudo, penso que o roteiro parte do pressuposto existencialista, talvez, sustentar essa perspectiva seja um pouco contraditório (dado que o metafísico é presentemente forte para a conclusão da trama) - Mas a ressignificação de Joe para a existência parte de uma ideia de "não propósito" e ele passa a aceitar as decisões individuais (barbeiro, 22 e etc) dentro de uma lógica de "Liberdade Individual" - dessa forma a visão de Joe abandona o espectro de "predestinado" e assume um juízo de valor mais satreano, ou seja, Joe aceita as escolhas.
Enfim, indiferente do significado atribuído, Soul cumpre bem o seu papel tanto como entretenimento quanto arte.
Definitivamente uma filarmônica sem compasso e dissonante. Um conjunto de excelentes atores e atrizes a agir desesperadamente nesta reimaginação de "Going Places, 1974" - por não excelência, o trabalho de Turturro desaba em momentos megalomaníacos e despropositais à medida que esperamos o ápice do filme, aliás! Ápice que vem de maneira jocosa com a personagem apática de Audrey Tautou.
Mantém a virtude cínica e absurda do primeiro título. Não posso deixar batido o aspecto realista que as reações durante as cenas personificam e o argumento de Sacha Baron Cohen é definitivo ao salientar que o mundo pós 14 anos continua um poço de absurdos que variam entra a ressignificação de divergências passadas e o senso apático da "Maior Nação do Mundo".
Borat é realista à medida que o mundo é uma piada.
Muito embora seja pouco desenvolvido, todavia, Bingo - O Rei das Manhãs brilha unilateralmente rumo à perspectiva louca do entretenimento oitentista, aflorado montagem mesclada. Com cores simpáticas e neons (cenas noturnas) e passagens de cenas meticulosamente bem arquitetadas (fraga a passagem de cena que ocorre volta aos prédios) são um show de perspicácia de uma boa produção, afora isso, a trilha sonora dá um ar de nostalgia dos simpatizantes da New Wave ou amantes dos derivados pós punk.
O carinho no qual o filme é tratado pelos os fãs é justificável; Mark é uma catarse ambulante, onde é que esteja, nós telespectadores dos junkies mais carinhosos da geração perdida damos suspiros a cada tomada (devo acrescentar que a montagem em T2 é milenar, ângulos baixos e introspectivos recheados de cores neon e cores desgastadas e jogos de sombra estupendos).
Não há necessidade de se aprofundar ao analisar Guardiões da Galáxia 2. Tudo nele é tão bonito, moderno e ao mesmo tempo retro. Músicas atemporais e que caem como luva para as cenas, os textos demonstra um exímio zelo ao se construir um roteiro. Um ótimo trabalho.
Essa vibe nordestina contemporânea é bacaninha (não?) É satisfatório ver que encaixaram símbolos metrossexuais em uma ambiente estereotipado. Longe de ser um filme bom, porém, pouco perto de um filme ruim, Boi Neon é um filme bacana especialmente para quem quer ver um filme sem compromisso.
A genialidade sobrepõe o tempo. O fato é que em Boneca Inflável o texto mistura-se às cenas e ao áudio, ou seja, a narrativa transborda no exagero de sensibilidade. Uma montagem competente garante um filme humano e gostoso de assistir, entre sua arquitetura profissional, Boneca Inflável, garante ao telespectador um enxurrada de simbolismo destoante do controverso período existencial em que a humanidade encontra-se mergulhada.
Não tenho faculdade mental para atribuir um valor a 'Henry - A Portrait of a Serial Killer' - mas é interessante (na minha concepção) analisarmos um fator externo: o filme acentua um comportamento psicótico e formal, ou seja, Henry soa natural e ameaçador e se contextualiza em meio a cidade gélida de cores mortas, essa figura interpretada por Michael Rooker desmembra o mito da linha tênue entre a ficção e a realidade, apesar de visualmente ultrapassado o argumento se mantém intacto e sobrepõe qualquer especulação sobre "somente um filme censurado". Sendo um ensaio de uma das vertentes de violência conhecidas pelo o homem; 'Henry - A Portrait of a Serial Killer' é em um determinado ponto um argumento metalinguístico, já que, apresenta-nos a banalização da violência, situação essa que consumismo diariamente em moldes de cultura contemporânea.
Vidas sem Destino
3.7 659"Sim, Jesus me ama."
"A vida é bonita"
Sobre melancolia e rotina. Gummo (1997) está pautado no niilismo cínico atrelado à contemporaneidade. Gosto de pensar nesse filme por dois fatores assegurados em: interno e externo, o primeiro refere-se propriamente ao roteiro e a sombra motriz que o empurra para baixo, já o externo são os elementos que constrói a estética sendo exclusivamente atribuída à direção.
A direção de Gummo (1997) é anárquica, ora por não respeitar qualquer enquadramento, ora por intercalar cenas que subentende a quebra da quarta parede ou a voz-over sussurrando fatos que encorpam o passado de Xenia, Ohio, a conjecturar imundice, a direção promove uma estética promotora da essência do roteiro.
Sobre Gummo: Afinal, qual é o argumento?
Acho que esse papo sobre niilismo no filme de Korine tornou-se quase que o próprio roteiro, afinal há começo e fim, sem grandes atos que ponteiam a narrativa, e talvez o que mais vislumbra o telespectador seja o paralelo com o mundo real, senão uma condição de docilidade imposta ao ser pelo mundo. Há um espectro adaptativo na ficção de Korine que assombra a vida, afinal - Gummo (1997) é essencialmente sobre rotina e morte.
Morrer, matar, morreu, morto, mataram etc surge em constância na narrativa a modo que remete à condição anti-vida, constância elementar que parte de um universo que mitiga a vida à perspectiva vil e degenerativa, o escárnio, o feio e violência tornam-se sinônimo de Gummo (1997) - contrapondo, penso ter um ar estoico, afinal - adaptar-se ao condicionado não promove uma ideia de aceitação? Conformismo?
A passividade banaliza o ordinário a modo que situações pontuais exemplo a relação de Salomon e Cassidey, prostituta cega, seja o incomum, outro exemplo é as aspirações da garota albina, ou voz-over de Salomon sussurrando que a vida é bela.
Em suma, o experimentalismo de Korine permeia entre os grandes nomes do lado B noventista, Gummo (1997) agride os olhos, seja por sua direção desconcertante com inserções que simulam depoimentos para TV seja por sua melancolia desejada pelo telespectador, afinal - no fundo trata-se de pessoas submetidas a um rotina vil. Em síntese refere-se a comer, beber, conversar e existir, é sobre condição e docilidade mediante ao caos, sobre aceitar a vida a esperar a morte.
É sobre começo.
É sobre fim.
“A morte, portanto, o mais terrível dos males, não é nada para nós, visto que, quando existimos, a morte não chegou e, quando a morte chegou, nós não existimos.” – Epicuro.
Estrada para o Inferno
3.1 15Não se trata de um ótimo filme, completamente o contrário. Mas eu vejo o apreço pela estética funcional nesse filme (entre outros mediantes às décadas de 70, 80 e 90) - é de um charme inexplicável, afora isso, o filme é perdidamente preparado por obviedades que não o torna péssimo, ruim, mas não péssimo.
Um entretenimento fugaz dentro das delimitações da época.
A Morte do Demônio: A Ascensão
3.3 817 Assista AgoraSimples, direto e moderno.
Ao encarar a obra original em retrospectiva me deparo com um projeto que emprega mais amor e menos cinema. Até hoje não conheci ninguém, dos que se enquadram como amantes do terror, que odeie Evil Dead de Sam Raimi, o amor qual me refiro é alicerce para o que conhecemos como "estilo Raimi de ser" e de 81 para 87 há uma evolução nada tímida, o contrário, vejo em Evil Dead 2 (1987) uma evolução gigantesca que une o amor e experiência o que inaugura o amálgama dos elementos que constroem esse universo.
Abro espaço aqui só para citar esta cena em Evil Dead 2.
https://www.youtube.com/watch?v=SOpcdJ_V5_M
Eu, particularmente acho uma cena genial que sintetiza em minutos todo a histeria que é o o trabalho de Raimi, equipe e Bruce Campbell.
Mas, se originalmente tivemos o amor pelo cinema à frente, por aqui invertemos os papeis, entretanto, sem desvalidar Evil Dead: Rise como um filme competente e que honra seu compromisso em ser um filme de terror. A estrutura de roteiro é direta e constrói sua introdução à problemática de modo que aspirantes e veteranos consigam obter imersão na narrativa, ênfase para o cuidado que o roteiro tem de abrir um brecha a deixar subentendido (visto que não há menções diretas) que possivelmente Evil Dead (1981, 1987) e Evil Dead (2013) estão inclusos dentro desse universo.
A áurea trash mantém-se firme, mais familiarizada com o terror moderno, mas ela existe, e em alguns casos apresentadas em forma de homenagem à obra original.
Vide: a cena do olho.
Acredito que Evil Dead: Rise tem mais acertos do que erros, embora eu pense que se tirarmos o necronomicon e o título homônimo que traz de subtítulo 'ascensão' - Evil Dead: Rise poderia funcionar como um remake de Demons 2 (1986)¹ o que não vejo por uma angulação negativa e sim um pontapé inicial para uma possível nova trilogia (não sei, por que não?) que venha somar mais ao universo e a expandir a fortuna crítica dessa obra que eu considero um exercício de horror estético e direção.
1. Sim, eu acompanho o canal Trasheira Violenta.
Super Mario Bros.: O Filme
3.9 785 Assista AgoraHá dois fatores a serem levados em conta.
Primeiro, o fator narrativo que é quase pecaminoso e quase inexistente no terceiro ato.
Segundo, o arcabouço da literatura que a Nintendo construiu, o que podemos colocar como o fator nostalgia na obra.
Ao meu ver o segundo anula o primeiro (para os olhares mais críticos) visto que é meio gratificante para um fã da nintendo ver enxurrada de referências, eu em particular adorei.
O filme é pautado no público infantil e as crianças que estavam na sessão que eu fui ver aparentemente adoraram, o que me faz pensar sobre como o estúdio junto a Nintendo fizeram escolhas assertivas já que, o público-alvo dessa estilo de animação teve uma boa recepção e os fãs de Mario aparentemente gostaram também.
Ou seja, recepcionado e rentável.
Acho que falar sobre estrutura cinematográfica nesse tipo de filme é um pouco desnecessário e adoraria fazer um observação que em futuros títulos eu iria adorar um pós-crédito em que o Mario enfrenta o Bowser (Koopa ou Kopa) em um lustre, então - após derrotá-lo, o Mario é expurgado do castelo do vilão e uma enorme espada cai sobre o castelo.
Só acho que você deveria olhar isso Nintendo, só acho.
Ps. Não me processe.
Ps². Metroid daria um ótimo filme.
A Baleia
4.0 1,0K Assista AgoraBrenda Fraser à parte. Saliento também a trilha sonora, desde "Requiem for a Dream" os trabalhos de Aronofsky não extrapolam nesse quesito, de forma que cada trilha em cena torna-se orgânica e harmoniosa, seja diegético, não diegético etc, no filme em questão seja a trilha ou os roncos, respiração ofegante ou andar lento e barulhento, a sonoplastia como um tudo atrela-se ao texto e reforça o drama.
Vou reforçar alguns pontos que eu considero cruciais (então são meros interpretativos e não tem peso crítico algum) - a construção do personagem é fundamentada em camadas e até o comparativo com a obra "Moby Dick" não se faz uma nuance, todavia, um reforço crucial para que haja um parâmetro comparativo de passado e presente de Charlie. A cenografia é simplória, mas não artificial, e eu acredito que seja proposital visto que é uma dramaturgia habitada (algo semelhante ao que é visto em "Carnage" ou "Deus da Carnificina" que sejamos justos é um nome muito foda) e isso estende ao próximo ponto que é a narrativa lenta e marcada em atos que são demarcados por dias da semana, acredito que há uma certa assimilação ao texto original (quem manja de teatro depois me confirma isso) e isso justifica essa decisão narrativa.
Seja a compulsão alimentar, a depressão e até o niilismo sútil (Charlie é grotesco, repugnante é rebaixo a nada) o sentimento devastado e o peso da culpa (expressa em pedidos de desculpas sem pressupostos) eu vejo "The Whale" como um acerto, talvez não o maior do diretor, mas é um acerto com aberturas que permite cada telespectador recorrer à camada que mais lhe soe interessante.
Ao fim eu deixo um último ponto que é o a raiz literária (é quase um texto comparado quando colocamos lado a lado ao "Moby Dick") - entre as brechas significativas dentro da faceta interpretativa, o texto permite alguns debates que são bem explicitados nos comentários aqui, o que me permite acreditar que o filme é um texto profundo, dramático e assustador, mas poético. Humano, poético. Volúvel, pela inconstância das condições, mas poético.
Digo, tomo liberdade para referenciar Umberto Eco (e eu posso estar super errado nessa citação) Mas é "O texto pelo texto".
Miss Violence
3.9 1,0K Assista AgoraGosto do título desse filme, gosto especificamente de como ele precede uma metalinguagem que atua como amálgama de filme e título. "Miss Violence" recepciona-nos com uma tragédia que em seu ritmo assenta-a com o visceral âmbito familiar. Penso no espaço onde tudo é ensaiado, o lar é subvertido, pervertido e reduzido à desgraça, falência e imoralidade na tênue relação pai-avô e família.
Magnólia
4.1 1,3K Assista AgoraIndiscutivelmente cansativo. Entretanto, a estrutura do roteiro se desencadeia em cama de gato, todavia, sólida. As relações entre o vasto núcleo de personagem se estreitam à medida que a narrativa sonífera acontece, destaca-se o começo e o final, são interessantíssimos de forma no inicio do filme pode se pressupor que haverá uma espécie de estrutura de crônica.
Não é um filme ruim, longe disso, mas para um público descompromissado não vem a calhar, longe disso, a colossal três horas precisa ser dosada (caso queira aproveitar) senão pouco irá aproveitar desse que podemos chamar de filme "ame-o ou odeio-o"
O Balconista 3
3.2 31 Assista AgoraClerks III é uma carta de despedida incoerente e talvez o excesso de emoção tenha atrapalhado na hora de redigir. Contudo como um amigo citou abaixo "pq todo fã e um idiot... [...]" eu como um bom fã também amei o filme. Não é pelo o filme em si, mas como a personificação de cada membro do núcleo de personagem está externalizada em nós, os fãs, o uso da metalinguagem encontra apoio na estrutura do primeiro filme, aliás! muito legal ver o Kevin Smith quebrando seu personagem e sendo ele mesmo, entre erros e acertos (vide as nuances negativas que o amigo abaixo trouxe à tona) - O real drama do filme não está e sua conclusão fúnebre e adeus com sabor de catarse, mas na saudade que os longínquos anos imortalizados nos filmes de Kevin Smith deixará em nós, afinal, não é sobre piadas nerds, drogas e idiotices, mas sobre estética vanguarda 90 e pós 90.
O Menu
3.6 1,0K Assista AgoraUm filme competente.
Há uma ar especial à volta do escopo, refiro-me aos pratos e o storytelling por trás deles, eu penso que a narrativa carregaria uma dramática mais pesada se mantivesse o foco totalmente nos pratos. No mais, o filme é interessante e conseguiu me surpreender, entretanto, dentro do nicho 'cinema gastronomia' o filme "Estômago" ainda é o meu favorito.
Viajo Porque Preciso, Volto Porque Te Amo
3.9 502 Assista AgoraNo quesito singularidade e sensibilidade penso eu ser um dos maiores no Cinema Brasileiro pós 2000, especialmente por ser um filme que preza a estética,
"A fotografia do filme mescla imagens de duas câmeras 16mm (Bolex), uma câmera super-8, uma mini-DV VX1000 (Sony) e uma câmera tcheca (Minockner)." - Wiki do filme.
A fotografia granulada e enquadramentos que beiram ao amadorismo exercido (ou emulação de tal) que remete, a talvez, uma euforia em viagem e desejo pelo novo, torna-se bem ornamentada com uma trilha sonora que sinceramente eu não conseguiria pensar em outra, muito charmosa e tem aquela essência de AM/FM.
Contrapartida, o filme é arrastado, o que me faz pensar que a ideia seria melhor aplicada em um curta-metragem, todavia isso nem funciona como crítica em si, afinal é algo que não chega a afetar o filme, mas sim a recepção do telespectador.
Angústia, catarse, amor de ida e saudade de volta, a humanidade aflorada em caráter de singularidade, penso que faz bom uso desse 'material humano' para construção do texto do filme, afinal é um longo devaneio de alguém só e saudoso, entretanto, José Renato, Geólogo, faz-se de errante em suas palavras, embora só em seu espaço físico, tem em sua macro universo, nós, os telespectadores.
Aterrorizante 2
2.9 423 Assista AgoraEmbora proponha uma narrativa arrastada em sua duas horas e pouco de filme, a continuação manifesta certas positividades comparada ao filme anterior, vide personagens desenvolvidos (mesmo que algumas ações sejam questionáveis) - todavia, o charme do filme fica pela competência de efeitos práticos, maquiagem e o excelente trabalho em emular uma estética mais oitentista. Damien Leone possivelmente tem tudo para ser o Savini deste tempo.
O Esquadrão Suicida
3.6 1,3K Assista AgoraA função de Esquadrão Suicida (2021) é servir como produto cinematográfico. Função bem executada e resultante em possíveis sobrevida ao produto (vide: seriado do Pacificador, jogo e possivelmente animação). Em síntese, James Gunn elaborou um roteiro que não se distancia muito do que a literatura original de Esquadrão Suicida propõe. O que mais cativa no trabalho de Gunn é o aspecto trash que ele consegue empregar em seus filmes, o diretor e roteirista fez casa no estúdio Troma e não é estranho ver essa essência em seus blockbusters. Aliás! A direção é um show à parte, embora mantenha-se estruturado bem como a demanda de blockbuster, a direção vez ou outra capricha em uns planos que chegam até destoar:
A cena de abertura com a câmera enquadrando o reflexo do personagem interpretado por Michael Rooker na poça d'água ganha um sobre charme com a tonalidade quente da fotografia
É um ponto bem sagaz a ser levado em conta se compararmos com o filme de 2016 (não vou entrar no mérito de falar do sério problema(s) de montagem do antecessor. Aliás! Ocasionado(s) pela própria Warner).
Enfim, Esquadrão Suicida (2021) apresenta mais prós do que contras. E talvez ele seja o ponta-pé inicial para uma nova onda de filmes criativos e livres da megalomania da Warner. Em resumo: a proposta original da HQ casa bem com a estética e direção, a falta de seriedade faz jus ao pessimismo e Suicide Squad é uma piada pastelona em tom ácido e eloquente.
Obs: Li um comentário que dizia que algumas cenas pareciam soltas, eu notei isso também, a impressão que deixa é que havia mais material para trabalhar, contudo, talvez o prazo para entrega obrigou a aceleração do processo de edição. Sei lá! Talvez venha uma edição aí com umas duzentas horas a mais.
Soul
4.3 1,4KSoul cumpre o que propõe. O roteiro é objetivo e o parâmetro técnico faz jus ao estúdio (não me recordo de um filme produzido pela Disney Pixar que tenha decepcionado nos quesitos técnicos)
É preciso falar sobre Peter Docter ao tocar no assunto "Disney Pixar" e não é por menos, Soul ele replica a fórmula utilizada 2015 em Divertidamente. No longa de 2015 o roteiro é executado de maneira despretensiosa e aborda o princípio freudiano dentro de uma didática simples, contudo, genial.
Soul provém dessa fórmula e traz consigo a essência do espiritismo dentro de uma química que propõe homogeneizar o princípio da doutrina religiosa ao roteiro.
Agora levanto uma questão mais individual, já que, de duas ou uma: Ou eu assisti ao filme de maneira errada ou tomei a liberdade de significar Soul dentro do meu panorama de crença, contudo, penso que o roteiro parte do pressuposto existencialista, talvez, sustentar essa perspectiva seja um pouco contraditório (dado que o metafísico é presentemente forte para a conclusão da trama) - Mas a ressignificação de Joe para a existência parte de uma ideia de "não propósito" e ele passa a aceitar as decisões individuais (barbeiro, 22 e etc) dentro de uma lógica de "Liberdade Individual" - dessa forma a visão de Joe abandona o espectro de "predestinado" e assume um juízo de valor mais satreano, ou seja, Joe aceita as escolhas.
Enfim, indiferente do significado atribuído, Soul cumpre bem o seu papel tanto como entretenimento quanto arte.
Ninguém Brinca com Jesus Quintana
2.2 20 Assista AgoraDefinitivamente uma filarmônica sem compasso e dissonante. Um conjunto de excelentes atores e atrizes a agir desesperadamente nesta reimaginação de "Going Places, 1974" - por não excelência, o trabalho de Turturro desaba em momentos megalomaníacos e despropositais à medida que esperamos o ápice do filme, aliás! Ápice que vem de maneira jocosa com a personagem apática de Audrey Tautou.
Borat: Fita de Cinema Seguinte
3.6 552 Assista AgoraMantém a virtude cínica e absurda do primeiro título. Não posso deixar batido o aspecto realista que as reações durante as cenas personificam e o argumento de Sacha Baron Cohen é definitivo ao salientar que o mundo pós 14 anos continua um poço de absurdos que variam entra a ressignificação de divergências passadas e o senso apático da "Maior Nação do Mundo".
Borat é realista à medida que o mundo é uma piada.
Bingo - O Rei das Manhãs
4.1 1,1K Assista AgoraMuito embora seja pouco desenvolvido, todavia, Bingo - O Rei das Manhãs brilha unilateralmente rumo à perspectiva louca do entretenimento oitentista, aflorado montagem mesclada. Com cores simpáticas e neons (cenas noturnas) e passagens de cenas meticulosamente bem arquitetadas (fraga a passagem de cena que ocorre volta aos prédios) são um show de perspicácia de uma boa produção, afora isso, a trilha sonora dá um ar de nostalgia dos simpatizantes da New Wave ou amantes dos derivados pós punk.
T2: Trainspotting
4.0 695 Assista AgoraO carinho no qual o filme é tratado pelos os fãs é justificável; Mark é uma catarse ambulante, onde é que esteja, nós telespectadores dos junkies mais carinhosos da geração perdida damos suspiros a cada tomada (devo acrescentar que a montagem em T2 é milenar, ângulos baixos e introspectivos recheados de cores neon e cores desgastadas e jogos de sombra estupendos).
A Autópsia
3.3 1,0K Assista AgoraUma proposta que surgiu para desconstruir o praxes acaba por torná-lo seu álibi.
O Monstro Dentro de Você
2.2 137 Assista grátisTirando a trilha sonora (Suicide é mara <3) o filme é ó *
Guardiões da Galáxia Vol. 2
4.0 1,7K Assista AgoraNão há necessidade de se aprofundar ao analisar Guardiões da Galáxia 2. Tudo nele é tão bonito, moderno e ao mesmo tempo retro. Músicas atemporais e que caem como luva para as cenas, os textos demonstra um exímio zelo ao se construir um roteiro. Um ótimo trabalho.
Boi Neon
3.6 461Essa vibe nordestina contemporânea é bacaninha (não?)
É satisfatório ver que encaixaram símbolos metrossexuais em uma ambiente estereotipado. Longe de ser um filme bom, porém, pouco perto de um filme ruim, Boi Neon é um filme bacana especialmente para quem quer ver um filme sem compromisso.
Boneca Inflável
3.9 192A genialidade sobrepõe o tempo. O fato é que em Boneca Inflável o texto mistura-se às cenas e ao áudio, ou seja, a narrativa transborda no exagero de sensibilidade. Uma montagem competente garante um filme humano e gostoso de assistir, entre sua arquitetura profissional, Boneca Inflável, garante ao telespectador um enxurrada de simbolismo destoante do controverso período existencial em que a humanidade encontra-se mergulhada.
Retrato de um Assassino
3.5 187 Assista AgoraNão tenho faculdade mental para atribuir um valor a 'Henry - A Portrait of a Serial Killer' - mas é interessante (na minha concepção) analisarmos um fator externo: o filme acentua um comportamento psicótico e formal, ou seja, Henry soa natural e ameaçador e se contextualiza em meio a cidade gélida de cores mortas, essa figura interpretada por Michael Rooker desmembra o mito da linha tênue entre a ficção e a realidade, apesar de visualmente ultrapassado o argumento se mantém intacto e sobrepõe qualquer especulação sobre "somente um filme censurado". Sendo um ensaio de uma das vertentes de violência conhecidas pelo o homem; 'Henry - A Portrait of a Serial Killer' é em um determinado ponto um argumento metalinguístico, já que, apresenta-nos a banalização da violência, situação essa que consumismo diariamente em moldes de cultura contemporânea.
Deus Abençoe a América
4.0 799Olhando por esse ângulo até que o mundo não está tão mal. :)