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Carlos Heitor Cony

Nomes Alternativos: Carlos Heitor Coni

2Número de Fãs

Nascimento: 14 de Março de 1926 (91 years)

Falecimento: 5 de Janeiro de 2018

Rio de Janeiro, Rio de Janeiro - Brasil

Carlos Heitor Cony foi um jornalista e escritor brasileiro. Era editorialista da Folha de S. Paulo e membro da Academia Brasileira de Letras (ABL) desde 2000.
Os pais de Carlos Heitor Cony foram Ernesto Cony Filho, jornalista, e Julieta Moraes Cony. Cony pronunciou suas primeiras palavras aos cinco anos, em reação ao barulho provocado por um hidroavião em Niterói. Foi alfabetizado em casa. Estudou em um seminário em Rio Comprido até 1945, quando abandonou antes de ordenar-se padre. Chegou a cursar a Faculdade de Filosofia da Universidade do Brasil, mas interrompeu também antes de concluir, e teve sua primeira experiência como jornalista no Jornal do Brasil cobrindo férias de seu pai.
Trabalhou como funcionário público da Câmara Municipal do Rio de Janeiro até 1952, quando se tornou redator da Rádio Jornal do Brasil. Em 1960 entrou para o Correio da Manhã, jornal que publicara o polêmico editorial "Basta!" contra João Goulart. Cony foi um dos que se arrependeram de apoiar a queda de Goulart que resultou no golpe militar de 1964 e veio depois a opor-se abertamente ao golpe, tendo sido preso por seis vezes ao longo do período do regime militar. Como editorialista do Correio da Manhã, escreveu textos de crítica aos atos da ditadura militar. Foi incitado a se demitir do matutino (cerca 1965). Recebia pensão do governo federal em decorrência de legislação que autoriza pagamento de indenização aos que sofreram danos materiais e morais vitimados pela ditadura militar. O benefício, chamado de prestação mensal permanente continuada, foi aprovado pela Comissão de Anistia em 21 de junho de 2004, correspondendo à época em cerca de 23 mil reais, que seria o salário que receberia no jornal caso não tivesse sido obrigado a se desligar. O valor mensal foi à época limitado a R$ 19.115,19, então o teto do funcionalismo.
Carlos Heitor já publicou contos, crônicas e romances. Seu romance mais famoso é de 1995, Quase Memória, que vendeu mais de 400 mil exemplares. Esse livro marca seu retorno à atividade de escritor/romancista. Seu romance, A Casa do Poeta Trágico, foi escolhido o Livro do Ano, obtendo o Prêmio Jabuti, na categoria ficção.
Desde 2006, seus livros são publicados pela Editora Objetiva, que pretende relançar toda a sua obra.
Numa das seis prisões durante o regime militar, um coronel me perguntou por que eu escrevia tanta besteira no jornal em que então trabalhava. Dei razão a ele. Até hoje, acho que não fiz outra coisa. ”
Morreu em 5 de janeiro de 2018, no Hospital Samaritano (Rio de Janeiro), devido a problemas no intestino e falência múltipla dos órgãos.

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