Margit Carstensen foi uma atriz alemã de TV, teatro e cinema, mais conhecida na Alemanha para funções nas obras do realizador de cinema Rainer Werner Fassbinder.
Começou no teatro e foi lá que ela conheceu o diretor Rainer Werner Fassbinder em 1969; então, trabalhou sob sua direção em uma comédia pelo século XVIII veneziano de Carlo Goldoni ''The Coffee Shop'' (que foi gravado para a televisão em 1970), trazendo a atenção nacional na Alemanha Ocidental.
Posteriormente, ela desempenhou o papel de uma assassina em série em ''Geesche Gottfried'' na estréia da própria peça de Fassbinder ''Bremen Freedom'' (também na televisão, em 1972), e depois no papel-título na sua adaptação de Henrik Ibsen ''Nora Helmer'' (televisionado em 1974) derivada de ''A Doll House''.
Ela desempenhou papéis principais nos filmes de Fassbinder ''As Lágrimas Amargas de Petra von Kant'' (1972), seu mais conhecido papel e mais cultuado, que lhe valeu o prêmio de Melhor Atriz pelo German Film Awards; ''Martha'' (1974), com Karlheinz Böhm , analisando um casamento tradicional, num ambiente contemporâneo; ''Angst vor der Angst '' (1975); ''A Viagem de Mãe Küster para o Céu/Mutter Küsters' Fahrt zum Himmel'' (1975); ''O Assado de Satã/Satansbraten'' (1976); ''Roleta chinesa/Chinesisches Roulette '' (1976) e ''Mulheres em Nova York/Frauen in New York'' (1977). Ela também apareceu em episódios individuais de uma longa produção televisiva de Fassbinder: ''Berlin Alexanderplatz'' (1980).
Em 1977, ela fez o polêmico ''Adolfo & Marlene/Adolf und Marlene'', um filme satírico sobre uma falsa história que conta que Hitler vê um filme de Marlene Dietrich e cai em uma paixão pela atriz expatriada; esse filme enfureceu a diva Marlene Dietrich, que conseguiu impedir a estréia do filme, fazendo o filme passar imperceptível até hoje.
Carstensen também trabalhou em produções internacionais. No terceiro filme feito pelo diretor polonês Andrzej Żuławski, ''Possessão/Possession (1981), uma co-produção franco-alemã, ela se apresentou em conjunto com Isabelle Adjani, Sam Neill e Heinz Bennent. Quatro anos mais tarde, ela trabalhou com a diretora de origem polonesa Agnieszka Holland em seu filme ''Colheita Amarga/Bittere Ernte'' (1985), junto com Armin Mueller-Stahl. Este filme foi indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.
Em 2003, ela ganhou o Bavarian Film Awards de Atriz Coadjuvante pelo filme ''Scherbentanz'', de Chris Kraus.
Em 2013, ela esteve presente no cinema em um papel principal em ''Finsterworld'' de Frauke Finsterwalder.