cinemacomcritica.com.br - Um crítico de cinema sempre bate a cabeça na parede quando receia ser incapaz de colocar, em palavras, os sentimentos provocados por uma narrativa, no caso, este segundo trabalho do diretor Robert Eggers (de “A Bruxa”). Não que discutir os aspectos técnicos e narrativos de “O Farol” seja difícil, contudo é improvável que eu consiga passar adiante a sensação de isolamento, agonia e desconforto perceptíveis desde a escolha da razão de aspecto, leia-se o tamanho da tela, para 1.17:1 (a título de comparação, o formato televiso convencional é de 1.33:1; já o formato cinematográfico padrão, 1.77:1). A decisão não só acena às influências do cinema alemão mudo expressionista do começo do século passado – de “O Gabinete do Dr. Caligari” e “Nosferatu” – mas revela a claustrofobia de estar isolado na companhia de pensamentos e arrependimentos quando não existe forma de penitência para acalmá-los, só loucura.
Crítica completa abaixo!
http://cinemacomcritica.com.br/2019/10/o-farol/