O Pornógrafo

1970

O Pornógrafo

Dirigido por:
Média geral 3.7
baseado em 61 votos
Sua avaliação:
salvando
78 minutos

Único longa dirigido por João Callegaro, O Pornógrafo é um dos grandes filmes do chamado Cinema Marginal e da Boca do Lixo, aliando todos os elementos que o local proporcionou de melhor ao cinema: erotismo, mulheres bonitas nuas, deboche, comédia maliciosa, etc. É também um impressionante trabalho de construção de personagem a partir de referenciais metacinemáticos, como poucos souberam fazer no cinema brasileiro.

Miguel Metralha (um invejável Stênio Garcia) não é como um gangster norte-americano, mas é nele que se espelha, ao menos na sua postura de macho inabalável. E não é o gangster de fato, mas sim a imagem que os filmes passam deles – é o que Callegaro nos propõe imageticamente. Mas, Metralha, não passa de um jornalista fadado a uma vida de pobreza, mesmo que conserve a máscara de malandro: comedor, entendido de sexo e de mulheres, acima de todos, pronto para passar por cima de qualquer um e apenas curtir a vida. Ele é a encarnação do deboche marginal, que quer apenas avacalhar com o status quo. As revistinhas de sacanagem, à la Catecismos (de Carlos Zéfiro), são exemplo disso. Não aceita seu emprego de jornalista numa redação enfadonha, como outra qualquer. Quando lhe dão a dica, Metralha entra no escritório clandestino, onde as revistas são produzidas, pedindo um emprego e garantindo retorno financeiro. Não quer o emprego só pela relação com a putaria, mas por achar que aquilo precisa ser sacolejado e arejado, que coisas novas precisam entrar: mais sexo, mais mulheres, em diferentes formas de prazer.

Estreia Brasil:
1970
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