Competente adaptação (só perdendo para Legion) de um grupo desfuncional de personagens bizarros dos quadrinhos que são obrigados a colaborarem entre si e evoluírem no processo, ficou tipo uma Umbrella Academy que funciona. Créditos ao trabalho do escocês esquisitão Grant Morrison, de onde muita bizarrice foi tirada.
Que série, senhoras e senhores, que série. Noah Hawley aproveitou o conceito básico do filho megapoderoso do Professor Charles Xavier (que, nas hqs, absorveu literalmente as mentes de algumas pessoas pra dentro de si durante um ataque terrorista, o que o deixou catatônico) pra nos trazer uma instigante e saborosa jornada de auto conhecimento e descoberta, com um dos roteiros mais imaginativos e insanos já criados. A estética retrô (um manicômio lotado de olhos vigilantes por toda parte, o que dá a sensação de desconforto e apreensão o tempo inteiro), que poderia ser apenas um chamariz para os hipsters de plantão, combina perfeitamente com a bizarrice da coisa; é como se unissem Stanley Kubrick, David Fincher e Wes Anderson em um só. Parabéns aos envolvidos.
Como não encontro palavras pra descrever esse coquetel de erros digno de deixar Nicolas Cage com orgulho de seus 40 filmes anuais, deixo aqui as palavras de indignação de meu amigo Fábio Ochôa:
"Olha gente, pra dizer o quanto o novo Quarteto Fantástico é ruim não basta usar as palavras convencionais. Novas palavras teriam que ser usadas, para dizer que o filme é uma pindúcia, uma falácia, uma presepada, uma patuscada, um girivá de teta, um ukelelê de desemoções.
Resumindo, é uma merda.
O pior aspecto é que ele tem diversos insights, mas a execução é um navio vazando petróleo em algum habitat de ursos pandas. Nada funciona, só resta a você sentar e apreciar com um certo grau de sadismo esse desastre em câmera lenta, enquanto vê a carreira e chances futuras do diretor Josh Trank afundar cada vez mais a cada fotograma do filme.
Não é para menos, no novo Quarteto Fantástico direção é uma contradição em termos: o filme vai pra lá, vai pra cá e falha em todos os caminhos. Ele flerta com a ficção séria na primeira metade, abordando novas dimensões, com ideias interessantes, mas que não levam a lugar nenhum, na segunda metade, quando entram as sequências de transformação biológica, ele tangencia um horror à lá David Cronenberg, mas de novo, sem nunca completar nenhuma de suas premissas, brinca com idéias interessantes deles serem usados como armas de guerra, mas tudo é jogado, é desenvolvido de qualquer maneira, e fechando com um dos finais mais desinteressantes e mal-executados que já vi.
A impressão que dá é que à determinada altura o diretor e o elenco se deram conta da presepada em que estavam metidos, ligaram o foda-se e se preocuparam só em entregar qualquer coisa dentro do prazo que eles tinham.
O filme começa com um tom bem diferente do habitual, com uma proposta mais realista e densa, o que até não seria um grande problema se simplesmente tudo que os personagens fazem não fizesse sentido algum durante todo o filme.
A “dramaticidade”(coloca aí umas seis aspas) é tão carregada em cada cena, tudo se leva tão a sério que só acaba acentuando mais o ridículo da coisa toda. Destaque especial para a primeira aparição de Doutor Destino à caráter, em vez da imponência e ameaça habitual, ele está tão esculhambado que jurei que ia pedir uns 10 reais para cuidar da nave dos caras lá que pousaram no mundo do cramunhão.
No final ainda temos um combate altamente xoxo onde até o planeta se junta a favor de Von Doom contra nossos quatro amigos serelepes. O filme até sinaliza que o mundo em questão poderia ser Ego, o Planeta Vivo, é isso ou apenas o roteirista ligando o foda-se também para cumprir o prazo de lançamento.
O filme até tem cenas que valem a pena, como a infância de Reed e Ben Billy Elliot que se soubesse onde estava se metendo ia voltar pro vilarejo no cu da Escócia e ficar dançando balé, e a sequência de Von Doon fugindo da base militar, terrível como um filme de horror em sua brutalidade e sanguinolência, mas são rápidos lampejos frente ao catatau de merda que o filme oferece.
Como por exemplo, a origem do grupo, onde ao serem teleportados, Ben leva uma caralhada de pedras na cara, logo, vira o Coisa, Johnny tem o suporte que pega o fogo, logo, vira o Tocha Humana e Reed? Bem, ninguém sabe, nem o roteirista. Vai ver ele devia estar segurando o roteiro do filme, que esticou a paciência do público até o limite.
O elenco até tinha potencial, o Tocha negro, tanto faz, são potencialmente bons atores, mas cara, todas as cenas dramáticas de vamos-desenvolver-os-personagens, os diálogos são tão merdas que chegam a dar vergonha.
As exceções são Kate Mara sempre com cara de quem saiu de casa e se deu conta que esqueceu de colocar o OB e o Cigano Victor, tão expressivo quanto sua máscara.
Mas pelo menos o Coisa Billy Elliot não parece mais um anão arremessado de cabeça em uma montanha de cocô que nem nos filmes anteriores. Ainda assim, a cena final com ele deveria render diversos esquetes no Saturday Night Live:
Exército: - Taí, agora vocês vão ser nosso exército, vão invadir a porra toda e trazer a liberdade ao mundo. Reed: - Porra nenhuma. E tem mais, a gente quer um prédio, verba ilimitada, independência e que o Michael Bay pare de fazer cinema e vá ensinar crianças autistas nos cumes do Himalaia. Exército: - E porque a gente faria isso? Reed: - Porque a gente tem ELE.
Aponta pro Coisa, Coisa dá uma rosnadinha. O exército acata. Eles ganham o prédio, verba ilimitada e Michael Bay vai ensinar crianças autistas nos cumes do Himalaia.
Para vocês verem o grau de “profundidade” e “realismo”das situações mostradas no filme. Bom, quanto ao plano do Cigano Victor, não tem muito o que falar, pelo (pouco) que entendi, ele acha que a Terra tem mais que se f*der e que o planetinha lá bizarro sem NET e sem Wallmart que deu os poderes pra ele é que é o máximo, portanto, vamos criar um buraco negro e acabar com tudo.
Eu até poderia falar mal disso, mas tudo bem, pelo menos o personagem está coerente, uma vez que o plano dele no primeiro filme de Tim Story era acabar com o Quarteto Fantástico porque... Sei lá, porque sim, no segundo era roubar a prancha do Surfista Prateado e ficar surfando por aí e no de Roger Corman tentar andar por aí com sua armadura de plástico sem tropeçar e cair. Coerência tem nome, Victor Von Doom.
O foda é que o Quarteto é de longa data meu grupo favorito. Foi o grupo onde Stan Lee e Jack Kirby efetivamente se tornaram o Lee e Kirby que todos conhecemos, onde John Byrne e Walt Simonson nos presentearam com FC digna de Heinlein e Asimov, onde Mark Waid chegou à perfeição, ao juntar uma família disfuncional como a nossa, envolvidos com as idéias mais fantásticas possíveis. Mesmo assim, um material tão rico desses (talvez até mesmo por ser específico demais), sempre deu merda no cinema.
Daí as produções de Tim Story. Incompetências à parte, com exceção do aspecto fantástico que sempre permeou o grupo, tudo está lá: os personagens são eles mesmos, os relacionamentos estão todos corretos... Pena que desenvolvidos por atores péssimos e um roteiro de dar vergonha e, bem, você sabe que tem um grande problema em mãos quando a melhor coisa do seu filme é a atuação de Chris Evans. Em um certo sentido, até a terrível produção de Roger Corman acerta nisso, a fidelidade está lá, capitaneada por um diretor e elenco incompetentes ao extremo, com um orçamento mínimo, mas inegavelmente, com as melhores intenções, o que deixa o filme quase comovente, de acordo com o ângulo que você vê. Tudo isso falta nesse remake. Tudo. Você sente o nível do buraco quando nem Stan Lee aparece em um filme Marvel. De qualquer maneira, fiquei até o fim dos créditos, não para ver se tinha alguma cena extra, mas para ver se a Fox ia colocar “Desculpa, prometemos nunca mais fazer isso”. Não teve. Como uma amiga minha mandou hoje, errar é humano, errar quatro vezes é fantástico."
Temporada superior à primeira, seguindo com o humor cínico, inteligente e auto-depreciativo. Creio que o bordão "Whaaaaatttt? Get out of here!", usado por Bojack na primeira temporada, foi abandonado pra mostrar que ele não precisa disso para convencer de que é um grande personagem que não precisa de tal artifício para se firmar e também como forma de crítica à esta prática.
Diversão pura. Nonsense nível Cthulhu andando de triciclo cantarolando Born to Be Wild. Trama absurda, personagem principal imbatível, lutas épicas, leis da Física tirando um tempinho de folga e trocadilhos nível Batman de Joel Schumacher, ou seja, o pior dos anos 80 em sua melhor forma.
Estava esperando um final diferente, em que, em vista de a Floresta Sem Ponta não existir, a lei de banimento acabasse por se tornar inaplicável, o que permitiria a Oblio retornar ao convívio da cidade, mas foi um final bem bolado. "Você não precisa de ponta para ter um ponto".
Fiquei em dúvida se ele possuía ou não poderes (e se não os usava pelo medo da reação das pessoas a eles), já que na cena em que ele está quase discutindo na mesa, pouco antes do objeto cair na cabeça do outro sujeito, ele olha pra cima por alguns instantes, levando a entender que o derrubou de propósito para acabar com a conversa. Algumas cenas (como o baterista nos bastidores) nos levam a crer que tudo não passava de alucinações dele, criadas inconscientemente para tentar convencê-lo a se libertar e se tornar, literal e figurativamente, o personagem que o consagrou. Outra dúvida que surgiu foi se o pássaro monstro mostrado na cena em que ele idealiza os blockbusters não seria uma referência ao monstro do filme O Ataque Vem do Polo http://filmow.com/o-ataque-vem-do-polo-t13379/, que, para azar do diretor Fred. F. Sears, ficou tão ridículo quanto os próprios blockbusters sem sal e sem alma que, infelizmente, fazem sucesso e tiram espaço de filmes realmente bons.
Qual o melhor começo de filme que você já viu? Lembro de três. Um ficou na história porque foi a primeira vez, salvo desmentido do Goida, que se fez prólogo no cinema. Ou seja, uma sequência inteira antes de aparecerem o título e os créditos. Comandos ingleses desembarcam no norte da África. Atacam uma fortificação alemã, metralham tudo e todos até serem dizimados também. No final da sequência um dos comandos, antes de morrer, pergunta a um soldado alemão: “Conseguimos pegá-lo?” O alemão sorri e faz que “não” com a cabeça. Surge o título do filme: “A Raposa do Deserto”, sobre o indestrutível marechal Rommel. Outro começo antológico é o de Janela Indiscreta, de Hitchcock. A câmera passeia por um interior. Numa única tomada, mostrando só objetos e fotos, sem o auxílio de uma palavra na trilha sonora, ela nos diz quem é e o que faz dono da casa e como foi o seu acidente. No fim da tomada a câmera sobe pela perna engessada de James Stewart e quando enquadra o seu rosto, olhando pela janela, já sabemos tudo o que precisamos sobre ele e sobre a situação. Não fosse Hitchcock o rei da síntese visual. Mas o melhor começo de todos, para mim, é o de Yojimbo (ou é o outro, chamado, se não me falham os neurônios, Sanjuro?). O samurai do Kurosawa vem por uma estrada e chega a uma encruzilhada. Não sabe que caminho escolher. Nisto, por um dos caminhos, surge um cachorro com alguma coisa na boca. Quando chega perto vê-se o que ele tem na boca: uma mão decepada. O samurai não hesita. Segue pelo caminho de onde veio o cachorro, sabendo que no fim daquela estrada conseguirá emprego. Você certamente terá começos melhores. Por favor, não os mande. Morro com estes.
O Dublê
3.8 21Metal Storm é o Rebel Moon que vale.
Monarch: Legado de Monstros (1ª Temporada)
3.3 62 Assista AgoraFica difícil quando a série é do tipo "monstro da semana", mas não tem o monstro da semana.
Patrulha do Destino (1ª Temporada)
4.2 156 Assista AgoraCompetente adaptação (só perdendo para Legion) de um grupo desfuncional de personagens bizarros dos quadrinhos que são obrigados a colaborarem entre si e evoluírem no processo, ficou tipo uma Umbrella Academy que funciona.
Créditos ao trabalho do escocês esquisitão Grant Morrison, de onde muita bizarrice foi tirada.
A Torre Negra
2.6 839 Assista AgoraStephen King, você esqueceu o rosto de seu pai.
Mas lembrou de sua conta bancária.
Rick and Morty (3ª Temporada)
4.5 262 Assista AgoraLiberaram o primeiro episódio ontem, no site do Adult Swim, como uma forma de pegadinha falsa de primeiro de Abril.
Legion (1ª Temporada)
4.2 287 Assista AgoraQue série, senhoras e senhores, que série.
Noah Hawley aproveitou o conceito básico do filho megapoderoso do Professor Charles Xavier (que, nas hqs, absorveu literalmente as mentes de algumas pessoas pra dentro de si durante um ataque terrorista, o que o deixou catatônico) pra nos trazer uma instigante e saborosa jornada de auto conhecimento e descoberta, com um dos roteiros mais imaginativos e insanos já criados.
A estética retrô (um manicômio lotado de olhos vigilantes por toda parte, o que dá a sensação de desconforto e apreensão o tempo inteiro), que poderia ser apenas um chamariz para os hipsters de plantão, combina perfeitamente com a bizarrice da coisa; é como se unissem Stanley Kubrick, David Fincher e Wes Anderson em um só.
Parabéns aos envolvidos.
Seu Nome
4.5 1,4K Assista AgoraA Casa do Lago... Que Transbordou.
Procurando Dory
4.0 1,8K Assista AgoraMelhor cena pós créditos EVER!
O Regresso
4.0 3,5K Assista AgoraAlguém dê um Oscar pra aquele urso.
Star Trek: Sem Fronteiras
3.8 566 Assista AgoraTrailer
https://www.youtube.com/watch?v=XRVD32rnzOw
Quarteto Fantástico
2.2 1,7K Assista AgoraComo não encontro palavras pra descrever esse coquetel de erros digno de deixar Nicolas Cage com orgulho de seus 40 filmes anuais, deixo aqui as palavras de indignação de meu amigo Fábio Ochôa:
"Olha gente, pra dizer o quanto o novo Quarteto Fantástico é ruim não basta usar as palavras convencionais. Novas palavras teriam que ser usadas, para dizer que o filme é uma pindúcia, uma falácia, uma presepada, uma patuscada, um girivá de teta, um ukelelê de desemoções.
Resumindo, é uma merda.
O pior aspecto é que ele tem diversos insights, mas a execução é um navio vazando petróleo em algum habitat de ursos pandas. Nada funciona, só resta a você sentar e apreciar com um certo grau de sadismo esse desastre em câmera lenta, enquanto vê a carreira e chances futuras do diretor Josh Trank afundar cada vez mais a cada fotograma do filme.
Não é para menos, no novo Quarteto Fantástico direção é uma contradição em termos: o filme vai pra lá, vai pra cá e falha em todos os caminhos. Ele flerta com a ficção séria na primeira metade, abordando novas dimensões, com ideias interessantes, mas que não levam a lugar nenhum, na segunda metade, quando entram as sequências de transformação biológica, ele tangencia um horror à lá David Cronenberg, mas de novo, sem nunca completar nenhuma de suas premissas, brinca com idéias interessantes deles serem usados como armas de guerra, mas tudo é jogado, é desenvolvido de qualquer maneira, e fechando com um dos finais mais desinteressantes e mal-executados que já vi.
A impressão que dá é que à determinada altura o diretor e o elenco se deram conta da presepada em que estavam metidos, ligaram o foda-se e se preocuparam só em entregar qualquer coisa dentro do prazo que eles tinham.
O filme começa com um tom bem diferente do habitual, com uma proposta mais realista e densa, o que até não seria um grande problema se simplesmente tudo que os personagens fazem não fizesse sentido algum durante todo o filme.
A “dramaticidade”(coloca aí umas seis aspas) é tão carregada em cada cena, tudo se leva tão a sério que só acaba acentuando mais o ridículo da coisa toda.
Destaque especial para a primeira aparição de Doutor Destino à caráter, em vez da imponência e ameaça habitual, ele está tão esculhambado que jurei que ia pedir uns 10 reais para cuidar da nave dos caras lá que pousaram no mundo do cramunhão.
No final ainda temos um combate altamente xoxo onde até o planeta se junta a favor de Von Doom contra nossos quatro amigos serelepes. O filme até sinaliza que o mundo em questão poderia ser Ego, o Planeta Vivo, é isso ou apenas o roteirista ligando o foda-se também para cumprir o prazo de lançamento.
O filme até tem cenas que valem a pena, como a infância de Reed e Ben Billy Elliot que se soubesse onde estava se metendo ia voltar pro vilarejo no cu da Escócia e ficar dançando balé, e a sequência de Von Doon fugindo da base militar, terrível como um filme de horror em sua brutalidade e sanguinolência, mas são rápidos lampejos frente ao catatau de merda que o filme oferece.
Como por exemplo, a origem do grupo, onde ao serem teleportados, Ben leva uma caralhada de pedras na cara, logo, vira o Coisa, Johnny tem o suporte que pega o fogo, logo, vira o Tocha Humana e Reed? Bem, ninguém sabe, nem o roteirista. Vai ver ele devia estar segurando o roteiro do filme, que esticou a paciência do público até o limite.
O elenco até tinha potencial, o Tocha negro, tanto faz, são potencialmente bons atores, mas cara, todas as cenas dramáticas de vamos-desenvolver-os-personagens, os diálogos são tão merdas que chegam a dar vergonha.
As exceções são Kate Mara sempre com cara de quem saiu de casa e se deu conta que esqueceu de colocar o OB e o Cigano Victor, tão expressivo quanto sua máscara.
Mas pelo menos o Coisa Billy Elliot não parece mais um anão arremessado de cabeça
em uma montanha de cocô que nem nos filmes anteriores. Ainda assim, a cena final com ele deveria render diversos esquetes no Saturday Night Live:
Exército: - Taí, agora vocês vão ser nosso exército, vão invadir a porra toda e trazer a liberdade ao mundo.
Reed: - Porra nenhuma. E tem mais, a gente quer um prédio, verba ilimitada, independência e que o Michael Bay pare de fazer cinema e vá ensinar crianças autistas nos cumes do Himalaia.
Exército: - E porque a gente faria isso?
Reed: - Porque a gente tem ELE.
Aponta pro Coisa, Coisa dá uma rosnadinha. O exército acata. Eles ganham o prédio, verba ilimitada e Michael Bay vai ensinar crianças autistas nos cumes do Himalaia.
Para vocês verem o grau de “profundidade” e “realismo”das situações mostradas no filme.
Bom, quanto ao plano do Cigano Victor, não tem muito o que falar, pelo (pouco) que entendi, ele acha que a Terra tem mais que se f*der e que o planetinha lá bizarro sem NET e sem Wallmart que deu os poderes pra ele é que é o máximo, portanto, vamos criar um buraco negro e acabar com tudo.
Eu até poderia falar mal disso, mas tudo bem, pelo menos o personagem está coerente, uma vez que o plano dele no primeiro filme de Tim Story era acabar com o Quarteto Fantástico porque... Sei lá, porque sim, no segundo era roubar a prancha do Surfista Prateado e ficar surfando por aí e no de Roger Corman tentar andar por aí com sua armadura de plástico sem tropeçar e cair. Coerência tem nome, Victor Von Doom.
O foda é que o Quarteto é de longa data meu grupo favorito. Foi o grupo onde Stan Lee e Jack Kirby efetivamente se tornaram o Lee e Kirby que todos conhecemos, onde John Byrne e Walt Simonson nos presentearam com FC digna de Heinlein e Asimov, onde Mark Waid chegou à perfeição, ao juntar uma família disfuncional como a nossa, envolvidos com as idéias mais fantásticas possíveis.
Mesmo assim, um material tão rico desses (talvez até mesmo por ser específico demais), sempre deu merda no cinema.
Daí as produções de Tim Story. Incompetências à parte, com exceção do aspecto fantástico que sempre permeou o grupo, tudo está lá: os personagens são eles mesmos, os relacionamentos estão todos corretos... Pena que desenvolvidos por atores péssimos e um roteiro de dar vergonha e, bem, você sabe que tem um grande problema em mãos quando a melhor coisa do seu filme é a atuação de Chris Evans. Em um certo sentido, até a terrível produção de Roger Corman acerta nisso, a fidelidade está lá, capitaneada por um diretor e elenco incompetentes ao extremo, com um orçamento mínimo, mas inegavelmente, com as melhores intenções, o que deixa o filme quase comovente, de acordo com o ângulo que você vê.
Tudo isso falta nesse remake. Tudo.
Você sente o nível do buraco quando nem Stan Lee aparece em um filme Marvel.
De qualquer maneira, fiquei até o fim dos créditos, não para ver se tinha alguma cena extra, mas para ver se a Fox ia colocar “Desculpa, prometemos nunca mais fazer isso”.
Não teve.
Como uma amiga minha mandou hoje, errar é humano, errar quatro vezes é fantástico."
BoJack Horseman (2ª Temporada)
4.4 173Temporada superior à primeira, seguindo com o humor cínico, inteligente e auto-depreciativo.
Creio que o bordão "Whaaaaatttt? Get out of here!", usado por Bojack na primeira temporada, foi abandonado pra mostrar que ele não precisa disso para convencer de que é um grande personagem que não precisa de tal artifício para se firmar e também como forma de crítica à esta prática.
Rick and Morty (1ª Temporada)
4.5 414 Assista Agora"- Qual é o meu propósito?
- Você passa manteiga!
- Ah, Deus!
- Bem-vindo ao clube!"
Kung Fury
4.2 366 Assista AgoraDiversão pura.
Nonsense nível Cthulhu andando de triciclo cantarolando Born to Be Wild.
Trama absurda, personagem principal imbatível, lutas épicas, leis da Física tirando um tempinho de folga e trocadilhos nível Batman de Joel Schumacher, ou seja, o pior dos anos 80 em sua melhor forma.
Mad Max: Estrada da Fúria
4.2 4,7K Assista AgoraFuriosa's Secret.
A Ponta
3.7 18 Assista AgoraEstava esperando um final diferente, em que, em vista de a Floresta Sem Ponta não existir, a lei de banimento acabasse por se tornar inaplicável, o que permitiria a Oblio retornar ao convívio da cidade, mas foi um final bem bolado.
"Você não precisa de ponta para ter um ponto".
[spoiler][/spoiler]
Tomorrowland: Um Lugar Onde Nada é Impossível
3.2 738 Assista AgoraNovo trailer
https://www.youtube.com/watch?v=wjEgmx2kQP4&feature=share
Homem-Formiga
3.7 2,0K Assista AgoraNovo trailer
https://youtu.be/pWdKf3MneyI
Vingadores: Era de Ultron
3.7 3,0K Assista AgoraHulk x Hulkbuster
https://www.youtube.com/watch?v=Ww5JGEKyGjw&feature=youtu.be
Piano no Mori
4.2 23Essa animação é como música clássica: bela, inspiradora, sensível, de fácil acesso e, paradoxalmente, pouco conhecida.
Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)
3.8 3,4K Assista AgoraFilmaço.
Iñárritu mostrando como se faz para mostrar drama sem excesso de sentimentalismo ou discussões infindáveis sobre a natureza humana.
Fiquei em dúvida se ele possuía ou não poderes (e se não os usava pelo medo da reação das pessoas a eles), já que na cena em que ele está quase discutindo na mesa, pouco antes do objeto cair na cabeça do outro sujeito, ele olha pra cima por alguns instantes, levando a entender que o derrubou de propósito para acabar com a conversa.
Algumas cenas (como o baterista nos bastidores) nos levam a crer que tudo não passava de alucinações dele, criadas inconscientemente para tentar convencê-lo a se libertar e se tornar, literal e figurativamente, o personagem que o consagrou.
Outra dúvida que surgiu foi se o pássaro monstro mostrado na cena em que ele idealiza os blockbusters não seria uma referência ao monstro do filme O Ataque Vem do Polo
http://filmow.com/o-ataque-vem-do-polo-t13379/,
que, para azar do diretor Fred. F. Sears, ficou tão ridículo quanto os próprios blockbusters sem sal e sem alma que, infelizmente, fazem sucesso e tiram espaço de filmes realmente bons.
A Batalha de Myeongryang
3.8 33Sun Tzu curtiu este filme.
Janela Indiscreta
4.3 1,2K Assista AgoraComeços
Qual o melhor começo de filme que você já viu? Lembro de três. Um ficou na história porque foi a primeira vez, salvo desmentido do Goida, que se fez prólogo no cinema. Ou seja, uma sequência inteira antes de aparecerem o título e os créditos. Comandos ingleses desembarcam no norte da África. Atacam uma fortificação alemã, metralham tudo e todos até serem dizimados também. No final da sequência um dos comandos, antes de morrer, pergunta a um soldado alemão: “Conseguimos pegá-lo?” O alemão sorri e faz que “não” com a cabeça. Surge o título do filme: “A Raposa do Deserto”, sobre o indestrutível marechal Rommel. Outro começo antológico é o de Janela Indiscreta, de Hitchcock. A câmera passeia por um interior. Numa única tomada, mostrando só objetos e fotos, sem o auxílio de uma palavra na trilha sonora, ela nos diz quem é e o que faz dono da casa e como foi o seu acidente. No fim da tomada a câmera sobe pela perna engessada de James Stewart e quando enquadra o seu rosto, olhando pela janela, já sabemos tudo o que precisamos sobre ele e sobre a situação. Não fosse Hitchcock o rei da síntese visual. Mas o melhor começo de todos, para mim, é o de Yojimbo (ou é o outro, chamado, se não me falham os neurônios, Sanjuro?). O samurai do Kurosawa vem por uma estrada e chega a uma encruzilhada. Não sabe que caminho escolher. Nisto, por um dos caminhos, surge um cachorro com alguma coisa na boca. Quando chega perto vê-se o que ele tem na boca: uma mão decepada. O samurai não hesita. Segue pelo caminho de onde veio o cachorro, sabendo que no fim daquela estrada conseguirá emprego. Você certamente terá começos melhores. Por favor, não os mande. Morro com estes.
Luís Fernando Veríssimo, Comédias da Vida Pública
Magia Estranha
3.4 44 Assista AgoraTrailer
http://geektyrant.com/news/trailer-for-lucasfilms-animated-fairytale-strange-magic