O filme embora carregado de metalinguagem e simbolismo, é simples e surpreendente, Godard nos apresenta uma estética brilhante e uma narrativa riquíssima. O relacionamento conturbado entre Paul e Camille compõem diálogos dolorosos e nem sempre verdadeiros para ambos, o que para o espectador se torna uma angústia, principalmente quando os mesmos vem acompanhado da belíssima trilha sonora que agrega perfeitamente as situações. A metalinguística é explícita principalmente quando o diretor Francês satiriza os produtores de cinema mostrando seu 'desprezo' absoluto pelo cinema comercial. Gordard faz uma análise profunda sobre a natureza das relações humanas, um filme atemporal para se ver inúmeras vezes.
Chaplin relembra seus próprios dias miseráveis nesse filme, com humor e tristeza, mas nunca com amagura. O ímpeto artístico imediato para O Gatoro foi a morte de seu primogênito de apenas três dias de idade. Comparando com Luzes da Cidade, o Adorável Vagabundo se esforça para salvar uma garota cega e resgatar um alcoólotra, milionário e suicída. Essa fantasia de resgate sem dúvida exprimiam o desejo original de infância de Chaplin, ajudar a sua mãe mentalmente doente e seu pai alcoólotra bem de vida que tinha meios de ajudar a sua mãe. Em O Gatoro, o resgate é em benefício dele próprio, podemos ver claramente uma mãe heroína 'cujo pecado foi a maternidade' como uma metáfora a Hannah Chaplin. Na cena que se segue, que Chaplin omitiu cinquenta anos depois ao reeditar a obra-prima, a cabeça de sua heroína é iluminada por trás de um vitral criando um efeito de auréola atrás de sua cabeça em uma imagem infantil dos sacrifícios de sua própria mãe. A presença do menino Jackie Coogan é admirável, a comunicação com Carlitos é profunda e cômica. O 'trágico' é 'cômico', esses dois elementos sempre tiveram presentes na vida e na obra de Charles Chaplin.
O documentário é bastante completo pra quem está começando a se interessar pela Novelle Vague e seus dois principais protagonistas: Godard e Truffaut, um mais provocador, o outro mais poético. É possível acompanhar a amizade dos dois realizadores do início ao fim, assim como suas principais influências, seus principais filmes e as escolhas que os separaram.
Até o filme considerado 'fraco' de Woody Allen é infinitamente melhor que qualquer comédia romântica por aí. Dizem que é uma releitura moderna de 'Noivo Neurótico Noiva Nervosa'. Só eu acho que Allen tem todo direito de fazer isso?
O interessante desse filme, baseado em esquetes das recordações de infância de Allen, é que essas memórias permaneceram vivas graças as músicas que tocavam no rádio, ou seja, a música é responsável por cada história e associada em cada cena relembrada pelo autor.
Hilário! Por enquanto é de longe o meu favorito da primeira fase. Todas enquetes são ótimas. As que mais me chamaram a atenção foram a primeira e a última, a do Afrodisíaco regada de humor Alleniano ala Bananas e a última, onde ele faz uma brilhante e hillária comparação do corpo masculino a uma máquina operada por vários homens, aqui ele faz o papel de um dos espermatozóides. A intenção de Woody foi justamente não responder nenhuma enquete, mas mostrar que a sexualiade é algo imprevisível, enigmático e engraçado.
Não entendo o porquê do filme ser visto como um dos mais fracos da carreira de Woody Allen. É simplesmente encantador e pra mim um dos pontos altos da criatividade de Allen. O roteiro mesmo sendo previsível consegue nos deixar dúvidas durante o filme como 'ele é o assassino!' - 'ele não é o assassino!'. É um filme delicioso que nos prende do início ao fim, com boa dose de humor, suspense e romance.
O filme me lembrou 'Morangos Silvestres', talvez por mostrar da melhor forma poética o papel da memória na formação do ser humano. As memórias são de um período delicioso de descobertas, amores e dores da vida de Marie, uma bailarina dividida entre o seu amor pela dança e o namorado. Belíssimo filme, simples e profundo!
O melhor filme de Allen na minha opinião seguido de 'Meia Noite...' e por coincidência - ou não - ambos passeiam entre realidade e fantasia. A beleza desse filme está justamente na sua simplicidade, onde a narrativa flui naturalmente junto de seus personagens, sonhos e realidade. O filme hipnotiza, consegue fazer imagens fantasiosas tornarem-se realidade diante de nossos olhos. Allen permite aos cinéfilos ter o gostinho de imaginar o que todos já sonharam, entrar na tela! Simplesmente delicioso!
Gosto de filmes como esse, foi possível identificar meus amigos além de eu mesma. A intensidade dos personagens acaba compensando o roteiro clichê de um romance (aproximação/problemas/final feliz). Adorei o personagem George e sua visão sincera e intrigada a respeito da vida, sua ingenuidade, meiguisse. A motivação que ele precisava e não conseguia com a famíla e escola foi descoberta no amor e é a partir daí que o filme começa a caminhar. Aprovo as atuações também, sem falar na trilha sonora.
O filme é capaz de tocar nosso íntimo com sutileza e doçura. A história é previsível e mesmo assim o espectador pode torcer pra que não aconteça, tamanha a realidade do drama. Tratar de um tema pesado com brandura e elegância é o grande mérito do filme, além disso a trilha sonora conta com lindas canções. O roteiro nos mostra que a felicidade pode ser tão rápida e 'viva' quanto a própria vida, que passa num piscar de olhos.
Tudo engrenou perfeitamente no filme independente da 'fantasiosa' Paris mostrada, desde o roteiro, trilha sonora a escalação dos atores, que a meu ver foram impecáveis. Impossível para os amantes da boa arte, música, cinema, literatura não exibir um sorriso de ponta-a-ponta durante os inusitados encontros de Gil com seus ídolos dos anos 20. É notável uma relação intensa e uma visão melancólica de Allen pela cidade, descrita através do seu alter-ego. O filme deixa claro o quanto somos insatisfeitos independente de qual época vivamos, insatisfação essa normal entre os artistas. Encantador e delicioso!
Uma obra-prima do cinema. O primeiro filme da trilogia das três cores representa o tema mais complexo; a 'Liberdade', dos lemas da Revolução Francesa de 1789 (Liberdade, Igualdade e Fraternidade), que são associados às cores (Azul, Branco e Vermelho) e a cor mais intensa; o 'Azul', 'Blue' que significa tristeza. O filme indaga quanto ao verdadeiro significado da palavra "Liberdade" e como se pode vive-la sem apenas cultuá-la como um ideal, mostrando que ela pode acontecer bruscamente como foi o caso da protagonista. Essa questão surge justamente no momento da ruptura trágica produzida pelo acidente, onde a personagem perde seus familiares. Deprimida, Julie tenta se libertar dessa liberdade indesejada rompendo qualquer vínculo ao passado, mas fragmentos da sua memória surgem a todo instante e seu esforço de isolamento é destruído, como quando um trecho marcante da sinfonia composta pelo marido retoma a sua mente e a personagem apaga (a tela fica preta) em uma maneira genial de traduzir o sentimento da protagonista. O filme ainda é repleto de pequenos detalhes carregados em tons azulados através de objetos, do quarto azul, ou mesmo o lustre que ela carrega, que traduzem a profunda tristeza de Julie. Um filme tomado de sensibilidade e reflexão, onde Juliette Binoche faz um papel impecável.
Resumindo em quatro adjetivos: depressivo, insano, divertido e metafórico. Tive que digerir um pouco até entender o que Hesher representava, ele é a própria morte que aparece para salvar a família, ensinando-os a conviver com a perda. Quando a família se habitua à sua presença ele finalmente parte. Particularmente acho que o filme chega ao ponto alto na metade, após isso decai um pouco, ainda assim é ótimo, original, conta com excelentes atuações e um final surpreendente.
Adaptação ótima para uma artista perfeita. Agradável para os fãs e para os que ainda não conhecem a vida e obra de Frida Kahlo, embora o longa seja falado em inglês e pouco rico em detalhes. Um ponto alto do filme são as passagens das telas para as cenas, associando cada obra da artista aos acontecimentos reais de sua vida, mas fica por conta da trilha sonora mostrar a verdadeira alma de Frida Kahlo.
Simplesmete perfeito. Gracioso e doloroso, sensível e dramático. Anthony Quiin e Giulietta foram inpecáveis nos respectivos papéis. A ingenuidade de Gelsomina e a frieza de Zampanò harmonizam uma história cativante onde há uma mescla de dor e alegria. O tema de Nino Rota é memorável, Gelsomina dedilhando seu tema no trompete é uma cena inesquecível, assim como quando Zampanò desamparado, desabafa toda sua angústia e finalmente demonstra todo seu amor por Gelsomina na beira do mar.
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O Desprezo
4.0 266O filme embora carregado de metalinguagem e simbolismo, é simples e surpreendente, Godard nos apresenta uma estética brilhante e uma narrativa riquíssima. O relacionamento conturbado entre Paul e Camille compõem diálogos dolorosos e nem sempre verdadeiros para ambos, o que para o espectador se torna uma angústia, principalmente quando os mesmos vem acompanhado da belíssima trilha sonora que agrega perfeitamente as situações.
A metalinguística é explícita principalmente quando o diretor Francês satiriza os produtores de cinema mostrando seu 'desprezo' absoluto pelo cinema comercial. Gordard faz uma análise profunda sobre a natureza das relações humanas, um filme atemporal para se ver inúmeras vezes.
O Garoto
4.5 584 Assista AgoraChaplin relembra seus próprios dias miseráveis nesse filme, com humor e tristeza, mas nunca com amagura.
O ímpeto artístico imediato para O Gatoro foi a morte de seu primogênito de apenas três dias de idade. Comparando com Luzes da Cidade, o Adorável Vagabundo se esforça para salvar uma garota cega e resgatar um alcoólotra, milionário e suicída. Essa fantasia de resgate sem dúvida exprimiam o desejo original de infância de Chaplin, ajudar a sua mãe mentalmente doente e seu pai alcoólotra bem de vida que tinha meios de ajudar a sua mãe.
Em O Gatoro, o resgate é em benefício dele próprio, podemos ver claramente uma mãe heroína 'cujo pecado foi a maternidade' como uma metáfora a Hannah Chaplin. Na cena que se segue, que Chaplin omitiu cinquenta anos depois ao reeditar a obra-prima, a cabeça de sua heroína é iluminada por trás de um vitral criando um efeito de auréola atrás de sua cabeça em uma imagem infantil dos sacrifícios de sua própria mãe.
A presença do menino Jackie Coogan é admirável, a comunicação com Carlitos é profunda e cômica. O 'trágico' é 'cômico', esses dois elementos sempre tiveram presentes na vida e na obra de Charles Chaplin.
Godard, Truffaut e a Nouvelle Vague
4.1 57O documentário é bastante completo pra quem está começando a se interessar pela Novelle Vague e seus dois principais protagonistas: Godard e Truffaut, um mais provocador, o outro mais poético. É possível acompanhar a amizade dos dois realizadores do início ao fim, assim como suas principais influências, seus principais filmes e as escolhas que os separaram.
Igual a Tudo na Vida
3.3 213 Assista AgoraAté o filme considerado 'fraco' de Woody Allen é infinitamente melhor que qualquer comédia romântica por aí. Dizem que é uma releitura moderna de 'Noivo Neurótico Noiva Nervosa'. Só eu acho que Allen tem todo direito de fazer isso?
A Era do Rádio
4.0 234 Assista AgoraO interessante desse filme, baseado em esquetes das recordações de infância de Allen, é que essas memórias permaneceram vivas graças as músicas que tocavam no rádio, ou seja, a música é responsável por cada história e associada em cada cena relembrada pelo autor.
Tudo o que Você Sempre Quis Saber Sobre Sexo (Mas …
3.5 384 Assista AgoraHilário! Por enquanto é de longe o meu favorito da primeira fase. Todas enquetes são ótimas.
As que mais me chamaram a atenção foram a primeira e a última, a do Afrodisíaco regada de humor Alleniano ala Bananas e a última, onde ele faz uma brilhante e hillária comparação do corpo masculino a uma máquina operada por vários homens, aqui ele faz o papel de um dos espermatozóides.
A intenção de Woody foi justamente não responder nenhuma enquete, mas mostrar que a sexualiade é algo imprevisível, enigmático e engraçado.
Scoop - O Grande Furo
3.4 386 Assista AgoraNão entendo o porquê do filme ser visto como um dos mais fracos da carreira de Woody Allen. É simplesmente encantador e pra mim um dos pontos altos da criatividade de Allen. O roteiro mesmo sendo previsível consegue nos deixar dúvidas durante o filme como 'ele é o assassino!' - 'ele não é o assassino!'. É um filme delicioso que nos prende do início ao fim, com boa dose de humor, suspense e romance.
Juventude
4.2 82 Assista AgoraO filme me lembrou 'Morangos Silvestres', talvez por mostrar da melhor forma poética o papel da memória na formação do ser humano. As memórias são de um período delicioso de descobertas, amores e dores da vida de Marie, uma bailarina dividida entre o seu amor pela dança e o namorado.
Belíssimo filme, simples e profundo!
A Rosa Púrpura do Cairo
4.1 591 Assista AgoraO melhor filme de Allen na minha opinião seguido de 'Meia Noite...' e por coincidência - ou não - ambos passeiam entre realidade e fantasia.
A beleza desse filme está justamente na sua simplicidade, onde a narrativa flui naturalmente junto de seus personagens, sonhos e realidade. O filme hipnotiza, consegue fazer imagens fantasiosas tornarem-se realidade diante de nossos olhos. Allen permite aos cinéfilos ter o gostinho de imaginar o que todos já sonharam, entrar na tela! Simplesmente delicioso!
A Arte da Conquista
3.4 901Gosto de filmes como esse, foi possível identificar meus amigos além de eu mesma. A intensidade dos personagens acaba compensando o roteiro clichê de um romance (aproximação/problemas/final feliz).
Adorei o personagem George e sua visão sincera e intrigada a respeito da vida, sua ingenuidade, meiguisse. A motivação que ele precisava e não conseguia com a famíla e escola foi descoberta no amor e é a partir daí que o filme começa a caminhar. Aprovo as atuações também, sem falar na trilha sonora.
Inquietos
3.9 1,6K Assista AgoraO filme é capaz de tocar nosso íntimo com sutileza e doçura. A história é previsível e mesmo assim o espectador pode torcer pra que não aconteça, tamanha a realidade do drama. Tratar de um tema pesado com brandura e elegância é o grande mérito do filme, além disso a trilha sonora conta com lindas canções.
O roteiro nos mostra que a felicidade pode ser tão rápida e 'viva' quanto a própria vida, que passa num piscar de olhos.
Meia-Noite em Paris
4.0 3,8K Assista AgoraTudo engrenou perfeitamente no filme independente da 'fantasiosa' Paris mostrada, desde o roteiro, trilha sonora a escalação dos atores, que a meu ver foram impecáveis. Impossível para os amantes da boa arte, música, cinema, literatura não exibir um sorriso de ponta-a-ponta durante os inusitados encontros de Gil com seus ídolos dos anos 20. É notável uma relação intensa e uma visão melancólica de Allen pela cidade, descrita através do seu alter-ego.
O filme deixa claro o quanto somos insatisfeitos independente de qual época vivamos, insatisfação essa normal entre os artistas. Encantador e delicioso!
A Liberdade é Azul
4.1 650 Assista AgoraUma obra-prima do cinema.
O primeiro filme da trilogia das três cores representa o tema mais complexo; a 'Liberdade', dos lemas da Revolução Francesa de 1789 (Liberdade, Igualdade e Fraternidade), que são associados às cores (Azul, Branco e Vermelho) e a cor mais intensa; o 'Azul', 'Blue' que significa tristeza.
O filme indaga quanto ao verdadeiro significado da palavra "Liberdade" e como se pode vive-la sem apenas cultuá-la como um ideal, mostrando que ela pode acontecer bruscamente como foi o caso da protagonista.
Essa questão surge justamente no momento da ruptura trágica produzida pelo acidente, onde a personagem perde seus familiares.
Deprimida, Julie tenta se libertar dessa liberdade indesejada rompendo qualquer vínculo ao passado, mas fragmentos da sua memória surgem a todo instante e seu esforço de isolamento é destruído, como quando um trecho marcante da sinfonia composta pelo marido retoma a sua mente e a personagem apaga (a tela fica preta) em uma maneira genial de traduzir o sentimento da protagonista.
O filme ainda é repleto de pequenos detalhes carregados em tons azulados através de objetos, do quarto azul, ou mesmo o lustre que ela carrega, que traduzem a profunda tristeza de Julie.
Um filme tomado de sensibilidade e reflexão, onde Juliette Binoche faz um papel impecável.
Juventude em Fúria
3.8 855 Assista AgoraResumindo em quatro adjetivos: depressivo, insano, divertido e metafórico. Tive que digerir um pouco até entender o que Hesher representava, ele é a própria morte que aparece para salvar a família, ensinando-os a conviver com a perda. Quando a família se habitua à sua presença ele finalmente parte.
Particularmente acho que o filme chega ao ponto alto na metade, após isso decai um pouco, ainda assim é ótimo, original, conta com excelentes atuações e um final surpreendente.
Frida
4.1 1,2K Assista AgoraAdaptação ótima para uma artista perfeita. Agradável para os fãs e para os que ainda não conhecem a vida e obra de Frida Kahlo, embora o longa seja falado em inglês e pouco rico em detalhes. Um ponto alto do filme são as passagens das telas para as cenas, associando cada obra da artista aos acontecimentos reais de sua vida, mas fica por conta da trilha sonora mostrar a verdadeira alma de Frida Kahlo.
A Estrada da Vida
4.3 228Simplesmete perfeito. Gracioso e doloroso, sensível e dramático. Anthony Quiin e Giulietta foram inpecáveis nos respectivos papéis. A ingenuidade de Gelsomina e a frieza de Zampanò harmonizam uma história cativante onde há uma mescla de dor e alegria. O tema de Nino Rota é memorável, Gelsomina dedilhando seu tema no trompete é uma cena inesquecível, assim como quando Zampanò desamparado, desabafa toda sua angústia e finalmente demonstra todo seu amor por Gelsomina na beira do mar.