Juro que não entendo quando dizem que "X-Men 3" é um mau filme. Os que criticam parecem se dividir em dois nichos: Os críticos de cinema frescos e os que só dizem que o filme é ruim só pelo efeito Maria-vai-com-as-outras.
O longa é muito divertido e empolgante e ainda conta com boas participações de Famke Janssen no papel de Jean Gray e do lendário Ian McKellen como o ardiloso Magneto. As participações dos mocinhos também não ficaram mal na fita. De um modo geral, gostei do trabalho de Brett Ratner, que também dirigiu Dragão Vermelho (2001) e fez um ótimo trabalho.
Melhor filme sobre automobilismo que já foi feito. Esqueçam "Grand Prix" e "Le Mans", que são filmes para Petrolheads, fanáticos e classistas. Esse filme sim foi uma grande produção a nível de cinema. Envolvente, divertido e emocionante.
Uma obra de arte que buscou atender aos gostos até de quem não é muito chegado às corridas de carro. E conseguiu. Os excelentes números da bilheteria pelo mundo (cerca de 90 milhões de dólares, quase o triplo do orçamento) comprovam isso.
Mas melhor que o filme inteiro foi a atuação monstruosa de Daniel Brühl, que chegou a arrancar elogios rasgados do próprio Niki Lauda.
Contudo, o filme dividiu opiniões entre os "cabeças de gasolina" e os fãs da arte do cinema, pelo fato de a rivalidade explorada no longa não ter existido em níveis tão cavalares. O fato é que RUSH, como obra fictícia para a sétima arte, é o que chamamos de "masterpiece".
Se quem foi assistir o filme esperava por uma narrativa fiel aos fatos, se decepcionou. No meu caso, eu fui sem nada esperar do filme em termos de grandiosidade. E fiquei muito feliz com o resultado. A direção de Ron Howard me satisfez, bem como o roteiro, que deixou o filme muito bem organizado nas aproximadamente duas horas de fita.
Recomendadíssimo para os cinéfilos e obrigatório para os fãs de automobilismo.
"Annabelle" pode não ser exatamente um primor em termos de conteúdo, pois a história do filme não surpreende; ao contrário, é cheia de elementos já explorados antes e de referências veladas a outros filmes. Afinal, todos já vimos antes um demônio amaldiçoando uma família ou então sangue escorrendo pela pia em outras obras.
Mas "Annabelle" possui algumas características que certamente o colocam entre um dos melhores de seu gênero. O terror, mais do que nunca, se faz presente nesta obra. As aparições repentinas do espírito que toma conta da boneca certamente rendem bons gritos de susto (na sala em que vi o filme, os gritos foram marcantes). A obra também se valeu bastante da figura tenebrosa que é a própria boneca, que apareceu sempre nos momentos de maior tensão do filme.
Mas sempre incomodou-me muito uma coisa. O imaginário popular parece não surtir efeito algum nas personagens nesta obra. Ou vocês acham que qualquer pessoa na vida real não se borraria de medo com situações como as apresentadas neste filme e não sairia da cama? Pois os personagens andam pela casa no escuro e sem medo algum, mesmo com barulhos incrivelmente sinistros.
No mais, é um bom filme de terror. Recomendo para quem gosta de sustos.
X-Men - Dias de um Futuro esquecido é, com certeza, o melhor filme da franquia, e um dos melhores já lançados pela Marvel. O filme estabelece um reboot no enredo da série de filmes dos X-Men, e mescla, sem atropelar o roteiro, cenas de forte ação, suspense e uma divertida irreverência.
Foi gratificante ver Ian McKellen de volta ao papel de Magneto e ainda melhor vê-lo lutando ao lado dos X-Men, na última tentativa de sobrevivência frente aos sentinelas. Em sua forma mais jovem, porém, o mestre do magnetismo protagoniza o filme, colocando em cheque a tentativa de salvar o futuro dos mutantes, por mais de uma vez. A atuação de Michael Fassbender como o Magneto mais jovem foi irretocável, em todos os sentidos.
O contraste entre os personagens de Patrick Stewart e James McAvoy, bem como entre os de McKellen e Fassbender também é outro ponto interessante a ser notado. Os Professores X chegam a se encontrar durante o filme, enquanto Erik (Fassbender) e Magneto (McKellen) são quase que completamente opostos. Enquanto um tem ciência de onde seus atos o levaram, o outro parece ainda cheio de ódio para com a raça humana, lembrando o próprio personagem de McKellen na trilogia original.
Hugh Jackman se destaca ao interpretar um Wolverine que, pessoalmente, me lembrou muito o enredo de alguns filmes de Terminator (mais pela volta ao passado do que por qualquer outra coisa) e Jennifer Lawrence também protagoniza o drama principal do filme, por ser o pivô do momento que decidiu o futuro dos humanos e mutantes. Destacam-se também Peter Dinklage (responsável por interpretar Bolívar Trask, o criador dos sentinelas), considerado o vilão, e Evan Peters no papel de Mercúrio (Quicksilver), que, aliás, roubou a cena no momento mais irreverente do longa.
Posso dizer que a obra, apesar de ter muitos protagonistas, está bem arquitetada e equilibrada, o roteiro está quase perfeito e todos os atores foram bem-aproveitados, talvez à exceção de McKellen, que pouco apareceu. E, para mim, faltou um encontro entre as duas formas de Magneto.
É um filme que com certeza agradará muito aos fãs e até aos leigos, tão divertido e inteligente que é.
Roteiro, sangue e violência no melhor estilo Quentin Tarantino. Django Livre é um dos melhores filmes do cinema recente - aliás, destino que parece ser uma via de regra para praticamente todos os filmes deste grande diretor.
Num filme de Tarantino, sangue e violência não podem faltar. Mas, roteiros sempre vem na frente. E o roteiro deste filme foi simplesmente espetacular. Valeu cada minuto das aproximadamente 2 horas e 45 minutos de metragem. Temos Jamie Foxx (O Espetacular Homem Aranha 2) e Christopher Waltz (figurinha carimbada dos filmes de Quentin), cujas personagens fazem parceria no típico Faroeste norte-americano de antes da Guerra de Secessão. Temos também os renomados atores Leonardo DiCaprio (A Origem) e Samuel L. Jackson (Os Vingadores) nos papeis dos antagonistas.
Além de tudo isso, temos uma trilha sonora antológica e uma ponta de Tarantino.
O personagem de Waltz é o Dr. King Schultz, um habilidoso mercenário e barganhador, que caça alvos selecionados a dedo e os entrega, vivos ou mortos, para o governo norte-americano. Em sua jornada para encontrar dius alvos específicos, ele encontra Django, um escravo que estava sendo transferido entre fazendas. Os dois acabam se tornando parceiros e amigos, e Schultz lhe ensina o ofício de mercenário, bem como suas técnicas de barganha.
Com o avanço da amizade entre Schultz e Django, o ex-escravo lhe conta de sua mulher, Broomhilda (Kerry Washington) e, inspirado na lendária personagem homônima do conto alemão, Schultz decide ajudá-lo. Numa intensa busca, eles descobrem que Broomhilda estava de posse do inescrupuloso fazendeiro Calvin Candie (Leonardo DiCaprio), e partem em busca da escrava.
O filme rendeu o Oscar de melhor roteiro original para Tarantino e o de melhor ator coadjuvante para Waltz.
Fantástico filme. Quem não viu, vá ver com urgência.
Um dos melhores filmes da Marvel e, certamente, o mais divertido de todos. Com "Guardiões da Galáxia", a Marvel definitivamente passou a integrar o seleto grupo das "Space Operas", junto com obras como Star Wars, Star Trek e similares.
Com atores escolhidos a dedo (entre eles, Bradley Cooper e Vin Diesel, que dublaram, respectivamente, Rocket Racoon e Groot - este último tendo feito a dublagem em várias línguas diferentes, inclusive o português) e uma trilha sonora impecável - tanto o mix quanto a original, o longa foi um dos melhores produtos já produzidos pela franquia.
Entre tudo o que já vimos ser produzido sobre homossexuais no Brasil, de discussões a obras de arte, "Hoje eu quero voltar sozinho" é, definitivamente, uma peça rara. Hoje, vê-se muitos ânimos exaltados. De Malafaia a Feliciano e de Jean Wyllys a... Sei lá! (Hahahaha) o fato é que faltava um filme do gênero romance romântico, algo inocente, algo simplesmente fofinho, mais próximo dos contos de fadas. E, por isso mesmo, apaixonante.
Não falta mais.
Lançado em abril de 2014, o filme contou com atuações altamente distintas de Fábio Audi, Ghilherme Lobo e Tess Amorim nos papeis principais. Os personagens de Audi e Lobo, Gabriel e Leonardo, protagonizaram, ao longo do filme, um romance bonito de se ver e que, em meio a um mundo aparentemente ideal - usado nos romances comuns - vingou de forma bastante positiva.
A personagem Giovana amava Leonardo, em silêncio, e aí, se desavisados somos ao assistir ao longa, pensamos que é mais um filme "comum" de romance, em que a garota iria se enamorar pelo garoto com problemas e ficar com ele para, além de concretizar o sentimento, iria ajudá-lo a encontrar um sentido numa vida tão complicada pela sua ausência de visão. Gabriel e Leonardo a surpreenderam.
Esses dois surpreenderam e emocionaram a quem assistiu o longa. Uma relação terna e calma num mundo distante do qual estamos acostumados.
Num mundo que trata os LGBTs com tanta asperidade, faltava uma obra como esta.
Certamente um ótimo filme de romance policial, com uma pitadinha de thriller. Dragão Vermelho traz três grandes atores nos três principais papeis. Lançado em 2001 e dirigido por Brett Ratner, o filme conta com a volta de Anthony Hopkins (O Silêncio dos Inocentes) como a célebre personagem Dr. Hannibal Lecter, cuja interpretação lhe valera o Oscar 10 anos antes. Junto dele, os atores Edward Norton (Clube da Luta) e Ralph Fiennes (Genealogia Harry Potter) chamaram a atenção para o conflito principal do enredo: O mistério dos crimes da "Fada dos Dentes".
Hopkins dispensa apresentações: Mais uma grande atuação como Lecter. Mas se Edward Norton teve uma atuação exemplar como o agente especial Will Graham, quem conseguiu roubar a cena, de fato, foi Fiennes: uma aparição perfeita do ator como o antagonista Francis Dolarhyde, em todos os seus tiques e peculiaridades, o que não só lhe valeu uma disputa pelo foco do filme com Hopkins, mas também valeu uma co-operação entre as duas personagens para destruir Graham. A atuação de Norton foi posteriormente superada pelo magistral Hugh Dancy, na nova série "Hannibal".
Outra grata surpresa foram os retornos de Anthony Heald (X-Men 3) e Frankie Faison (Adam), respectivamente, aos papeis de Dr. Frederick Chilton e enfermeiro Barney, e também a escolha de Harvey Keitel (Um Drink no Inferno) para o papel de Jack Crawford e de Philip Seymour-Hoffman (Jogos Vorazes - Em Chamas, Missão Impossível 3) para o de Freddy Lounds, o jornalista sensacionalista do National Tattler.
Recomendado para quem, além de gostar de romances policiais, quiser entender mais sobre a trajetória do Dr. Lecter.
Um filme excelente, sem dúvida um dos melhores desse gênero romântico, que mais parece um filme de drama, pois o amor de forma alguma é o foco aqui. Temos aqui o ótimo Hugh Dancy (Hannibal), que interpreta o jovem Adam Raki, um engenheiro eletrônico que, a primeira vista, parece apenas um rapaz muito excêntrico, que sofre muito cedo com a perda de seu pai e de sua mãe. Ele tem hábitos metódicos e interesses muito intensos pela cosmologia.
Adam, até seus 29 anos, aparentemente nunca havia tido um relacionamento. Tem em Harlam (Frankie Faison, de Dragão Vermelho) um amigo e cuidador. A vida do jovem é revirada de cabeça para baixo quando ele conhece uma bela jovem, Beth Buchwald (Rose Byrne, de X-Men - Primeira Classe). Adam sente atração por ela, mas não sabe como expressar isso da melhor maneira, pois sempre teve uma peculiaridade muito acentuada, que lhe complicava as relações sociais. Beth, porém, se apaixona por ele e tenta ajudá-lo na superação desta peculiaridade.
O filme, a meu ver, é marcado por uma célebre atuação de Dancy. A relação de sua personagem com a de Rose Byrne - também em ótima atuação -, porém, é a pitada necessária para que um filme como este se torne um romance. Afinal, é raro ou mesmo impossível encontrar uma mulher com a paciência - que alguns chamariam até de abnegação - de Beth.
Mas nada que tire a qualidade deste filme. Recomendo.
Certamente um dos melhores filmes dos gêneros thriller e romance policial de todos os tempos, O Silêncio dos Inocentes traz a célebre narrativa homônima do livro de Thomas Harris e balizaram Anthony Hopkins e Jodie Foster para um sucesso raras vezes visto na história do cinema.
Este filme, lançado em 1991 e dirigido por Jonathan Demme, tem Hopkins a estrelar como o célebre vilão sociopata Dr. Hannibal Lecter como um canibal, enjaulado no corredor da morte do Hospital Psiquiátrico de Baltimore. Lecter, oito anos antes, havia sido condenado a nove prisões perpétuas por vários assassinatos brutais, incluindo o de Benjamin Raspail, flautista da orquestra filarmônica de Baltimore.
Paralelamente, uma jovem estudante do FBI e residente em Quantico, Clarice Starling, se vê num dilema: é convocada por Jack Crawford, agente especial do FBI e antigo parceiro de Will Graham (ver Dragão Vermelho para entender) para entrevistar o Dr. Lecter em Baltimore, e acaba se envolvendo em outro caso: o do serial killer conhecido como Buffalo Bill. Seu envolvimento com o Dr. Lecter, porém, acaba por ser o ponto alto do filme.
Silêncio dos Inocentes é um filme mundialmente premiado. Só no Oscar, ganhou as cinco principais estatuetas: Melhor filme, Melhor ator (Anthony Hopkins), melhor atriz (Jodie Foster), Melhor roteiro (Ted Taily) e melhor direção (Jonathan Demme).
Recomendadíssimo para quem gosta de uma boa mistura de romance policial e thriller.
Bom, tecerei meus comentários sobre o mais recente filme de Saint Seiya - Cavaleiros do Zodíaco, feito em computação gráfica e recém-lançado na quinta-feira passada. Alguns elogios são bem-vindos, como o perfeccionismo na animação. Perfeita, no melhor estilo FFVII Advent Children. Nisso, agradecemos à TOEI.
O filme é divertido e tem boas cenas de ação, bem como de irreverência (talvez o único ponto que tenha salvado o roteiro de uma catástrofe absoluta - falarei mais sobre isso adiante). As personagens dos cavaleiros de bronze foram muito bem retratadas, bem como as de alguns cavaleiros de ouro.
Mas pára por aí.
A duração do filme, 90 minutos, limitou demais o roteiro. Não reclamo das mudanças da maioria do roteiro das lutas antes ocorridas na série clássica, inclusive achei muito legais algumas delas. Mas entre tudo o que poderia sair ruim no filme, o roteiro foi o que mais o traiu. Não falo que deveria ter sido algo retratado fidedignamente à série clássica, mas sim que poderiam e deveriam ter aproveitado melhor alguns momentos que foram parcamente retratados no próprio filme.
Eu achava que valia todo o tipo de mudanças em prol do ideal de capitalizar novos fãs, os fãs dessa nova geração.
Depois de ter visto o longa, retiro o que disse.
Se Mascara da Morte de Câncer e Afrodite de Peixes tinham algum pingo de orgulho, isso desapareceu. Evaporou. Zero. Bola. O fim dado aos dois foi vergonhoso. Nem pareciam cavaleiros de ouro.
Apesar do lamentável roteiro, o filme é divertido e vale a pena ir às salas de cinema para assistir. É bom para criarem suas próprias opiniões e darem algumas boas risadas. Mas não esperem uma história maravilhosamente bem concebida.
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O Jogo da Imitação
4.3 3,0K Assista AgoraUm dos melhores filmes que já vi sobre conflitos pessoais, guerra e psiquê humana. Recomendo fortemente.
X-Men: O Confronto Final
3.3 1,0K Assista AgoraJuro que não entendo quando dizem que "X-Men 3" é um mau filme. Os que criticam parecem se dividir em dois nichos: Os críticos de cinema frescos e os que só dizem que o filme é ruim só pelo efeito Maria-vai-com-as-outras.
O longa é muito divertido e empolgante e ainda conta com boas participações de Famke Janssen no papel de Jean Gray e do lendário Ian McKellen como o ardiloso Magneto. As participações dos mocinhos também não ficaram mal na fita. De um modo geral, gostei do trabalho de Brett Ratner, que também dirigiu Dragão Vermelho (2001) e fez um ótimo trabalho.
Ouija: O Jogo dos Espíritos
2.0 983 Assista Agoramais ou menos, mais ou menos.
Rush: No Limite da Emoção
4.2 1,3K Assista AgoraMelhor filme sobre automobilismo que já foi feito. Esqueçam "Grand Prix" e "Le Mans", que são filmes para Petrolheads, fanáticos e classistas. Esse filme sim foi uma grande produção a nível de cinema. Envolvente, divertido e emocionante.
Uma obra de arte que buscou atender aos gostos até de quem não é muito chegado às corridas de carro. E conseguiu. Os excelentes números da bilheteria pelo mundo (cerca de 90 milhões de dólares, quase o triplo do orçamento) comprovam isso.
Mas melhor que o filme inteiro foi a atuação monstruosa de Daniel Brühl, que chegou a arrancar elogios rasgados do próprio Niki Lauda.
Contudo, o filme dividiu opiniões entre os "cabeças de gasolina" e os fãs da arte do cinema, pelo fato de a rivalidade explorada no longa não ter existido em níveis tão cavalares. O fato é que RUSH, como obra fictícia para a sétima arte, é o que chamamos de "masterpiece".
Se quem foi assistir o filme esperava por uma narrativa fiel aos fatos, se decepcionou. No meu caso, eu fui sem nada esperar do filme em termos de grandiosidade. E fiquei muito feliz com o resultado. A direção de Ron Howard me satisfez, bem como o roteiro, que deixou o filme muito bem organizado nas aproximadamente duas horas de fita.
Recomendadíssimo para os cinéfilos e obrigatório para os fãs de automobilismo.
Interestelar
4.3 5,7K Assista AgoraMelhor filme do ano.
2014 pode ter sido um ano bosta, mas no cinema foi um dos melhores de todos os tempos.
Annabelle
2.7 2,7K Assista Agora"Annabelle" pode não ser exatamente um primor em termos de conteúdo, pois a história do filme não surpreende; ao contrário, é cheia de elementos já explorados antes e de referências veladas a outros filmes. Afinal, todos já vimos antes um demônio amaldiçoando uma família ou então sangue escorrendo pela pia em outras obras.
Mas "Annabelle" possui algumas características que certamente o colocam entre um dos melhores de seu gênero. O terror, mais do que nunca, se faz presente nesta obra. As aparições repentinas do espírito que toma conta da boneca certamente rendem bons gritos de susto (na sala em que vi o filme, os gritos foram marcantes). A obra também se valeu bastante da figura tenebrosa que é a própria boneca, que apareceu sempre nos momentos de maior tensão do filme.
Mas sempre incomodou-me muito uma coisa. O imaginário popular parece não surtir efeito algum nas personagens nesta obra. Ou vocês acham que qualquer pessoa na vida real não se borraria de medo com situações como as apresentadas neste filme e não sairia da cama? Pois os personagens andam pela casa no escuro e sem medo algum, mesmo com barulhos incrivelmente sinistros.
No mais, é um bom filme de terror. Recomendo para quem gosta de sustos.
X-Men: Dias de um Futuro Esquecido
4.0 3,7K Assista AgoraX-Men - Dias de um Futuro esquecido é, com certeza, o melhor filme da franquia, e um dos melhores já lançados pela Marvel. O filme estabelece um reboot no enredo da série de filmes dos X-Men, e mescla, sem atropelar o roteiro, cenas de forte ação, suspense e uma divertida irreverência.
Foi gratificante ver Ian McKellen de volta ao papel de Magneto e ainda melhor vê-lo lutando ao lado dos X-Men, na última tentativa de sobrevivência frente aos sentinelas. Em sua forma mais jovem, porém, o mestre do magnetismo protagoniza o filme, colocando em cheque a tentativa de salvar o futuro dos mutantes, por mais de uma vez. A atuação de Michael Fassbender como o Magneto mais jovem foi irretocável, em todos os sentidos.
O contraste entre os personagens de Patrick Stewart e James McAvoy, bem como entre os de McKellen e Fassbender também é outro ponto interessante a ser notado. Os Professores X chegam a se encontrar durante o filme, enquanto Erik (Fassbender) e Magneto (McKellen) são quase que completamente opostos. Enquanto um tem ciência de onde seus atos o levaram, o outro parece ainda cheio de ódio para com a raça humana, lembrando o próprio personagem de McKellen na trilogia original.
Hugh Jackman se destaca ao interpretar um Wolverine que, pessoalmente, me lembrou muito o enredo de alguns filmes de Terminator (mais pela volta ao passado do que por qualquer outra coisa) e Jennifer Lawrence também protagoniza o drama principal do filme, por ser o pivô do momento que decidiu o futuro dos humanos e mutantes. Destacam-se também Peter Dinklage (responsável por interpretar Bolívar Trask, o criador dos sentinelas), considerado o vilão, e Evan Peters no papel de Mercúrio (Quicksilver), que, aliás, roubou a cena no momento mais irreverente do longa.
Posso dizer que a obra, apesar de ter muitos protagonistas, está bem arquitetada e equilibrada, o roteiro está quase perfeito e todos os atores foram bem-aproveitados, talvez à exceção de McKellen, que pouco apareceu. E, para mim, faltou um encontro entre as duas formas de Magneto.
É um filme que com certeza agradará muito aos fãs e até aos leigos, tão divertido e inteligente que é.
Django Livre
4.4 5,8K Assista AgoraRoteiro, sangue e violência no melhor estilo Quentin Tarantino. Django Livre é um dos melhores filmes do cinema recente - aliás, destino que parece ser uma via de regra para praticamente todos os filmes deste grande diretor.
Num filme de Tarantino, sangue e violência não podem faltar. Mas, roteiros sempre vem na frente. E o roteiro deste filme foi simplesmente espetacular. Valeu cada minuto das aproximadamente 2 horas e 45 minutos de metragem. Temos Jamie Foxx (O Espetacular Homem Aranha 2) e Christopher Waltz (figurinha carimbada dos filmes de Quentin), cujas personagens fazem parceria no típico Faroeste norte-americano de antes da Guerra de Secessão. Temos também os renomados atores Leonardo DiCaprio (A Origem) e Samuel L. Jackson (Os Vingadores) nos papeis dos antagonistas.
Além de tudo isso, temos uma trilha sonora antológica e uma ponta de Tarantino.
O personagem de Waltz é o Dr. King Schultz, um habilidoso mercenário e barganhador, que caça alvos selecionados a dedo e os entrega, vivos ou mortos, para o governo norte-americano. Em sua jornada para encontrar dius alvos específicos, ele encontra Django, um escravo que estava sendo transferido entre fazendas. Os dois acabam se tornando parceiros e amigos, e Schultz lhe ensina o ofício de mercenário, bem como suas técnicas de barganha.
Com o avanço da amizade entre Schultz e Django, o ex-escravo lhe conta de sua mulher, Broomhilda (Kerry Washington) e, inspirado na lendária personagem homônima do conto alemão, Schultz decide ajudá-lo. Numa intensa busca, eles descobrem que Broomhilda estava de posse do inescrupuloso fazendeiro Calvin Candie (Leonardo DiCaprio), e partem em busca da escrava.
O filme rendeu o Oscar de melhor roteiro original para Tarantino e o de melhor ator coadjuvante para Waltz.
Fantástico filme. Quem não viu, vá ver com urgência.
Guardiões da Galáxia
4.1 3,8K Assista AgoraUm dos melhores filmes da Marvel e, certamente, o mais divertido de todos. Com "Guardiões da Galáxia", a Marvel definitivamente passou a integrar o seleto grupo das "Space Operas", junto com obras como Star Wars, Star Trek e similares.
Com atores escolhidos a dedo (entre eles, Bradley Cooper e Vin Diesel, que dublaram, respectivamente, Rocket Racoon e Groot - este último tendo feito a dublagem em várias línguas diferentes, inclusive o português) e uma trilha sonora impecável - tanto o mix quanto a original, o longa foi um dos melhores produtos já produzidos pela franquia.
Recomendadíssimo.
Hoje Eu Quero Voltar Sozinho
4.1 3,2K Assista AgoraEntre tudo o que já vimos ser produzido sobre homossexuais no Brasil, de discussões a obras de arte, "Hoje eu quero voltar sozinho" é, definitivamente, uma peça rara. Hoje, vê-se muitos ânimos exaltados. De Malafaia a Feliciano e de Jean Wyllys a... Sei lá! (Hahahaha) o fato é que faltava um filme do gênero romance romântico, algo inocente, algo simplesmente fofinho, mais próximo dos contos de fadas. E, por isso mesmo, apaixonante.
Não falta mais.
Lançado em abril de 2014, o filme contou com atuações altamente distintas de Fábio Audi, Ghilherme Lobo e Tess Amorim nos papeis principais. Os personagens de Audi e Lobo, Gabriel e Leonardo, protagonizaram, ao longo do filme, um romance bonito de se ver e que, em meio a um mundo aparentemente ideal - usado nos romances comuns - vingou de forma bastante positiva.
A personagem Giovana amava Leonardo, em silêncio, e aí, se desavisados somos ao assistir ao longa, pensamos que é mais um filme "comum" de romance, em que a garota iria se enamorar pelo garoto com problemas e ficar com ele para, além de concretizar o sentimento, iria ajudá-lo a encontrar um sentido numa vida tão complicada pela sua ausência de visão. Gabriel e Leonardo a surpreenderam.
Esses dois surpreenderam e emocionaram a quem assistiu o longa. Uma relação terna e calma num mundo distante do qual estamos acostumados.
Num mundo que trata os LGBTs com tanta asperidade, faltava uma obra como esta.
Dragão Vermelho
4.0 894 Assista AgoraCertamente um ótimo filme de romance policial, com uma pitadinha de thriller. Dragão Vermelho traz três grandes atores nos três principais papeis. Lançado em 2001 e dirigido por Brett Ratner, o filme conta com a volta de Anthony Hopkins (O Silêncio dos Inocentes) como a célebre personagem Dr. Hannibal Lecter, cuja interpretação lhe valera o Oscar 10 anos antes. Junto dele, os atores Edward Norton (Clube da Luta) e Ralph Fiennes (Genealogia Harry Potter) chamaram a atenção para o conflito principal do enredo: O mistério dos crimes da "Fada dos Dentes".
Hopkins dispensa apresentações: Mais uma grande atuação como Lecter. Mas se Edward Norton teve uma atuação exemplar como o agente especial Will Graham, quem conseguiu roubar a cena, de fato, foi Fiennes: uma aparição perfeita do ator como o antagonista Francis Dolarhyde, em todos os seus tiques e peculiaridades, o que não só lhe valeu uma disputa pelo foco do filme com Hopkins, mas também valeu uma co-operação entre as duas personagens para destruir Graham. A atuação de Norton foi posteriormente superada pelo magistral Hugh Dancy, na nova série "Hannibal".
Outra grata surpresa foram os retornos de Anthony Heald (X-Men 3) e Frankie Faison (Adam), respectivamente, aos papeis de Dr. Frederick Chilton e enfermeiro Barney, e também a escolha de Harvey Keitel (Um Drink no Inferno) para o papel de Jack Crawford e de Philip Seymour-Hoffman (Jogos Vorazes - Em Chamas, Missão Impossível 3) para o de Freddy Lounds, o jornalista sensacionalista do National Tattler.
Recomendado para quem, além de gostar de romances policiais, quiser entender mais sobre a trajetória do Dr. Lecter.
Adam
3.9 825Um filme excelente, sem dúvida um dos melhores desse gênero romântico, que mais parece um filme de drama, pois o amor de forma alguma é o foco aqui. Temos aqui o ótimo Hugh Dancy (Hannibal), que interpreta o jovem Adam Raki, um engenheiro eletrônico que, a primeira vista, parece apenas um rapaz muito excêntrico, que sofre muito cedo com a perda de seu pai e de sua mãe. Ele tem hábitos metódicos e interesses muito intensos pela cosmologia.
Adam, até seus 29 anos, aparentemente nunca havia tido um relacionamento. Tem em Harlam (Frankie Faison, de Dragão Vermelho) um amigo e cuidador. A vida do jovem é revirada de cabeça para baixo quando ele conhece uma bela jovem, Beth Buchwald (Rose Byrne, de X-Men - Primeira Classe). Adam sente atração por ela, mas não sabe como expressar isso da melhor maneira, pois sempre teve uma peculiaridade muito acentuada, que lhe complicava as relações sociais. Beth, porém, se apaixona por ele e tenta ajudá-lo na superação desta peculiaridade.
O filme, a meu ver, é marcado por uma célebre atuação de Dancy. A relação de sua personagem com a de Rose Byrne - também em ótima atuação -, porém, é a pitada necessária para que um filme como este se torne um romance. Afinal, é raro ou mesmo impossível encontrar uma mulher com a paciência - que alguns chamariam até de abnegação - de Beth.
Mas nada que tire a qualidade deste filme. Recomendo.
O Silêncio dos Inocentes
4.4 2,8K Assista AgoraCertamente um dos melhores filmes dos gêneros thriller e romance policial de todos os tempos, O Silêncio dos Inocentes traz a célebre narrativa homônima do livro de Thomas Harris e balizaram Anthony Hopkins e Jodie Foster para um sucesso raras vezes visto na história do cinema.
Este filme, lançado em 1991 e dirigido por Jonathan Demme, tem Hopkins a estrelar como o célebre vilão sociopata Dr. Hannibal Lecter como um canibal, enjaulado no corredor da morte do Hospital Psiquiátrico de Baltimore. Lecter, oito anos antes, havia sido condenado a nove prisões perpétuas por vários assassinatos brutais, incluindo o de Benjamin Raspail, flautista da orquestra filarmônica de Baltimore.
Paralelamente, uma jovem estudante do FBI e residente em Quantico, Clarice Starling, se vê num dilema: é convocada por Jack Crawford, agente especial do FBI e antigo parceiro de Will Graham (ver Dragão Vermelho para entender) para entrevistar o Dr. Lecter em Baltimore, e acaba se envolvendo em outro caso: o do serial killer conhecido como Buffalo Bill. Seu envolvimento com o Dr. Lecter, porém, acaba por ser o ponto alto do filme.
Silêncio dos Inocentes é um filme mundialmente premiado. Só no Oscar, ganhou as cinco principais estatuetas: Melhor filme, Melhor ator (Anthony Hopkins), melhor atriz (Jodie Foster), Melhor roteiro (Ted Taily) e melhor direção (Jonathan Demme).
Recomendadíssimo para quem gosta de uma boa mistura de romance policial e thriller.
Os Cavaleiros do Zodíaco: A Lenda do Santuário
2.5 810 Assista AgoraBom, tecerei meus comentários sobre o mais recente filme de Saint Seiya - Cavaleiros do Zodíaco, feito em computação gráfica e recém-lançado na quinta-feira passada.
Alguns elogios são bem-vindos, como o perfeccionismo na animação. Perfeita, no melhor estilo FFVII Advent Children. Nisso, agradecemos à TOEI.
O filme é divertido e tem boas cenas de ação, bem como de irreverência (talvez o único ponto que tenha salvado o roteiro de uma catástrofe absoluta - falarei mais sobre isso adiante). As personagens dos cavaleiros de bronze foram muito bem retratadas, bem como as de alguns cavaleiros de ouro.
Mas pára por aí.
A duração do filme, 90 minutos, limitou demais o roteiro. Não reclamo das mudanças da maioria do roteiro das lutas antes ocorridas na série clássica, inclusive achei muito legais algumas delas. Mas entre tudo o que poderia sair ruim no filme, o roteiro foi o que mais o traiu. Não falo que deveria ter sido algo retratado fidedignamente à série clássica, mas sim que poderiam e deveriam ter aproveitado melhor alguns momentos que foram parcamente retratados no próprio filme.
Eu achava que valia todo o tipo de mudanças em prol do ideal de capitalizar novos fãs, os fãs dessa nova geração.
Depois de ter visto o longa, retiro o que disse.
Se Mascara da Morte de Câncer e Afrodite de Peixes tinham algum pingo de orgulho, isso desapareceu. Evaporou. Zero. Bola. O fim dado aos dois foi vergonhoso. Nem pareciam cavaleiros de ouro.
Apesar do lamentável roteiro, o filme é divertido e vale a pena ir às salas de cinema para assistir. É bom para criarem suas próprias opiniões e darem algumas boas risadas. Mas não esperem uma história maravilhosamente bem concebida.