[Contém spoilers] Sam Raimi é um dos diretores que marcaram a minha infância, quiçá a minha vida. Foi lá em 2002, com o primeiro "Homem-Aranha", que me apaixonei pelo mundo dos super-heróis. Se hoje sou leitor assíduo de quadrinhos, ou se acompanho fervorosamente suas adaptações nas telonas, é exclusivamente por culpa desse gênio cinematográfico. Mesmo ultimamente com tantos tropeços em sua filmografia, ainda o considero como um gênio, daí não faltou animação para conferir a mais nova fita que explora a Terra de Oz - sobretudo porque sou apaixonado pelo clássico "O Mágico de Oz" e tenho simpatia pela literatura de L. Frank Baum. Este recente não chegou a ser uma decepção, mas muito aquém do original de Victor Fleming. Daí vem a ironia: com tanto aparato tecnológico em mãos, a película não te impressiona tanto quanto a "amadora" de 1939. O elenco está muito bem escalado, porém, as atuações me soaram preguiçosas, cartunescas em demasia. James Franco parece querer ser espontâneo, perspicaz o tempo todo, e só não beira o superficial porque os "reais protagonistas" - a boneca de porcelana e o macaquinho Finley - estão sempre lá para dividirem a cena. Finley é o alívio cômico e a menina de porcelana concebe o drama, a instropecção da história, quando estas deveriam ser oriundas do próprio Oscar. Outro aspecto negativo são as sequências arrastadas, desnecessariamente supercontextualizadas e relâmpagas, especialmente no terceiro ato. O primeiro ato investe em contextualizar o Oz como um mau-caráter, um homem desonesto; daí segue em querer mostrar a mudança dos personagens (por exemplo, Theodora se deixa dominar pela raiva, pelo poder); e o último acaba, abruptamente, em alinhar todas essas premissas no velho clichê "bem vs. mal". Não vejo o enredo infantilóide como problema - era o esperado para uma produção da Disney -, e tampouco os furos no roteiro já que se trata de um arrasta-quarteirão feérico direcionado, obviamente, ao público infanto-juvenil; o que me incomodou foi a falta de ritmo, de paralelismo, de fluxo e convergência das tramas. No entanto, a película é impecável na estética. Os efeitos visuais são deslumbrantes (com alguns vícios de Tim Burton), a transição da sequência do preto e branco para o colorido em tonalidades saturadas, reluzentes, foi encantadora, as paisagens da Terra de Oz feitas pelo CGI são paradisíacas, enfim, a fotografia é fantástica - o que também era o mínimo para uma superprodução orçada em US$215 milhões. Por fim, é um filme divertido, família, previsível e visualmente perfeito; contudo, ainda fico com a versão de outrora.
O filme aborda o transtorno da bipolaridade bem como ele é: ora cômico, ora dramático. Bradley Cooper está fantástico, nem parecia aquele ator medíocre da série "Se Beber, Não Dirija". O desespero dele na cena em que ele queria ver a fita de casamento foi incrível, sem contar como ele see comporta elétrico, repetitivo, ingênuo em vários diálogos contínuos. Jennifer Lawrence rouba a cena, não tanto para ter ganho o Oscar, mas também rende momentos chaves. Uma história linda que vai fazer você torcer pelo velho clichê "final feliz". E quem disse que os loucos também não amam?
Muito bom, quase excelente (como o "Cassino Royale"). Roteiro inteligente, ótimas tramas, reviravoltas, um vilão marcante (nem Bane nem Loki; o maior vilão dos blockbusters deste 2012 é, sem dúvidas, o Silva!), várias referências e revelações para a série. Os diálogos são inteligentíssimos, aquele "monólogo" do Silva, em sua primeira aparição, com aquela metáfora dos ratos, seduzindo o Bond. Javier Bardem merece um Oscar! Gostei muito como moldaram o roteiro a partir da M, entrelaçando-a ao Mallory, depois ao Bond, que o faz chegar até o Silva. É bem a técnica utilizada pelo Christopher Nolan na franquia do Batman: vários personagens e situações que se colidem o tempo todo, simultaneamente. Os efeitos visuais são grandiosos, a primeira sequência é de tirar o fôlego. Só acho que o filme perde um pouco o ritmo, não pela falta de ação, mas pelo excesso de diálogos e de informações. O clímax, por exemplo, é arrastado (o que não deixa de ser emocionante). Nesse sentido, achei o "Cassino Royale" melhor conduzido. Mas ainda sim é um filme grandioso. E incrível como o Daniel Craig remodelou o Bond nessa nova franquia. Mais humano, mais vulnerável, menos durão, menos irônico. Tudo muito bem dosado, sem excesso de caraterísticas. Recomendadíssimo! Novamente: Javier Bardem merece um Oscar!
O filme é muito bom comparado à própria série, mas ainda deixa muito a desejar como uma franquia multimilionária. A Renesmee enquanto bebê, que manipulação digital precária! As cenas da Bela vampira, correndo e saltando pela floresta. Muito amadoras. "Jogos Vorazes" custou bem menos e teve efeitos especiais bem melhores. O que me impressionou nesse último é que, desta vez, fizeram um roteiro com um acontecimento, com algo a ser solucionado. O tom de urgência (Carlisle reunindo os amigos vampirescos) que decola a partir do primeiro ato segura bem a história e que, diferentemente dos anteriores, aqui finalmente converge para um clímax, num final "quase" épico (seria muito ousadia do diretor eliminar personagens tão simbólicos da franquia!). Os últimos eram muito vazios, com tramas dispensáveis, com clímaxes relâmpagos, pouco surpreendentes. Michael Sheen rouba a cena, parece que ele mesmo tira "sarro" de sua interpretação (a gargalhada no final...). A batalha final me surpreendeu bastante e se utilizou de um artifício nada óbvio. Daí a impressão do filme ser "maior" que todos os outros. Pega o expectador de surpresa, sejam aqueles que gostam ou aqueles que desdenham da série.
Regular, o roteiro não é dos melhores; no entanto, a fotografia, os efeitos visuais e a atuação da Charlize Theron compensam o ingresso. Falando na própria, ela ofusca a Branca de Neve em boa parte da projeção - seja pela excelência nas expressões, nos diálogos e, indubitavelmente, pela beleza da atriz já quarentona -, só perceber que o primeiro ato da fita é o mais marcante (a qual aborda sobretudo a história e ascensão da Rainha Ravenna). Quando a narrativa focaliza na história da própria Branca de Neve, a película torna-se um pouco arrastada, e só floresce quando o Caçador entra em cena. Sobre este, achei a interpretação do Chris Hermsworth pouco trabalhada, a construção do personagem e a sua caracterização remetem muito ao lendário Deus do Trovão (entonação da voz, o porte, o físico). Facilmente confundido com o Thor, e ambos são personagens bem distintos (de um semideus nórdico a um caçador bêbado existe um abismo, não?!). Ficou parecendo que o Hermsworth saiu correndo do set d'Os Vingadores para contracenar com a Kristen. Porém, o Caçador faz a diferença no enredo (e tristemente esquecido no desfecho, imprevisivelmente, inclusive). Kristen Stewart se esforça para entregar uma Branca de Neve convincente, mas decepciona. Inexpressiva na maioria de suas reações, a protagonista só mostra serviço quando, repentinamente, resolve proclamar uma revolução (e aprende a lutar do dia para a noite). Impossível distingui-la da Bella recém-vampiresca da franquia Crepúsculo, mesmo sem preconceitos com esta personagem. De resto, os anões, mesmo porcamente explorados, acrescentam cenas importantes à trama, tornando-a menos densa (ou superficialmente densa). Apesar dos furos, tecnicamente o longa não decepciona. Efeitos especiais impecáveis, trilha-sonora marcante e a fotografia excelente (destaques para a Floresta Negra e o Santuário). Não é um entretenimento marcante como os últimos blockbusters (a exemplo de "Os Vingadores" e "MIB3"), todavia, tem lá sua diversão. Três estrelas.
"Motoqueiro Fantasma 2" e "Fúria de Titãs 2" foram bombas cinematográficas (termo inapropriado para designá-los, a propósito), "John Carter" valeu a pena pelas cenas de ação, "Jogos Vorazes" ofereceu uma história inteligente e bem adaptada, "Prometheus" e "Branca de Neve e o Caçador" foram filmes regulares, "MIB³" teve um final emocionante, mas nada comparados ao entretenimento de "Os Vingadores". Desde a união épica dos heróis da Marvel parece que ME (observe o pronome pessoal oblíquo átono destacado, reforçando uma opinião pessoal) faltam boas cenas de humor, piadinhas épicas, sequências de ação explosivas e personagens carismáticos (e naturalmente interagidos), que fazem o público vibrar. Dito isso, além de esperar pelo desfecho extraordinário do Batman (que, sem hesitar, será outro épico), só me resta dizer que além de gênio, Joss Whedon, você é obrigado a retornar para a futura direção desta continuação. Que o filme terá uma bilheteria astronômica com ou sem você é uma teoria óbvia, evidentemente, mas a qualidade do mesmo será discutível. Os fãs agradecem, e torcem pelo seu retorno. :)
Underrated. Devo ser o único que vejo uma essência nesta obra. Um remake tímido do épico que inspirou o Singer, "Superman - O Filme", com cenas (sobretudo a do voo com a Lois Lane) que homenageiam o clássico de 1978. Entendo que muitos odiaram o tom intenso e piegas que cerca o trio amoroso, ao passo que se insere uma nova - e dispensável - problemática ao enredo (e à história do próprio Superman), mas mesmo assim tem toda a essência do azulão. Nostálgico ao extremo graças a sua trilha-sonora, efeitos visuais grandiosos (a sequência da queda do avião até hoje me soa "nova", de última geração) e um roteiro que foca nos sentimentos dos protagonistas, tornando-os mais vulneráveis, mais próximos do público. Talvez seria visto com outros olhos se não fosse tão longo e "arrastado". Pouco pretensioso para um filme de super-herói, contudo, faz jus ao personagem e ao homem que inspirou e deu vida a ele: Christopher Reeve.
Só hoje vi o trailer em 3D (na sessão de "Prometheus") e parece ser o mais "espetacular" de todos os tempos. As cenas do Aranha em primeira pessoa ficaram impecáveis! Pode até ser uma bomba, mas os efeitos visuais e o 3D certamente compensarão o ingresso. GO SPIDEY!
Contém spoilers. Ótimo! Roteiro bem amarrado, personagens marcantes, atuações brilhantes (Noomi Rapace e Michael Fassbender resumem o filme), diálogos incríveis e tecnicamente impecável. O 3D é regular, funciona mais para ambientar a tecnologia futurista de 2091 do que para as cenas de ação (quase ausente em boa parte da projeção). O suspense é criado gradativamente e me pegou por ser nos últimos segundos da fita. A história é pretensiosa ao extremo, só achei que poderia ser bem mais filosófica se não fosse tão autoexplicativa. A temática da origem da humanidade é praticamente onipresente, e sempre recorre ao Criacionismo para explicar tal fato. Até gera, numa análise mais profunda, uma controvérsia do Criacionismo versus Evolucionismo, mas sob a visão da personagem principal fica evidente que ela acredita que nós fomos criados por uma raça sobrenatural. Dito isso, o roteiro peca em oferecer a história toda mastigada, com poucas intenções. Mas é um bom filme de sci-fi, não um épico como "Alien - O Oitavo Passageiro", mas ainda sim um bom filme. O bom é que a sequência promete ser uma película mais interessante. Estarei no aguardo.
Oz: Mágico e Poderoso
3.2 2,1K Assista Agora[Contém spoilers] Sam Raimi é um dos diretores que marcaram a minha infância, quiçá a minha vida. Foi lá em 2002, com o primeiro "Homem-Aranha", que me apaixonei pelo mundo dos super-heróis. Se hoje sou leitor assíduo de quadrinhos, ou se acompanho fervorosamente suas adaptações nas telonas, é exclusivamente por culpa desse gênio cinematográfico. Mesmo ultimamente com tantos tropeços em sua filmografia, ainda o considero como um gênio, daí não faltou animação para conferir a mais nova fita que explora a Terra de Oz - sobretudo porque sou apaixonado pelo clássico "O Mágico de Oz" e tenho simpatia pela literatura de L. Frank Baum. Este recente não chegou a ser uma decepção, mas muito aquém do original de Victor Fleming. Daí vem a ironia: com tanto aparato tecnológico em mãos, a película não te impressiona tanto quanto a "amadora" de 1939. O elenco está muito bem escalado, porém, as atuações me soaram preguiçosas, cartunescas em demasia. James Franco parece querer ser espontâneo, perspicaz o tempo todo, e só não beira o superficial porque os "reais protagonistas" - a boneca de porcelana e o macaquinho Finley - estão sempre lá para dividirem a cena. Finley é o alívio cômico e a menina de porcelana concebe o drama, a instropecção da história, quando estas deveriam ser oriundas do próprio Oscar. Outro aspecto negativo são as sequências arrastadas, desnecessariamente supercontextualizadas e relâmpagas, especialmente no terceiro ato. O primeiro ato investe em contextualizar o Oz como um mau-caráter, um homem desonesto; daí segue em querer mostrar a mudança dos personagens (por exemplo, Theodora se deixa dominar pela raiva, pelo poder); e o último acaba, abruptamente, em alinhar todas essas premissas no velho clichê "bem vs. mal". Não vejo o enredo infantilóide como problema - era o esperado para uma produção da Disney -, e tampouco os furos no roteiro já que se trata de um arrasta-quarteirão feérico direcionado, obviamente, ao público infanto-juvenil; o que me incomodou foi a falta de ritmo, de paralelismo, de fluxo e convergência das tramas. No entanto, a película é impecável na estética. Os efeitos visuais são deslumbrantes (com alguns vícios de Tim Burton), a transição da sequência do preto e branco para o colorido em tonalidades saturadas, reluzentes, foi encantadora, as paisagens da Terra de Oz feitas pelo CGI são paradisíacas, enfim, a fotografia é fantástica - o que também era o mínimo para uma superprodução orçada em US$215 milhões. Por fim, é um filme divertido, família, previsível e visualmente perfeito; contudo, ainda fico com a versão de outrora.
O Lado Bom da Vida
3.7 4,7K Assista AgoraO filme aborda o transtorno da bipolaridade bem como ele é: ora cômico, ora dramático. Bradley Cooper está fantástico, nem parecia aquele ator medíocre da série "Se Beber, Não Dirija". O desespero dele na cena em que ele queria ver a fita de casamento foi incrível, sem contar como ele see comporta elétrico, repetitivo, ingênuo em vários diálogos contínuos. Jennifer Lawrence rouba a cena, não tanto para ter ganho o Oscar, mas também rende momentos chaves. Uma história linda que vai fazer você torcer pelo velho clichê "final feliz". E quem disse que os loucos também não amam?
007: Operação Skyfall
3.9 2,5K Assista AgoraMuito bom, quase excelente (como o "Cassino Royale"). Roteiro inteligente, ótimas tramas, reviravoltas, um vilão marcante (nem Bane nem Loki; o maior vilão dos blockbusters deste 2012 é, sem dúvidas, o Silva!), várias referências e revelações para a série. Os diálogos são inteligentíssimos, aquele "monólogo" do Silva, em sua primeira aparição, com aquela metáfora dos ratos, seduzindo o Bond. Javier Bardem merece um Oscar! Gostei muito como moldaram o roteiro a partir da M, entrelaçando-a ao Mallory, depois ao Bond, que o faz chegar até o Silva. É bem a técnica utilizada pelo Christopher Nolan na franquia do Batman: vários personagens e situações que se colidem o tempo todo, simultaneamente. Os efeitos visuais são grandiosos, a primeira sequência é de tirar o fôlego. Só acho que o filme perde um pouco o ritmo, não pela falta de ação, mas pelo excesso de diálogos e de informações. O clímax, por exemplo, é arrastado (o que não deixa de ser emocionante). Nesse sentido, achei o "Cassino Royale" melhor conduzido. Mas ainda sim é um filme grandioso. E incrível como o Daniel Craig remodelou o Bond nessa nova franquia. Mais humano, mais vulnerável, menos durão, menos irônico. Tudo muito bem dosado, sem excesso de caraterísticas. Recomendadíssimo! Novamente: Javier Bardem merece um Oscar!
A Saga Crepúsculo: Amanhecer - Parte 2
3.0 4,0K Assista AgoraO filme é muito bom comparado à própria série, mas ainda deixa muito a desejar como uma franquia multimilionária. A Renesmee enquanto bebê, que manipulação digital precária! As cenas da Bela vampira, correndo e saltando pela floresta. Muito amadoras. "Jogos Vorazes" custou bem menos e teve efeitos especiais bem melhores. O que me impressionou nesse último é que, desta vez, fizeram um roteiro com um acontecimento, com algo a ser solucionado. O tom de urgência (Carlisle reunindo os amigos vampirescos) que decola a partir do primeiro ato segura bem a história e que, diferentemente dos anteriores, aqui finalmente converge para um clímax, num final "quase" épico (seria muito ousadia do diretor eliminar personagens tão simbólicos da franquia!). Os últimos eram muito vazios, com tramas dispensáveis, com clímaxes relâmpagos, pouco surpreendentes. Michael Sheen rouba a cena, parece que ele mesmo tira "sarro" de sua interpretação (a gargalhada no final...). A batalha final me surpreendeu bastante e se utilizou de um artifício nada óbvio. Daí a impressão do filme ser "maior" que todos os outros. Pega o expectador de surpresa, sejam aqueles que gostam ou aqueles que desdenham da série.
Branca de Neve e o Caçador
3.0 4,3K Assista AgoraRegular, o roteiro não é dos melhores; no entanto, a fotografia, os efeitos visuais e a atuação da Charlize Theron compensam o ingresso. Falando na própria, ela ofusca a Branca de Neve em boa parte da projeção - seja pela excelência nas expressões, nos diálogos e, indubitavelmente, pela beleza da atriz já quarentona -, só perceber que o primeiro ato da fita é o mais marcante (a qual aborda sobretudo a história e ascensão da Rainha Ravenna). Quando a narrativa focaliza na história da própria Branca de Neve, a película torna-se um pouco arrastada, e só floresce quando o Caçador entra em cena. Sobre este, achei a interpretação do Chris Hermsworth pouco trabalhada, a construção do personagem e a sua caracterização remetem muito ao lendário Deus do Trovão (entonação da voz, o porte, o físico). Facilmente confundido com o Thor, e ambos são personagens bem distintos (de um semideus nórdico a um caçador bêbado existe um abismo, não?!). Ficou parecendo que o Hermsworth saiu correndo do set d'Os Vingadores para contracenar com a Kristen. Porém, o Caçador faz a diferença no enredo (e tristemente esquecido no desfecho, imprevisivelmente, inclusive). Kristen Stewart se esforça para entregar uma Branca de Neve convincente, mas decepciona. Inexpressiva na maioria de suas reações, a protagonista só mostra serviço quando, repentinamente, resolve proclamar uma revolução (e aprende a lutar do dia para a noite). Impossível distingui-la da Bella recém-vampiresca da franquia Crepúsculo, mesmo sem preconceitos com esta personagem. De resto, os anões, mesmo porcamente explorados, acrescentam cenas importantes à trama, tornando-a menos densa (ou superficialmente densa). Apesar dos furos, tecnicamente o longa não decepciona. Efeitos especiais impecáveis, trilha-sonora marcante e a fotografia excelente (destaques para a Floresta Negra e o Santuário). Não é um entretenimento marcante como os últimos blockbusters (a exemplo de "Os Vingadores" e "MIB3"), todavia, tem lá sua diversão. Três estrelas.
Os Vingadores
4.0 6,9K Assista Agora"Motoqueiro Fantasma 2" e "Fúria de Titãs 2" foram bombas cinematográficas (termo inapropriado para designá-los, a propósito), "John Carter" valeu a pena pelas cenas de ação, "Jogos Vorazes" ofereceu uma história inteligente e bem adaptada, "Prometheus" e "Branca de Neve e o Caçador" foram filmes regulares, "MIB³" teve um final emocionante, mas nada comparados ao entretenimento de "Os Vingadores". Desde a união épica dos heróis da Marvel parece que ME (observe o pronome pessoal oblíquo átono destacado, reforçando uma opinião pessoal) faltam boas cenas de humor, piadinhas épicas, sequências de ação explosivas e personagens carismáticos (e naturalmente interagidos), que fazem o público vibrar. Dito isso, além de esperar pelo desfecho extraordinário do Batman (que, sem hesitar, será outro épico), só me resta dizer que além de gênio, Joss Whedon, você é obrigado a retornar para a futura direção desta continuação. Que o filme terá uma bilheteria astronômica com ou sem você é uma teoria óbvia, evidentemente, mas a qualidade do mesmo será discutível. Os fãs agradecem, e torcem pelo seu retorno. :)
Superman: O Retorno
2.6 778 Assista AgoraUnderrated. Devo ser o único que vejo uma essência nesta obra. Um remake tímido do épico que inspirou o Singer, "Superman - O Filme", com cenas (sobretudo a do voo com a Lois Lane) que homenageiam o clássico de 1978. Entendo que muitos odiaram o tom intenso e piegas que cerca o trio amoroso, ao passo que se insere uma nova - e dispensável - problemática ao enredo (e à história do próprio Superman), mas mesmo assim tem toda a essência do azulão. Nostálgico ao extremo graças a sua trilha-sonora, efeitos visuais grandiosos (a sequência da queda do avião até hoje me soa "nova", de última geração) e um roteiro que foca nos sentimentos dos protagonistas, tornando-os mais vulneráveis, mais próximos do público. Talvez seria visto com outros olhos se não fosse tão longo e "arrastado". Pouco pretensioso para um filme de super-herói, contudo, faz jus ao personagem e ao homem que inspirou e deu vida a ele: Christopher Reeve.
O Espetacular Homem-Aranha
3.4 4,9K Assista AgoraSó hoje vi o trailer em 3D (na sessão de "Prometheus") e parece ser o mais "espetacular" de todos os tempos. As cenas do Aranha em primeira pessoa ficaram impecáveis! Pode até ser uma bomba, mas os efeitos visuais e o 3D certamente compensarão o ingresso. GO SPIDEY!
Prometheus
3.1 3,4K Assista AgoraContém spoilers. Ótimo! Roteiro bem amarrado, personagens marcantes, atuações brilhantes (Noomi Rapace e Michael Fassbender resumem o filme), diálogos incríveis e tecnicamente impecável. O 3D é regular, funciona mais para ambientar a tecnologia futurista de 2091 do que para as cenas de ação (quase ausente em boa parte da projeção). O suspense é criado gradativamente e me pegou por ser nos últimos segundos da fita. A história é pretensiosa ao extremo, só achei que poderia ser bem mais filosófica se não fosse tão autoexplicativa. A temática da origem da humanidade é praticamente onipresente, e sempre recorre ao Criacionismo para explicar tal fato. Até gera, numa análise mais profunda, uma controvérsia do Criacionismo versus Evolucionismo, mas sob a visão da personagem principal fica evidente que ela acredita que nós fomos criados por uma raça sobrenatural. Dito isso, o roteiro peca em oferecer a história toda mastigada, com poucas intenções. Mas é um bom filme de sci-fi, não um épico como "Alien - O Oitavo Passageiro", mas ainda sim um bom filme. O bom é que a sequência promete ser uma película mais interessante. Estarei no aguardo.