Um filme meio perturbador. O Jack Black faz tipo o papel do peixe voador em Arizona Dream. Ele tá lá, aparece de vez em quando, ninguém sabe porquê, mas ok, tudo certo...
"Eu amo quando sente frio mesmo que faça 22°. Eu amo quando você demora uma hora para pedir um sanduíche. Eu amo sua ruga na testa quando olha para mim como se eu fosse doido. Amo sentir seu perfume em mim depois de passar o dia com você. E eu amo que seja a última pessoa com quem quero falar antes de dormir. E não é porque estou solitário, nem porque é noite de ano novo. Vim aqui hoje porque quando você percebe que quer passar o resto da vida com alguém, quer que o resto da vida comece o mais cedo possível".
Dizem que livros ruins dão bons filmes e que adaptação de bons livros tendem a virar tragédias. Não é difícil entender o porquê. Livros ruins tendem a centrar suas tramas no verbo. O conflito é ENTRE corpos. As tramas são visíveis a olho nu, facilmente decifráveis. São tramas que nos deixam de lado como observadores privilegiados. Bons livros trabalham em outro nível. O nível micro, das densas camadas psicológicas dos personagens. O mundo que implode em milésimos de centímetros, sem tirar um abajur do lugar. Um olhar. Território infinito que latitude alguma alcança. Pastoral Americana não é um livro bom, é um libelo. ZAP. Não estou mais no conforto da cama, estou no corpo dos personagens. Mergulho tão fundo na alma de outras pessoas que sinto elas em mim. Seus desassossegos são meus também. Até prolongo um pouco cada momento e o reenceno mentalmente incluindo minhas próprias tragédias, traçando diálogos mentais como se algumas linhas estivessem vazias e eu, sem nem perceber, vou completando com tudo que deveria ter dito, mas não disse, naquela quinta-feira chuvosa. Ousar adaptá-lo parecia uma sandice, fracasso inevitável. Mas o filme, pra mim, está longe de ser ruim. Não é um mergulho profundo, mas acho que vai até o limite. Fazendo uma analogia com a trilha. Não chega a encontrar a lua no fundo do rio, mas também não se contenta em ficar apenas à deriva a perseguindo para poder ver o mundo.
"- Pobre, velho gato. Pobre palerma. Pobre palerma sem nome. Do jeito como eu penso não tenho o direito de lhe dar um nome. Não pertencemos um ao outro, só nos encontramos um dia lá no rio.
.....
- Não estou correndo atrás de José, se é isso que está pensando. Pelo que eu sei ele é o futuro presidente de lugar nenhum. Por que eu deveria perder a passagem de avião se eu nem conheço o Brasil? Por favor, querido não me olhe desse jeito! Eu vou e isso é tudo. Tudo que eles querem de mim são meus serviços como testemunha contra Sally, não têm nenhuma intenção de me acusar. Pra começar eles não têm nem mesmo uma chance. Mesmo assim a cidade está acabada pra mim. Pelo menos por enquanto. Há certas sombras de luz que podem partir uma garota ao meio. Eles mantém a corda preparada em todo bar. Eu vou dizer o que fazer por mim. Quando você voltar quero que ligue pro New York Times ou seja pra quem for, eu quero uma lista dos 50 homens mais ricos do Brasil. Os 50 mais ricos! - Holly, eu não vou deixar você fazer isso. - Não vai deixar? - Holly, eu estou apaixonado. - E daí? - E daí? É muito simples. Eu te amo.Você me pertence. - Não. Ninguém pertence a ninguém. Não vou deixar ninguém me colocar numa gaiola. - Eu não quero lhe colocar em uma gaiola. Eu quero amar você! - É a mesma coisa! - Não, não é! Holly! - Eu não sou Holly! Não sou Lulamay também! Eu nem sei quem eu sou! Eu sou como o gato aqui. Somos uma dupla de palermas sem nome, não pertencemos a ninguém e ninguém nos pertence, nem mesmo pertencemos um ao outro."
Não parece um musical, parece uma música onde graves, agudos e semi-tons se entrelaçam suavemente compondo uma sonoridade de arrepiar. O filme é uma composição.
A imagem da Mia, ao final da sua jornada, sentada ao lado de Sebastian incrédula e feliz pelo que está prestes a ocorrer declarando de um jeito tão cru e triste que sempre vai amá-lo é uma das maiores declarações de amor do cinema. É uma frase só, mas a composição da cena, o ângulo, a trilha que entra no momento certo trazendo lembranças que parecem fazer o filme rodar inteiro em 2seg na nossa cabeça...Ela sentada, nenhuma performance exagerada, quase tímida, com a cabeça apoiada na mão, uma voz que quase não sai, "eu sempre vou te amar"
Frances Ha é a voz da geração que nasceu entre meados do anos 80 e 90. Frances é a representação de uma geração que prefere curtir o limbo sonhando com a imagem do futuro grandioso que nutriu na adolescência a aceitar que os sonhos não vão se realizar. É tão real que chega a ser constrangedor. Perambular pela vida projetando no futuro as realizações que nunca chegam ou aceitar as próprias limitações e construir uma trajetória alternativa, esse é o dilema central. Um filme lindamente constrangedor, hilário e triste. Não é apenas uma trama de amadurecimento, é A trama de amadurecimento da década.
Margot e o Casamento
2.9 231 Assista AgoraUm filme meio perturbador. O Jack Black faz tipo o papel do peixe voador em Arizona Dream. Ele tá lá, aparece de vez em quando, ninguém sabe porquê, mas ok, tudo certo...
Harry & Sally: Feitos um Para o Outro
3.9 500 Assista Agora"Eu amo quando sente frio mesmo que faça 22°. Eu amo quando você demora uma hora para pedir um sanduíche. Eu amo sua ruga na testa quando olha para mim como se eu fosse doido. Amo sentir seu perfume em mim depois de passar o dia com você. E eu amo que seja a última pessoa com quem quero falar antes de dormir. E não é porque estou solitário, nem porque é noite de ano novo. Vim aqui hoje porque quando você percebe que quer passar o resto da vida com alguém, quer que o resto da vida comece o mais cedo possível".
NHOIIIIMMMMM
A MINHA MELHOR COMÉDIA ROMÂNTICA DO MUNDO TODO.
The best.
The end.
Pastoral Americana
3.1 103 Assista AgoraDizem que livros ruins dão bons filmes e que adaptação de bons livros tendem a virar tragédias. Não é difícil entender o porquê. Livros ruins tendem a centrar suas tramas no verbo. O conflito é ENTRE corpos. As tramas são visíveis a olho nu, facilmente decifráveis. São tramas que nos deixam de lado como observadores privilegiados. Bons livros trabalham em outro nível. O nível micro, das densas camadas psicológicas dos personagens. O mundo que implode em milésimos de centímetros, sem tirar um abajur do lugar. Um olhar. Território infinito que latitude alguma alcança. Pastoral Americana não é um livro bom, é um libelo. ZAP. Não estou mais no conforto da cama, estou no corpo dos personagens. Mergulho tão fundo na alma de outras pessoas que sinto elas em mim. Seus desassossegos são meus também. Até prolongo um pouco cada momento e o reenceno mentalmente incluindo minhas próprias tragédias, traçando diálogos mentais como se algumas linhas estivessem vazias e eu, sem nem perceber, vou completando com tudo que deveria ter dito, mas não disse, naquela quinta-feira chuvosa. Ousar adaptá-lo parecia uma sandice, fracasso inevitável. Mas o filme, pra mim, está longe de ser ruim. Não é um mergulho profundo, mas acho que vai até o limite. Fazendo uma analogia com a trilha. Não chega a encontrar a lua no fundo do rio, mas também não se contenta em ficar apenas à deriva a perseguindo para poder ver o mundo.
Bonequinha de Luxo
4.1 1,7K Assista Agora"- Pobre, velho gato. Pobre palerma. Pobre palerma sem nome. Do jeito como eu penso não tenho o direito de lhe dar um nome. Não pertencemos um ao outro, só nos encontramos um dia lá no rio.
.....
- Não estou correndo atrás de José, se é isso que está pensando. Pelo que eu sei ele é o futuro presidente de lugar nenhum. Por que eu deveria perder a passagem de avião se eu nem conheço o Brasil? Por favor, querido não me olhe desse jeito! Eu vou e isso é tudo. Tudo que eles querem de mim são meus serviços como testemunha contra Sally, não têm nenhuma intenção de me acusar. Pra começar eles não têm nem mesmo uma chance. Mesmo assim a cidade está acabada pra mim. Pelo menos por enquanto. Há certas sombras de luz que podem partir uma garota ao meio. Eles mantém a corda preparada em todo bar. Eu vou dizer o que fazer por mim. Quando você voltar quero que ligue pro New York Times ou seja pra quem for, eu quero uma lista dos 50 homens mais ricos do Brasil. Os 50 mais ricos!
- Holly, eu não vou deixar você fazer isso.
- Não vai deixar?
- Holly, eu estou apaixonado.
- E daí?
- E daí? É muito simples. Eu te amo.Você me pertence.
- Não. Ninguém pertence a ninguém. Não vou deixar ninguém me colocar numa gaiola.
- Eu não quero lhe colocar em uma gaiola. Eu quero amar você!
- É a mesma coisa!
- Não, não é! Holly!
- Eu não sou Holly! Não sou Lulamay também! Eu nem sei quem eu sou! Eu sou como o gato aqui. Somos uma dupla de palermas sem nome, não pertencemos a ninguém e ninguém nos pertence, nem mesmo pertencemos um ao outro."
Somos todos uns palermas sem nome!
Descompensada
2.9 347 Assista AgoraAmy Schumer provando que é possível ser vulgar sem ser sexy. AMO/SOU. É moderno, feminista e hilário.
Mommy
4.3 1,2K Assista AgoraMANO DO CÉU. QUE FILME DA PORRA É ESSE?
O Mágico de Oz
4.2 1,3K Assista AgoraO filme mais atemporal que você respeita, bicho.
La La Land: Cantando Estações
4.1 3,6K Assista AgoraNão parece um musical, parece uma música onde graves, agudos e semi-tons se entrelaçam suavemente compondo uma sonoridade de arrepiar. O filme é uma composição.
A imagem da Mia, ao final da sua jornada, sentada ao lado de Sebastian incrédula e feliz pelo que está prestes a ocorrer declarando de um jeito tão cru e triste que sempre vai amá-lo é uma das maiores declarações de amor do cinema. É uma frase só, mas a composição da cena, o ângulo, a trilha que entra no momento certo trazendo lembranças que parecem fazer o filme rodar inteiro em 2seg na nossa cabeça...Ela sentada, nenhuma performance exagerada, quase tímida, com a cabeça apoiada na mão, uma voz que quase não sai, "eu sempre vou te amar"
Frances Ha
4.1 1,5K Assista AgoraFrances Ha é a voz da geração que nasceu entre meados do anos 80 e 90. Frances é a representação de uma geração que prefere curtir o limbo sonhando com a imagem do futuro grandioso que nutriu na adolescência a aceitar que os sonhos não vão se realizar. É tão real que chega a ser constrangedor. Perambular pela vida projetando no futuro as realizações que nunca chegam ou aceitar as próprias limitações e construir uma trajetória alternativa, esse é o dilema central. Um filme lindamente constrangedor, hilário e triste. Não é apenas uma trama de amadurecimento, é A trama de amadurecimento da década.
Mens@gem Para Você
3.4 425 Assista AgoraPenso que esse filme é tão aconchegante que tenho vontade de morar dentro dele.