O que o filme tem de interessante e muito bem feito em termos de fotografia, montagem e trilha, ele tem de vazio. Paulo Coelho é uma personalidade interessante, que no filme aparece como um playboy que não sabe o que é passar dificuldade. Ao acabar o filme, meu sentimento foi de ao invés de ter assistido "A melhor história de Paulo Coelho", o que eu vi foi "A vazia peregrinação de um playboy que sempre teve tudo".
É triste como o relacionamento dele com Raul dura nem 10 minutos no filme. É triste como a história dele com as drogas não dura mais que 10 minutos. É triste como mal abordados são os relacionamentos românticos dele. É triste como as cenas de sexo são forçadas no filme. É triste como falta a "magia" embutida no filme. De positivo, eu vejo apenas a relação dele com seus pais, que achei até que bem trabalhada, mas de modo muito fragmentado, sem mostrar a influência disso para sua obra, sua vida, seus relacionamentos. Se contentando apenas em mostrar o distanciamento e a reaproximação, quase ausente de sentimento, ou dificuldade.
Talvez o principal erro do filme tenha sido na "fragmentação" da narrativa, sem um foco temático narrativo
Filme extremamente pretensioso, com seus plot twists forçados, e com sua discussão pseudo intelectual rasa. Qualquer um que já tenha lido Freud, Jung ou Skinner, que seja, sabe o quanto raso esse filme se mostrou diante daquilo que se propôs tratar. Unica coisa interessante do filme (Além da atuação da Kate Beckinsale, e do monstro que é Ben Kingsley, que são certamente as duas unicas coisas que salvam em todo a obra) foi ver o modo como era tratado a loucura antes, mas parece que faltou ler Foucault ao roteirista/diretor, pq até nisso que tem de mais positivo, o filme se mostrou raso, apenas citando e passando por cima, concedendo segundos de importancia. De resto, musica, enredo, fotografia, tudo regular. Enfim, um filme pretensioso, e cheio de surpresas forçosas.
Vi uns comentários negativos aqui, mas no fim das contas as pessoas devem levar em conta que é um filme infantil, logo ele deve agradar a esse publico primeiro, e ele consegue ser inocente, com um personagem principal cativante, mas com um toque cômico, enfim, uma aventura digna dos bons tempos de sessão da tarde, da década de 90. Para aquilo que ele foi feito, é um filme divertido.
Como é dificil gostar de Lynch. Mulholand inicia numa pegada thriller, cheio de pistas, e com vários personagens interessantes e cenas que ficam na sua cabeça, que vai te obrigando a ir montando peça por peça no quebra cabeça mental, até que quando você está compreendendo o filme, ele dá uma reviravolta daquelas, e você se perde novamente, para talvez ficar se questionando até as cenas do crédito, e pós filme; "o que foi que eu assisti mesmo?". Bem isso é Lynch, um diretor nada fácil de tragar. Eu devo dizer que dentre todas as obras dele, essa foi a que eu mais gostei
(por exemplo, a cena do teatro, em que a cantora canta "Llorando", cara, essa cena ficou linda)
, é divertido, mas a virada que o filme toma e te deixa perdido, me faz ter a sensação de não saber se eu gostei de fato, pq até a metade estava ok, já depois... Ele é estranho, cheio de pontas soltas e mistérios, assim como quase tudo que o Lynch faz, mas também como em tudo que o Lynch faz, o filme possui dialogos forçosos e as interpretações igualmente fracas. Dois pontos que sempre não agradam nos filmes do Diretor. E assim como em outros filmes do Lynch, eu não consegui gostar também desse, mas pelo menos, achei ele divertido, diferentemente dos outros que eu já assisti.
Lynch fazendo um Road Movie em homenagem a "Mágico de Oz", com diversas referencias, até aí, ok, ideia é interessante, mas a execução nem tanto. A história segue de modo a fazer uma caricatura do estilo "Road Movies", cheio de estereótipo, mas com diálogos forçosos, que não soam de modo natural, com acontecimentos que movem o filme que não chegam a te gerar empatia, no máximo uma sensação de "uhm, é mesmo? Que bom.", apático, com atuações péssimas, se salvando apenas o Defoe que surge ao fim do filme, entre outros pontos, dando a impressão que você vendo uma novela mexicana, onde o mocinho no final descobrirá que é irmão da mocinha, ou algo assim. OK, eu compreendo o caráter caricaturesco do filme, mas compreender que ele é uma caricatura, não faz dele melhor. Ele é fraco, com exceção do Defoe, que dá um show de interpretação, sendo talvez a unica coisa que se salva nesse filme.
De fato, Lynch é um diretor que ou você ama, ou odeia. Difícil ficar em cima do muro com ele, até por que ele não é lá de todo facilmente tragável. Eraserhead, é só um dos exemplos do quanto imaginativo e surreal ele pode ser, e o é durante todo o filme, com cenas que gera riso, estranheza, horror, entre outros sentimentos. Eu devo dizer que não gosto dos filmes dele, e nem de Eraserhead, apesar de ter consciência que há pontos positivos, tanto que há quem goste, mas o motivo que me faz não gostar desse filme é o seu estilo experimental, um surrealismo que te leva a pensar "o que ele quer dizer com isso?", mas sem o tempo necessário para refletir, ou as informações para desvendar os mistérios, se é que há algum, e tudo não passe de um mero exercício imaginativo mesmo. De qualquer modo, é como eu disse acima, Lynch não é facilmente tragável, ele é um diretor que ou você ama, ou odeia.
Ao fim do filme a sensação que fica é que ele é um filme divertido, mas que poderia ser melhor. O erro que vejo nele está no gênero e naquilo escolhido para ser tema central do filme, que não passa de uma aventura de três personagens, quando o foco deveria ser o suspense da relação dos 3 com Nomad, que é a premissa inicial, e que vinha sendo bem feita até se tornar algo mal trabalhado, e matar todo o filme. O acontecimento que muda o enfoque do filme
, e o torna uma aventura sci-fi é interessante, mas se houvesse mais detalhes sobre Nomad, se mantivesse o clima de cyber perseguição do começo do filme, enfim, se o suspense se mantivesse, ele teria tudo para ter uma continuidade melhor que a fraca opção escolhida pelo diretor, e isso seria extremamente possível de ser feito.
que se revela quem é o Nomad, e que os personagens estão abduzido
, você já não tem interesse em nenhuma das revelações que ele te dá, até pelo suspense interessante do começo, ter sido substituído pelo gênero de aventura bobinho do desenrolar, e por você ter previsto todas as respostas. Se mantivesse o suspense Sci-fi, o filme teria tudo para ser melhor, como vinha sendo bom no início. Do mais, Fishburn dá show, fotografia e trilha igualmente, mas uma pena que ele se perca na metade do filme, na hora essencial do desenvolvimento do enredo, por motivo de escolha errada no enfoque temático, e de gênero.
Se você gosta de Tarantino, você identificará os tiroteios em locais improváveis, o senso de humor ácido, a linha temporal, certas vezes, fora de ordem, bem como vários trechos que lembram filmes do Tarantino, como Pulp Fiction
(Como a cena do quarto, em que elas conversam sobre o sentido de uma piada, carregando pizza, vestidas de preto e branco, e matam a todos, sem tomar um só tiro, sendo que em Pulp os personagens, se vestem com a mesma cor, e entram conversando sobre a malícia que há numa massagem no pé, e na cena há Kahuna burguer (Junk Food, bem como pizza), e não são baleados)
(pela capacidade das personagens femininas serem perigosas, e inocentes, ao mesmo tempo, como na segunda parte do filme de Tarantino, em que as mulheres que matam o Kurt Russel, tripudiam sobre o corpo morto de "Stuntman Mike", e nesse, as personagens fazem a dança do sangramento interno sobre os cadáveres, de uns bandidos que queriam matá-las.)
(Nesse filme as assassinas são conhecidas por números, enquanto que em Cães de Alugues, por cores)
. Enfim, apesar disso, o filme tem sua identidade, não é uma copia, somado à bela fotografia e à trilha, as cenas lúdicas para quebrar a tensão e denotar passagem de tempo/espaço, bem como sentimentos que Tarantino não aborda, surgem nesse filme concedendo beleza a ele, e identidade própria, num tom tocante. Talvez, a única coisa que não me agradou foi que, mesmo compreendendo a inocência das personagens, que são adolescentes, estando em seus 18/19 anos, muitas vezes elas são infantilizadas demais, o que tira de quem assiste ao filme um pouco do processo de empatia com a personagem, mas não chega a estragar o filme, só desconcentra um pouco.
(o personagem principal chega na casa, conversa um pouco, em momentos variados, com os dois outros personagens, sempre no intuito do diretor de apresentar o personagem, e nenhum mistério para segurar o filme é solto, a não ser o extremo desconforto geral em conviver juntos naquela casa, o que nem chega a ser bem trabalhado, pois o assunto sempre se torna outro trivial, e se vai o desconforto para surgir a falta de assunto dos personagens)
nem mesmo jogando um problema se quer para te prender na tela, curioso, o que deveria ser básico num suspense, é feito. E isso não melhora com o decorrer do filme e seus diálogos forçosos, somado a que nenhum personagem te gera empatia, até por terem pouco a dizer, ou contar. Todos sem assunto, chatos, inseguros, não há quem quebre a monotonia do filme, e do narrar do filme. Sem mencionar as atuações sofridas. Pensei que por ser um nacional de suspense, pudesse ser surpreendentemente bom, mas não é. Pelo menos achei legal a intenção, parece que o cinema brasileiro cansou do mais do mesmo, pelo jeito. Ainda bem.
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Não Pare na Pista - A Melhor História de Paulo …
2.8 141O que o filme tem de interessante e muito bem feito em termos de fotografia, montagem e trilha, ele tem de vazio. Paulo Coelho é uma personalidade interessante, que no filme aparece como um playboy que não sabe o que é passar dificuldade. Ao acabar o filme, meu sentimento foi de ao invés de ter assistido "A melhor história de Paulo Coelho", o que eu vi foi "A vazia peregrinação de um playboy que sempre teve tudo".
É triste como o relacionamento dele com Raul dura nem 10 minutos no filme. É triste como a história dele com as drogas não dura mais que 10 minutos. É triste como mal abordados são os relacionamentos românticos dele. É triste como as cenas de sexo são forçadas no filme. É triste como falta a "magia" embutida no filme. De positivo, eu vejo apenas a relação dele com seus pais, que achei até que bem trabalhada, mas de modo muito fragmentado, sem mostrar a influência disso para sua obra, sua vida, seus relacionamentos. Se contentando apenas em mostrar o distanciamento e a reaproximação, quase ausente de sentimento, ou dificuldade.
(influências na escrita, influência dos pais na sua vida e na sua arte, influência das drogas, relacionamento com Raul, a vida mística, etc.)
Refúgio do Medo
3.6 373 Assista AgoraFilme extremamente pretensioso, com seus plot twists forçados, e com sua discussão pseudo intelectual rasa. Qualquer um que já tenha lido Freud, Jung ou Skinner, que seja, sabe o quanto raso esse filme se mostrou diante daquilo que se propôs tratar. Unica coisa interessante do filme (Além da atuação da Kate Beckinsale, e do monstro que é Ben Kingsley, que são certamente as duas unicas coisas que salvam em todo a obra) foi ver o modo como era tratado a loucura antes, mas parece que faltou ler Foucault ao roteirista/diretor, pq até nisso que tem de mais positivo, o filme se mostrou raso, apenas citando e passando por cima, concedendo segundos de importancia. De resto, musica, enredo, fotografia, tudo regular. Enfim, um filme pretensioso, e cheio de surpresas forçosas.
Oz: Mágico e Poderoso
3.2 2,1K Assista AgoraVi uns comentários negativos aqui, mas no fim das contas as pessoas devem levar em conta que é um filme infantil, logo ele deve agradar a esse publico primeiro, e ele consegue ser inocente, com um personagem principal cativante, mas com um toque cômico, enfim, uma aventura digna dos bons tempos de sessão da tarde, da década de 90. Para aquilo que ele foi feito, é um filme divertido.
Cidade dos Sonhos
4.2 1,7K Assista AgoraComo é dificil gostar de Lynch. Mulholand inicia numa pegada thriller, cheio de pistas, e com vários personagens interessantes e cenas que ficam na sua cabeça, que vai te obrigando a ir montando peça por peça no quebra cabeça mental, até que quando você está compreendendo o filme, ele dá uma reviravolta daquelas, e você se perde novamente, para talvez ficar se questionando até as cenas do crédito, e pós filme; "o que foi que eu assisti mesmo?". Bem isso é Lynch, um diretor nada fácil de tragar. Eu devo dizer que dentre todas as obras dele, essa foi a que eu mais gostei
(por exemplo, a cena do teatro, em que a cantora canta "Llorando", cara, essa cena ficou linda)
Coração Selvagem
3.7 340 Assista AgoraLynch fazendo um Road Movie em homenagem a "Mágico de Oz", com diversas referencias, até aí, ok, ideia é interessante, mas a execução nem tanto. A história segue de modo a fazer uma caricatura do estilo "Road Movies", cheio de estereótipo, mas com diálogos forçosos, que não soam de modo natural, com acontecimentos que movem o filme que não chegam a te gerar empatia, no máximo uma sensação de "uhm, é mesmo? Que bom.", apático, com atuações péssimas, se salvando apenas o Defoe que surge ao fim do filme, entre outros pontos, dando a impressão que você vendo uma novela mexicana, onde o mocinho no final descobrirá que é irmão da mocinha, ou algo assim. OK, eu compreendo o caráter caricaturesco do filme, mas compreender que ele é uma caricatura, não faz dele melhor. Ele é fraco, com exceção do Defoe, que dá um show de interpretação, sendo talvez a unica coisa que se salva nesse filme.
Eraserhead
3.9 922 Assista AgoraDe fato, Lynch é um diretor que ou você ama, ou odeia. Difícil ficar em cima do muro com ele, até por que ele não é lá de todo facilmente tragável. Eraserhead, é só um dos exemplos do quanto imaginativo e surreal ele pode ser, e o é durante todo o filme, com cenas que gera riso, estranheza, horror, entre outros sentimentos. Eu devo dizer que não gosto dos filmes dele, e nem de Eraserhead, apesar de ter consciência que há pontos positivos, tanto que há quem goste, mas o motivo que me faz não gostar desse filme é o seu estilo experimental, um surrealismo que te leva a pensar "o que ele quer dizer com isso?", mas sem o tempo necessário para refletir, ou as informações para desvendar os mistérios, se é que há algum, e tudo não passe de um mero exercício imaginativo mesmo. De qualquer modo, é como eu disse acima, Lynch não é facilmente tragável, ele é um diretor que ou você ama, ou odeia.
O Sinal: Frequência do Medo
2.9 373Ao fim do filme a sensação que fica é que ele é um filme divertido, mas que poderia ser melhor. O erro que vejo nele está no gênero e naquilo escolhido para ser tema central do filme, que não passa de uma aventura de três personagens, quando o foco deveria ser o suspense da relação dos 3 com Nomad, que é a premissa inicial, e que vinha sendo bem feita até se tornar algo mal trabalhado, e matar todo o filme. O acontecimento que muda o enfoque do filme
(o encontro com o EBE, na casa abandonada)
afinal, eles estavam preso em um laboratório tecnológico, e a cyber perseguição poderia ter continuidade facil alí
que se revela quem é o Nomad, e que os personagens estão abduzido
Do mais, Fishburn dá show, fotografia e trilha igualmente, mas uma pena que ele se perca na metade do filme, na hora essencial do desenvolvimento do enredo, por motivo de escolha errada no enfoque temático, e de gênero.
Violet & Daisy
3.1 157Se você gosta de Tarantino, você identificará os tiroteios em locais improváveis, o senso de humor ácido, a linha temporal, certas vezes, fora de ordem, bem como vários trechos que lembram filmes do Tarantino, como Pulp Fiction
(Como a cena do quarto, em que elas conversam sobre o sentido de uma piada, carregando pizza, vestidas de preto e branco, e matam a todos, sem tomar um só tiro, sendo que em Pulp os personagens, se vestem com a mesma cor, e entram conversando sobre a malícia que há numa massagem no pé, e na cena há Kahuna burguer (Junk Food, bem como pizza), e não são baleados)
(pela capacidade das personagens femininas serem perigosas, e inocentes, ao mesmo tempo, como na segunda parte do filme de Tarantino, em que as mulheres que matam o Kurt Russel, tripudiam sobre o corpo morto de "Stuntman Mike", e nesse, as personagens fazem a dança do sangramento interno sobre os cadáveres, de uns bandidos que queriam matá-las.)
(Nesse filme as assassinas são conhecidas por números, enquanto que em Cães de Alugues, por cores)
Quando Eu Era Vivo
2.9 322Incrível como em 30 minutos de filme e a história não se desenvolve em nada,
(o personagem principal chega na casa, conversa um pouco, em momentos variados, com os dois outros personagens, sempre no intuito do diretor de apresentar o personagem, e nenhum mistério para segurar o filme é solto, a não ser o extremo desconforto geral em conviver juntos naquela casa, o que nem chega a ser bem trabalhado, pois o assunto sempre se torna outro trivial, e se vai o desconforto para surgir a falta de assunto dos personagens)