"Emily in Paris" é aquele tipo de série que você não leva a sério. Pelo menos não deveria. Mas isso não significa que a nova temporada esteja isenta de algumas obrigações: agradar seu público, ser fiel à narrativa estabelecida nas duas temporadas anteriores e avançar a estória. Do ponto de vista narrativo e, também, de desenvolvimento de personagens, a meu ver, houve muitas regressões/retrocessos. A única personagem que, de fato, conseguiu me cativar ainda mais foi a elengantérrima Sylvie. Aliás, ótima atriz (foi uma surpresa prazerosa vê-la, mesmo que rapidamente, na 5ª temporada de The Crown). Além disso, dentro do roteiro, o artifício de fazer com que Emily sempre tenha uma ideia mirabolante para "salvar" o dia fica banal, pois é usado exacerbadamente na temporada. Ela é a protagonista? Sim! Mas o roteiro soa preguiçoso, ao se valer desse artifício para resolver cada conflito que surge. Retomando, esse tipo de série tem por missão apenas entreter, mas essa temporada me causou alguns incômodos. Talvez eu tenha levado a sério demais...
Sem falar que ela sai ilesa da casa que invadiu e os moradores a encontraram: são dois contra um e o cara tem uma arma lá. E ela sai ilesa pela porta da frente, é tipo: WHAAAAT?
É uma adolescente drogada em abstinência ou uma super-heroína (leia-se essa palavra com duplo sentido mesmo haha)? Roteiro preguiçoso esse, viu. Deram uma ARMADURA imortal pra Rue. Eu me senti sendo feito de trouxa, como é que eles querem que o telespectador acredite que essa garotinha é capaz de faze isso tudo. Ela treina parkour desde criança? Nem em Homem Aranha ela fez isso, kkkkk, e olha que se fizer isso tudo em um filme de super-herói é super aceitável, o universo do filme permite, mas em Euphoria, uma obra que se propõe trazer uma perspectiva "mais madura e realista" a conflitos adolescentes, é inaceitável!
Love, Victor (2020) é uma série - spin-off do longa metragem Love, Simon (2018) - vinculada à plataforma americana Hulu e tem como trama principal a descoberta/afloramento da sexualidade do protagonista. Victor é gay, mas não está desconstruído suficientemente para se afirmar socialmente. A partir desse fio condutor somos apresentados a mais uma obra clichê que funciona bem, principalmente se levarmos em consideração o público-alvo da série. Sim, é uma série adolescente. Mais uma… Victor é um garoto do ensino médio que, por certas circunstâncias, precisou se mudar com a família de uma cidade interiorana do Texas para a metrópole Atlanta. Repleto de dúvidas, ele pensa que a atmosfera citadina do seu novo destino poderá lhe oferecer um ambiente menos hostil e menos conservador, proporcionando-lhe experiências diversas. Quem sabe assim ele não possa se descobrir? Victor está erradíssimo! Seu novo lar não o recebe da maneira imaginada. Assim, nosso protagonista precisa encarar, mais uma vez, a realidade preconceituosa e ultrapassada de alguns valores vigentes na sociedade. Nesse contexto, Victor troca mensagens com Simon, já conhecido pelo público. Simon vira uma espécie de mentor/psicólogo/amigo de Victor. A série é pequena e possui episódios curtos. É gostosinha de acompanhar. Apesar de um interesse romântico ser estabelecido logo no início da narrativa, o elemento romance não é o mais predominante. A série conta a estória do personagem Victor em busca de autoconhecimento e suas múltiplas relações: família, amigos, emprego. Como todo bom clichê, os personagens são construídos de forma caricata e pouco verossímil. Ou seja, há o nerd deslocado, a popular gostosona, a irmã adolescente insuportável… Deixo aqui dois grandes destaques da série: 1º- A origem hispânica do elenco principal. É muito bom ver produções estadunidenses desenvolverem obras com personagens de descendência diversa e, consequentemente, contratarem atores com essa mesma descendência. 2º- A interpretação da atriz Ana Ortiz, como Isabel, mãe de Victor. A meu ver, a única interpretação eficiente, as outras são dignas de Malhação (Globo). Há cenas ruins e cenas que esquentam o coração. Enfim, Love, Victor é um bom clichê e que por trabalhar um tema bastante importante para a comunidade LGBT, vale a pena assistir.
A nova temporada de The Umbrella Academy veio para mostrar que se pode aprender com os erros passados, sem precisar, necessariamente, viajar no tempo. A série progrediu bastante em questão de roteiro e nos traz uma narrativa mais amarrada e objetiva. Arcos de personagens são desenvolvidos de maneira bem satisfatória. Todavia, há furos na narrativa e os chamados “facilitadores de roteiro” (personagem Elliot, por exemplo). Essas questões que já vimos na temporada passada, aqui reaparecem, mas de forma moderada. A própria série traz uma estética diferenciada o que corrobora alguns exageros, mas há situações que realmente não dá para passar pano, pois eles, praticamente, chamam o telespectador de burro. Relevando certas situações, a série é divertida e serve como um ótimo entretenimento. Os elementos cômicos são, em sua maioria, eficientes. O personagem Klaus não é mais o único alívio cômico, o que é ótimo para o seu desenvolvimento. Os outros protagonistas também têm seus momentos engraçados. Alguns funcionam muito bem, outros nem tanto. Há uma cena no elevador vergonhosa. É aquela típica piadinha de tio no Natal! Terrível. Aliás fazer piada com peido é o caminho mais fácil e tosco do show business. A problemática a ser solucionada pelos personagens é a mesma: impedir o apocalipse, mas agora eles estão em uma nova época, depois da viagem do tempo - que mais uma vez deu errado. O interessante é apreciar o belo trabalho de design de produção, figurino e efeitos especiais. É coisa de cinema! A primeira cena é muito impactante. Outrossim, a trilha sonora é miscigenada: um mix de músicas antigas e contemporâneas. Eu, particularmente, gostei bastante disso, estilo Guardiões da Galáxia. É muito bom rememorar os clássicos, mexe com nossa memória afetiva. Além disso, as questões raciais e de cunho progressistas são super bem-vindas e corroboram ricamente para o roteiro e a ambientação da década de 60 nos EUA. Há uma tentativa de criar uma atmosfera épica no final da temporada, o que não ocorre. Aliás, pareceu-me mais um novelão mexicano com plot twists incoerentes. A série começa muito bem e termina meio agridoce. Enfim, TUA cresceu e apareceu. A nova temporada é muito superior à primeira e veio para confirmar a força dos quadrinhos quando adaptados para a TV. A série traz uma estética única que mescla drama, humor, aventura, suspense e sci-fi. Gostei bastante e aguardo pela terceira temporada, se houver.
Premissa interessante, mas seu desenvolvimento é questionável. Romantizar o suicídio é demasiado inconsequente, principalmente, para o público juvenil. Tomara que essa série não funcione como gatilho, vulgo, efeito Werthe.
Acredito que a season 4 deveria ter tido mais episódios. Tanto para explorar mais os arcos dos personagens, quanto para finalizá-los com mais clareza. "Please like me" é aquela série que você se gaba por quase ninguém conhecer ou acompanhar. Você meio que sente ciúmes em dividir. Hehe. Tomara que consigam reverter a situação e encontrem uma nova emissora ou patrocinador.
Emily em Paris (3ª Temporada)
3.4 118 Assista Agora"Emily in Paris" é aquele tipo de série que você não leva a sério. Pelo menos não deveria. Mas isso não significa que a nova temporada esteja isenta de algumas obrigações: agradar seu público, ser fiel à narrativa estabelecida nas duas temporadas anteriores e avançar a estória. Do ponto de vista narrativo e, também, de desenvolvimento de personagens, a meu ver, houve muitas regressões/retrocessos. A única personagem que, de fato, conseguiu me cativar ainda mais foi a elengantérrima Sylvie. Aliás, ótima atriz (foi uma surpresa prazerosa vê-la, mesmo que rapidamente, na 5ª temporada de The Crown). Além disso, dentro do roteiro, o artifício de fazer com que Emily sempre tenha uma ideia mirabolante para "salvar" o dia fica banal, pois é usado exacerbadamente na temporada. Ela é a protagonista? Sim! Mas o roteiro soa preguiçoso, ao se valer desse artifício para resolver cada conflito que surge. Retomando, esse tipo de série tem por missão apenas entreter, mas essa temporada me causou alguns incômodos. Talvez eu tenha levado a sério demais...
Heartstopper (1ª Temporada)
4.5 415 Assista AgoraAqueceu meu coração e isso é que importa! <3
2 bjs pra quem não gostou.
Euphoria (2ª Temporada)
4.0 540Gente, vim aqui depois de ver o 5º ep. Tô puto. Quero ver se alguém concorda cmg.
Gostei muito do começo (atuações e diálogos) mas o desenrolar do episódio foi sofrível, viu. Por que ninguém está falando sobre a
Rue toda cagada conseguir triblar policiais treinados (eles pedem até reforços) e mesmo assim não conseguem pegá-la. Véi, ela se esconde na lixeira!
Sem falar que ela sai ilesa da casa que invadiu e os moradores a encontraram: são dois contra um e o cara tem uma arma lá. E ela sai ilesa pela porta da frente, é tipo: WHAAAAT?
Eu Nunca... (2ª Temporada)
3.9 169 Assista AgoraTodo mundo é chato nessa série, ah é, deve ser porque eles são adolescentes.
Normal People
4.4 436Uma obra crua e, ao mesmo tempo, sensível. O silêncio é gritante e ensurdecedor e o olhar das personagens fala mais que palavras...
Com Amor, Victor (1ª Temporada)
4.0 180 Assista AgoraLove, Victor (2020) é uma série - spin-off do longa metragem Love, Simon (2018) - vinculada à plataforma americana Hulu e tem como trama principal a descoberta/afloramento da sexualidade do protagonista. Victor é gay, mas não está desconstruído suficientemente para se afirmar socialmente. A partir desse fio condutor somos apresentados a mais uma obra clichê que funciona bem, principalmente se levarmos em consideração o público-alvo da série. Sim, é uma série adolescente. Mais uma…
Victor é um garoto do ensino médio que, por certas circunstâncias, precisou se mudar com a família de uma cidade interiorana do Texas para a metrópole Atlanta. Repleto de dúvidas, ele pensa que a atmosfera citadina do seu novo destino poderá lhe oferecer um ambiente menos hostil e menos conservador, proporcionando-lhe experiências diversas. Quem sabe assim ele não possa se descobrir? Victor está erradíssimo! Seu novo lar não o recebe da maneira imaginada. Assim, nosso protagonista precisa encarar, mais uma vez, a realidade preconceituosa e ultrapassada de alguns valores vigentes na sociedade. Nesse contexto, Victor troca mensagens com Simon, já conhecido pelo público. Simon vira uma espécie de mentor/psicólogo/amigo de Victor.
A série é pequena e possui episódios curtos. É gostosinha de acompanhar. Apesar de um interesse romântico ser estabelecido logo no início da narrativa, o elemento romance não é o mais predominante. A série conta a estória do personagem Victor em busca de autoconhecimento e suas múltiplas relações: família, amigos, emprego. Como todo bom clichê, os personagens são construídos de forma caricata e pouco verossímil. Ou seja, há o nerd deslocado, a popular gostosona, a irmã adolescente insuportável…
Deixo aqui dois grandes destaques da série: 1º- A origem hispânica do elenco principal. É muito bom ver produções estadunidenses desenvolverem obras com personagens de descendência diversa e, consequentemente, contratarem atores com essa mesma descendência. 2º- A interpretação da atriz Ana Ortiz, como Isabel, mãe de Victor. A meu ver, a única interpretação eficiente, as outras são dignas de Malhação (Globo).
Há cenas ruins e cenas que esquentam o coração. Enfim, Love, Victor é um bom clichê e que por trabalhar um tema bastante importante para a comunidade LGBT, vale a pena assistir.
The Umbrella Academy (2ª Temporada)
4.1 322A nova temporada de The Umbrella Academy veio para mostrar que se pode aprender com os erros passados, sem precisar, necessariamente, viajar no tempo. A série progrediu bastante em questão de roteiro e nos traz uma narrativa mais amarrada e objetiva. Arcos de personagens são desenvolvidos de maneira bem satisfatória. Todavia, há furos na narrativa e os chamados “facilitadores de roteiro” (personagem Elliot, por exemplo). Essas questões que já vimos na temporada passada, aqui reaparecem, mas de forma moderada. A própria série traz uma estética diferenciada o que corrobora alguns exageros, mas há situações que realmente não dá para passar pano, pois eles, praticamente, chamam o telespectador de burro.
Relevando certas situações, a série é divertida e serve como um ótimo entretenimento. Os elementos cômicos são, em sua maioria, eficientes. O personagem Klaus não é mais o único alívio cômico, o que é ótimo para o seu desenvolvimento. Os outros protagonistas também têm seus momentos engraçados. Alguns funcionam muito bem, outros nem tanto. Há uma cena no elevador vergonhosa. É aquela típica piadinha de tio no Natal! Terrível. Aliás fazer piada com peido é o caminho mais fácil e tosco do show business.
A problemática a ser solucionada pelos personagens é a mesma: impedir o apocalipse, mas agora eles estão em uma nova época, depois da viagem do tempo - que mais uma vez deu errado. O interessante é apreciar o belo trabalho de design de produção, figurino e efeitos especiais. É coisa de cinema! A primeira cena é muito impactante. Outrossim, a trilha sonora é miscigenada: um mix de músicas antigas e contemporâneas. Eu, particularmente, gostei bastante disso, estilo Guardiões da Galáxia. É muito bom rememorar os clássicos, mexe com nossa memória afetiva. Além disso, as questões raciais e de cunho progressistas são super bem-vindas e corroboram ricamente para o roteiro e a ambientação da década de 60 nos EUA. Há uma tentativa de criar uma atmosfera épica no final da temporada, o que não ocorre. Aliás, pareceu-me mais um novelão mexicano com plot twists incoerentes. A série começa muito bem e termina meio agridoce.
Enfim, TUA cresceu e apareceu. A nova temporada é muito superior à primeira e veio para confirmar a força dos quadrinhos quando adaptados para a TV. A série traz uma estética única que mescla drama, humor, aventura, suspense e sci-fi. Gostei bastante e aguardo pela terceira temporada, se houver.
13 Reasons Why (1ª Temporada)
3.8 1,5K Assista AgoraPremissa interessante, mas seu desenvolvimento é questionável. Romantizar o suicídio é demasiado inconsequente, principalmente, para o público juvenil. Tomara que essa série não funcione como gatilho, vulgo, efeito Werthe.
Please Like Me (4ª Temporada)
4.4 210Acredito que a season 4 deveria ter tido mais episódios. Tanto para explorar mais os arcos dos personagens, quanto para finalizá-los com mais clareza. "Please like me" é aquela série que você se gaba por quase ninguém conhecer ou acompanhar. Você meio que sente ciúmes em dividir. Hehe. Tomara que consigam reverter a situação e encontrem uma nova emissora ou patrocinador.