Uma obra para rever mais pra frente. Eu o atravessei cansado e ansiando por seu fim. Ainda assim, há coisas interessantes nele o suficiente para que eu queira revê-lo no futuro.
Um filme que me dá uma raiva por tudo que poderia ter sido. Me agrada boa parte do que foi. O problema maior é o roteiro, mas o vacilo não foram os clichês (ao menos não todos), mas sim a forma de desenvolver a história, e mesmo o ritmo, com situações mal exploradas, apesar das boas ideias. O excesso de cenas de personagens cantando...putz, pra que? Esses musicais desequilibram o filme. Contudo, gostei da intenção da direção de arte, muitos momento da direção do Jeymes Samuel, algumas frases de efeitos, e até o plot twist foi legal (achei u.u). As boas ideias poderiam ter sido melhor trabalhadas, as referências (Tarantino forte aí) e tal, e isso me entristece.
Mas não acho um fracasso como foram outras produções produzidas ou distribuídas pela Netflix, como os terríveis Rua do Medo, Um Clássico filme de terror e o Matador. Todos esses filmes parecem tentativas de fazer algo massa com clichês de cinemas de gênero, trazem boas ideias, mas não conseguem trabalhar bem com elas.
O estilo é tudo o que me interessa, por hora, nesse filme. Não posso mentir. Ou, ao menos quase tudo. A narrativa, é verdade, não é de toda linear, mas a linearidade predomina ainda assim. Achei fantástico o plano sequência conectando presente e passado, o flashback ocorrendo sem cortes, sem nem nenhum artifício. Acredito que, não sendo um filme clássico, Pierrot Le fou dificulta a imersão e a concentração para algumas pessoas e por isso tudo nele pode parecer sem sentido. Creio que a referência à Velásques seja importante para aqueles que queiram explorar o conteúdo da obra, digo o mesmo para o Renoir em Marriane. Se é verdade que o moderno desloca o foco da narrativa para o sentido, minha leitura é desleixada. De qualquer forma, fica claro que Pierrot foi demitido do emprego, seu comportamento nos dá indícios de o porquê. Não sei se ele é de fato um personagem intelectual. Vocês lembram no começo? Ele associa Flores do Mal, de Baudelaire, com Voltaire. Foi um erro dele? Gosto da hipótese de Ferdinand ser um homem em crise, em busca por uma reinvenção estética, por isso os livros, por isso sua poesia, e seu pedantismo. Ele está tentando ser outra coisa, expandir-se. As frases, em sua maioria, não me tocam. Mas gostar de um filme e entender um filme são aventuras diferentes, que oferecem dois diferentes prazeres. Contudo, não me interessa por hora ter uma aventura mais profunda com o filme, só o estilo me basta, por hora.
Quanto a sequência. Ferdinand é demitido. Reencontra Marriane. Ocorre uma elipse. Marriane está envolvida com um esquema de tráfico de armas, "algo como na guerra da nigéria" (ela diz algo assim), e depois da Elipse encontramos o casa já juntos. Os dois assassinam um homem, ao qual Marianne está ligada no esquema, um provável protetor, amante (ou alguém que ela poderia estar usando em parceria com Fred). Nesse momento marianne já tem envolvimento com Fred ( seu falso irmão?), provável que sim. Ele também está envolvido com o esquema de tráfico de armas. Após o assassinato, Ferdinand e Marriane fogem. Para sobreviver, os dois cometem outros crimes, mas também dão uma de artistas de rua (rs). Algumas coisas na minha memória vão falhar agora. Mas se não me engano, eles passam um período numa praia. É claro que o filme abandona o naturalismo, o realismo do cinema clássico, o que explica muito. Em algum momento, os dois "voltam para o filme de gangster". Marianne assassina outra homem ligado ao esquema de tráfico de arma. E aí sabemos, que além da polícia, outras envolvidos, talvez, indiretamente, ligados ao esquema do tráfico de armas, também os procuravam, porque os dois ao fugir levaram o dinheiro de um esquema que estava escondido no carro. Se Marianne abandona Ferdinand, ele a trai ao ser torturado, entregando o suposto local aonde ela estaria. Daí Ferdinand continua foragido, fugindo. Quando ele e Marianne se reencontram, o filme inicia sua caminhada para um terceiro ato, se é que posso falar assim aqui. De toda forma. Mariane engana Ferdinand, o usa para dar um golpe nos mesmos homens que o haviam torturada e que a queriam capturar (o plano me parece, era que a culpa recaísse somente sobre Ferdinand). Por fim Ferdiand descobre que Fred é amante de Marianne, e que ela o havia traído. Ferdinand os persegue e mata os dois. Por fim se mata, com a cara toda a azul (ele até desiste de explodir a própria cabeça, mas não teve jeito).
Apesar de moderno, podemos visualizar uma estrutura em três atos. Acham isso também?
No todo, acho que é isto. Acho sensacional o estilo, no som, na montagem, na narrativa. Mas me incomoda esse papel das mulheres nas narrativas do Godard que vi até agora. O homem é sempre o reflexivo e a mulher como que fala outra língua, ou é guiada por um força estranha a esse homem, que parece desdenhá-la, apesar de desejá-la. Outras coisas me incomodam, mas não as maturei aqui ainda.
Tudo o que interessa nesse filme é o estilo, é ele que nos mantém no filme, é ele que sobra depois que o filme acaba, é por ele que se tem interesse de discutir todo o resto (história, seu machismo, etc).
Se tornou um dos meus favoritos do Kurosawa. A dupla cômica, a personagem da princesa Yuki, o duelo com lanças e não espadas, a dança no festival do fogo são alguns dos elementos que tornam esse filme especial quando comparado com algumas das mais famosas obras de Kurosawa. Yuki é uma ótima personagem, tudo nela a torna maravilhosa, a atuação de Misa Uehara, seu figurino, o que ela representa. A fortaleza Escondida tem um charme, uma feeling ( talvez seja a maior leveza ou o ritmo) que George Lucas soube captar bem e passar pra seus filmes, além de, claro, outros vários elementos evidentes.
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3.7 1,9K Assista AgoraAssisti só por causa do Taika Waititi...e minha nota já diz tudo.
O Padre e a Moça
3.9 51Uma obra para rever mais pra frente. Eu o atravessei cansado e ansiando por seu fim. Ainda assim, há coisas interessantes nele o suficiente para que eu queira revê-lo no futuro.
Vingança & Castigo
3.6 206 Assista AgoraUm filme que me dá uma raiva por tudo que poderia ter sido. Me agrada boa parte do que foi. O problema maior é o roteiro, mas o vacilo não foram os clichês (ao menos não todos), mas sim a forma de desenvolver a história, e mesmo o ritmo, com situações mal exploradas, apesar das boas ideias. O excesso de cenas de personagens cantando...putz, pra que? Esses musicais desequilibram o filme. Contudo, gostei da intenção da direção de arte, muitos momento da direção do Jeymes Samuel, algumas frases de efeitos, e até o plot twist foi legal (achei u.u). As boas ideias poderiam ter sido melhor trabalhadas, as referências (Tarantino forte aí) e tal, e isso me entristece.
Mas não acho um fracasso como foram outras produções produzidas ou distribuídas pela Netflix, como os terríveis Rua do Medo, Um Clássico filme de terror e o Matador. Todos esses filmes parecem tentativas de fazer algo massa com clichês de cinemas de gênero, trazem boas ideias, mas não conseguem trabalhar bem com elas.
O Demônio das Onze Horas
4.2 430 Assista AgoraO estilo é tudo o que me interessa, por hora, nesse filme. Não posso mentir. Ou, ao menos quase tudo. A narrativa, é verdade, não é de toda linear, mas a linearidade predomina ainda assim. Achei fantástico o plano sequência conectando presente e passado, o flashback ocorrendo sem cortes, sem nem nenhum artifício. Acredito que, não sendo um filme clássico, Pierrot Le fou dificulta a imersão e a concentração para algumas pessoas e por isso tudo nele pode parecer sem sentido. Creio que a referência à Velásques seja importante para aqueles que queiram explorar o conteúdo da obra, digo o mesmo para o Renoir em Marriane. Se é verdade que o moderno desloca o foco da narrativa para o sentido, minha leitura é desleixada. De qualquer forma, fica claro que Pierrot foi demitido do emprego, seu comportamento nos dá indícios de o porquê. Não sei se ele é de fato um personagem intelectual. Vocês lembram no começo? Ele associa Flores do Mal, de Baudelaire, com Voltaire. Foi um erro dele? Gosto da hipótese de Ferdinand ser um homem em crise, em busca por uma reinvenção estética, por isso os livros, por isso sua poesia, e seu pedantismo. Ele está tentando ser outra coisa, expandir-se. As frases, em sua maioria, não me tocam. Mas gostar de um filme e entender um filme são aventuras diferentes, que oferecem dois diferentes prazeres. Contudo, não me interessa por hora ter uma aventura mais profunda com o filme, só o estilo me basta, por hora.
Quanto a sequência. Ferdinand é demitido. Reencontra Marriane. Ocorre uma elipse. Marriane está envolvida com um esquema de tráfico de armas, "algo como na guerra da nigéria" (ela diz algo assim), e depois da Elipse encontramos o casa já juntos. Os dois assassinam um homem, ao qual Marianne está ligada no esquema, um provável protetor, amante (ou alguém que ela poderia estar usando em parceria com Fred). Nesse momento marianne já tem envolvimento com Fred ( seu falso irmão?), provável que sim. Ele também está envolvido com o esquema de tráfico de armas. Após o assassinato, Ferdinand e Marriane fogem. Para sobreviver, os dois cometem outros crimes, mas também dão uma de artistas de rua (rs). Algumas coisas na minha memória vão falhar agora. Mas se não me engano, eles passam um período numa praia. É claro que o filme abandona o naturalismo, o realismo do cinema clássico, o que explica muito. Em algum momento, os dois "voltam para o filme de gangster". Marianne assassina outra homem ligado ao esquema de tráfico de arma. E aí sabemos, que além da polícia, outras envolvidos, talvez, indiretamente, ligados ao esquema do tráfico de armas, também os procuravam, porque os dois ao fugir levaram o dinheiro de um esquema que estava escondido no carro. Se Marianne abandona Ferdinand, ele a trai ao ser torturado, entregando o suposto local aonde ela estaria. Daí Ferdinand continua foragido, fugindo. Quando ele e Marianne se reencontram, o filme inicia sua caminhada para um terceiro ato, se é que posso falar assim aqui. De toda forma. Mariane engana Ferdinand, o usa para dar um golpe nos mesmos homens que o haviam torturada e que a queriam capturar (o plano me parece, era que a culpa recaísse somente sobre Ferdinand). Por fim Ferdiand descobre que Fred é amante de Marianne, e que ela o havia traído. Ferdinand os persegue e mata os dois. Por fim se mata, com a cara toda a azul (ele até desiste de explodir a própria cabeça, mas não teve jeito).
Apesar de moderno, podemos visualizar uma estrutura em três atos. Acham isso também?
No todo, acho que é isto. Acho sensacional o estilo, no som, na montagem, na narrativa. Mas me incomoda esse papel das mulheres nas narrativas do Godard que vi até agora. O homem é sempre o reflexivo e a mulher como que fala outra língua, ou é guiada por um força estranha a esse homem, que parece desdenhá-la, apesar de desejá-la. Outras coisas me incomodam, mas não as maturei aqui ainda.
Uma Mulher é Uma Mulher
4.1 267Tudo o que interessa nesse filme é o estilo, é ele que nos mantém no filme, é ele que sobra depois que o filme acaba, é por ele que se tem interesse de discutir todo o resto (história, seu machismo, etc).
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3.5 549 Assista AgoraMenos ruim que o primeiro, mas ainda sim TOTALMENTE ESQUECÍVEL
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4.2 54Se tornou um dos meus favoritos do Kurosawa. A dupla cômica, a personagem da princesa Yuki, o duelo com lanças e não espadas, a dança no festival do fogo são alguns dos elementos que tornam esse filme especial quando comparado com algumas das mais famosas obras de Kurosawa. Yuki é uma ótima personagem, tudo nela a torna maravilhosa, a atuação de Misa Uehara, seu figurino, o que ela representa. A fortaleza Escondida tem um charme, uma feeling ( talvez seja a maior leveza ou o ritmo) que George Lucas soube captar bem e passar pra seus filmes, além de, claro, outros vários elementos evidentes.