Lee Daniels, o queridinho da Oprah, levou uma tremenda vaia em Cannes com esse paperboy, que ele fez questão de adaptar, destruindo todas as qualidades do livro. No livro, conhecemos os fatos pelas lembranças de Jack James. Lee fez questão de colocar a amiga Macy Gray pra relembrar os acontecimentos. Só que ela é um personagem secundário no livro, não vive os fatos. Zac Efron, fraco, sem profundidade para o papel. Limitações do ator ou falta de direção. Resto do elenco é bom mas mal dirigido, lidando com um roteiro falho, caricato, previsível.
Atuação espetacular do De Sica como um golpista em uma Itália ocupada pela Alemanha nazista. Quando se passa por Grimaldi ou Bardone, ele não se preocupa com nada a não ser com sua existência. Como Della Rovere, a realidade da nação fala mais alto e ele como em todo bom filme neo-realista, vai para o sacrifício. Uma maneira de recuperar a honra, a ética, simbolizando o resgate de uma nação.
Um filme do Clint bastante divertido, com uma fotografia incrível, bons diálogos e um suspense final ,no Eiger, bastante convincente. O treinamento no Arizona é incrível, com tomadas em que o Clint aparentemente dispensou o dublê e realizou ele mesmo. Em uma das cenas, chega a escorregar o apoio de uma das mãos, possivelmente esfolando a palma dela. Isso confere um certo realismo bastante interessante, perdido nas produções atuais. Hoje é tudo na tela verde. Música marcante do John Williams.
Mullet Douglas no Japão fazendo um daqueles policiais durões da década de 80 em um filme bem realizado pelo Ridley Scott. A parte técnica dos filmes do Scott é sempre impecável. A química do trio principal é muito boa. Andy Garcia no karaokê com o Takakura cantando Ray Charles vale o filme.
Hollywood continua maltratando grandes atores, que depois dos 60, 70 anos, só conseguem partes em filmes de quinta categoria. Last Vegas é uma comédia preguiçosa, muito mal escrita, com os atores pensando exclusivamente em seus salários. Os produtores sabem que as plateias médias do mundo afora pedem comédias carregadas de obviedades, piadas escatológicas, situações não tão complexas, de fácil digestão. Algo que acompanhe uma pipoca banhada de manteiga e um mega copo de refrigerante. E é com a mão engordurada que essa platéia costuma aplaudir filmes como esse no final. O que deveria ser divertido, vira uma coisa deprê, vendo grandes atores escolhendo filmes pela grana. Melhor aposentar.
Allen adaptando Um Bonde Chamado Desejo sem grande sucesso. O filme se perde em um roteiro preguiçoso e sem unidade. Cate Blanchett até se enforça pra fazer um Blanche moderna. E até consegue uma boa interpretação, mas não dá pra comparar com a Vivian Leigh. O restante do elenco é tão ruim, que ela consegue se destacar com facilidade. E o tal do Cannastraovale de Marlon Brando, definitivamente, não dá.
Clássico suspense policial, que na realidade é um estudo de personagens derrotados querendo uma vingança social na figura de um milionário poderoso, possível assassino frio e calculista. Texto incrível, com uma atuação memorável do John Heard.
Filmaço clássico. A abertura estilo Operação França engana. O filme é bem humorado, com diálogos clássicos e politicamente incorretos. Coisa rara hoje em dia. Matthau de saco cheio em fazer um tour com o pessoal do metrô japonês e chamando-os de "monkeys" acreditando que eles não entendiam nem falavam inglês, e recebendo um obrigado deles, dá o tom hilariamente incorreto do filme. Outra coisa no mínimo genial e colocar todos no comando do metrô falando como ítalo-americanos, possíveis moradores de New Jersey. É como se a família Soprano administrasse o metrô novaiorquino. Elenco impecável, direção segura mantendo o ritmo do filme. O duelo Shaw/Matthau é clássico. Quando alguém no comando pergunta se o Shaw é inglês, que sotaque, Matthau responde que deveria ser inglês ou era um "fruitcake". No caso do remake, com o Travolta fazendo o papel do Shaw, dá pra ficar com a segunda opção.
Obsessão
3.0 466Lee Daniels, o queridinho da Oprah, levou uma tremenda vaia em Cannes com esse paperboy, que ele fez questão de adaptar, destruindo todas as qualidades do livro. No livro, conhecemos os fatos pelas lembranças de Jack James. Lee fez questão de colocar a amiga Macy Gray pra relembrar os acontecimentos. Só que ela é um personagem secundário no livro, não vive os fatos. Zac Efron, fraco, sem profundidade para o papel. Limitações do ator ou falta de direção. Resto do elenco é bom mas mal dirigido, lidando com um roteiro falho, caricato, previsível.
De Crápula a Herói
4.2 12Atuação espetacular do De Sica como um golpista em uma Itália ocupada pela Alemanha nazista. Quando se passa por Grimaldi ou Bardone, ele não se preocupa com nada a não ser com sua existência. Como Della Rovere, a realidade da nação fala mais alto e ele como em todo bom filme neo-realista, vai para o sacrifício. Uma maneira de recuperar a honra, a ética, simbolizando o resgate de uma nação.
Escalado para Morrer
3.0 37 Assista AgoraUm filme do Clint bastante divertido, com uma fotografia incrível, bons diálogos e um suspense final ,no Eiger, bastante convincente. O treinamento no Arizona é incrível, com tomadas em que o Clint aparentemente dispensou o dublê e realizou ele mesmo. Em uma das cenas, chega a escorregar o apoio de uma das mãos, possivelmente esfolando a palma dela. Isso confere um certo realismo bastante interessante, perdido nas produções atuais. Hoje é tudo na tela verde. Música marcante do John Williams.
Chuva Negra
3.5 138 Assista AgoraMullet Douglas no Japão fazendo um daqueles policiais durões da década de 80 em um filme bem realizado pelo Ridley Scott. A parte técnica dos filmes do Scott é sempre impecável. A química do trio principal é muito boa. Andy Garcia no karaokê com o Takakura cantando Ray Charles vale o filme.
Última Viagem a Vegas
3.5 502 Assista AgoraHollywood continua maltratando grandes atores, que depois dos 60, 70 anos, só conseguem partes em filmes de quinta categoria. Last Vegas é uma comédia preguiçosa, muito mal escrita, com os atores pensando exclusivamente em seus salários. Os produtores sabem que as plateias médias do mundo afora pedem comédias carregadas de obviedades, piadas escatológicas, situações não tão complexas, de fácil digestão. Algo que acompanhe uma pipoca banhada de manteiga e um mega copo de refrigerante. E é com a mão engordurada que essa platéia costuma aplaudir filmes como esse no final. O que deveria ser divertido, vira uma coisa deprê, vendo grandes atores escolhendo filmes pela grana. Melhor aposentar.
Blue Jasmine
3.7 1,7K Assista AgoraAllen adaptando Um Bonde Chamado Desejo sem grande sucesso. O filme se perde em um roteiro preguiçoso e sem unidade. Cate Blanchett até se enforça pra fazer um Blanche moderna. E até consegue uma boa interpretação, mas não dá pra comparar com a Vivian Leigh. O restante do elenco é tão ruim, que ela consegue se destacar com facilidade. E o tal do Cannastraovale de Marlon Brando, definitivamente, não dá.
Caso de Assassinato
3.2 7 Assista AgoraClássico suspense policial, que na realidade é um estudo de personagens derrotados querendo uma vingança social na figura de um milionário poderoso, possível assassino frio e calculista. Texto incrível, com uma atuação memorável do John Heard.
O Sequestro do Metrô
3.8 44 Assista AgoraFilmaço clássico. A abertura estilo Operação França engana. O filme é bem humorado, com diálogos clássicos e politicamente incorretos. Coisa rara hoje em dia. Matthau de saco cheio em fazer um tour com o pessoal do metrô japonês e chamando-os de "monkeys" acreditando que eles não entendiam nem falavam inglês, e recebendo um obrigado deles, dá o tom hilariamente incorreto do filme. Outra coisa no mínimo genial e colocar todos no comando do metrô falando como ítalo-americanos, possíveis moradores de New Jersey. É como se a família Soprano administrasse o metrô novaiorquino. Elenco impecável, direção segura mantendo o ritmo do filme. O duelo Shaw/Matthau é clássico. Quando alguém no comando pergunta se o Shaw é inglês, que sotaque, Matthau responde que deveria ser inglês ou era um "fruitcake". No caso do remake, com o Travolta fazendo o papel do Shaw, dá pra ficar com a segunda opção.