O que mais me chocou nesse documentário foi ver que muitas das lorotas vendidas por esse casal estão sendo propagadas na Internet nesse exato instante. Não é uma realidade geograficamente distante, como as seitas coreanas da série "Em Nome da Fé" (também na Netflix), ou algo relativamente circunscrito a uma região do nosso país, como os casos de abusos do João de Deus, cometidos no local onde ele atendia. São pseudoideias acessíveis a um toque do celular, como essa história de "energia feminina e energia masculina", "bênção do útero", "conquiste seu primeiro milhão antes dos 30", "domine a lei da atração", etc. Não é uma coincidência que a maioria das fiéis a essas seitas sejam mulheres, devido a toda a nossa criação voltada à ideia de que a única maneira de realização pessoal seria o casamento, como a Priscila falou aqui embaixo. Racionalmente, acho que muitas das vítimas chegavam a externalizar que sentiam que algo estava errado, mas, no auge do desespero e sem uma rede de apoio externa, continuavam sendo presas fáceis desse tipo de gente. O pior de tudo é que, até onde sei, a responsabilização legal nesse tipo de caso é precária, porque esses profissionais não se submetem a nenhuma instância de controle do comportamento (como um CRP no caso dos psicólogos). É surreal. Nessa vida, devemos sempre desconfiar de caminhos fáceis e soluções milagrosas.
Vou dar 3 estrelas, vai. Também achei a edição horrível e não gostei da forma como a história foi apresentada, fora da ordem cronológica (não li o livro, então não tenho como opinar sobre a adaptação da história para o cinema, mas esse vai e vem atrapalhado de cenas do passado e presente não ficou legal).
Não acho que se trate de escolher quem ela ama mais ou menos, ou escolher somente um estilo de vida. Se fôssemos analisar a coisa só pela perspectiva romântica, para mim está claro que a intensidade do sentimento que ela teve pelo marido (Jesse) foi muito maior. A questão é que a jornada interior que ela teve que fazer ao vivenciar o luto pela perda dele fez com que ela repensasse as escolhas que fez no passado e se tornasse uma outra mulher. A rebeldia que ela tinha na adolescência/início da vida adulta, renegando a cidade natal e a profissão dos pais, combinava muito bem com o estilo aventureiro do Jesse. Só que, ao perdê-lo, ela pôde voltar às raízes, se recuperar e se reencontrar. E, nessa nova versão de si mesma, ela fez a escolha de assumir a livraria, ficar permanentemente na cidade natal. E isso tudo "casou" com o estilo de vida do Sam e ela reencontrou a felicidade na vida afetiva, talvez não com aquele amor intenso que sentia pelo Jesse, mas um amor que soube acolhê-la em toda a sua inteireza. E o diálogo final entre ela e o Jesse é perfeito: não somos pessoas prontas e acabadas, sempre "certas" e compatíveis com nossos parceiros. É preciso que os dois mantenham essa compatibilidade ao longo do tempo, embora nem sempre a vida nos leve para a mesma direção. É meio frustrante para quem foi criado na expectativa do amor romântico (me enquadro nisso, kkkk), mas é muito bonito. O amor não morre nem foi menos real só porque a relação acabou. Os aprendizados continuam ali, o amor e a gratidão pelas experiências vividas permanecem.
Passei mais de um ano procurando por esse filme em todos os cantos e somente agora que ele entrou na Amazon Prime é que pude assisti-lo. Posso dizer que valeu a pena a espera. O filme é um primor em todos os sentidos: grandes atuações do elenco (destaque para Tony Leung e Tang Wei), trilha sonora belíssima, boa ambientação de época e evolução das personagens. Funcionou muito bem o misto de cenas explícitas e sutilezas não ditas através dos olhares, gestos e simbologias, foi isso que tornou “Desejo e perigo” tão cativante para mim. A única ressalva que tenho a fazer é que a primeira parte em Hong Kong foi desenvolvida com muito mais detalhes do que a segunda em Shangai, sendo que esta, contraditoriamente, é o ápice do filme, o momento em que a ação decisiva realmente se desenrola. Quanto ao modo como as coisas se encaminharam no final, sinceramente, não vejo como poderia ter sido diferente. A personagem Wang Jiazhi poderia ser resumida em uma palavra: desamparo, o qual fica subentendido em uma das falas dela quando se queixa de seu vazio existencial.
O pai a deixou à míngua, a mãe morreu, a tia parecia não se importar muito com ela, o colega estudante que poderia ter sido o seu par romântico não tomou uma atitude quando deveria, e mesmo que a missão tivesse se completado a contento, que garantias ela teria de que realmente conseguiria ir à Inglaterra e recomeçar sua vida? Nenhuma (pelo menos é o que pareceu na cena em que eles conversam com o Velho Wu).
O que sobrou para ela foi o afeto, ainda que autoritário e abusivo, do Mr. Yee, e esse é um dos motivos pelos quais ela encarna à perfeição o seu jogo duplo como Mak Tai Tai. Algo interessante que observei é que,
mesmo tendo traído seus companheiros e salvado Mr. Yee, ela opta por não se suicidar tomando aquele comprimido e decide morrer junto com eles no penhasco.
De todos os filmes do Almodóvar que assisti, este foi um dos mais fracos em minha opinião. Vou me somar aos comentários anteriores que notaram a falta de uma amarração melhor entre o drama das personagens e o pano de fundo histórico da Guerra Civil espanhola. Ok, quem já leu um pouco sobre o conflito deve saber que muitos bebês de prisioneiras republicanas foram retirados de suas mães e enviados para serem criados por """famílias de bem""" franquistas, mas a meu ver essa relação ficou forçada e não ficou suficientemente evidente para o público, sobretudo para o público estrangeiro. Para quem assistiu ao documentário "El silencio de otros" (2018), que fala sobre questões de memória histórica no pós-ditadura franquista, e foi produzido pelo próprio Almodóvar, ficou muito evidente que algumas cenas foram simplesmente copy e cola do documentário. Isso me incomodou bastante, por isso o filme ficou bem aquém das minhas expectativas.
Acabo de terminar Tiempos de guerra um pouco triste, quando comecei a assistir não imaginava que me afeiçoaria tanto aos personagens. O contexto de guerra faz aflorar o que há de melhor e pior no ser humano; impossível não notar o contraste entre a abnegação das protagonistas (que, mesmo sendo privilegiadas e com motivações pessoais diversas, escolheram deixar seu conforto para trás para trabalhar naquele caos) e a corrupção generalizada no exército. Há contraste também entre as cenas de sangue e o horror da guerra e as cenas de amor, delicadeza e textos tão lindos (chorei com aquele artigo do Alejandro sobre os "Anjos"/enfermeiras, com a
carta de despedida da Susana, a carta do Pedro antes de ir novamente ao front e perder a vida, e por fim a carta da Carmen ao acabar a série
). Já analisando os personagens,pessoalmente, não gostei muito da protagonista, acho a Amaia Salamanca muito sem sal (pareceu uma repetição do papel dela em Gran Hotel), e também detestei o casal que ela fez
com o Fidel, foi muito do nada esse encanto entre os dois. Preferia ela com o Andrés, faziam um casal mais bonito em minha opinião
. Minha personagem preferida foi sem dúvida a Pilar, adorei a mescla de força e vulnerabilidade que ela tem, sempre com um coração enorme apesar das porradas que sofreu no amor. Uma parte de mim queria muito que ela
recomeçasse a vida com o Alejandro, um cara disponível, gato e interessante e que se encantou por ela
, mas outra parte minha amava vê-la com o Luís, meu casal preferido na série, a química entre os dois foi perfeita, sem contar o timing de comédia, funcionou bem demais essa parceria entre o Cristóbal Suárez e a Veronica Sánchez. Outros destaques foram a Magdalena, tão doce e tão decidida ao mesmo tempo, a Veronica (gostaria de ter visto mais dela, mulher forte e corajosa),o Larbi, fiel até as últimas consequências, o Guillermo (sempre ria com as aparições dele, não deixo de pensar em como o sotaque gallego as vezes se parece com o português), o Andrés (Julia, se você não quer, eu quero kkkkkk), a Carmen...enfim, todos tiveram seu lugar na trama. Só lamento muito o desfecho que a série teve. O final infelizmente é inconclusivo e me parece que foi de propósito, pois queriam ver a reação do público, se houvesse espaço fariam uma segunda temporada, porém lamentavelmente não houve (a série concorria com As telefonistas, lançada mais ou menos na mesma época). Resta a nós rever os episódios e desfrutar dessa história tão envolvente.
É difícil inovar com a temática da Segunda Guerra Mundial, por sempre haver vários filmes que tratam desse evento sob ângulos diferentes, mas este é realmente muito bom. Excelentes atuações, especialmente por parte dos protagonistas holandeses (Teunt, seu pai médico e o soldado Marinus). Várias cenas foram extremamente realistas e tensas, como a
que o Will e o Marinus se encaram, ambos exaustos, lutando pela vida, mas dilacerados por dentro. Outra cena que me impactou foi quando o Marinus está prestes a morrer e caem as lágrimas enquanto a moça está ajudando ele. Mais uma vez, grandes atores
Acho que em relação à trama do casal principal, gostei mais da primeira temporada (principalmente depois daquelas cenas de perseguição do último episódio, quase morro do coração kkkk). No entanto, o desenvolvimento dos personagens secundários aqui me agradou bastante, principalmente o plot da Nina. adoro ela!! O que mais admiro na personagem é justamente aquilo que o Oleg falou, é uma mulher que não tem ninguém influente para defendê-la, precisa se valer da inteligência e da beleza que possui. Os malabarismos que ela faz para sobreviver fazem com que ela se torne mais humana aos olhos do espectador.
Acho o romance dela com o Stan muito nada a ver, mas gosto muito dela com o Oleg (convenhamos, que homem kkkkk) , queria que eles ficassem juntos e acho que ele se apaixonou por ela mesmo.
Fui pesquisar mais sobre a vida da atriz e olha, que mistura kkkk se não me engano é filha de um indiano com uma russa, nasceu no Afeganistão e fala uns seis ou sete idiomas.
o Jared matou os pais e a irmã, caramba, eu fiquei em choque. Até vim aqui ver os comentários pra ver se tinha entendido direito.Ainda assim, por mais chocante que seja, imagino que não seja algo inverosímil na história, não só soviética... em se tratando de qualquer ideologia, a coisa pode subir à cabeça da pessoa, sobretudo sendo um adolescente. Sem contar quem usa a ideologia para alimentar suas próprias neuroses e tiranias...
Quero saber o que vai acontecer em relação à Paige na próxima temporada!!
Cara, eu gostei da série. Assisti pensando apenas em passar o tempo com um pastelão soft porn e de fato, as atuações não são grande coisa (principalmente a do ex canastrão), mas me peguei refletindo em mil coisas depois que terminei o último episódio. Concordo que se tivessem tirado os últimos cinco minutos, teria sido um final mais digno.
Se ela mesma sabe e ouviu do próprio psicólogo que o sexo raramente é apenas sobre sexo, e se ela sabe que tem sentimentos profundos por esse ex, por que cargas d’água ela vai voltar pro cara pra transar e diz que aquilo não significa nada? E o pior, poderiam ter explorado o relacionamento aberto, desde que com um acordo prévio, mas ela continua no padrão de ter zero diálogo com o marido, que apesar de ter seus vacilos, está disposto a melhorar as coisas.
Cagaram tudo ali. Concordo com quem disse aqui embaixo que shippa a Billie com uma terapia. Aliás, ela deveria ter procurado uma terapia desde que terminou com o Brad, pra entender quem ela era de verdade, o que ela queria da vida e como compatibilizar o lado selvagem e aventureiro dela com o sonho de construir uma família. Obviamente, uma das duas facetas vai prevalecer, não dá pra ter tudo na mesma intensidade ao mesmo tempo, mas em vez de ficar com alguém tão quadrado e “sem nenhum defeito” como o Cooper, por que não procurar outra pessoa mais aventureira, mas que não fosse tão tóxico e escroto quanto o Brad? Será que não seria possível um meio termo? Em vez disso ela embarca de cabeça no relacionamento com o Cooper, envergonhada do passado dela e querendo esconder quem ela era de verdade, se anulando como pessoa e tentando encaixar numa vida de comercial de margarina. Ela amava mesmo o Cooper ou ela amava a segurança que ele proporcionava em todos os sentidos (como pai, como marido e como profissional com estabilidade financeira)? Porque para mim, ela sonhava com todas essas coisas (sexo, aventura, casamento e filhos) com o Brad, isso fica claro na primeira cena do último episódio quando ela imagina a vida que poderia ter tido. Não tendo isso com o Brad, ela projeta em outro cara.
que ela terminasse sozinha, sinceramente, para entender o que ela quer da vida, já que o passo mais importante, a autoanálise honesta, ela não fez no momento que deveria ter feito.
A melhor personagem é a Sasha, que tem muito mais inteligência emocional e vive a vida dela de acordo com os valores dela: carreira, aventura, liberdade, pensando muito bem antes de se envolver. Moral da história: conhece-te a ti mesmo antes de envolver os outros em lixo emocional e faça terapia. PS: Uma estrela inteira vai pra trilha sonora, que é show.
Gostei muito da série, me prendeu do começo ao fim apesar dos eventuais furos. Como já falaram aqui, também gostaria que tivessem explorado algumas coisas que ficaram soltas, como por exemplo,
o passado mal contado daquela Irmã Irene (que diabo ela fazia na Colômbia e qual a relação dela com a mãe da Emma?) e o que e quem a Coronel Prieto estava tentando acobertar. Me parece muito inverossímil que com aquelas centenas de nomes de gente importante, ninguém tenha tentado matar a Detetive Ortiz ou mais outra pessoa da equipe de investigação. Nesse ponto às vezes a arte imita a vida, basta lembrar do caso Jeffrey Epstein e quanta gente importante está metida nisso e não teve punição alguma até hoje
. A personagem que mais sofreu foi a da Kimmy sem dúvidas (a atriz está maravilhosa no papel, principalmente
quando ela ressurge toda acabada, emagrecida e deprimida naquela boate de quinta. Com aqueles olhares vazios ela faz o sofrimento da personagem ser palpável
. Outro ponto que achei incrível na série é a trilha sonora. Por tudo isso acho que vale as cinco estrelas.
A primeira vez que ouvi falar sobre The Americans foi há uns cinco ou seis anos, quando achei os opening credits no Youtube e achei simplesmente sensacional a forma como eles contrapõem os símbolos da URSS e dos EUA de forma visualmente impecável. Demorei todo esse tempo para começar a assistir e só não me arrependo disso porque agora que a série já acabou e está integralmente na Amazon Prime, vou conseguir ver sem precisar esperar. Vou fazer coro a todos os comentários aqui embaixo: que série maravilhosa. Há muito tempo algo não me prende assim, sobretudo porque de alguma maneira miraculosa eu consegui me safar de todos os spoilers até hoje, o que torna as surpresas e reviravoltas mais emocionantes de acompanhar. É realmente uma pena não ser mais conhecida.
Agora falando sobre a temporada em si, eu tinha algumas expectativas que terminaram sendo contrariadas pelo rumo que a série tomou:
Achava que Amador sobreviveria mais tempo na série e protagonizaria mais cenas de ação como o parceiro do Stan. Eu gostava dele até, menos aquela enrolação lá com a Martha;
-Por falar em Stan, que p*ta burrada se envolver com a Nina hein...pra você ver que até os melhores agentes de inteligência podem fazer merda por carência.
-Eu achava que a Nina duraria pouquíssimo na série e o Vlad ficaria mais tempo, errei feio hehe. Mas tô amando a participação dela, e que atriz linda!
É claro que existem defeitos que a gente observa, como alguns disfarces bastante malfeitos e bregas kkkk, a estupidez absurda da Martha (olha os efeitos da carência aqui de novo), imperdoável para uma funcionária do FBI e alguns furos
(tipo quando a Claudia mata aquele cara lá que ordenou a morte do Zhukov, aquilo ficou por isso mesmo? ).
Sem contar o que já falaram aqui embaixo, os filhos nunca estranham a rotina deles? Como que eles falam aquele inglês totalmente livre de sotaque que ninguém desconfia? Surreal né, quando se aprende um idioma na idade adulta a coisa mais difícil é conseguir uma pronúncia totalmente equivalente a de um nativo...mas enfim, tudo isso não diminui em nada a qualidade da série a meu ver. Ainda acrescentaria um bônus: para quem aprende russo ou gosta da sonoridade do idioma, essa série é um prato cheio, quando assisto, quero logo que vão pras cenas na Rezidentura ou que passe algum flashback na URSS, kkkkk.
Não gosto muito do gênero zumbi, então fui praticamente sem expectativas a não ser passar o tempo e ver se valia a pena todo esse hype por ser um filme do Snyder. É uma lambança de mais de duas horas de duração? É. Diversas falhas de roteiro e decisões estúpidas dos personagens? Sim. Mas concordo com quem disse aqui nos comentários que se você assiste só por ver um entretenimento barato, é passável. E ainda dá pra dar uma viajada pensando em como realmente se iniciou a epidemia (aliens na Área 51 pra variar??), qual o sentido daquela conversa de filosofia/"física quântica" 101
depois que o Vande aterrisar na Cidade do México (continuo sem entender como ele foi mordido, mas ok).
. Por mim já valeu a pena pelo elenco masculino que tem homi para todos os gostos, com destaque para os lindos Raúl Castillo (Guzmán), Matthias Schweighöfer (Dieter, adorei ele) e Omari Hardwick (Vanderohe) servindo muito descamisado no deserto.
Essa série causa um mal-estar tremendo exatamente por sabermos que é um retrato de uma realidade perversa e palpável em muitos lugares do mundo. O que achei interessante, além de todos os detalhes que já foram mencionados nos comentários, foram as referências a outros conflitos armados da história recente que trouxeram dores e consequências sentidas até hoje, por ex:
a Fatima fala em uma determinada cena que seu pai esteve na guerra da Bósnia e o pai alcóolatra da Kerima teria estado no conflito da Chechênia, se não me engano.
morte totalmente desnecessária da Dolores, que estava no lugar e na hora errada. E claro, também sofri demais com a morte da Pervin depois de toda aquela luta para voltar com a filhinha.
Na dúvida entre torcer por uma segunda temporada depois das pontas soltas deixadas no último episódio ou simplesmente aceitar aquele final dilacerante. Caso haja uma segunda temporada, ficam vários questionamentos:
Será que pegam o Ibbe? A Fatima volta pra polícia? E a Sulle, como fica depois daquela morte horrível da amiga? A Lisha eu tenho quase certeza que matam ali mesmo em Raqqa, mas o desenvolvimento da Sulle depois de tudo isso seria interessante de acompanhar.
Concordo com a maioria dos comentários aqui de que essa temporada final foi a mais arrastada de todas, mas até que nos cinco últimos episódios a coisa foi tomando fôlego e me empolguei novamente. Pra mim,
a cena final do confronto entre Diego/Adrián e Jesús/Samuel valeu a temporada inteira, reconstrução muito bem feita, dois atores incríveis e aquele cenário espetacular da praia ao fundo.
Amei a personagem da Maitê, uma pena não a terem introduzido nas temporadas anteriores. Mil vezes mais interessante, inteligente e bonita do que Alicia.
Cheguei a torcer por ela e Júlio kkkk achei que eles tiveram mais química do que o casal principal, embora ache nada a ver ela se apaixonar pelo boy da amiga.
Queria tê-la visto atuando mais profissionalmente como advogada, achava que
o caso do Andrés seria levado a julgamento e que ela faria uma defesa super bem elaborada.Preferiria que ela tivesse tido um outro final também, ela tendo sucesso profissional primeiro (nos limites do que a época permitia, né) e só então encontrando um par romântico, outra pessoa que não fosse Andrés. Também achei o casal forçado, e achei um final muito convencional para uma personagem tão independente.
não achei tão improvável o Andrés voltar com a Belén não, ele era muito besta kkkk e realmente amava muito ela, embora no final o que a Dona Ângela falou estivesse certo: ele na verdade estava apaixonado pelas lembranças que teve com Belén,o filho,os planos que tinha feito, etc. Só não entendi o porquê de não terem mostrado mais nada da Camila, eles formavam um casal lindo e ela combinava bem mais com ele em personalidade do que Maitê. Tinham que ter terminado juntos!
Apesar de tudo, é uma série incrível e muito envolvente.
don Ernesto foi embora? Caíram umas lágrimas kkkk descobri que o ator faleceu e não puderam dar continuidade à história dele na série. Uma pena, queria que ele terminasse com Dona Angela.
Fora isso, também detesto Belén (interesseira demaisss) e não consigo me decidir entre Julio e Andrés kkkkk ambos lindos. Amei o personagem da Camila, muito meiga e atriz belíssima,
. Gosto da Alicia, mas acho ela meio sem sal às vezes e não vejo essa química toda entre os dois. Acho que é porque depois de ver Yon González atuando com Blanca Suárez em outras séries e filmes, com a química absurda que os dois têm, é difícil se acostumar com outros pares românticos. Começando hoje a terceira temporada!
Chocada em Cristo com esse final horroroso. A série já tinha perdido sua tônica original há muito tempo, o foco saiu do feminismo para ficar no dramalhão, nas indecisões da protagonista, nas fugas espetaculares, na entrada e saída de personagens do nada, nas situações que não tinham explicação alguma. Mas a gente assistia porque se encantou pelos personagens. A questão é que se fosse pra ser fantasioso, que fosse do início ao fim. Tivemos todos os tipos de milagre: -a Lídia caindo do prédio e sobrevivendo; -CARMEN VIVA (!!!!); -Francisco saindo do coma num dia e correndo e destruindo parede da prisão no outro; -Todo mundo fugindo da prisão no final da quarta e ninguém nunca foi pego; Dentre tantos outros. Aí me vem com um final
onde todas morrem depois de DO NADA darem uma droga pros policiais pra todo mundo dormir
e vem me dizer que isso é a vida real, que tinha que ser realista? Eu hein. Segura sua marimba até o fim, eu queria um final feliz se era pra ser assim doido desde o começo, de triste já basta a vida.
Acho que a história do filme faz mais sentido quando se lê o livro no qual o roteiro foi livremente baseado, “La Princesse de Clèves”. As situações do livro, que é ambientado no século XVI, foram transpostas bem fielmente ao filme até...claro que numa adaptação aos tempos modernos. O que achei mais interessante lendo o livro, e depois vendo o filme, é que não importa a época, os dilemas humanos são na essência os mesmos: conflito entre desejo e dever, ciúmes, rivalidades, intrigas e paixões. Concordo com alguns dos comentários que vi aqui de que a decisão da Junie ao final foi libertadora, apesar de dar aquela dorzinha no coração por não vermos os personagens consumarem seu desejo.
O filme realmente é fiel à época: figurino, iluminação, ambientação, tudo condiz com a Holanda do século XVII e, nesse sentido ( mas apenas nesse) se mantém fiel ao livro. Gostei também das atuações, principalmente dos protagonistas Scarlet Johansson e Colin Firth, que, apesar dos poucos diálogos entre si, expressam milhares de emoções através do olhar. O único ponto em que o filme errou feio na minha opinião foi ter cortado 80% do que ocorre no final do livro:
dez anos depois, Griet casada com o filho do açougueiro, recebendo a título de última vontade de Vermeer os brincos de pérola, dois meses após sua morte. Seria muito mais crível do que a Tanneke entregando de mão beijada os brincos da patroa.
Realmente não entendi o porquê dessa alteração tão drástica( e sem sentido) do fechamento da obra, que vale a pena ser lida para quem gostou do filme.
O filme está na íntegra no Youtube, ainda que sem legendas. É narrada a história de Charlotte Corday do momento em que começa a planejar o assassinato de Marat até a última cena
na qual se prepara para ser levada rumo à execução pela guilhotina na Place de la Révolution, atual Place de la Concorde, em Paris
. É inegável que a obra toma partido de Corday, mostrando sua face mais humana e suas convicções firmes. Pessoalmente, também a admiro por seus ideais de oposição ao radicalismo revolucionário,sua coragem de falar publicamente sobre suas ideias numa época em que a mulher sequer era considerada um ser pensante. No entanto, me questiono se o assassinato não teria, de certa forma, deslegitimado sua pretensão (
mesmo porque outros girondinos foram executados por suas ligações, supostas ou não, com ela, e Marat virou praticamente um mártir, não tendo o Terror terminado como Corday gostaria
. ). Será que os fins justificariam os meios, nesse caso? Gostaria que tivesse sido explorada um pouco da infância/adolescência dela também. Fora disso, é uma boa obra, fiel à linguagem da época e com boa caracterização dos atores. E que surpresa encontrar Raphaël Personnaz no elenco como Camille Desmoulins!
ele,ainda garoto, tenta sair da Cidade Proibida(''open the doors!!'') e é impedido e, muitos anos depois, se vê trancafiado novamente
. Destaque para R.J, o tutor britânico. '' A matter of words, perhaps,but words are important. If you cannot say what you mean, Your Majesty, you'll never mean what you say. And a gentleman should always mean what he says.'' Nunca vou me esquecer desse trecho,nem da pessoa que me fez conhecer esse filme. Um grande obrigado a ela, seja onde estiver agora.
"Enquanto meu corpo já está se incendiando pela tua lembrança, gostaria de rever Nevers.[...] Uma noite longe de ti, e eu esperava o dia como uma libertação. Um dia sem seus olhos, e ela a morrer, garotinha de Nevers, fugitiva de Nevers. Um dia sem suas mãos, e ela crê no desespero do amar, garotinha boba, morta de amor em Nevers. [...] Como por ele, o esquecimento começará pelos teus olhos. Igual. E como por ele, o esquecimento atingirá tua voz. Igual. E como por ele, ele triunfará sobre você inteiramente, pouco a pouco. Tu te transformarás numa canção."
Também esperava BEM mais desse filme.O começo é interessante, com toda aquela tensão no palácio; ninguém sabia no que daria o ódio popular, e logo instaura-se um clima de ''salve-se quem puder''...Figurinos lindos e ótimas atrizes(Léa Seydoux e Diane Kruger), mas o argumento é fraco demais para embalar o filme todo. Quem nunca leu nada sobre Maria Antonieta sai com a ideia fixa
Intensamente sensorial e poético...Nada no filme é vulgar ou apelativo, todas as cenas estão encaixadas num contexto! A fotografia é maravilhosa,a música idem. Atores excelentes.Foi uma das histórias de amor mais bonitas que já vi, tão inusitada quanto tocante! Dá vontade de analisar minuciosamente cada personagem. O chinês é,em certa medida,mais que um amante para a jovem garota; ele acaba sendo também um pai, alguém que a protege,a alimenta,a veste.Em vários momentos me emocionei, mas destaco cinco cenas:
1. Quando ela beija o vidro do carro,ao vê-lo na porta da pensão.É um misto de inocência e curiosidade de uma menina sofrida que queria se libertar de toda aquela opressão familiar; 2. Quando ela perde a virgindade e ele a lava e pergunta se a tinha machucado, se ela está triste...E ela: ''Sempre pareço triste.'' É de partir o coração! 3.Quando eles estão vendo o pôr-do-sol e podemos ouvir a voz da narradora ao fundo: ''Naquele momento,soube que iria escrever sobre a ruína da minha mãe,sobre vergonha,desonra...'' 4.Quando o navio que a levaria à França zarpa e ela consegue ver o carro dele...Ela imediatamente coloca-se na mesma posição em que estava no barco,da primeira vez em que se viram! E o que a narradora diz só contribui para a emoção da cena...Chorei de soluçar. 5.A valsa de Chopin e o choro dela ao se dar conta de que não era só dinheiro.Era claro que não poderia haver um futuro juntos,eles nem cogitavam isso,mas a intensidade do encontro deixou uma marca profunda na vida de ambos,coisas que o destino não explica!
Virou um favorito instantâneo.Ah, não posso deixar de concordar com algumas opiniões que já li por aqui: esse chinês supera muito galã de Hollywood, realmente muito bonito!!
Fugindo do Twin Flames
3.4 35Um adendo: os depoimentos das mães foram absolutamente de cortar o coração.
Fugindo do Twin Flames
3.4 35O que mais me chocou nesse documentário foi ver que muitas das lorotas vendidas por esse casal estão sendo propagadas na Internet nesse exato instante. Não é uma realidade geograficamente distante, como as seitas coreanas da série "Em Nome da Fé" (também na Netflix), ou algo relativamente circunscrito a uma região do nosso país, como os casos de abusos do João de Deus, cometidos no local onde ele atendia. São pseudoideias acessíveis a um toque do celular, como essa história de "energia feminina e energia masculina", "bênção do útero", "conquiste seu primeiro milhão antes dos 30", "domine a lei da atração", etc. Não é uma coincidência que a maioria das fiéis a essas seitas sejam mulheres, devido a toda a nossa criação voltada à ideia de que a única maneira de realização pessoal seria o casamento, como a Priscila falou aqui embaixo. Racionalmente, acho que muitas das vítimas chegavam a externalizar que sentiam que algo estava errado, mas, no auge do desespero e sem uma rede de apoio externa, continuavam sendo presas fáceis desse tipo de gente. O pior de tudo é que, até onde sei, a responsabilização legal nesse tipo de caso é precária, porque esses profissionais não se submetem a nenhuma instância de controle do comportamento (como um CRP no caso dos psicólogos). É surreal. Nessa vida, devemos sempre desconfiar de caminhos fáceis e soluções milagrosas.
Amor(es) Verdadeiro(s)
2.7 69 Assista AgoraVou dar 3 estrelas, vai. Também achei a edição horrível e não gostei da forma como a história foi apresentada, fora da ordem cronológica (não li o livro, então não tenho como opinar sobre a adaptação da história para o cinema, mas esse vai e vem atrapalhado de cenas do passado e presente não ficou legal).
No entanto, gostei da mensagem, por assim dizer.
Não acho que se trate de escolher quem ela ama mais ou menos, ou escolher somente um estilo de vida. Se fôssemos analisar a coisa só pela perspectiva romântica, para mim está claro que a intensidade do sentimento que ela teve pelo marido (Jesse) foi muito maior. A questão é que a jornada interior que ela teve que fazer ao vivenciar o luto pela perda dele fez com que ela repensasse as escolhas que fez no passado e se tornasse uma outra mulher. A rebeldia que ela tinha na adolescência/início da vida adulta, renegando a cidade natal e a profissão dos pais, combinava muito bem com o estilo aventureiro do Jesse. Só que, ao perdê-lo, ela pôde voltar às raízes, se recuperar e se reencontrar. E, nessa nova versão de si mesma, ela fez a escolha de assumir a livraria, ficar permanentemente na cidade natal. E isso tudo "casou" com o estilo de vida do Sam e ela reencontrou a felicidade na vida afetiva, talvez não com aquele amor intenso que sentia pelo Jesse, mas um amor que soube acolhê-la em toda a sua inteireza. E o diálogo final entre ela e o Jesse é perfeito: não somos pessoas prontas e acabadas, sempre "certas" e compatíveis com nossos parceiros. É preciso que os dois mantenham essa compatibilidade ao longo do tempo, embora nem sempre a vida nos leve para a mesma direção. É meio frustrante para quem foi criado na expectativa do amor romântico (me enquadro nisso, kkkk), mas é muito bonito. O amor não morre nem foi menos real só porque a relação acabou. Os aprendizados continuam ali, o amor e a gratidão pelas experiências vividas permanecem.
Desejo e Perigo
3.9 108 Assista AgoraPassei mais de um ano procurando por esse filme em todos os cantos e somente agora que ele entrou na Amazon Prime é que pude assisti-lo. Posso dizer que valeu a pena a espera. O filme é um primor em todos os sentidos: grandes atuações do elenco (destaque para Tony Leung e Tang Wei), trilha sonora belíssima, boa ambientação de época e evolução das personagens. Funcionou muito bem o misto de cenas explícitas e sutilezas não ditas através dos olhares, gestos e simbologias, foi isso que tornou “Desejo e perigo” tão cativante para mim. A única ressalva que tenho a fazer é que a primeira parte em Hong Kong foi desenvolvida com muito mais detalhes do que a segunda em Shangai, sendo que esta, contraditoriamente, é o ápice do filme, o momento em que a ação decisiva realmente se desenrola. Quanto ao modo como as coisas se encaminharam no final, sinceramente, não vejo como poderia ter sido diferente. A personagem Wang Jiazhi poderia ser resumida em uma palavra: desamparo, o qual fica subentendido em uma das falas dela quando se queixa de seu vazio existencial.
O pai a deixou à míngua, a mãe morreu, a tia parecia não se importar muito com ela, o colega estudante que poderia ter sido o seu par romântico não tomou uma atitude quando deveria, e mesmo que a missão tivesse se completado a contento, que garantias ela teria de que realmente conseguiria ir à Inglaterra e recomeçar sua vida? Nenhuma (pelo menos é o que pareceu na cena em que eles conversam com o Velho Wu).
mesmo tendo traído seus companheiros e salvado Mr. Yee, ela opta por não se suicidar tomando aquele comprimido e decide morrer junto com eles no penhasco.
Mães Paralelas
3.7 411De todos os filmes do Almodóvar que assisti, este foi um dos mais fracos em minha opinião. Vou me somar aos comentários anteriores que notaram a falta de uma amarração melhor entre o drama das personagens e o pano de fundo histórico da Guerra Civil espanhola. Ok, quem já leu um pouco sobre o conflito deve saber que muitos bebês de prisioneiras republicanas foram retirados de suas mães e enviados para serem criados por """famílias de bem""" franquistas, mas a meu ver essa relação ficou forçada e não ficou suficientemente evidente para o público, sobretudo para o público estrangeiro. Para quem assistiu ao documentário "El silencio de otros" (2018), que fala sobre questões de memória histórica no pós-ditadura franquista, e foi produzido pelo próprio Almodóvar, ficou muito evidente que algumas cenas foram simplesmente copy e cola do documentário. Isso me incomodou bastante, por isso o filme ficou bem aquém das minhas expectativas.
Tempos de Guerra
4.2 30Acabo de terminar Tiempos de guerra um pouco triste, quando comecei a assistir não imaginava que me afeiçoaria tanto aos personagens. O contexto de guerra faz aflorar o que há de melhor e pior no ser humano; impossível não notar o contraste entre a abnegação das protagonistas (que, mesmo sendo privilegiadas e com motivações pessoais diversas, escolheram deixar seu conforto para trás para trabalhar naquele caos) e a corrupção generalizada no exército. Há contraste também entre as cenas de sangue e o horror da guerra e as cenas de amor, delicadeza e textos tão lindos (chorei com aquele artigo do Alejandro sobre os "Anjos"/enfermeiras, com a
carta de despedida da Susana, a carta do Pedro antes de ir novamente ao front e perder a vida, e por fim a carta da Carmen ao acabar a série
Já analisando os personagens,pessoalmente, não gostei muito da protagonista, acho a Amaia Salamanca muito sem sal (pareceu uma repetição do papel dela em Gran Hotel), e também detestei o casal que ela fez
com o Fidel, foi muito do nada esse encanto entre os dois. Preferia ela com o Andrés, faziam um casal mais bonito em minha opinião
recomeçasse a vida com o Alejandro, um cara disponível, gato e interessante e que se encantou por ela
A Batalha Esquecida
3.6 87 Assista AgoraÉ difícil inovar com a temática da Segunda Guerra Mundial, por sempre haver vários filmes que tratam desse evento sob ângulos diferentes, mas este é realmente muito bom. Excelentes atuações, especialmente por parte dos protagonistas holandeses (Teunt, seu pai médico e o soldado Marinus). Várias cenas foram extremamente realistas e tensas, como a
que o Will e o Marinus se encaram, ambos exaustos, lutando pela vida, mas dilacerados por dentro. Outra cena que me impactou foi quando o Marinus está prestes a morrer e caem as lágrimas enquanto a moça está ajudando ele. Mais uma vez, grandes atores
Cordeiro
3.3 555 Assista AgoraSe alguma coisa acontecer com o gato do trailer, não quero mais assistir! kkkkkk
The Americans (2ª Temporada)
4.3 50 Assista AgoraAcho que em relação à trama do casal principal, gostei mais da primeira temporada (principalmente depois daquelas cenas de perseguição do último episódio, quase morro do coração kkkk). No entanto, o desenvolvimento dos personagens secundários aqui me agradou bastante, principalmente o plot da Nina. adoro ela!! O que mais admiro na personagem é justamente aquilo que o Oleg falou, é uma mulher que não tem ninguém influente para defendê-la, precisa se valer da inteligência e da beleza que possui. Os malabarismos que ela faz para sobreviver fazem com que ela se torne mais humana aos olhos do espectador.
Acho o romance dela com o Stan muito nada a ver, mas gosto muito dela com o Oleg (convenhamos, que homem kkkkk) , queria que eles ficassem juntos e acho que ele se apaixonou por ela mesmo.
Além da Nina, destaco a Lucia,
que teve um final previsível, porém triste.
o Jared matou os pais e a irmã, caramba, eu fiquei em choque. Até vim aqui ver os comentários pra ver se tinha entendido direito.Ainda assim, por mais chocante que seja, imagino que não seja algo inverosímil na história, não só soviética... em se tratando de qualquer ideologia, a coisa pode subir à cabeça da pessoa, sobretudo sendo um adolescente. Sem contar quem usa a ideologia para alimentar suas próprias neuroses e tiranias...
Quero saber o que vai acontecer em relação à Paige na próxima temporada!!
Sex/Life (1ª Temporada)
2.6 192Cara, eu gostei da série. Assisti pensando apenas em passar o tempo com um pastelão soft porn e de fato, as atuações não são grande coisa (principalmente a do ex canastrão), mas me peguei refletindo em mil coisas depois que terminei o último episódio. Concordo que se tivessem tirado os últimos cinco minutos, teria sido um final mais digno.
Se ela mesma sabe e ouviu do próprio psicólogo que o sexo raramente é apenas sobre sexo, e se ela sabe que tem sentimentos profundos por esse ex, por que cargas d’água ela vai voltar pro cara pra transar e diz que aquilo não significa nada? E o pior, poderiam ter explorado o relacionamento aberto, desde que com um acordo prévio, mas ela continua no padrão de ter zero diálogo com o marido, que apesar de ter seus vacilos, está disposto a melhorar as coisas.
Cagaram tudo ali. Concordo com quem disse aqui embaixo que shippa a Billie com uma terapia. Aliás, ela deveria ter procurado uma terapia desde que terminou com o Brad, pra entender quem ela era de verdade, o que ela queria da vida e como compatibilizar o lado selvagem e aventureiro dela com o sonho de construir uma família. Obviamente, uma das duas facetas vai prevalecer, não dá pra ter tudo na mesma intensidade ao mesmo tempo, mas em vez de ficar com alguém tão quadrado e “sem nenhum defeito” como o Cooper, por que não procurar outra pessoa mais aventureira, mas que não fosse tão tóxico e escroto quanto o Brad? Será que não seria possível um meio termo? Em vez disso ela embarca de cabeça no relacionamento com o Cooper, envergonhada do passado dela e querendo esconder quem ela era de verdade, se anulando como pessoa e tentando encaixar numa vida de comercial de margarina. Ela amava mesmo o Cooper ou ela amava a segurança que ele proporcionava em todos os sentidos (como pai, como marido e como profissional com estabilidade financeira)? Porque para mim, ela sonhava com todas essas coisas (sexo, aventura, casamento e filhos) com o Brad, isso fica claro na primeira cena do último episódio quando ela imagina a vida que poderia ter tido. Não tendo isso com o Brad, ela projeta em outro cara.
Eu queria
que ela terminasse sozinha, sinceramente, para entender o que ela quer da vida, já que o passo mais importante, a autoanálise honesta, ela não fez no momento que deveria ter feito.
A melhor personagem é a Sasha, que tem muito mais inteligência emocional e vive a vida dela de acordo com os valores dela: carreira, aventura, liberdade, pensando muito bem antes de se envolver. Moral da história: conhece-te a ti mesmo antes de envolver os outros em lixo emocional e faça terapia.
PS: Uma estrela inteira vai pra trilha sonora, que é show.
O Inocente
4.0 304 Assista AgoraGostei muito da série, me prendeu do começo ao fim apesar dos eventuais furos. Como já falaram aqui, também gostaria que tivessem explorado algumas coisas que ficaram soltas, como por exemplo,
o passado mal contado daquela Irmã Irene (que diabo ela fazia na Colômbia e qual a relação dela com a mãe da Emma?) e o que e quem a Coronel Prieto estava tentando acobertar. Me parece muito inverossímil que com aquelas centenas de nomes de gente importante, ninguém tenha tentado matar a Detetive Ortiz ou mais outra pessoa da equipe de investigação. Nesse ponto às vezes a arte imita a vida, basta lembrar do caso Jeffrey Epstein e quanta gente importante está metida nisso e não teve punição alguma até hoje
quando ela ressurge toda acabada, emagrecida e deprimida naquela boate de quinta. Com aqueles olhares vazios ela faz o sofrimento da personagem ser palpável
The Americans (1ª Temporada)
4.3 126 Assista AgoraA primeira vez que ouvi falar sobre The Americans foi há uns cinco ou seis anos, quando achei os opening credits no Youtube e achei simplesmente sensacional a forma como eles contrapõem os símbolos da URSS e dos EUA de forma visualmente impecável. Demorei todo esse tempo para começar a assistir e só não me arrependo disso porque agora que a série já acabou e está integralmente na Amazon Prime, vou conseguir ver sem precisar esperar. Vou fazer coro a todos os comentários aqui embaixo: que série maravilhosa. Há muito tempo algo não me prende assim, sobretudo porque de alguma maneira miraculosa eu consegui me safar de todos os spoilers até hoje, o que torna as surpresas e reviravoltas mais emocionantes de acompanhar. É realmente uma pena não ser mais conhecida.
Agora falando sobre a temporada em si, eu tinha algumas expectativas que terminaram sendo contrariadas pelo rumo que a série tomou:
Achava que Amador sobreviveria mais tempo na série e protagonizaria mais cenas de ação como o parceiro do Stan. Eu gostava dele até, menos aquela enrolação lá com a Martha;
-Por falar em Stan, que p*ta burrada se envolver com a Nina hein...pra você ver que até os melhores agentes de inteligência podem fazer merda por carência.
-Eu achava que a Nina duraria pouquíssimo na série e o Vlad ficaria mais tempo, errei feio hehe. Mas tô amando a participação dela, e que atriz linda!
É claro que existem defeitos que a gente observa, como alguns disfarces bastante malfeitos e bregas kkkk, a estupidez absurda da Martha (olha os efeitos da carência aqui de novo), imperdoável para uma funcionária do FBI e alguns furos
(tipo quando a Claudia mata aquele cara lá que ordenou a morte do Zhukov, aquilo ficou por isso mesmo? ).
Sem contar o que já falaram aqui embaixo, os filhos nunca estranham a rotina deles? Como que eles falam aquele inglês totalmente livre de sotaque que ninguém desconfia? Surreal né, quando se aprende um idioma na idade adulta a coisa mais difícil é conseguir uma pronúncia totalmente equivalente a de um nativo...mas enfim, tudo isso não diminui em nada a qualidade da série a meu ver. Ainda acrescentaria um bônus: para quem aprende russo ou gosta da sonoridade do idioma, essa série é um prato cheio, quando assisto, quero logo que vão pras cenas na Rezidentura ou que passe algum flashback na URSS, kkkkk.
Army of the Dead: Invasão em Las Vegas
2.8 956Não gosto muito do gênero zumbi, então fui praticamente sem expectativas a não ser passar o tempo e ver se valia a pena todo esse hype por ser um filme do Snyder. É uma lambança de mais de duas horas de duração? É. Diversas falhas de roteiro e decisões estúpidas dos personagens? Sim. Mas concordo com quem disse aqui nos comentários que se você assiste só por ver um entretenimento barato, é passável. E ainda dá pra dar uma viajada pensando em como realmente se iniciou a epidemia (aliens na Área 51 pra variar??), qual o sentido daquela conversa de filosofia/"física quântica" 101
sobre eles estarem em um loop infinito quando encontram os cadáveres da equipe diante da caixa-forte
depois que o Vande aterrisar na Cidade do México (continuo sem entender como ele foi mordido, mas ok).
Califado (1ª Temporada)
4.5 126 Assista AgoraEssa série causa um mal-estar tremendo exatamente por sabermos que é um retrato de uma realidade perversa e palpável em muitos lugares do mundo. O que achei interessante, além de todos os detalhes que já foram mencionados nos comentários, foram as referências a outros conflitos armados da história recente que trouxeram dores e consequências sentidas até hoje, por ex:
a Fatima fala em uma determinada cena que seu pai esteve na guerra da Bósnia e o pai alcóolatra da Kerima teria estado no conflito da Chechênia, se não me engano.
Fiquei triste por aquela
morte totalmente desnecessária da Dolores, que estava no lugar e na hora errada. E claro, também sofri demais com a morte da Pervin depois de toda aquela luta para voltar com a filhinha.
Na dúvida entre torcer por uma segunda temporada depois das pontas soltas deixadas no último episódio ou simplesmente aceitar aquele final dilacerante. Caso haja uma segunda temporada, ficam vários questionamentos:
Será que pegam o Ibbe? A Fatima volta pra polícia? E a Sulle, como fica depois daquela morte horrível da amiga? A Lisha eu tenho quase certeza que matam ali mesmo em Raqqa, mas o desenvolvimento da Sulle depois de tudo isso seria interessante de acompanhar.
Grande Hotel (3ª Temporada)
4.2 58Concordo com a maioria dos comentários aqui de que essa temporada final foi a mais arrastada de todas, mas até que nos cinco últimos episódios a coisa foi tomando fôlego e me empolguei novamente. Pra mim,
a cena final do confronto entre Diego/Adrián e Jesús/Samuel valeu a temporada inteira, reconstrução muito bem feita, dois atores incríveis e aquele cenário espetacular da praia ao fundo.
Amei a personagem da Maitê, uma pena não a terem introduzido nas temporadas anteriores. Mil vezes mais interessante, inteligente e bonita do que Alicia.
Cheguei a torcer por ela e Júlio kkkk achei que eles tiveram mais química do que o casal principal, embora ache nada a ver ela se apaixonar pelo boy da amiga.
o caso do Andrés seria levado a julgamento e que ela faria uma defesa super bem elaborada.Preferiria que ela tivesse tido um outro final também, ela tendo sucesso profissional primeiro (nos limites do que a época permitia, né) e só então encontrando um par romântico, outra pessoa que não fosse Andrés. Também achei o casal forçado, e achei um final muito convencional para uma personagem tão independente.
Sobre Andrés/Belén/Camila:
não achei tão improvável o Andrés voltar com a Belén não, ele era muito besta kkkk e realmente amava muito ela, embora no final o que a Dona Ângela falou estivesse certo: ele na verdade estava apaixonado pelas lembranças que teve com Belén,o filho,os planos que tinha feito, etc. Só não entendi o porquê de não terem mostrado mais nada da Camila, eles formavam um casal lindo e ela combinava bem mais com ele em personalidade do que Maitê. Tinham que ter terminado juntos!
Apesar de tudo, é uma série incrível e muito envolvente.
Grande Hotel (2ª Temporada)
4.2 41Série que te deixa a mil por hora! Apesar das falhas de roteiro e dos furos já citados, impossível desgrudar da tela.
Alguém mais quase chorou quando
don Ernesto foi embora? Caíram umas lágrimas kkkk descobri que o ator faleceu e não puderam dar continuidade à história dele na série. Uma pena, queria que ele terminasse com Dona Angela.
Fora isso, também detesto Belén (interesseira demaisss) e não consigo me decidir entre Julio e Andrés kkkkk ambos lindos. Amei o personagem da Camila, muito meiga e atriz belíssima,
Andrés vacila demais com ela.
Começando hoje a terceira temporada!
As Telefonistas (5ª Temporada)
3.6 70 Assista AgoraChocada em Cristo com esse final horroroso. A série já tinha perdido sua tônica original há muito tempo, o foco saiu do feminismo para ficar no dramalhão, nas indecisões da protagonista, nas fugas espetaculares, na entrada e saída de personagens do nada, nas situações que não tinham explicação alguma. Mas a gente assistia porque se encantou pelos personagens. A questão é que se fosse pra ser fantasioso, que fosse do início ao fim.
Tivemos todos os tipos de milagre:
-a Lídia caindo do prédio e sobrevivendo;
-CARMEN VIVA (!!!!);
-Francisco saindo do coma num dia e correndo e destruindo parede da prisão no outro;
-Todo mundo fugindo da prisão no final da quarta e ninguém nunca foi pego;
Dentre tantos outros.
Aí me vem com um final
onde todas morrem depois de DO NADA darem uma droga pros policiais pra todo mundo dormir
E vamos de comentários random:
Francisco
depois de correr mais que o Usain Bolt ainda teve tempo de tascar um beijo na Lídia sem nem recuperar o fôlego.
A vocação de padre do boy da Sofia não durou nem dois dias.
e no final ela foi a única que se deu bem com o boy dela.
A Bela Junie
3.7 826Acho que a história do filme faz mais sentido quando se lê o livro no qual o roteiro foi livremente baseado, “La Princesse de Clèves”. As situações do livro, que é ambientado no século XVI, foram transpostas bem fielmente ao filme até...claro que numa adaptação aos tempos modernos. O que achei mais interessante lendo o livro, e depois vendo o filme, é que não importa a época, os dilemas humanos são na essência os mesmos: conflito entre desejo e dever, ciúmes, rivalidades, intrigas e paixões.
Concordo com alguns dos comentários que vi aqui de que a decisão da Junie ao final foi libertadora, apesar de dar aquela dorzinha no coração por não vermos os personagens consumarem seu desejo.
Moça com Brinco de Pérola
3.6 428O filme realmente é fiel à época: figurino, iluminação, ambientação, tudo condiz com a Holanda do século XVII e, nesse sentido ( mas apenas nesse) se mantém fiel ao livro. Gostei também das atuações, principalmente dos protagonistas Scarlet Johansson e Colin Firth, que, apesar dos poucos diálogos entre si, expressam milhares de emoções através do olhar. O único ponto em que o filme errou feio na minha opinião foi ter cortado 80% do que ocorre no final do livro:
dez anos depois, Griet casada com o filho do açougueiro, recebendo a título de última vontade de Vermeer os brincos de pérola, dois meses após sua morte. Seria muito mais crível do que a Tanneke entregando de mão beijada os brincos da patroa.
Charlotte Corday
1O filme está na íntegra no Youtube, ainda que sem legendas. É narrada a história de Charlotte Corday do momento em que começa a planejar o assassinato de Marat até a última cena
na qual se prepara para ser levada rumo à execução pela guilhotina na Place de la Révolution, atual Place de la Concorde, em Paris
mesmo porque outros girondinos foram executados por suas ligações, supostas ou não, com ela, e Marat virou praticamente um mártir, não tendo o Terror terminado como Corday gostaria
Gostaria que tivesse sido explorada um pouco da infância/adolescência dela também.
Fora disso, é uma boa obra, fiel à linguagem da época e com boa caracterização dos atores. E que surpresa encontrar Raphaël Personnaz no elenco como Camille Desmoulins!
O Último Imperador
3.8 159 Assista AgoraIndubitavelmente longo, mas pungente. Sempre me parte o coração a cena em que
ele,ainda garoto, tenta sair da Cidade Proibida(''open the doors!!'') e é impedido e, muitos anos depois, se vê trancafiado novamente
Destaque para R.J, o tutor britânico. '' A matter of words, perhaps,but words are important. If you cannot say what you mean, Your Majesty, you'll never mean what you say. And a gentleman should always mean what he says.''
Nunca vou me esquecer desse trecho,nem da pessoa que me fez conhecer esse filme. Um grande obrigado a ela, seja onde estiver agora.
Hiroshima, Meu Amor
4.2 315 Assista Agora"Enquanto meu corpo já está se incendiando pela tua lembrança, gostaria de rever Nevers.[...] Uma noite longe de ti, e eu esperava o dia como uma libertação. Um dia sem seus olhos, e ela a morrer, garotinha de Nevers, fugitiva de Nevers. Um dia sem suas mãos, e ela crê no desespero do amar, garotinha boba, morta de amor em Nevers. [...] Como por ele, o esquecimento começará pelos teus olhos. Igual. E como por ele, o esquecimento atingirá tua voz. Igual. E como por ele, ele triunfará sobre você inteiramente, pouco a pouco. Tu te transformarás numa canção."
Adeus, Minha Rainha
3.0 168 Assista AgoraTambém esperava BEM mais desse filme.O começo é interessante, com toda aquela tensão no palácio; ninguém sabia no que daria o ódio popular, e logo instaura-se um clima de ''salve-se quem puder''...Figurinos lindos e ótimas atrizes(Léa Seydoux e Diane Kruger), mas o argumento é fraco demais para embalar o filme todo. Quem nunca leu nada sobre Maria Antonieta sai com a ideia fixa
de que ela era uma lésbica destemperada.
mas daí a veicular a ideia de que elas tinham um ''affair'' é retomar um boato de três séculos atrás.
O Amante
3.8 149Intensamente sensorial e poético...Nada no filme é vulgar ou apelativo, todas as cenas estão encaixadas num contexto! A fotografia é maravilhosa,a música idem. Atores excelentes.Foi uma das histórias de amor mais bonitas que já vi, tão inusitada quanto tocante! Dá vontade de analisar minuciosamente cada personagem. O chinês é,em certa medida,mais que um amante para a jovem garota; ele acaba sendo também um pai, alguém que a protege,a alimenta,a veste.Em vários momentos me emocionei, mas destaco cinco cenas:
1. Quando ela beija o vidro do carro,ao vê-lo na porta da pensão.É um misto de inocência e curiosidade de uma menina sofrida que queria se libertar de toda aquela opressão familiar;
2. Quando ela perde a virgindade e ele a lava e pergunta se a tinha machucado, se ela está triste...E ela: ''Sempre pareço triste.'' É de partir o coração!
3.Quando eles estão vendo o pôr-do-sol e podemos ouvir a voz da narradora ao fundo: ''Naquele momento,soube que iria escrever sobre a ruína da minha mãe,sobre vergonha,desonra...''
4.Quando o navio que a levaria à França zarpa e ela consegue ver o carro dele...Ela imediatamente coloca-se na mesma posição em que estava no barco,da primeira vez em que se viram! E o que a narradora diz só contribui para a emoção da cena...Chorei de soluçar.
5.A valsa de Chopin e o choro dela ao se dar conta de que não era só dinheiro.Era claro que não poderia haver um futuro juntos,eles nem cogitavam isso,mas a intensidade do encontro deixou uma marca profunda na vida de ambos,coisas que o destino não explica!
Virou um favorito instantâneo.Ah, não posso deixar de concordar com algumas opiniões que já li por aqui: esse chinês supera muito galã de Hollywood, realmente muito bonito!!