A Garota Dinamarquesa consegue abordar o tema de maneira sensível e as atuações de Alicia e Edide são excelentes. O filme perde pontos pela direção sempre capenga do Tom Hooper, que beira a previsibilidade e amadorismo, sabotando a emoção da sequência final.
Uma das melhores animações da Disney. A história e executada de maneira ágil, sem enrolação, a trama se equilibra bem entre o drama e a comédia, cheia de reviravoltas e referências legais a Poderoso Chefão, Frozen e etc. E o melhor de tudo é trazer uma mensagem positiva e tão atual, discutindo preconceito, racismo, esteriótipos bem melhor que muitos filmes ditos ''adultos''. O visual também é imaginativo, diversificado, criando perfeitamente uma ''cidade animal''. Estou adorando este novo ''renascimento da Disney'', desde 2009: A Princesa e o Sapo, Enrolados, Winnie The Pooh, Detona Ralph, Frozen, Big Hero 6 e agora Zootopia, mantendo um excelente nível nas animações.
Bambi tem um ritmo lento que é compensado por ser um deleite aos olhos: É belamente desenhado, a fotografia é primorosa e a animação dos animais extremamente precisa as suas espécies. E ainda conta com a trilha sonora vivaz, sendo tecnicamente impecável. Tem poucos diálogos e história, é movido pelas imagens e músicas que vão narrando o crescimento de Bambi de maneira poética, com momentos tristes, alegres, de ganhos e perdas, como é a vida. Merece mais pontos por não mostrar o ''Homem'', que poderia ser qualquer pessoa, fazendo todo público se sentir culpado pela caça aos animais. Não mostrando o ''Homem'' ele torna-se fantasmagórico, assustador, fazendo a Humanidade assumir o posto de monstro, fantasma, ao invés de alguma criatura sobrenatural; Esta subversão é inteligente e merece ser notada. No fim da projeção, fica claro que ele inspirou O Rei Leão, outro clássico Disney, que como Bambi nos mostra o ciclo da vida.
Diferente da maioria, não fiquei com raiva da Briony não. Do modo como tudo aconteceu: a cena da irmã na fonte, a carta, a conversa que conclui que Robbie é ''louco por sexo'', seguido pela cena da biblioteca e por último o estupro, tudo no mesmo dia, impossível para uma criança sem maturidade pensar diferente. Esta é uma história trágica que mostra como mal entendidos e falta de diálogos podem destruir vidas. Celine e Robbie tem sua parcela de culpa tbm, porque eles não conversaram com ela na cena da biblioteca? apenas deixaram a criança lá, sozinha e assustada, e esperavam o que ela viu não iria afeta-la de alguma maneira? É aquela tragédia que podia ter sido evitada com 2 minutos de conversa, o que torna tudo mais triste. As atuações são ótimas também, assim como a fotografia e trilha sonora. Senti apenas que o filme não explorou bastante as relações de Celine e Robbie, nem de Briony e Robbie - a cena do lago mostra que tinham uma amizade - e nem a relação das irmãs, mas nada que comprometa o resultado final.
É um clássico obrigatório para cinéfilos. Chamado na época de ''Loucura de Disney'' por Hollywood, Walt Disney e sua equipe navegaram contra a maré e produziram o primeiro longa-metragem de animação dos EUA e o primeiro totalmente a cores. Um triunfo estético para época, Branca de Neve apresenta tecnologias hoje obsoletas mas que foram novidades em 1937: a câmera multiplano e os primeiros efeitos visuais que permitiram desenhar humanos de maneira realista. Mesmo parecendo simples na atualidade, até hoje o filme mantêm sua beleza estética com paisagens que parecem pinturas. As canções no estilo clássico são lindas e atemporais, os anões cativantes, e a Rainha é um protótipo perfeito para milhares de vilãs que viriam depois dela. O filme também sabe equilibrar perfeitamente entre momentos sombrios e de humor.
Mas e claro que por ser um filme antigo, ele tem elementos que são datados pra hoje em dia: Todo romance de Branca de Neve e o Príncipe soa cliquê e sem graça, porque a fórmula donzela em perigo - príncipe ao resgate, foi refeita milhares de vez depois deste filme; Em anos de Frozen, Branca de neve é passiva demais, difícil o público atual acha-la interessante, mas também e impossível esperar outra coisa dos anos 30, filmes são produtores de sua época e não tinha como ser diferente. Mesmo com os anacronismos, pelo seu pioneirismo e beleza, Branca de Neve e os sete anões sempre vai permanecer no pódio das animações.
Gente, musical não é ''gênero'' e sim forma como animação, documentário e etc.... então, um filme pode sim ser terror\gótico musical, um não elimina outro. Musical pode ser tudo, comédia, drama, fantasia e etc....
Obra prima do cinema moderno que foi injustiçada no Óscar 2009 a não ser indicado a Melhor Filme, mas preferiram indicar O Leitor....ok. Tecnicamente impecável, com maravilhosos efeitos sonoros do mito Ben Burtt - mesmo de Star Wars - que substituem os diálogos, um deleite aos olhos no designer de produção e fotografia, além de uma ótima trilha sonora do Thomas Newman. A narrativa flui como no cinema mudo, através das imagens e de maneira contemplativa mas não fica monótomo graças ao seu protagonista simpático que enche o filme de vivacidade. Wall-e é a prova que um filme pode ser uma obra de Arte e ainda conscientizar as pessoas sem deixar a estética de lado.
Se meu apartamento falasse é dirigido com a elegância de sempre do Billy Wilder, um tipo raro de comédia que não se entrega apenas ao humor e deixa os personagens de lado. Aqui, o Baxter e a Fran são personagens multifacetados, com motivações críveis, e o humor ocorre de maneira natural ao invés de gags que soam forçadas. O roteiro também foge das convenções comuns do gênero e dar um final feliz sem soar agridoce. Ele é também beneficiado pelo carismático e energético Lemmon, e a ótima Shirley MacLaine que cria Fran como uma mulher forte e vulnerável ao mesmo tempo. O filme ainda permanece atual ao mostrar o que acontece diariamente: homens que enganam garotas com promessas de divórcio e que a tratam como objetos descartáveis. Na realidade, os filmes do Wilder geralmente tocam em temas espinhosos da sociedade: Quanto mais quente melhor, a montanha dos setes abutres, crepúsculos deuses, o pecado mora ao lado, farrapo humano... e por isso são atemporais e The Apartment é mais um trabalho memorável dele.
Rocky Horror é um filme exótico, único e que mesmo com seu tom de bizarrice faz uma crítica clara aos padrões de gênero e heteronormatividade. A música inicial de Brad e Janet cantada numa igreja cercada por cemitério e com direito a caixão e coveiros, é uma clara analogia do casamento a morte, repressão. O filme tbm inclui na cena inicial um carro escrito basicamente ''espere até a noite, ela teve seu momento e ele terá o dele'', mostrando como a sociedade atribui o casamento a um momento feminino e a lua de mel a um momento masculino. Ao encontrarem o sinistro Frank, ambos Brad e Janet tem a oportunidade de se libertar dos padrões impostos e expressarem sua sexualidade a vontade. E o fato de Frank e seus amigos serem ''E.Ts'' é uma óbvia analogia como pessoas LGBT+ são tratadas pela sociedade, como e.ts, que estão fora da ''normalidade'' instituída.
É um filme que na superfície é um ''show de bizarrice'', mas na verdade isto serve apenas para mascarar seu real objetivo que é criticar os padrões de gênero e exaltar a liberdade sexual. E se está é uma ideia considerada radical hoje em dia, imagina nos anos 70, é mesmo um filme revolucionário e um musical divertido.
O problema das continuações da Disney para diretamente em vídeo, é que eles não tem o mesmo cuidado para um filme lançado nos cinemas. Assim, dá para perceber que a animação é menos cuidadosamente desenhada, as músicas não grudam como no primeiro filme, e a história simplesmente inverte a obra original: ao invés da filha querer ir para terra, ela quer ir para o mar. Ele é salvo pela relação de Ariel e Melody que é crível e interessante notar como Ariel acabou se transformando no seu pai, super protetora. E os personagens, incluindo a vilã Morgana, são simpáticos o suficiente para nos manter entretidos.
As pessoas tem sérios problemas de interpretação. Dizer que o filme quis passar a imagem dos ''americanos bonzinhos'' é precisar trocar de olhos. O filme todo nos mostra Donovan sendo hostilizado por defender o espião, tendo sua casa apedrejada e recebendo olhares de ódios e questionamentos da população alienada dos EUA. O filme mostra como o sistema de justiça americano é parcial, enquanto finge dá um ''julgamento justo'', coloca o advogado do réu contra parede para não ''atrapalhar'' o julgamento ''justo'' e poderem condenar logo o homem a morte. É um exemplo perfeito da hipocrisia americana, tudo em nome do patriotismo, ''segurança nacional'', sendo que como Donovan nos lembra, tem espiões americanos na Rússia fazendo mesmo. Spielberg é hábil em mostrar a paranoia americana no auge da guerra fria, ao ilustrar o filho de Donovan se preparando para bomba atômica enquanto a escola aliena ainda mais as crianças no medo. É um retrato fiel de uma época de terror, em ambos lados. Spielberg não idolatra nem os americanos e nem os russos, ele constrói uma relação singela entre Donovan e o espião, ao mesmo tempo que mostra de forma crua como a espionagem era. Não como os filmes de espiões do Bond, mas por ser uma história inspirada em fatos reais, vemos como tudo realmente ocorria: na base do diálogo e consenso de ambas as partes. Não á exagero aqui, nem idolatração dos EUA ou da Rússia, Spielberg retrata cruamente como foi este período conturbado, falhando apenas no ritmo irregular.
O que dizer? Espero esse filme a anos e ele não decepciona. A trama flui naturalmente, a direção do Abrams é energética, te jogando junto de maneira irresistível. John Boyega e Oscar Isaac são carismáticos como Finn e Poe, mas quem carrega o filme nas costas é mesmo a Daisy Ridley, atriz fenomenal, impossível não torcer por ela do inicio ao filme. Grande descoberta do J.J. Abrams. Como todos os filmes da saga, tecnicamente é impecável, a direção de arte é maravilhosa. O destaque vai como sempre a trilha do John Williams, que mesmo não sendo marcante como dos outros filmes, ainda consegue mescla temas novos com antigos de maneira sofisticada e nostálgica.
Assim, não dou 5 estrelas porque achei os personagens mal desenvolvidos e a trama imitar demais Uma Nova Esperança: De novo temos um ex-Jedi que caiu pro lado sombrio e que é um Skywalker, de novo temos um Supremo Líder, uma super arma preste a atirar na base da resistência\Aliança Rebelde, em contagem regressiva... impossível escapar da sensação de ''eu já vi isso antes''. Também poderiam ter parado a ação frenética ou aumentado a duração do filme para desenvolver mas a Rey: Do nada ela passa usar seus poderes, sendo que alguns minutos antes ela tinha dito ''não quero ter nada haver com isso''. E minutos depois ela está derrotando um vilão treinado na Força.... é muito inverosímel. Sem falar que o filme não explica nada sobre ela:q ue tipo de pais abandonam uma menina sozinha no planeta? Ela é filha do Luke? Bem, acho que essas perguntas só serão respondidas no episódio VIII, que aguardarei ansiosamente.
Concluindo, é um ótimo filme , se inovassem mais ao invés de tentarem refazer Uma Nova Esperança seria perfeito.
Aproveitei que estava passando no SBT - aliás, com uma dublagem horrível - e fui rever um dos meus filmes favoritos de todos os tempos. Pensei que não iria me emocionar mais, porém a música épica de John Williams, transformação de Anakin em Vader, o duelo final, a destruição dos Jedi e uma nova esperança surgindo com Luke e Léia continuam fazendo-me arrepiar como sempre.
Galera adora falar mal de Ameaça Fantasma mas esquece que na trilogia original tivemos o Retorno de Jedi, que é falho em diversos aspectos por causa do interesse mercadológico de Lucas: Era para Han Solo morrer, a frota rebelde ficar despedaçada, Luke iria terminar o filme machucado andando em direção ao sol como um herói de faroeste, ao invés desse final épico, George Lucas estava preocupado que um filme dramático iria diminuir a venda dos brinquedos assim temos ursinhos de pelúcia - ewoks - destruindo a ''melhor legião do Império'', Han Solo é transformado em pateta com um Harrison Ford no piloto automático, Carrie Fisher é jogada em segundo plano: Diferente da líder dos filmes anteriores, Léia é primeiro colocada num biquíni de metal apenas pra objetificar a personagem e ganhar dinheiro em cima disso, em seguida ela é revelada como irmã do Luke, filha do Vader, e não a desenvolvimento disso: Vader a torturou a bordo da Estrela da Morde, como ela se sentiu ao saber que é filha dele? nunca saberemos. Sem falar que Harrison Ford e Carrie Fisher perderam completamente a química do filme anterior e o romance dos dois soa sem paixão nenhuma, como um casal de velhos. Pra completar os lados negativos, a direção do Richard Marquand é muito fraca, e isso fica evidente na batalha espacial que é uma confusão de cortes apressados impossibilitando a gente saber o que está acontecendo, até hoje tento entender como a pequena frota rebelde venceu o Império.
Mas nem tudo é ruim, quando Luke acena pra R2D2 e ele lança o sabre de luz começando a tocar a trilha sonora de John Williams você lembra porque Star Wars permanece a gerações encantando público de todas as idades, é uma cena muito eletrizante e serve pra nos mostrar que Luke já é um jedi formado. A perseguição nos speeder em Endor é ótima também e um feito técnico impressionante pra época. Tecnicamente Star Wars nunca decepciona, a direção de arte permanece realista até para os padrões atuais. O figurino acerta em colocar Luke usando uma roupa imperial preta com um robe jedi verde em cima, para mostrar seu conflito entre a luz e as trevas. E é brilhante notar que quando Luke rejeita o lado sombrio, sua roupa abre em cima revelando um fundo branco pra simbolizar que ele sempre foi puro por dentro. O duelo entre ele e Vader é emocionante apesar dos diálogos ruins e ver Darth Vader se redimindo e cumprindo a profecia do Escolhido é um prazer maior depois de assistir as prequelas. Com um final agridoce para nos dizer que ''está tudo bem no paraíso'' - bem, agora não mais porque temos ep. 7 - O Retorno de Jedi é um filme que cumpre seu papel em ser divertido e concluir a saga, mas ainda soa uma conclusão muito fraca pra uma história épica.
A Ameaça Fantasma é tão cheia de pontos negativos e positivos que eles acabam se equilibrando como em Ataque dos Clones e O Retorno de Jedi. Vamos primeiro ao lado negativo: * Personagens mal desenvolvidos. Liam Neeson é simpático como Qui-Gon Jinn mas por não ter personalidade desenvolvida não lamentamos seu destino. Obi-Wan é jogado a segundo plano e Darth Maul tinha potencial pra ser um grande vilão mas aparece pouco para causar algum temor. Num universo de personagens unidimensionais é a mãe do Anakin que a mais realista da trama. * Trama com furos: Ok, sabemos que Palpatine\Sidious usa a invasão a Naboo para se tornar Chanceler, mas porque pra se tornar chanceler ele precisa invadir Naboo? a meios mais sutis que isso. Nunca fica claro o propósito da invasão nem por parte de Sidious ou da Federação de Comércio, algo que até e dito por Qui-Gon: ''não a lógica nessa invasão da federação'', não tem mesmo.
Lados positivo: A direção de arte capricha em nos mostrar como era a galáctica na época da república: desde a riqueza, charme e cultura de Naboo para os prédios de Coruscant, á um contraste gritante com o período cinza do Império. Podemos ver Anakin Skywalker antes de ser um Jedi ou Lord Sith, apenas uma criança que transborda inocência entrando em contraste com o que ele vai se tornar mais tarde. A sequência final amarra quatro acontecimentos: batalha terrestre, estelar, duelo e invasão ao palácio, sem nos fazer se perder entre elas, e muito bem dirigida por Lucas. A trilha sonora do John Williams é a melhor das prequelas, bastante épica e tbm em contraste com a trilha sonora original, Williams nunca usa ao longo do filme o tema principal - apenas na abertura e títulos finais - corretamente prefere desenvolver novos temas para esse outro período.
Não é ruim como dizem, um roteiro mais coeso e melhor desenvolvimento dos personagens tornariam Ameaça Fantasma um grande filme.
Uma comédia romântica que seria mais do mesmo se o casal principal fosse hétero, mas como é um romance entre mulheres, ele soa diferente. Basicamente é as mesmas fórmulas de comédias românticas - amor a primeira vista, triangulo amoroso - aplicadas a um casal gay, e por isso consegue rejuvenescer tropos tão desgastados. O filme tem momentos engraçados e doces funcionando como um passatempo divertido, não oferece grandes questões ou conflitos mas te deixa com um sorriso no rosto quando acaba.
Com o sucesso arrasador de A Pequena Sereia, A Bela e a Fera e Aladdin, os outros estúdios de animação resolveram encarnar a fórmula Disney de cantoria e contos de fadas. A Princesa Encantada é um desses, tem personagens simpáticos e a história flui de maneira divertida, mas é bastante previsível por utilizar uma fórmula tão saturada que a própria Disney estava reformulando nos anos 90. As canções não são memoráveis com exceção do love theme que é lindo, e a animação, para quem está acostumado com o 2D rico em detalhes da Disney e Dreamworks é muito simplista. Assim, A Princesa Encantada parece muito uma versão ''Made in China'' dos clássicos Disney.
Uma animação divertida e triste ao mesmo tempo, Lilo e Stitch consegue emocionar sem apelar para momentos de grande drama, uma história singela que te faz rir e chorar.
Planeta do tesouro tem um visual impressionante e algumas empolgantes sequências de ação, mas carece de ritmo e personagens marcantes: falta profundidade e emoção na trama, se tivesse um roteiro melhor seria outro Clássico Disney.
Um dos filmes mais maduros da Disney, os colegas abaixo já disseram tudo que penso: A trilha sonora do Alan Menken é maravilhosa, épica e arrebatadora, que peca apenas nas canções de comédia como a das gárgulas que ficam deslocadas das outras canções, mas isso não é culpa do Alan, mas sim dos roteiristas que tentam deixa o filme ''mais infantil'' com as gárgulas. Não funciona e elas ficam deslocadas da história densa. O filme aborda temas que convivemos diariamente: preconceito, exclusão, intolerância religiosa, radicalismo... E mesmo que pareça ''pesado'' para um filme que o público principal são as crianças, eu acredito que elas e pessoas de todas as idades podem se identificar com o tema do filme porque é universal. Os momentos sombrios são os mais fortes emocionalmente: A abertura é uma obra prima da animação, a música que embala a sequência é de arrepiar e é o melhor momento do filme pra mim. A canção de Quasimundo, Heaven's Light\luzes celestial, seguida pela canção de Frollo, Hellfire\Fogo do Inferno faz um contraponto perfeito nas letras de como ambos veem o amor que sentem por Esmeralda. Frollo nesse momento exibe toda sua luxúria, sexualidade reprimida e radicalismo religioso no momento mais sinistro de uma animação da Disney desde que Satanás evocou os demônios em Fantasia (1940). Assim, Frollo é o personagem mais bem desenvolvido do filme: Nem Quasimundo, Esmeralda ou Phoebus são tão enigmáticos como o vilão. Porém são simpáticos o suficiente para nós torcermos por eles até o fim.
Para fechar com chave de ouro, Corcunda é lindamente animado, as cores são vivas e os artistas exploram com perfeição a arquitetura de Notre Dame. Assim as falhas do filme está nas tentativas de comédia e de ter um final que soa apressado, desajeitado, amarrado apenas para a história ter um final feliz.
Frozen Fever foi feito com os objetivos de suprir a necessidade do público de "querer mais'' de Frozen, para a Disney manter a animação fresca na mente do público e claro, lucrar com os bonequinhos. Acredito que os 3 objetivos foram perfeitamente alcançados: o curta é doce e cativante, faz o público querer mais; os bonequinhos de neve são adoráveis, difícil não querer ter um.
A Disney hoje com Frozen se encontra na mesma situação que esteve com O Rei Leão em 94: Ambos eram esperados não fazerem sucesso e de repente se tornam as maiores animações do seu tempo. (O Rei Leão, maior sucesso animado dos anos 90 e ainda a 3º animação de maior bilheteria da história, e Frozen é atualmente, a animação de maior bilheteria) Pegando a Disney desprevenida que não esperava que ambas as animações virasse uma franquia de sucesso e lucrativa. Então, a Disney está fazendo com Frozen o mesmo que fez com O Rei Leão: lançar curtas para suprir a demanda, depois sequelas e séries de televisão.
O nome original deste curta -Frozen Fever -, é claramente um trocadilho com a própria "febre" que a animação se tornou; Acredito que foi dai que Jennifer Lee e Chris Buck tirou a ideia para o curta metragem, bem feito.
A Garota Dinamarquesa
4.0 2,2K Assista AgoraA Garota Dinamarquesa consegue abordar o tema de maneira sensível e as atuações de Alicia e Edide são excelentes. O filme perde pontos pela direção sempre capenga do Tom Hooper, que beira a previsibilidade e amadorismo, sabotando a emoção da sequência final.
Zootopia: Essa Cidade é o Bicho
4.2 1,5K Assista AgoraUma das melhores animações da Disney. A história e executada de maneira ágil, sem enrolação, a trama se equilibra bem entre o drama e a comédia, cheia de reviravoltas e referências legais a Poderoso Chefão, Frozen e etc. E o melhor de tudo é trazer uma mensagem positiva e tão atual, discutindo preconceito, racismo, esteriótipos bem melhor que muitos filmes ditos ''adultos''. O visual também é imaginativo, diversificado, criando perfeitamente uma ''cidade animal''.
Estou adorando este novo ''renascimento da Disney'', desde 2009: A Princesa e o Sapo, Enrolados, Winnie The Pooh, Detona Ralph, Frozen, Big Hero 6 e agora Zootopia, mantendo um excelente nível nas animações.
Bambi
3.5 441 Assista AgoraBambi tem um ritmo lento que é compensado por ser um deleite aos olhos: É belamente desenhado, a fotografia é primorosa e a animação dos animais extremamente precisa as suas espécies. E ainda conta com a trilha sonora vivaz, sendo tecnicamente impecável. Tem poucos diálogos e história, é movido pelas imagens e músicas que vão narrando o crescimento de Bambi de maneira poética, com momentos tristes, alegres, de ganhos e perdas, como é a vida. Merece mais pontos por não mostrar o ''Homem'', que poderia ser qualquer pessoa, fazendo todo público se sentir culpado pela caça aos animais. Não mostrando o ''Homem'' ele torna-se fantasmagórico, assustador, fazendo a Humanidade assumir o posto de monstro, fantasma, ao invés de alguma criatura sobrenatural; Esta subversão é inteligente e merece ser notada.
No fim da projeção, fica claro que ele inspirou O Rei Leão, outro clássico Disney, que como Bambi nos mostra o ciclo da vida.
Desejo e Reparação
4.1 1,5K Assista AgoraDiferente da maioria, não fiquei com raiva da Briony não. Do modo como tudo aconteceu: a cena da irmã na fonte, a carta, a conversa que conclui que Robbie é ''louco por sexo'', seguido pela cena da biblioteca e por último o estupro, tudo no mesmo dia, impossível para uma criança sem maturidade pensar diferente. Esta é uma história trágica que mostra como mal entendidos e falta de diálogos podem destruir vidas. Celine e Robbie tem sua parcela de culpa tbm, porque eles não conversaram com ela na cena da biblioteca? apenas deixaram a criança lá, sozinha e assustada, e esperavam o que ela viu não iria afeta-la de alguma maneira? É aquela tragédia que podia ter sido evitada com 2 minutos de conversa, o que torna tudo mais triste.
As atuações são ótimas também, assim como a fotografia e trilha sonora. Senti apenas que o filme não explorou bastante as relações de Celine e Robbie, nem de Briony e Robbie - a cena do lago mostra que tinham uma amizade - e nem a relação das irmãs, mas nada que comprometa o resultado final.
Branca de Neve e os Sete Anões
3.8 713É um clássico obrigatório para cinéfilos. Chamado na época de ''Loucura de Disney'' por Hollywood, Walt Disney e sua equipe navegaram contra a maré e produziram o primeiro longa-metragem de animação dos EUA e o primeiro totalmente a cores. Um triunfo estético para época, Branca de Neve apresenta tecnologias hoje obsoletas mas que foram novidades em 1937: a câmera multiplano e os primeiros efeitos visuais que permitiram desenhar humanos de maneira realista. Mesmo parecendo simples na atualidade, até hoje o filme mantêm sua beleza estética com paisagens que parecem pinturas. As canções no estilo clássico são lindas e atemporais, os anões cativantes, e a Rainha é um protótipo perfeito para milhares de vilãs que viriam depois dela. O filme também sabe equilibrar perfeitamente entre momentos sombrios e de humor.
Mas e claro que por ser um filme antigo, ele tem elementos que são datados pra hoje em dia: Todo romance de Branca de Neve e o Príncipe soa cliquê e sem graça, porque a fórmula donzela em perigo - príncipe ao resgate, foi refeita milhares de vez depois deste filme; Em anos de Frozen, Branca de neve é passiva demais, difícil o público atual acha-la interessante, mas também e impossível esperar outra coisa dos anos 30, filmes são produtores de sua época e não tinha como ser diferente.
Mesmo com os anacronismos, pelo seu pioneirismo e beleza, Branca de Neve e os sete anões sempre vai permanecer no pódio das animações.
Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet
3.9 2,2K Assista AgoraGente, musical não é ''gênero'' e sim forma como animação, documentário e etc.... então, um filme pode sim ser terror\gótico musical, um não elimina outro. Musical pode ser tudo, comédia, drama, fantasia e etc....
WALL·E
4.3 2,8K Assista AgoraObra prima do cinema moderno que foi injustiçada no Óscar 2009 a não ser indicado a Melhor Filme, mas preferiram indicar O Leitor....ok. Tecnicamente impecável, com maravilhosos efeitos sonoros do mito Ben Burtt - mesmo de Star Wars - que substituem os diálogos, um deleite aos olhos no designer de produção e fotografia, além de uma ótima trilha sonora do Thomas Newman. A narrativa flui como no cinema mudo, através das imagens e de maneira contemplativa mas não fica monótomo graças ao seu protagonista simpático que enche o filme de vivacidade. Wall-e é a prova que um filme pode ser uma obra de Arte e ainda conscientizar as pessoas sem deixar a estética de lado.
Se Meu Apartamento Falasse
4.3 423 Assista AgoraSe meu apartamento falasse é dirigido com a elegância de sempre do Billy Wilder, um tipo raro de comédia que não se entrega apenas ao humor e deixa os personagens de lado. Aqui, o Baxter e a Fran são personagens multifacetados, com motivações críveis, e o humor ocorre de maneira natural ao invés de gags que soam forçadas. O roteiro também foge das convenções comuns do gênero e dar um final feliz sem soar agridoce. Ele é também beneficiado pelo carismático e energético Lemmon, e a ótima Shirley MacLaine que cria Fran como uma mulher forte e vulnerável ao mesmo tempo. O filme ainda permanece atual ao mostrar o que acontece diariamente: homens que enganam garotas com promessas de divórcio e que a tratam como objetos descartáveis. Na realidade, os filmes do Wilder geralmente tocam em temas espinhosos da sociedade: Quanto mais quente melhor, a montanha dos setes abutres, crepúsculos deuses, o pecado mora ao lado, farrapo humano... e por isso são atemporais e The Apartment é mais um trabalho memorável dele.
The Rocky Horror Picture Show
4.1 1,3K Assista AgoraRocky Horror é um filme exótico, único e que mesmo com seu tom de bizarrice faz uma crítica clara aos padrões de gênero e heteronormatividade. A música inicial de Brad e Janet cantada numa igreja cercada por cemitério e com direito a caixão e coveiros, é uma clara analogia do casamento a morte, repressão. O filme tbm inclui na cena inicial um carro escrito basicamente ''espere até a noite, ela teve seu momento e ele terá o dele'', mostrando como a sociedade atribui o casamento a um momento feminino e a lua de mel a um momento masculino.
Ao encontrarem o sinistro Frank, ambos Brad e Janet tem a oportunidade de se libertar dos padrões impostos e expressarem sua sexualidade a vontade. E o fato de Frank e seus amigos serem ''E.Ts'' é uma óbvia analogia como pessoas LGBT+ são tratadas pela sociedade, como e.ts, que estão fora da ''normalidade'' instituída.
É um filme que na superfície é um ''show de bizarrice'', mas na verdade isto serve apenas para mascarar seu real objetivo que é criticar os padrões de gênero e exaltar a liberdade sexual. E se está é uma ideia considerada radical hoje em dia, imagina nos anos 70, é mesmo um filme revolucionário e um musical divertido.
A Pequena Sereia II: O Retorno Para o Mar
3.3 149 Assista AgoraO problema das continuações da Disney para diretamente em vídeo, é que eles não tem o mesmo cuidado para um filme lançado nos cinemas. Assim, dá para perceber que a animação é menos cuidadosamente desenhada, as músicas não grudam como no primeiro filme, e a história simplesmente inverte a obra original: ao invés da filha querer ir para terra, ela quer ir para o mar.
Ele é salvo pela relação de Ariel e Melody que é crível e interessante notar como Ariel acabou se transformando no seu pai, super protetora. E os personagens, incluindo a vilã Morgana, são simpáticos o suficiente para nos manter entretidos.
Star Wars, Episódio III: A Vingança dos Sith
4.1 1,1K Assista Agora''Então é assim que a liberdade morre, com um estrondoso aplauso''.
Ponte dos Espiões
3.7 694As pessoas tem sérios problemas de interpretação. Dizer que o filme quis passar a imagem dos ''americanos bonzinhos'' é precisar trocar de olhos. O filme todo nos mostra Donovan sendo hostilizado por defender o espião, tendo sua casa apedrejada e recebendo olhares de ódios e questionamentos da população alienada dos EUA. O filme mostra como o sistema de justiça americano é parcial, enquanto finge dá um ''julgamento justo'', coloca o advogado do réu contra parede para não ''atrapalhar'' o julgamento ''justo'' e poderem condenar logo o homem a morte. É um exemplo perfeito da hipocrisia americana, tudo em nome do patriotismo, ''segurança nacional'', sendo que como Donovan nos lembra, tem espiões americanos na Rússia fazendo mesmo. Spielberg é hábil em mostrar a paranoia americana no auge da guerra fria, ao ilustrar o filho de Donovan se preparando para bomba atômica enquanto a escola aliena ainda mais as crianças no medo. É um retrato fiel de uma época de terror, em ambos lados. Spielberg não idolatra nem os americanos e nem os russos, ele constrói uma relação singela entre Donovan e o espião, ao mesmo tempo que mostra de forma crua como a espionagem era. Não como os filmes de espiões do Bond, mas por ser uma história inspirada em fatos reais, vemos como tudo realmente ocorria: na base do diálogo e consenso de ambas as partes. Não á exagero aqui, nem idolatração dos EUA ou da Rússia, Spielberg retrata cruamente como foi este período conturbado, falhando apenas no ritmo irregular.
Star Wars, Episódio VII: O Despertar da Força
4.3 3,1K Assista AgoraO que dizer? Espero esse filme a anos e ele não decepciona. A trama flui naturalmente, a direção do Abrams é energética, te jogando junto de maneira irresistível. John Boyega e Oscar Isaac são carismáticos como Finn e Poe, mas quem carrega o filme nas costas é mesmo a Daisy Ridley, atriz fenomenal, impossível não torcer por ela do inicio ao filme. Grande descoberta do J.J. Abrams. Como todos os filmes da saga, tecnicamente é impecável, a direção de arte é maravilhosa. O destaque vai como sempre a trilha do John Williams, que mesmo não sendo marcante como dos outros filmes, ainda consegue mescla temas novos com antigos de maneira sofisticada e nostálgica.
Assim, não dou 5 estrelas porque achei os personagens mal desenvolvidos e a trama imitar demais Uma Nova Esperança: De novo temos um ex-Jedi que caiu pro lado sombrio e que é um Skywalker, de novo temos um Supremo Líder, uma super arma preste a atirar na base da resistência\Aliança Rebelde, em contagem regressiva... impossível escapar da sensação de ''eu já vi isso antes''.
Também poderiam ter parado a ação frenética ou aumentado a duração do filme para desenvolver mas a Rey: Do nada ela passa usar seus poderes, sendo que alguns minutos antes ela tinha dito ''não quero ter nada haver com isso''. E minutos depois ela está derrotando um vilão treinado na Força.... é muito inverosímel. Sem falar que o filme não explica nada sobre ela:q ue tipo de pais abandonam uma menina sozinha no planeta? Ela é filha do Luke? Bem, acho que essas perguntas só serão respondidas no episódio VIII, que aguardarei ansiosamente.
Concluindo, é um ótimo filme , se inovassem mais ao invés de tentarem refazer Uma Nova Esperança seria perfeito.
Star Wars, Episódio III: A Vingança dos Sith
4.1 1,1K Assista AgoraAproveitei que estava passando no SBT - aliás, com uma dublagem horrível - e fui rever um dos meus filmes favoritos de todos os tempos. Pensei que não iria me emocionar mais, porém a música épica de John Williams, transformação de Anakin em Vader, o duelo final, a destruição dos Jedi e uma nova esperança surgindo com Luke e Léia continuam fazendo-me arrepiar como sempre.
Star Wars, Episódio VI: O Retorno do Jedi
4.3 915 Assista AgoraGalera adora falar mal de Ameaça Fantasma mas esquece que na trilogia original tivemos o Retorno de Jedi, que é falho em diversos aspectos por causa do interesse mercadológico de Lucas: Era para Han Solo morrer, a frota rebelde ficar despedaçada, Luke iria terminar o filme machucado andando em direção ao sol como um herói de faroeste, ao invés desse final épico, George Lucas estava preocupado que um filme dramático iria diminuir a venda dos brinquedos assim temos ursinhos de pelúcia - ewoks - destruindo a ''melhor legião do Império'', Han Solo é transformado em pateta com um Harrison Ford no piloto automático, Carrie Fisher é jogada em segundo plano: Diferente da líder dos filmes anteriores, Léia é primeiro colocada num biquíni de metal apenas pra objetificar a personagem e ganhar dinheiro em cima disso, em seguida ela é revelada como irmã do Luke, filha do Vader, e não a desenvolvimento disso: Vader a torturou a bordo da Estrela da Morde, como ela se sentiu ao saber que é filha dele? nunca saberemos. Sem falar que Harrison Ford e Carrie Fisher perderam completamente a química do filme anterior e o romance dos dois soa sem paixão nenhuma, como um casal de velhos. Pra completar os lados negativos, a direção do Richard Marquand é muito fraca, e isso fica evidente na batalha espacial que é uma confusão de cortes apressados impossibilitando a gente saber o que está acontecendo, até hoje tento entender como a pequena frota rebelde venceu o Império.
Mas nem tudo é ruim, quando Luke acena pra R2D2 e ele lança o sabre de luz começando a tocar a trilha sonora de John Williams você lembra porque Star Wars permanece a gerações encantando público de todas as idades, é uma cena muito eletrizante e serve pra nos mostrar que Luke já é um jedi formado. A perseguição nos speeder em Endor é ótima também e um feito técnico impressionante pra época. Tecnicamente Star Wars nunca decepciona, a direção de arte permanece realista até para os padrões atuais. O figurino acerta em colocar Luke usando uma roupa imperial preta com um robe jedi verde em cima, para mostrar seu conflito entre a luz e as trevas. E é brilhante notar que quando Luke rejeita o lado sombrio, sua roupa abre em cima revelando um fundo branco pra simbolizar que ele sempre foi puro por dentro. O duelo entre ele e Vader é emocionante apesar dos diálogos ruins e ver Darth Vader se redimindo e cumprindo a profecia do Escolhido é um prazer maior depois de assistir as prequelas. Com um final agridoce para nos dizer que ''está tudo bem no paraíso'' - bem, agora não mais porque temos ep. 7 - O Retorno de Jedi é um filme que cumpre seu papel em ser divertido e concluir a saga, mas ainda soa uma conclusão muito fraca pra uma história épica.
Star Wars, Episódio I: A Ameaça Fantasma
3.6 1,2K Assista AgoraA Ameaça Fantasma é tão cheia de pontos negativos e positivos que eles acabam se equilibrando como em Ataque dos Clones e O Retorno de Jedi. Vamos primeiro ao lado negativo:
* Personagens mal desenvolvidos. Liam Neeson é simpático como Qui-Gon Jinn mas por não ter personalidade desenvolvida não lamentamos seu destino. Obi-Wan é jogado a segundo plano e Darth Maul tinha potencial pra ser um grande vilão mas aparece pouco para causar algum temor. Num universo de personagens unidimensionais é a mãe do Anakin que a mais realista da trama.
* Trama com furos: Ok, sabemos que Palpatine\Sidious usa a invasão a Naboo para se tornar Chanceler, mas porque pra se tornar chanceler ele precisa invadir Naboo? a meios mais sutis que isso. Nunca fica claro o propósito da invasão nem por parte de Sidious ou da Federação de Comércio, algo que até e dito por Qui-Gon: ''não a lógica nessa invasão da federação'', não tem mesmo.
Lados positivo: A direção de arte capricha em nos mostrar como era a galáctica na época da república: desde a riqueza, charme e cultura de Naboo para os prédios de Coruscant, á um contraste gritante com o período cinza do Império. Podemos ver Anakin Skywalker antes de ser um Jedi ou Lord Sith, apenas uma criança que transborda inocência entrando em contraste com o que ele vai se tornar mais tarde. A sequência final amarra quatro acontecimentos: batalha terrestre, estelar, duelo e invasão ao palácio, sem nos fazer se perder entre elas, e muito bem dirigida por Lucas. A trilha sonora do John Williams é a melhor das prequelas, bastante épica e tbm em contraste com a trilha sonora original, Williams nunca usa ao longo do filme o tema principal - apenas na abertura e títulos finais - corretamente prefere desenvolver novos temas para esse outro período.
Não é ruim como dizem, um roteiro mais coeso e melhor desenvolvimento dos personagens tornariam Ameaça Fantasma um grande filme.
Imagine Eu e Você
3.7 742Uma comédia romântica que seria mais do mesmo se o casal principal fosse hétero, mas como é um romance entre mulheres, ele soa diferente. Basicamente é as mesmas fórmulas de comédias românticas - amor a primeira vista, triangulo amoroso - aplicadas a um casal gay, e por isso consegue rejuvenescer tropos tão desgastados. O filme tem momentos engraçados e doces funcionando como um passatempo divertido, não oferece grandes questões ou conflitos mas te deixa com um sorriso no rosto quando acaba.
A Princesa Encantada
3.6 127 Assista AgoraCom o sucesso arrasador de A Pequena Sereia, A Bela e a Fera e Aladdin, os outros estúdios de animação resolveram encarnar a fórmula Disney de cantoria e contos de fadas. A Princesa Encantada é um desses, tem personagens simpáticos e a história flui de maneira divertida, mas é bastante previsível por utilizar uma fórmula tão saturada que a própria Disney estava reformulando nos anos 90. As canções não são memoráveis com exceção do love theme que é lindo, e a animação, para quem está acostumado com o 2D rico em detalhes da Disney e Dreamworks é muito simplista.
Assim, A Princesa Encantada parece muito uma versão ''Made in China'' dos clássicos Disney.
Operação Big Hero
4.2 1,9K Assista AgoraBig Hero 6 é exatamente o que esperamos de uma animação da Disney: Uma história sensível e emocionante, personagens memoráveis e ricamente desenhado.
Lilo & Stitch
3.9 590 Assista AgoraUma animação divertida e triste ao mesmo tempo, Lilo e Stitch consegue emocionar sem apelar para momentos de grande drama, uma história singela que te faz rir e chorar.
Planeta do Tesouro
3.7 209 Assista AgoraPlaneta do tesouro tem um visual impressionante e algumas empolgantes sequências de ação, mas carece de ritmo e personagens marcantes: falta profundidade e emoção na trama, se tivesse um roteiro melhor seria outro Clássico Disney.
O Corcunda de Notre Dame
3.7 538 Assista AgoraUm dos filmes mais maduros da Disney, os colegas abaixo já disseram tudo que penso: A trilha sonora do Alan Menken é maravilhosa, épica e arrebatadora, que peca apenas nas canções de comédia como a das gárgulas que ficam deslocadas das outras canções, mas isso não é culpa do Alan, mas sim dos roteiristas que tentam deixa o filme ''mais infantil'' com as gárgulas. Não funciona e elas ficam deslocadas da história densa.
O filme aborda temas que convivemos diariamente: preconceito, exclusão, intolerância religiosa, radicalismo... E mesmo que pareça ''pesado'' para um filme que o público principal são as crianças, eu acredito que elas e pessoas de todas as idades podem se identificar com o tema do filme porque é universal.
Os momentos sombrios são os mais fortes emocionalmente: A abertura é uma obra prima da animação, a música que embala a sequência é de arrepiar e é o melhor momento do filme pra mim. A canção de Quasimundo, Heaven's Light\luzes celestial, seguida pela canção de Frollo, Hellfire\Fogo do Inferno faz um contraponto perfeito nas letras de como ambos veem o amor que sentem por Esmeralda. Frollo nesse momento exibe toda sua luxúria, sexualidade reprimida e radicalismo religioso no momento mais sinistro de uma animação da Disney desde que Satanás evocou os demônios em Fantasia (1940). Assim, Frollo é o personagem mais bem desenvolvido do filme: Nem Quasimundo, Esmeralda ou Phoebus são tão enigmáticos como o vilão. Porém são simpáticos o suficiente para nós torcermos por eles até o fim.
Para fechar com chave de ouro, Corcunda é lindamente animado, as cores são vivas e os artistas exploram com perfeição a arquitetura de Notre Dame. Assim as falhas do filme está nas tentativas de comédia e de ter um final que soa apressado, desajeitado, amarrado apenas para a história ter um final feliz.
Velozes e Furiosos 7
3.8 1,7K Assista AgoraVilão fraco, trama fraca, vale pela boas sequências de ação que mesmo irreais são divertidas. O melhor do filme é a homenagem sincera a Paul e só.
Frozen: Febre Congelante
3.6 111 Assista AgoraFrozen Fever foi feito com os objetivos de suprir a necessidade do público de "querer mais'' de Frozen, para a Disney manter a animação fresca na mente do público e claro, lucrar com os bonequinhos. Acredito que os 3 objetivos foram perfeitamente alcançados: o curta é doce e cativante, faz o público querer mais; os bonequinhos de neve são adoráveis, difícil não querer ter um.
A Disney hoje com Frozen se encontra na mesma situação que esteve com O Rei Leão em 94: Ambos eram esperados não fazerem sucesso e de repente se tornam as maiores animações do seu tempo. (O Rei Leão, maior sucesso animado dos anos 90 e ainda a 3º animação de maior bilheteria da história, e Frozen é atualmente, a animação de maior bilheteria) Pegando a Disney desprevenida que não esperava que ambas as animações virasse uma franquia de sucesso e lucrativa. Então, a Disney está fazendo com Frozen o mesmo que fez com O Rei Leão: lançar curtas para suprir a demanda, depois sequelas e séries de televisão.
O nome original deste curta -Frozen Fever -, é claramente um trocadilho com a própria "febre" que a animação se tornou; Acredito que foi dai que Jennifer Lee e Chris Buck tirou a ideia para o curta metragem, bem feito.