Resumo: um pai ausente que passa a tarefa de educar os filhos para a mãe; uma mãe que acha que é a única referência importante na vida dos filhos, mas que vai morrer; uma madrasta que acha que nunca estará a altura dessa família e, por conta disso, deve abrir mão de sua carreira e vida pessoal para cuidar das crianças, que é o que o diretor acha que cabe à mulher, pelo visto.
Uma pena, não ficou legal. É difícil se afeiçoar às personagens apesar do esforço imenso que o filme faz nesse sentido e, curiosamente, num filme de protagonistas mulheres, o personagem mais carismático é Hemsworth.
O humor também não funciona bem e muitas (muitas) cenas são desperdiçadas tentando fazê-lo funcionar, de modo que o filme vai simplesmente indo sem cativar muito, sem despencar para o ridículo.
Filme medonho e ultrapassado, que expõe todos aqueles clichês bizarros do papel feminino na criação dos filhos.
De um lado, um pai completamente ausente e que não interfere na educação dos filhos, de outro, uma mãe que acha que é a única referência importante na vida dos filhos e uma madrasta que acha que nunca estará a altura disso. No filme todo o personagem da Julia Roberts é açoitado como "não-mãe", de uma forma ridícula, pois o papel do pai, por exemplo, nunca é questionado. A madrasta e a mãe devem abrir mão da carreira e da vida pelos filhos, e o pai deve brincar com eles de vez em quando.
Roteiro ruim, as partes se sobrepõe sem se concatenar, as coisas essenciais demoram para acontecer enquanto coisas irrelevantes acontecem o tempo todo... Um fiasco.
O filme é um ótimo fechamento para uma série que desperta naturalmente o interesse de quem gosta desse herói, afinal, tão logo aprendemos a mitologia que o envolve, uma questão se impõe: qual é o destino do Batman? Se ele não tem nenhum grande poder além do dinheiro, então está fadado ao cansaço e à morte, além disso, se ele não mata, então como vai lidar com os vilões realmente grandes que não podem ser parados pelos meios comuns?
Na série, Bruce Waine velho (ou super velho, no episódio epílogo) e aposentado continua imponente e interessante por seus métodos, sua dor, seu drama, ao passo que Terry é um Batman medianamente interessante que vai ganhando contornos bacanas no decorrer de uma série que, infelizmente, não foi planejada de forma muito coerente, em vista de progredir para um final coeso. Os capítulos vão acontecendo, quase sempre muito interessantes, mas de forma bastante despretenciosa, e várias coisas que poderiam ser melhor abordadas não o são.
Contudo, nem por isso a série deixa de ser ótima, pois os episódios tendem a ser muito bons e alguns são verdadeiramente catárticos. Na medida em que os dois protagonistas vão se mostrando e dando suas próprias soluções para os problemas que aparecem, ficamos cada vez mais interessados neles. É o duplo movimento da série: ao mesmo tempo em que vamos descobrindo quem é esse novo Batman, seu histórico pessoal, seus motivos, vamos também desvelando o que aconteceu no passado de Bruce e que resposta ele deu aos seus conhecidos problemas.
Quer dizer, que fim tiveram os aliados do Batman como Alfred, Gordon e Robin? E os vilões clássicos, onde estão quarenta anos depois do auge do morcego? Como acabaram Ra's al ghul, Freeze, Mulher gato, Bane e, acima de tudo, que fim teve o Coringa?
A resposta que o filme dá a essa última questão é horripilante. Ela tenta dar conta de um velho dilema do herói: o Batman não mata e o Coringa não pode ser parado senão pela própria morte. A meu ver, descobrir como isso se resolve no filme é algo muito mais interessante que a própria volta do vilão.
Particularmente, ver essa ótima série que, felizmente, era até melhor do que eu me lembrava, serviu para limpar um pouco minha alma do péssimo "Batman versus Superman" e retomar meu interesse pelos quadrinhos. É bom ver que, mesmo que à margem do grande cinema, as animações continuam produzindo excelência.
Caramba, que filme curioso. Quando ele terminou eu fiquei pensando sobre a experiência que o diretor faz a gente passar. Apesar de ter coisas que queremos ver resolvidas, como saber se os pais são ou não assassinos, acho que o filme é mais sobre o medo e sobre a experiência do medo que sobre qualquer outra coisa.
As cenas vão se sucedendo sem nenhuma ligação, cada uma trazendo uma quantidade enorme de informações que vão ficando perdidas no caminho, como um entulho que vai se acumulando e gerando um desconforto crescente em quem espera alguma coerência do filme.
No geral, esse filme me passa a impressão triste de que essa é a cena da "cultura" hoje: uma grande massa de pessoas genéricas, alimentadas por toneladas de informações que as tornam descoladas e rasas. Há quem goste disso, aliás, mas é muito "cool" para mim, que nem sou um sujeito profundo.
Bate uma solidão quando vejo alguém ficar satisfeito com um filme desses.
Mas não me deem ouvidos. Aproveitem o filme. Tem explosões e efeitos especiais.
pais do Bruce, pais do Clark, Mulher maravilha, meta-humanos, sonhos idiotas do Bruce, Planeta diário, etc
), um roteiro confuso, e uma ausência bizarra de temas.
A esse respeito, em nenhum momento da história é possível entender qual é exatamente o conflito de visões que os filme quer representar: se o morcego ganhar, isso nada significa, se o azulão ganhar, idem, são só dois fortões se enfrentando sem um bom motivo por detrás. Se o filme não estivesse recriando o conflito magnífico do "Cavaleiro das trevas", com toda a densidade que ele tinha nos quadrinhos, isso poderia passar sem problemas. Mas ele está, e a falta de temas empobrece o filme.
Quem viu "O homem de aço" vai encontrar aqui os mesmos defeitos do filme anterior: um excesso de coisas e uma incapacidade do diretor de dar sentido à história. Vale a diversão, eu acho, mas passado um dia ou dois já é difícil lembrar do que se assistiu.
Lixo. Madrugada dos mortos é um anti-filme. É uma traição da obra original que subverte tudo o que ela tinha de emancipadora e questionadora para fazer um filme que defende tudo o que o original criticava. Não deveria ser visto, nem deveria ter sido feito.
Tem personagens que são simplesmente dispensáveis, como o patrão e os colegas de Lois Lane, ou personagens que são mal utilizados, como os pais (ambos) do Clark.
Acho que o filme tem ótimos acertos, mas todos estão envolvidos em excesso. As cenas de batalha são boas, por exemplo, mas muitas e repetem seus recursos (Clark caindo, Clark quebrando coisas ao ser atingido). Além disso, há uma montanha de acontecimentos "convenientes" que constroem os nexos do roteiro, sendo preciso ignorar muita, mas muita coisa mesmo, para fazer o filme funcionar.
Várias questões são mal trabalhadas ou ficam apenas meio respondidas e é difícil dizer que o filme é bom simplesmente, ou ruim simplesmente. O tempo todo ele acerta errando e erra acertando.
No mais, gostei do começo e achei que o protagonista seria construído como um homem forte em fase de formação de seus valores, porém, não é bem o que ocorre. Clark não tem conflitos, ele apenas não sabe suas origens e tão logo descobre já age, não tendo nem que pensar um momento sobre o que é o certo a se fazer. Uma pena, pois o chato do Superman é justamente ele ser um personagem construído, sobretudo, por fora: ele provém de uma raça alienígena, a bandeira de um país envolve seu corpo, foi criado por pais que não são seus, e tudo aceita passivamente como o bocó que é. Pensei por um momento que o filme daria personalidade ao personagem e o faria ser alguém que é o que é porque escolhe ser, porque mesmo tendo outras opções, resolveu ser quem é. Não foi o caso, infelizmente.
Tem várias escolhas que são ruins em função do histórico dos personagens, como o relacionamento bizarro do Banner com a Viúva negra, que é um recurso de roteiro para lidar com a fúria incontrolável do personagem. Do lado da viúva, para que ela se envolvesse com alguém seriamente seria preciso que fosse mostrada a personalidade "original" da personagem, mas ela foi criada para ser uma espiã e, por isso, qualquer personalidade original que possa ter tido um dia, ela inexiste hoje. O filme não lida com isso e os sentimentos dela por ele soam artificiais e baseados em nada, pois nem sabemos bem o que ela é e o que o relacionamento significaria para ela. Do lado do Hulk, o recurso é uma forma de tirar a Betty da jogada e criar outro modo de controlá-lo, o que por consequência mata o histórico e a motivação do personagem. Nesse filme, Hulk é só um cachorro bravo sem conflito algum.
Há também a aparição dos filhos do Magneto que servem também como recurso para movimentar certos pontos da trama, mas que não acrescentam nada ao filme. Em se tratando disso, o caso do Pietro é o mais ridículo: ele aparece, não brilha, não acrescenta, não muda, e morre como se fosse nada. Melhor que nem tivesse sido usado.
O filme tem um tom mais sério que o anterior e uma duração muito mais cansativa. No fim, só fiquei com a impressão de engano, de me sentir meio criança assistindo aquilo.
Filme difícil, tal como a maioria dos filmes desse diretor. Particularmente, sofri bastante para ver o filme depois das duas primeiras horas, mesmo sabendo mais ou menos que algo assim viria, pois o filme te engana.
De um lado, ele constrói histórias que se fundem facilmente umas nas outras, de outro, dá outras histórias que parecem não ter nexo nenhum, ligação nenhuma com nada. Como o espectador consegue entender parcialmente o que se passa, acaba ficando atento por ter esperança de conseguir criar um nexo total daquilo que vê, mas aí está a arapuca do filme: esse nexo total é difícil de ser construido numa única sessão desse filme, pois são muitos símbolos, muitas cenas que talvez signifiquem algo ou que talvez sejam só experimentação desse diretor maluco.
Para nós, pessoinhas superficiais que querem ser entretidas e esclarecidas em cinquenta minutos, entender algo assim é raro e difícil. Claro, algumas coisas já foram ditas pelo diretor e são seu norte, como por exemplo, o fato de que ele não tem coisa alguma com o surrealismo (sério, gente, parem de fazer essa relação, ela só faz vocês parecerem idiotas).
Aliás, alguém deveria montar algum projeto para juntar as cenas dos filmes, anotar as referências, as repetições das cores, dos objetos, das metáforas, e depois criar nortes interpretativos para nós, meros mortais com emprego de segundo a sexta e dotes intelectuais limitados. Poderia se chamar assim mesmo: David Lynch ensinado para quem quer mesmo entender e não para quem quer pagar de cult idiota.
Acho ruim que o tempo todo o filme tente ser épico, extraordinário, pois é bem cansativo, mas também que ele recorra às mesmas saídas constantemente (ah, o inimigo vai matar alguém, mas, zaz, o aliado oculto reaparece no último instante e salva o dia). Enquanto o "Senhor dos anéis" parecia ser uma grande viagem épica que mostrava o desenvolvimento dos personagens no interior de uma transformação no mundo, o "Hobbit" é épico apenas pelos elementos visuais e mágicos que enchem os olhos. Quando olhados de perto, eles não parecem significar nada, no fim das contas, a magia parece só efeitos especiais.
Os Incríveis 2
4.1 1,4K Assista AgoraGostei dele, bem divertido. É longo e não é bem coerente, tendo várias pontas soltas, mas é legal e isso me basta.
Lado a Lado
3.9 625 Assista AgoraResumo: um pai ausente que passa a tarefa de educar os filhos para a mãe; uma mãe que acha que é a única referência importante na vida dos filhos, mas que vai morrer; uma madrasta que acha que nunca estará a altura dessa família e, por conta disso, deve abrir mão de sua carreira e vida pessoal para cuidar das crianças, que é o que o diretor acha que cabe à mulher, pelo visto.
Dave Chappelle: Equanimidade
3.9 12Fraquinho
Caça-Fantasmas
3.2 1,3K Assista AgoraUma pena, não ficou legal. É difícil se afeiçoar às personagens apesar do esforço imenso que o filme faz nesse sentido e, curiosamente, num filme de protagonistas mulheres, o personagem mais carismático é Hemsworth.
O humor também não funciona bem e muitas (muitas) cenas são desperdiçadas tentando fazê-lo funcionar, de modo que o filme vai simplesmente indo sem cativar muito, sem despencar para o ridículo.
Sei lá, é só uma pena.
Lado a Lado
3.9 625 Assista AgoraFilme medonho e ultrapassado, que expõe todos aqueles clichês bizarros do papel feminino na criação dos filhos.
De um lado, um pai completamente ausente e que não interfere na educação dos filhos, de outro, uma mãe que acha que é a única referência importante na vida dos filhos e uma madrasta que acha que nunca estará a altura disso. No filme todo o personagem da Julia Roberts é açoitado como "não-mãe", de uma forma ridícula, pois o papel do pai, por exemplo, nunca é questionado. A madrasta e a mãe devem abrir mão da carreira e da vida pelos filhos, e o pai deve brincar com eles de vez em quando.
Foi uma experiência medonha.
Dia da Namorada
2.2 50 Assista AgoraRoteiro ruim, as partes se sobrepõe sem se concatenar, as coisas essenciais demoram para acontecer enquanto coisas irrelevantes acontecem o tempo todo... Um fiasco.
Vingadores Confidencial: Viúva Negra e Justiceiro
3.1 48Meia boca. Pelo visto, vai demorar um tempo para conseguirem fazer a viúva negra ficar interessante.
As Tartarugas Ninja
3.1 1,3K Assista AgoraBem mais ou menos, com algumas boas sacadas que tornam o filme "teen". A April ficou medonha.
Batman do Futuro - O Retorno do Coringa
3.5 79 Assista AgoraO filme é um ótimo fechamento para uma série que desperta naturalmente o interesse de quem gosta desse herói, afinal, tão logo aprendemos a mitologia que o envolve, uma questão se impõe: qual é o destino do Batman? Se ele não tem nenhum grande poder além do dinheiro, então está fadado ao cansaço e à morte, além disso, se ele não mata, então como vai lidar com os vilões realmente grandes que não podem ser parados pelos meios comuns?
Na série, Bruce Waine velho (ou super velho, no episódio epílogo) e aposentado continua imponente e interessante por seus métodos, sua dor, seu drama, ao passo que Terry é um Batman medianamente interessante que vai ganhando contornos bacanas no decorrer de uma série que, infelizmente, não foi planejada de forma muito coerente, em vista de progredir para um final coeso. Os capítulos vão acontecendo, quase sempre muito interessantes, mas de forma bastante despretenciosa, e várias coisas que poderiam ser melhor abordadas não o são.
Contudo, nem por isso a série deixa de ser ótima, pois os episódios tendem a ser muito bons e alguns são verdadeiramente catárticos. Na medida em que os dois protagonistas vão se mostrando e dando suas próprias soluções para os problemas que aparecem, ficamos cada vez mais interessados neles. É o duplo movimento da série: ao mesmo tempo em que vamos descobrindo quem é esse novo Batman, seu histórico pessoal, seus motivos, vamos também desvelando o que aconteceu no passado de Bruce e que resposta ele deu aos seus conhecidos problemas.
Quer dizer, que fim tiveram os aliados do Batman como Alfred, Gordon e Robin? E os vilões clássicos, onde estão quarenta anos depois do auge do morcego? Como acabaram Ra's al ghul, Freeze, Mulher gato, Bane e, acima de tudo, que fim teve o Coringa?
A resposta que o filme dá a essa última questão é horripilante. Ela tenta dar conta de um velho dilema do herói: o Batman não mata e o Coringa não pode ser parado senão pela própria morte. A meu ver, descobrir como isso se resolve no filme é algo muito mais interessante que a própria volta do vilão.
Particularmente, ver essa ótima série que, felizmente, era até melhor do que eu me lembrava, serviu para limpar um pouco minha alma do péssimo "Batman versus Superman" e retomar meu interesse pelos quadrinhos. É bom ver que, mesmo que à margem do grande cinema, as animações continuam produzindo excelência.
O Exterminador do Futuro: Gênesis
3.2 1,2K Assista AgoraO horror, o horror...
Biutiful
4.0 1,1KFilmão!
O Que Há para Jantar?
3.4 37 Assista AgoraCaramba, que filme curioso. Quando ele terminou eu fiquei pensando sobre a experiência que o diretor faz a gente passar. Apesar de ter coisas que queremos ver resolvidas, como saber se os pais são ou não assassinos, acho que o filme é mais sobre o medo e sobre a experiência do medo que sobre qualquer outra coisa.
Resident Evil 2: Apocalipse
3.3 823 Assista AgoraOfensivo aos jogos e aos fãs. Sem mais.
O Espetacular Homem-Aranha
3.4 4,9K Assista AgoraAs cenas vão se sucedendo sem nenhuma ligação, cada uma trazendo uma quantidade enorme de informações que vão ficando perdidas no caminho, como um entulho que vai se acumulando e gerando um desconforto crescente em quem espera alguma coerência do filme.
No geral, esse filme me passa a impressão triste de que essa é a cena da "cultura" hoje: uma grande massa de pessoas genéricas, alimentadas por toneladas de informações que as tornam descoladas e rasas. Há quem goste disso, aliás, mas é muito "cool" para mim, que nem sou um sujeito profundo.
Bate uma solidão quando vejo alguém ficar satisfeito com um filme desses.
Mas não me deem ouvidos. Aproveitem o filme. Tem explosões e efeitos especiais.
Batman vs Superman - A Origem da Justiça
3.4 5,0K Assista AgoraO filme é um amontoado de cenas que não se ligam e não se imbricam. Várias delas são boas, convém dizer, mas isso é bem pouco para gerar um bom filme.
Não é um desastre completo, só um filme mal elaborado, com elementos em excesso que poderiam ser retirados (
pais do Bruce, pais do Clark, Mulher maravilha, meta-humanos, sonhos idiotas do Bruce, Planeta diário, etc
A esse respeito, em nenhum momento da história é possível entender qual é exatamente o conflito de visões que os filme quer representar: se o morcego ganhar, isso nada significa, se o azulão ganhar, idem, são só dois fortões se enfrentando sem um bom motivo por detrás. Se o filme não estivesse recriando o conflito magnífico do "Cavaleiro das trevas", com toda a densidade que ele tinha nos quadrinhos, isso poderia passar sem problemas. Mas ele está, e a falta de temas empobrece o filme.
Quem viu "O homem de aço" vai encontrar aqui os mesmos defeitos do filme anterior: um excesso de coisas e uma incapacidade do diretor de dar sentido à história. Vale a diversão, eu acho, mas passado um dia ou dois já é difícil lembrar do que se assistiu.
Os Meninos
4.0 104Voltei para a vida com medo. Acho que esse deveria ser o objetivo de todo o filme de terror.
[spoiler][/spoiler]
Madrugada dos Mortos
3.5 1,4K Assista AgoraLixo. Madrugada dos mortos é um anti-filme. É uma traição da obra original que subverte tudo o que ela tinha de emancipadora e questionadora para fazer um filme que defende tudo o que o original criticava. Não deveria ser visto, nem deveria ter sido feito.
O Homem de Aço
3.6 3,9K Assista AgoraUsam-se muitos elementos dos quadrinhos e o filme fica poluído pelo excesso.
Tem personagens que são simplesmente dispensáveis, como o patrão e os colegas de Lois Lane, ou personagens que são mal utilizados, como os pais (ambos) do Clark.
Acho que o filme tem ótimos acertos, mas todos estão envolvidos em excesso. As cenas de batalha são boas, por exemplo, mas muitas e repetem seus recursos (Clark caindo, Clark quebrando coisas ao ser atingido). Além disso, há uma montanha de acontecimentos "convenientes" que constroem os nexos do roteiro, sendo preciso ignorar muita, mas muita coisa mesmo, para fazer o filme funcionar.
Várias questões são mal trabalhadas ou ficam apenas meio respondidas e é difícil dizer que o filme é bom simplesmente, ou ruim simplesmente. O tempo todo ele acerta errando e erra acertando.
No mais, gostei do começo e achei que o protagonista seria construído como um homem forte em fase de formação de seus valores, porém, não é bem o que ocorre. Clark não tem conflitos, ele apenas não sabe suas origens e tão logo descobre já age, não tendo nem que pensar um momento sobre o que é o certo a se fazer. Uma pena, pois o chato do Superman é justamente ele ser um personagem construído, sobretudo, por fora: ele provém de uma raça alienígena, a bandeira de um país envolve seu corpo, foi criado por pais que não são seus, e tudo aceita passivamente como o bocó que é. Pensei por um momento que o filme daria personalidade ao personagem e o faria ser alguém que é o que é porque escolhe ser, porque mesmo tendo outras opções, resolveu ser quem é. Não foi o caso, infelizmente.
Mas aproveitei as explosões.
O Vingador do Futuro
3.0 1,6K Assista AgoraAchei que a aparência da cidade, com aquela decadência toda, ficou bonita. No mais, nada mais.
Vingadores: Era de Ultron
3.7 3,0K Assista AgoraDivertido, mas apenas mediano para um filme "desligue o cérebro e curta as explosões".
Tem várias escolhas que são ruins em função do histórico dos personagens, como o relacionamento bizarro do Banner com a Viúva negra, que é um recurso de roteiro para lidar com a fúria incontrolável do personagem. Do lado da viúva, para que ela se envolvesse com alguém seriamente seria preciso que fosse mostrada a personalidade "original" da personagem, mas ela foi criada para ser uma espiã e, por isso, qualquer personalidade original que possa ter tido um dia, ela inexiste hoje. O filme não lida com isso e os sentimentos dela por ele soam artificiais e baseados em nada, pois nem sabemos bem o que ela é e o que o relacionamento significaria para ela. Do lado do Hulk, o recurso é uma forma de tirar a Betty da jogada e criar outro modo de controlá-lo, o que por consequência mata o histórico e a motivação do personagem. Nesse filme, Hulk é só um cachorro bravo sem conflito algum.
Há também a aparição dos filhos do Magneto que servem também como recurso para movimentar certos pontos da trama, mas que não acrescentam nada ao filme. Em se tratando disso, o caso do Pietro é o mais ridículo: ele aparece, não brilha, não acrescenta, não muda, e morre como se fosse nada. Melhor que nem tivesse sido usado.
O filme tem um tom mais sério que o anterior e uma duração muito mais cansativa. No fim, só fiquei com a impressão de engano, de me sentir meio criança assistindo aquilo.
Império dos Sonhos
3.8 433Filme difícil, tal como a maioria dos filmes desse diretor. Particularmente, sofri bastante para ver o filme depois das duas primeiras horas, mesmo sabendo mais ou menos que algo assim viria, pois o filme te engana.
De um lado, ele constrói histórias que se fundem facilmente umas nas outras, de outro, dá outras histórias que parecem não ter nexo nenhum, ligação nenhuma com nada. Como o espectador consegue entender parcialmente o que se passa, acaba ficando atento por ter esperança de conseguir criar um nexo total daquilo que vê, mas aí está a arapuca do filme: esse nexo total é difícil de ser construido numa única sessão desse filme, pois são muitos símbolos, muitas cenas que talvez signifiquem algo ou que talvez sejam só experimentação desse diretor maluco.
Para nós, pessoinhas superficiais que querem ser entretidas e esclarecidas em cinquenta minutos, entender algo assim é raro e difícil. Claro, algumas coisas já foram ditas pelo diretor e são seu norte, como por exemplo, o fato de que ele não tem coisa alguma com o surrealismo (sério, gente, parem de fazer essa relação, ela só faz vocês parecerem idiotas).
Aliás, alguém deveria montar algum projeto para juntar as cenas dos filmes, anotar as referências, as repetições das cores, dos objetos, das metáforas, e depois criar nortes interpretativos para nós, meros mortais com emprego de segundo a sexta e dotes intelectuais limitados. Poderia se chamar assim mesmo: David Lynch ensinado para quem quer mesmo entender e não para quem quer pagar de cult idiota.
O Hobbit: Uma Jornada Inesperada
4.1 4,7K Assista AgoraAcho ruim que o tempo todo o filme tente ser épico, extraordinário, pois é bem cansativo, mas também que ele recorra às mesmas saídas constantemente (ah, o inimigo vai matar alguém, mas, zaz, o aliado oculto reaparece no último instante e salva o dia). Enquanto o "Senhor dos anéis" parecia ser uma grande viagem épica que mostrava o desenvolvimento dos personagens no interior de uma transformação no mundo, o "Hobbit" é épico apenas pelos elementos visuais e mágicos que enchem os olhos. Quando olhados de perto, eles não parecem significar nada, no fim das contas, a magia parece só efeitos especiais.
Ou isso ou estou ficando velho para fantasia.
Circo dos Horrores: Aprendiz de Vampiro
2.8 491 Assista AgoraProblemas de edição, decupagem, atuação, roteiro, em suma, de existência. É o pior filme que vejo em anos, sendo assustador de tão ruim.
[REC]² Possuídos
3.1 1,4K Assista AgoraUma dúvida: que fim teve a menina adolescente? Ela não tinha sido trancada? Ficou lá?
[spoiler][/spoiler]