Brenda.

Só por ser brasileiro e de 1997 tinha grandes chances de ser fraco, mas muito pelo contrário, esse filme é muito bom. Me surpreendeu totalmente. Se existe uma prova de que o cinema no Brasil pode ter qualidade narrativa sem influências estrangeiras, sem apelação e sem "novelização" é esse filme.

Noé. Da sua conta. (Desculpa pra quem leu isso mas eu não podia perder essa piada) :p

Vamos ser sinceros, Lars Von Trier deu umas viajadas desnecessárias. Talvez muitas delas se devam ao fato de que a visão da ninfomania feminina foi tratada sob um olhar masculino, e digo SOB e não SOBRE de forma extremamente proposital. Estabelecendo um comparativo com um filme que aborda a mesma temática só que com um personagem principal masculino, como é o caso de Shame (2011), a discussão fica muito mais voltada para o piscicológico do protagonista e muito menos para os aspectos morais de suas atitudes. Por ser uma mulher, a ninfomaníaca acaba sendo julgada o filme inteiro, mesmo que intrínseca e subliminarmente, por sua busca pela satisfação sexual. Agora façamos o seguinte teste para testar se tais proposições tem fundamento: imagine que o personagem principal de Ninfomaníaca é um homem.