James Preston era um punheteiro intergaláctico que acordou antes do tempo em sua viagem de 120 anos da Terra para Homestead Colony. De tanto se masturbar, ele acabou ficando louco e desenvolvendo uma relação obsessiva com outra passageira que ainda estava hibernando, Aurora Lane. Em um ímpeto de sua loucura masturbatória, ele desperta Aurora porque, enfim, ele é homem, ela é mulher e punheta demais cansa. Sim, este é o roteiro do filme.
Um personagem egoísta, inseguro, obsessivo, nojento, doente. Interpretado por um ator que só sabe representar a si mesmo, que não sei de onde tiraram que é carismático. Gente, deixa a tia explicar uma coisa pra vocês: carismático é o Harrison Ford. O Chris Pratt é só um bombadinho mais ou menos (beeeeeeem mais ou menos, diga-se de passagem), com cara de menino mimado de condomínio e aquele sorrisinho wannabe cafajeste que, em certos momentos (os diálogos de "tensão sexual" entre ele e Brice Dallas Howard em Jurassic World, por exemplo), chega a dar dó no expectador. E dó do expectador também, que é obrigado a ver o Chris Pratt em cena.
Mas nem tudo se resume a punheta em Passageiros; temos também a princesinha encantada, que, depois de descobrir a verdade doentia da natureza de seu despertar prematuro, chega até a oferecer alguma resistência ao príncipe encantado, mas ao final do filme lutará com unhas e dentes para salvar seu macho e permanecer com ele até o fim de suas vidas, que será antes do final da viagem espacial. É sério, moçada, a única coisa que não é machista nesta bomba intergaláctica é o fato de que o cachê da Jennifer Lawrence é maior do que o do Chris Pratt.
Agora vamos a um exercício de imaginação, inspirado pelo CinemaSins: e se o filme fosse narrado pelo ponto de vista da Aurora? Imaginem comigo: Aurora desperta e tem um príncipe encantado a esperando, dizendo que ela despertou por conta de uma falha da nave espacial. O príncipe encantado não é lá essas coisas, mas é o que tem pra hoje. Ela se conforma, aceita seu destino e passa a viver um conto de fadas espacial com James. Até que, em uma fatídica noite, Arthur, o personagem de Michael Sheen, conta toda a verdade a Aurora. James, então, passa a persegui-la. Ao tentar se esconder, Aurora encontra uma pilha de corpos de mulheres que James mantinha em uma parte da nave que, certa vez, Aurora havia perguntado a James o que era, e ele disse que não havia nada de interessante ali.
Após tanto tempo sozinho naquela nave, James acabou enlouquecendo, afinal. Despertava mulheres aleatoriamente, vivia um romance por certo tempo com elas e, depois de enjoar delas, as matava. Isto, inclusive, daria sentido à referência mais do que óbvia a O Iluminado que é toda a composição de ambiente do bar onde Arthur trabalha. A nave espacial faz com James o que o hotel faz com o personagem de Jack Nicholson; ela o consome completamente em loucura. Ao final, Aurora consegue matar James, o que, em princípio, é um alívio. Porém, com o passar do tempo, ela também passa a ser consumida pela solidão e, gradualmente, vai enlouquecendo. O filme termina em aberto, com ela considerando despertar prematuramente outro passageiro ou não.
"Liam is like a dog and I am like a cat. Cats are very independent creatures. They don't give a fuck. Dogs are like 'play with me, play with me, play with me, please throw that ball for me'; they just need some company. It's as basic as that. You can't change the way that you are. I'm a cat! OK? That's just what I am. I've accepted it. I'm a bit of a bastard."
Para mim, a história está muito bem amarrada. Gostei bastante do filme, ele me surpreendeu positivamente e ultimamente isto tem sido raro no cinema. O suspense, que foi muito maior do que eu esperava, me prendeu até os momentos finais do filme, algo que poucas produções conseguem fazer de fato. Também me surpreendeu o fato de que o protagonista conseguiu sua redenção; achei que, pelo tom da narrativa, ele fosse ter um desfecho mais trágico, até pelo fato de ser um personagem difícil de gerar empatia com o expectador. Por outro lado, vendo o copo meio cheio, esta foi outra surpresa positiva do filme. Assisti a última sessão do último dia em que o filme esteve em cartaz no cinema aqui perto de casa. Que bom que eu não deixei a chuva me intimidar e fiz um esforço para assisti-lo na tela grande. Foi uma experiência e tanto.
Na moral, vamos combinar uma coisa? Se o ator for americano e não souber falar o idioma do personagem que ele vai interpretar, que tal escolher outro ator? Não duvido da capacidade de Willem Dafoe, mas um Pasolini que fala em inglês com SUA FAMÍLIA soou patético. "Don't cry for me Argentina" ecoou na sala do cinema.
É possível traçar um paralelo entre este filme e o egípcio "A Terra", de 1969. Ambos os filmes abordam, cada qual a seu modo, o conflito árabe-israelense.
Em "Verão Seco", a metáfora é muito clara: um poder centralizador estabelece unilateralmente que, a partir daquele momento, o monopólio dos recursos hídricos da região na qual se encontra será seu, de modo que todos os vizinhos ficarão abandonados à própria sorte em plena época de seca. Os desdobramentos desta decisão inflexível levarão ao conflito, à covardia, ao terror, à traição e, em última instância, à morte.
Faço minhas as palavras de um sujeito que estava sentado ao meu lado na sala de cinema. Ao final da projeção, ele se virou para mim e disse: "Sei lá, cara, eu acho que eles têm escassez de problemas por lá e precisam ficar inventando problemas para retratar no cinema".
O comentário de outra senhora que estava sentada nas imediações também foi muito interessante: "É nessas horas que eu agradeço por não ter colocado nenhum filho no mundo. Se as coisas estão assim na Noruega, imagina no Brasil!".
Homem-Aranha: De Volta ao Lar
3.8 1,9K Assista Agora"Hi, I'm Captain America."
Faces de Uma Mulher
3.0 15 Assista AgoraQuando é que Adèle Exarchopoulos vai conseguir outro papel à sua altura?
Corra!
4.2 3,6K Assista AgoraIsso, vai lá passar um fim de semana com a família da namorada na chácara em São Roque...
Paterson
3.9 353 Assista AgoraExcuse me. A-ha!
Passageiros
3.3 1,5K Assista AgoraJames Preston era um punheteiro intergaláctico que acordou antes do tempo em sua viagem de 120 anos da Terra para Homestead Colony. De tanto se masturbar, ele acabou ficando louco e desenvolvendo uma relação obsessiva com outra passageira que ainda estava hibernando, Aurora Lane. Em um ímpeto de sua loucura masturbatória, ele desperta Aurora porque, enfim, ele é homem, ela é mulher e punheta demais cansa. Sim, este é o roteiro do filme.
Um personagem egoísta, inseguro, obsessivo, nojento, doente. Interpretado por um ator que só sabe representar a si mesmo, que não sei de onde tiraram que é carismático. Gente, deixa a tia explicar uma coisa pra vocês: carismático é o Harrison Ford. O Chris Pratt é só um bombadinho mais ou menos (beeeeeeem mais ou menos, diga-se de passagem), com cara de menino mimado de condomínio e aquele sorrisinho wannabe cafajeste que, em certos momentos (os diálogos de "tensão sexual" entre ele e Brice Dallas Howard em Jurassic World, por exemplo), chega a dar dó no expectador. E dó do expectador também, que é obrigado a ver o Chris Pratt em cena.
Mas nem tudo se resume a punheta em Passageiros; temos também a princesinha encantada, que, depois de descobrir a verdade doentia da natureza de seu despertar prematuro, chega até a oferecer alguma resistência ao príncipe encantado, mas ao final do filme lutará com unhas e dentes para salvar seu macho e permanecer com ele até o fim de suas vidas, que será antes do final da viagem espacial. É sério, moçada, a única coisa que não é machista nesta bomba intergaláctica é o fato de que o cachê da Jennifer Lawrence é maior do que o do Chris Pratt.
Agora vamos a um exercício de imaginação, inspirado pelo CinemaSins: e se o filme fosse narrado pelo ponto de vista da Aurora? Imaginem comigo: Aurora desperta e tem um príncipe encantado a esperando, dizendo que ela despertou por conta de uma falha da nave espacial. O príncipe encantado não é lá essas coisas, mas é o que tem pra hoje. Ela se conforma, aceita seu destino e passa a viver um conto de fadas espacial com James. Até que, em uma fatídica noite, Arthur, o personagem de Michael Sheen, conta toda a verdade a Aurora. James, então, passa a persegui-la. Ao tentar se esconder, Aurora encontra uma pilha de corpos de mulheres que James mantinha em uma parte da nave que, certa vez, Aurora havia perguntado a James o que era, e ele disse que não havia nada de interessante ali.
Após tanto tempo sozinho naquela nave, James acabou enlouquecendo, afinal. Despertava mulheres aleatoriamente, vivia um romance por certo tempo com elas e, depois de enjoar delas, as matava. Isto, inclusive, daria sentido à referência mais do que óbvia a O Iluminado que é toda a composição de ambiente do bar onde Arthur trabalha. A nave espacial faz com James o que o hotel faz com o personagem de Jack Nicholson; ela o consome completamente em loucura. Ao final, Aurora consegue matar James, o que, em princípio, é um alívio. Porém, com o passar do tempo, ela também passa a ser consumida pela solidão e, gradualmente, vai enlouquecendo. O filme termina em aberto, com ela considerando despertar prematuramente outro passageiro ou não.
Oasis: Supersonic
4.3 96"Liam is like a dog and I am like a cat. Cats are very independent creatures. They don't give a fuck. Dogs are like 'play with me, play with me, play with me, please throw that ball for me'; they just need some company. It's as basic as that. You can't change the way that you are. I'm a cat! OK? That's just what I am. I've accepted it. I'm a bit of a bastard."
A Cura
3.0 707 Assista AgoraPara mim, a história está muito bem amarrada. Gostei bastante do filme, ele me surpreendeu positivamente e ultimamente isto tem sido raro no cinema. O suspense, que foi muito maior do que eu esperava, me prendeu até os momentos finais do filme, algo que poucas produções conseguem fazer de fato. Também me surpreendeu o fato de que o protagonista conseguiu sua redenção; achei que, pelo tom da narrativa, ele fosse ter um desfecho mais trágico, até pelo fato de ser um personagem difícil de gerar empatia com o expectador. Por outro lado, vendo o copo meio cheio, esta foi outra surpresa positiva do filme. Assisti a última sessão do último dia em que o filme esteve em cartaz no cinema aqui perto de casa. Que bom que eu não deixei a chuva me intimidar e fiz um esforço para assisti-lo na tela grande. Foi uma experiência e tanto.
Resident Evil 6: O Capítulo Final
3.0 952 Assista AgoraPor incrível que pareça, eu gostei do que vi.
O Homem Que Caiu Na Terra
3.3 132Chato como a vida de Newton no planeta Terra.
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4.4 1,3K Assista AgoraQue delícia, cara.
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3.3 97"O que eu sei aos 60, sabia aos 20: 40 anos de um longo e inútil trabalho de verificação." Emil Cioran
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2.8 38 Assista AgoraNem o charme de Tahar Rahim, nem a sensualidade de Adèle Exarchopoulos salvam este filme.
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4.1 353 Assista AgoraLembrei de "Sr. Kaplan".
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Os Oito Odiados
4.1 2,4K Assista AgoraO 8º filme de Quentin Tarantino é seu maior escorregão até o momento.
Pasolini
3.2 37 Assista AgoraNa moral, vamos combinar uma coisa? Se o ator for americano e não souber falar o idioma do personagem que ele vai interpretar, que tal escolher outro ator? Não duvido da capacidade de Willem Dafoe, mas um Pasolini que fala em inglês com SUA FAMÍLIA soou patético. "Don't cry for me Argentina" ecoou na sala do cinema.
Verão Seco
3.9 4É possível traçar um paralelo entre este filme e o egípcio "A Terra", de 1969. Ambos os filmes abordam, cada qual a seu modo, o conflito árabe-israelense.
Em "Verão Seco", a metáfora é muito clara: um poder centralizador estabelece unilateralmente que, a partir daquele momento, o monopólio dos recursos hídricos da região na qual se encontra será seu, de modo que todos os vizinhos ficarão abandonados à própria sorte em plena época de seca. Os desdobramentos desta decisão inflexível levarão ao conflito, à covardia, ao terror, à traição e, em última instância, à morte.
O Retorno
3.3 1Irregular, mas tem um plot twist e tanto.
Tudo Que Aprendemos Juntos
3.6 71Tinha tudo para ser um filme de autoajuda, mas não é. Suei pelos olhos na penúltima cena.
Círculo
3.0 19Chessus... Mas até que me identifiquei com a protagonista.
Ponte dos Espiões
3.7 694Fico feliz em saber que Steven Spielberg ainda é capaz de dirigir bons filmes.
Nós, eles e eu
4.0 3Pensa num cara corajoso.
Uma Noite em Oslo
3.1 5Faço minhas as palavras de um sujeito que estava sentado ao meu lado na sala de cinema. Ao final da projeção, ele se virou para mim e disse: "Sei lá, cara, eu acho que eles têm escassez de problemas por lá e precisam ficar inventando problemas para retratar no cinema".
O comentário de outra senhora que estava sentada nas imediações também foi muito interessante: "É nessas horas que eu agradeço por não ter colocado nenhum filho no mundo. Se as coisas estão assim na Noruega, imagina no Brasil!".