O documentário é excelente, mas achei que a transposição fiel e intacta do livro deixou o filme muito carregado, até mesmo pedante, o que faz com que a mensagem crítica se perca facilmente; mas tenho de reconhecer que a qualidade e a originalidade das ideias de Debord são incomparáveis, um dos maiores gênios da França e tambem, por que não, da Filosofia contemporânea.
Adorei o estilo do Benson, não é como alguns outros documentários que são super sérios, formadores de opinião, sensacionalistas e apelativos (como o The Union). Esse filme, de forma despretensiosa, mostra que há um descompasso entre o discurso do Direito e as práticas sociais de incontáveis usuários de maconha: o que está na Constituição, seja ela dos Estados Unidos ou mesmo do Brasil, é a defesa de uma guerra perdida, o atestado do mal uso do dinheiro público e da incompetência em se lidar com uma situação que demanda mudanças, e pra já.
Achei o Spielberg tão deslocado do resto do documentário, um contraste tão marcado; enquanto se fala sobre a arte no cinema, sobre a ascensão do modelo de linguagem de TV e da possível decadência do cinema, das novas técnicas, aparece o Spielberg falando em cifras, em dólares e yenes.
Uma pesada crítica política-cultural da sociedade moderna, claramente é uma obra fruto da efervescência revolucionária do fim dos anos 60, uma tradução as vezes séria, as vezes com humor, das disparidades e antagonismos vividas na pele para o Cinema.
O único problema que vi foi que cometeram uma injustiça muito grande com o Professor Freud. Em suas pesquisas com cocaína, que duraram dez anos, Freud fazia o uso da substância em forma de pó; como um pesquisador e médico seríssimo e muito respeitado, ele não fez manipulações, e ainda no final tambem demonstrou que haviam efeitos negativos da cocaína.
Dá pra sentir quando se está diante de uma obra de arte. Gostaria de poder escrever uma opinião com mais conteúdo do que esta, mas isso estragaria todo o trabalho do Gaspar Noé; esse filme não se põe em palavras.
Ainda estou aqui digerindo todas as reviravoltas! É como se o Lars von Trier pudesse pegar meus paradigmas como pecinhas de Lego e ficasse manejando-as, criando infinitas combinações, excluindo certas peças que você poderia pensar indispensáveis e combinando peças que não se encaixam.
Esse filme é um clássico! Frank Oz não decepciona, o cara é um gênio dos fantoches! (e animar Audrey II com os recursos da época não era simples, embora no original de 1960 fosse ainda mais difícil).
As músicas são excelentes, bem escritas e interpretadas (quem faz a voz da Audrey II é Levi Stubbs, do Four Tops', um invejável cantor clássico de soul). Foi uma sacada inteligentíssima fazer um remake em estilo musical, deu uma nova dimensão à história original, que possui toda uma crítica modesta da pobreza de Skid Row e como as pessoas sonham acordadas em viver melhor em outro lugar. Do elenco nem se fala, embora pudesse ter mais Bill Murray na minha opinião haha.
O filme é uma tradução artística da Sociedade do Riso, onde a paranoia e compulsão pela felicidade tornaram-se hegemônicas. Arrisco a dizer inclusive que se trata de uma distopia pós-moderna, nada longe de onde nos encontramos, sobre a fragilização quase absoluta dos laços humanos; as relações passaram a ser encenadas, forçadas, coagidas, é o declínio do Homem público e o império do consumo.
Isso que é um perfeito psicopata! É de ficar boquiaberto com esse desenrolar da trama, a princípio sem sentido, mas que ganha coerência conforme Almodóvar abre as cortinas do psiquismo doentio de Ricky. E não deixa por menos com Marina que desenvolve Síndrome de Estocolmo. No fim, Almodóvar faz piada, subverte todas as representações sérias do final feliz clássico em que o mocinho e a mocinha ficam juntos, para nos exibir uma versão mais sinistra, e ao mesmo tempo bizarra, mas que, inesperadamente, deixa a sensação de um par estranhamente perfeito.
Fazia muito tempo que um filme não me colocava pra pensar como esse. A começar por Montgomery Clift, com aquele olhar penetrante, genuinamente de um psicótico; acho que não haveria alguem tão qualificado para o papel, aprendeu direitinho com suas próprias sessões de terapia, eu acredito. O filme fica muito carregado para os menos leigos e que já tiveram contato com a teoria freudiana; há um grande espaço de compreensão neste ponto, pois todos os elementos que o diretor joga sutilmente vão se encaixando, e não é a mesma coisa para um espectador que não consegue captar esses detalhes, o que faz toda a diferença. Tambem, por um viés mais histórico, é muito bem contada (tanto demonstrada, como subentendida)a trajetória científica do Professor Freud, um vai-e-vem que incomoda e que o incomodou tambem, porque do contato com seus pacientes, ele mesmo tinha de ter, ao mesmo tempo, muita curiosidade e fascínio, quanto ansiedade e medo do que poderia encontrar. O filme não deixa a desejar em nenhum aspecto, é muito bem construído e com uma atmosfera surpreendente.
Nunca vi um cenário tão assustador quanto o desse filme. Achei a estrutura semântica parecida com a de 'Ensaio sobre a Cegueira', mas muito mais desolador.
Fiquei na dúvida se esse era o melhor ou o pior filme que já vi na vida hahahaha. Tirando a brincadeira, é um filme bem engraçado, mas se levar em conta o estilo, prefiro o Fome Animal, que é muito mais bem dirigido.
O Poderoso Chefão: Parte III
4.2 1,1K Assista AgoraProvavelmente eu não sou o primeiro a falar isso aqui: mas a bonitinha da Sophia, como atriz, é uma EXCELENTE diretora hahaha.
A Sociedade do Espetáculo
3.9 37O documentário é excelente, mas achei que a transposição fiel e intacta do livro deixou o filme muito carregado, até mesmo pedante, o que faz com que a mensagem crítica se perca facilmente; mas tenho de reconhecer que a qualidade e a originalidade das ideias de Debord são incomparáveis, um dos maiores gênios da França e tambem, por que não, da Filosofia contemporânea.
Kieslowski Dialogue
4.3 5Documentário completo no youtube, com legendas em inglês: http://www.youtube.com/watch?v=5wr12J7DvAg&feature=relmfu
Encurralado
3.9 432 Assista AgoraEsse não dá pro Spielberg ficar editando rs
Super High Me
3.0 76Adorei o estilo do Benson, não é como alguns outros documentários que são super sérios, formadores de opinião, sensacionalistas e apelativos (como o The Union). Esse filme, de forma despretensiosa, mostra que há um descompasso entre o discurso do Direito e as práticas sociais de incontáveis usuários de maconha: o que está na Constituição, seja ela dos Estados Unidos ou mesmo do Brasil, é a defesa de uma guerra perdida, o atestado do mal uso do dinheiro público e da incompetência em se lidar com uma situação que demanda mudanças, e pra já.
Dogma
3.5 324Ainda não vi todos os filmes do Kevin Smith, mas acho que esse foi um bom páreo em relação à Clerks, muito engraçado e com um elenco muito foda.
Zumbis na Neve
2.9 315Quem é fã do gênero e pegou as referências aos clássicos vai curtir!
Deus da Carnificina
3.8 1,4KPolanski é um dos poucos que sobrevive ao duro efeito do tempo sobre os bons diretores.
Quarto 666
3.9 33 Assista AgoraAchei o Spielberg tão deslocado do resto do documentário, um contraste tão marcado; enquanto se fala sobre a arte no cinema, sobre a ascensão do modelo de linguagem de TV e da possível decadência do cinema, das novas técnicas, aparece o Spielberg falando em cifras, em dólares e yenes.
Prometheus
3.1 3,4K Assista AgoraDa série: diretores que um dia já foram bons...
Amor e Raiva
3.9 21Uma pesada crítica política-cultural da sociedade moderna, claramente é uma obra fruto da efervescência revolucionária do fim dos anos 60, uma tradução as vezes séria, as vezes com humor, das disparidades e antagonismos vividas na pele para o Cinema.
O marketing da loucura - Somos todos insanos?
3.7 2O único problema que vi foi que cometeram uma injustiça muito grande com o Professor Freud. Em suas pesquisas com cocaína, que duraram dez anos, Freud fazia o uso da substância em forma de pó; como um pesquisador e médico seríssimo e muito respeitado, ele não fez manipulações, e ainda no final tambem demonstrou que haviam efeitos negativos da cocaína.
Idiocracia
3.1 587Não pareceu uma época muito distante pra mim haha.
Árido Movie
3.6 205Hum, Guilherme Weber :/
Esse cara não tem sal!
Irreversível
4.0 1,8K Assista AgoraDá pra sentir quando se está diante de uma obra de arte. Gostaria de poder escrever uma opinião com mais conteúdo do que esta, mas isso estragaria todo o trabalho do Gaspar Noé; esse filme não se põe em palavras.
Manderlay
4.0 297 Assista AgoraAinda estou aqui digerindo todas as reviravoltas! É como se o Lars von Trier pudesse pegar meus paradigmas como pecinhas de Lego e ficasse manejando-as, criando infinitas combinações, excluindo certas peças que você poderia pensar indispensáveis e combinando peças que não se encaixam.
A Pequena Loja dos Horrores
3.6 232 Assista AgoraEsse filme é um clássico! Frank Oz não decepciona, o cara é um gênio dos fantoches! (e animar Audrey II com os recursos da época não era simples, embora no original de 1960 fosse ainda mais difícil).
As músicas são excelentes, bem escritas e interpretadas (quem faz a voz da Audrey II é Levi Stubbs, do Four Tops', um invejável cantor clássico de soul). Foi uma sacada inteligentíssima fazer um remake em estilo musical, deu uma nova dimensão à história original, que possui toda uma crítica modesta da pobreza de Skid Row e como as pessoas sonham acordadas em viver melhor em outro lugar. Do elenco nem se fala, embora pudesse ter mais Bill Murray na minha opinião haha.
Visionários
3.3 35 Assista AgoraO filme é uma tradução artística da Sociedade do Riso, onde a paranoia e compulsão pela felicidade tornaram-se hegemônicas. Arrisco a dizer inclusive que se trata de uma distopia pós-moderna, nada longe de onde nos encontramos, sobre a fragilização quase absoluta dos laços humanos; as relações passaram a ser encenadas, forçadas, coagidas, é o declínio do Homem público e o império do consumo.
Ata-me!
3.7 550Isso que é um perfeito psicopata! É de ficar boquiaberto com esse desenrolar da trama, a princípio sem sentido, mas que ganha coerência conforme Almodóvar abre as cortinas do psiquismo doentio de Ricky. E não deixa por menos com Marina que desenvolve Síndrome de Estocolmo. No fim, Almodóvar faz piada, subverte todas as representações sérias do final feliz clássico em que o mocinho e a mocinha ficam juntos, para nos exibir uma versão mais sinistra, e ao mesmo tempo bizarra, mas que, inesperadamente, deixa a sensação de um par estranhamente perfeito.
Freud, Além da Alma
3.9 175 Assista AgoraFazia muito tempo que um filme não me colocava pra pensar como esse. A começar por Montgomery Clift, com aquele olhar penetrante, genuinamente de um psicótico; acho que não haveria alguem tão qualificado para o papel, aprendeu direitinho com suas próprias sessões de terapia, eu acredito. O filme fica muito carregado para os menos leigos e que já tiveram contato com a teoria freudiana; há um grande espaço de compreensão neste ponto, pois todos os elementos que o diretor joga sutilmente vão se encaixando, e não é a mesma coisa para um espectador que não consegue captar esses detalhes, o que faz toda a diferença. Tambem, por um viés mais histórico, é muito bem contada (tanto demonstrada, como subentendida)a trajetória científica do Professor Freud, um vai-e-vem que incomoda e que o incomodou tambem, porque do contato com seus pacientes, ele mesmo tinha de ter, ao mesmo tempo, muita curiosidade e fascínio, quanto ansiedade e medo do que poderia encontrar. O filme não deixa a desejar em nenhum aspecto, é muito bem construído e com uma atmosfera surpreendente.
A Noiva do Monstro
3.0 40 Assista AgoraHAHAHA Que filme horrível! É excelente para umas boas risadas, no entanto.
Filhos da Esperança
3.9 940 Assista AgoraNunca vi um cenário tão assustador quanto o desse filme. Achei a estrutura semântica parecida com a de 'Ensaio sobre a Cegueira', mas muito mais desolador.
Trash: Náusea Total
3.6 242 Assista AgoraFiquei na dúvida se esse era o melhor ou o pior filme que já vi na vida hahahaha. Tirando a brincadeira, é um filme bem engraçado, mas se levar em conta o estilo, prefiro o Fome Animal, que é muito mais bem dirigido.
Super
3.4 603Deixa muitas questões em aberto, achei o roteiro bem fraquinho.