o final assume um tom bem diferente, mas fodidamente coerente com todo o resto. é realmente bonito e surpreende nessa linha de musical da broadway que o filme faz. a supracitada tradição está abalada de dentro pra fora, por meio das filhas, - a cada escolha que elas ameaçam tomar, mais difícil é para o pai entendê-las - e de fora pra dentro, com o governo se mostrando intolerante com a permanência dos judeus na região. nostalgia a la 'deus, pátria e família'? sim, quem disse que não? mas ao mesmo tempo a confirmação de que o sentimento de pertencimento parental ou pela amizade é que deve estar acima, e não o moralismo, mesmo que se fale tanto em casamento como questão de vida ou morte. as peças estão mais fora do lugar do que o esperado de um jogo hollywoodiano, o que denuncia um certo afastamento de norman jewison da - mais uma vez - tradição de sua arte, portanto, também alguém que observa o objeto que se dispõe, não se deixando sucumbir por ele.
"não é porque é um filme hitchcokiano que eu tenho que gostar, mas gosto muito de two lovers, de james gray. pela primeira vez na vida, eu quase chorei quando joaquin phoenix pega a luva..."
elementos do gênero desfilando mais como fetiches do que qualquer outra coisa, numa narrativa muito equivocada, academicista em elevado grau, uma vez que encontra seu sentido mais pleno justamente num diálogo com esse contexto. fora daí, é muito provável que se perca tempo discutindo o filme. david o. russell nunca esteve tão perto de dirigir propagandas de perfume ou uma novela das sete. de repente, até 'o lado bom da vida' perdeu seu lado bom. livro ainda o couro de 'o vencedor', mas depois disso seu trabalho fica pouco defensável. anyway, título bem coerente.
quem segue a opinião majoritária, deve achar o mundo um lugar muito perfeito. o shyamalan entrega um belo exemplar de filme camp, tão sensitivo na sua fabulação, como um conto moral muito bem estruturado sobre crescimento e evolução. fodam-se as listas. que um dos principais indicados ao framboesa de ouro seja incomparavelmente melhor que os indicados ao oscar, nenhuma surpresa.
engraçado como pra algumas pessoas tecnicismos equilibram melodrama cafona e genérico e descontrole prosaico, sem que jamais caia o imaginário diploma de inovador - este conquistado tão rápido que nem sabemos direito como, numa busca frenética pelo filme redentor do cinema em crise. mesmo tendo como contraponto michael bay e rolland emerich (risos), a distância não é grande demais. não é como o mar altamente propositado de 'as aventuras de pi', não é como o horror tourneuriano de 'invocação do mal', pra ficar nos mais recentes. é um parque de diversões firulento e retardado, com as lacunas preenchidas de porcaria (sandra bullock latindo, meu deus! onde as pessoas estão com a cabeça?). um filme condescendente (let go essa merda), farofeiro, que revela a face inerte e estúpida da indústria, encorajada por uma crítica mais caduca ainda. tipos feito pablo villaça. não é minha praia INDEED!
as obras do bressane mantêm uma relação de semelhança com filmes tradicionalmente pornográficos que vai além da exploração da nudez e do sexo. a forma como flui a narrativa em seus filmes é bem parecida tbm, ignorando-se delimitações de tempo e espaço, aqui a favor de um filme-disco anárquico. o que acontece é uma fusão de elementos da cultura popular brasileira, que não dá a mínima para uma noção arrumadinha e "de bom gosto" acerca disso e, faz melhor, zomba dessa ideia ultrapassada. tabu de bressane é em grande parte experimental, mas não um experimento vazio. a dança da câmera em torno das árvores traduz a glória da liberdade criativa e reitera o prazer do artista. é sobretudo um experimento necessário, e é delicioso tbm.
a imperícia cinematográfica prevalece num filme de poucos momentos realmente bons e até mesmo brilhantes, aparente paradoxo que, possivelmente, explica-se pela dupla direção. isso ajuda a entender a incongruência entre as cenas de investigação e de perseguição, estas bastante superiores àquelas. e quem vê o filme gosta de acreditar que anthony mann foi o responsável por tirar o filme da completa mediocridade, já que seu estilo está de certa forma expresso nas sequências do assassino. a narração em voice over aqui sintomatiza mais a inépcia linguística da obra do que dinamismo nos recursos adotados. uma apoteose de irregularidade.
apropriação superlativa de um gênero pra fazer uma crítica urbana incisiva e de um tour de force muito difícil de se ver. um painel da decadência político-moral enlaçada com a amizade, o prazer e a (ir)responsabilidade civil. sobre o encantamento com a assustadora condição humana e com a imagem de choque. a nova york de ferrara é incontornável!
não se deve majoritariamente analisar two-lane blacktop como o retrato contracultural de uma época, mas como um filme de tênues reflexões e abismal abstratismo. enquanto o alter-ego de antonioni (em blow-up) é inquieto e busca algo no extracampo, os de hellman já se deram por vencidos e nada fora da tela os interessa mais. esse é o seu tratado sobre a desvaloração do mundo, um olhar mais cruel e fatalista acerca da realidade. não há abismos profundos demais, não há um só momento de entusiasmo pelo que está por vir, pois tudo já sobreveio e se estabeleceu. a desorientação em trânsito é o ponto em que se está e que interessa. se há incertezas, isso é uma besteira à qual já se habituou. e, por sua economia e crueza aplicadas a um vazio existencial, two-lane blacktop é um filme que se autofagocita. mas não termina, propriamente, pois seu fim mais parece um erro de projeção, não tanto pelo grafismo escolhido, mas porque, por uma obra de apical afluição de engrenagens de carros e de rolo de filme com os mecanismos das relações vitais, quase reclamamos para quem quer que seja: ei, isto tem que continuar!
bergman eleva à enésima potência o surrealismo já escancarado em persona, agora com toques de meta-referência, através do adentramento psicológico feito no artista. aqui a resistência, por mais vezes que sejamos enganados, que temos em aceitar que o filme não é realista é embasbacante. é a hora do lobo, o momento concebido para as pessoas morrerem e nascerem. o processo é doloroso e tortuoso, mas o conceito é simples. a hora do lobo é também sobre esse desvirginamento na forma como nos relacionamos com nós mesmos, a perda do que nos segura num plano realista demais. um mundo suspenso, balançando a todo tempo. na tela, ganha contornos de o terror maior da humanidade; deve ser mesmo. por isso a metalinguagem desta obra-prima bergmaniana é tão incomensuravelmente genial. e bergman precisa inexoravelmente ser lembrado como o grande surrealista que também foi. é daí que se depreende o feérico psicanalismo imediatamente apontado em seus filmes.
sou o diferentinho, rs. cães de aluguel é sim uma estreia foda e pulp fiction é vigoroso, mas dessa fase inicial do tarantino jackie brown é o ápice de estilização unida à teoria de cinema consistente até o talo! e seu melhor filme. bom, outra história isso aí. jackie brown se tornou um dos filmes da minha vida, daqueles que, em caso de fim de mundo, eu resgataria a última cópia e me mandava pra marte. o ponto é que sou bem mais o tarantino anos 2000 do que os dois primeiros filmes citados, que alavancaram a fama de tarantino, mas com certeza. sobre cães de aluguel, tarantino envolve com aquela história fatídica. a cada novo passo uma nova surpresa, mas é o filme dele com menos timing, o que é normal demais pra uma estreia. se excede em alguns diálogos 'ishpertinhos' e tem um discurso bem diluído (não estou passando por cima do fato de que o taranta mixa elementos pop em seus filmes; estou atento a isso, mas no sentido de gloriar kill bill, principalmente). cães de aluguel perde tempo às vezes. mas fica um lindo papo sobre atuar, uma mise en scène que quase induz à metalinguagem e violência bem ajambrada, coisas boas demais pra ter essa obra sempre em boa conta, mas tudo isso exposto ao extremo anos mais tarde.
obra-prima de despedida do carlos reichenbach, que muito entendia das reais necessidades do cinema - especialmente do cinema nacional. um filme lotado de referências para pessoas da mesma condição sociocultural que a protagonista, brotadas como oásis em meio a uma realidade sufocante e durando o intervalo de tempo de uma projeção, pois o final do filme é a hora de acordar, marca o abandono da virtualidade. uma espécie de realismo surreal, um cinema que, sem esquecer do que demanda o conforto, vai lá e toma para si com muita propriedade a responsabilidade de confortar, tarefa básica da arte.
o filme que mais diverte de ver a patrulha do "bom gosto" chamar de inverossímil, cheio de furos ou outras besteiras do gênero. um épico de cinema, imagens radicais, que cantam, seduzem e assustadoramente nos envolvem, em meio a tanta falsidade, demonstrando que o que de palma tinha a dizer desde os idos de suas primeiras comédias bobas e de baixíssimo orçamento sobre cinema não só nos é sensível demais (aquilo que nos parece, é - nem que por apenas alguns minutos de projeção), como detém uma força descomunal para seguir sendo uma teoria que vamos querer ver desenhada através dessa mise en scène e da de outros mestres pelo resto da vida.
não um brinde à amizade, mas à hollywood.
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Um Violinista no Telhado
4.2 134 Assista Agorao final assume um tom bem diferente, mas fodidamente coerente com todo o resto. é realmente bonito e surpreende nessa linha de musical da broadway que o filme faz. a supracitada tradição está abalada de dentro pra fora, por meio das filhas, - a cada escolha que elas ameaçam tomar, mais difícil é para o pai entendê-las - e de fora pra dentro, com o governo se mostrando intolerante com a permanência dos judeus na região. nostalgia a la 'deus, pátria e família'? sim, quem disse que não? mas ao mesmo tempo a confirmação de que o sentimento de pertencimento parental ou pela amizade é que deve estar acima, e não o moralismo, mesmo que se fale tanto em casamento como questão de vida ou morte. as peças estão mais fora do lugar do que o esperado de um jogo hollywoodiano, o que denuncia um certo afastamento de norman jewison da - mais uma vez - tradição de sua arte, portanto, também alguém que observa o objeto que se dispõe, não se deixando sucumbir por ele.
Amantes
3.5 340"não é porque é um filme hitchcokiano que eu tenho que gostar, mas gosto muito de two lovers, de james gray. pela primeira vez na vida, eu quase chorei quando joaquin phoenix pega a luva..."
claude chabrol
Sedução e Vingança
3.7 151 Assista Agoraa pura presença do cinema.
Trapaça
3.4 2,2K Assista Agoraelementos do gênero desfilando mais como fetiches do que qualquer outra coisa, numa narrativa muito equivocada, academicista em elevado grau, uma vez que encontra seu sentido mais pleno justamente num diálogo com esse contexto. fora daí, é muito provável que se perca tempo discutindo o filme. david o. russell nunca esteve tão perto de dirigir propagandas de perfume ou uma novela das sete. de repente, até 'o lado bom da vida' perdeu seu lado bom. livro ainda o couro de 'o vencedor', mas depois disso seu trabalho fica pouco defensável. anyway, título bem coerente.
A Casa de Cera
3.1 2,1K Assista Agoraeu sei que o filme de terror é bom quando me dá fome.
Os Indigentes Do Bom Deus
3.7 10o melhor faroeste dos anos 2000.
Depois da Terra
2.6 1,4K Assista Agoraquem segue a opinião majoritária, deve achar o mundo um lugar muito perfeito. o shyamalan entrega um belo exemplar de filme camp, tão sensitivo na sua fabulação, como um conto moral muito bem estruturado sobre crescimento e evolução. fodam-se as listas. que um dos principais indicados ao framboesa de ouro seja incomparavelmente melhor que os indicados ao oscar, nenhuma surpresa.
Gravidade
3.9 5,1K Assista Agoraengraçado como pra algumas pessoas tecnicismos equilibram melodrama cafona e genérico e descontrole prosaico, sem que jamais caia o imaginário diploma de inovador - este conquistado tão rápido que nem sabemos direito como, numa busca frenética pelo filme redentor do cinema em crise. mesmo tendo como contraponto michael bay e rolland emerich (risos), a distância não é grande demais. não é como o mar altamente propositado de 'as aventuras de pi', não é como o horror tourneuriano de 'invocação do mal', pra ficar nos mais recentes. é um parque de diversões firulento e retardado, com as lacunas preenchidas de porcaria (sandra bullock latindo, meu deus! onde as pessoas estão com a cabeça?). um filme condescendente (let go essa merda), farofeiro, que revela a face inerte e estúpida da indústria, encorajada por uma crítica mais caduca ainda. tipos feito pablo villaça. não é minha praia INDEED!
em tempo, missão: marte >>>>>
Tabu
3.0 7as obras do bressane mantêm uma relação de semelhança com filmes tradicionalmente pornográficos que vai além da exploração da nudez e do sexo. a forma como flui a narrativa em seus filmes é bem parecida tbm, ignorando-se delimitações de tempo e espaço, aqui a favor de um filme-disco anárquico. o que acontece é uma fusão de elementos da cultura popular brasileira, que não dá a mínima para uma noção arrumadinha e "de bom gosto" acerca disso e, faz melhor, zomba dessa ideia ultrapassada. tabu de bressane é em grande parte experimental, mas não um experimento vazio. a dança da câmera em torno das árvores traduz a glória da liberdade criativa e reitera o prazer do artista. é sobretudo um experimento necessário, e é delicioso tbm.
Demônio da Noite
3.5 11 Assista Agoraa imperícia cinematográfica prevalece num filme de poucos momentos realmente bons e até mesmo brilhantes, aparente paradoxo que, possivelmente, explica-se pela dupla direção. isso ajuda a entender a incongruência entre as cenas de investigação e de perseguição, estas bastante superiores àquelas. e quem vê o filme gosta de acreditar que anthony mann foi o responsável por tirar o filme da completa mediocridade, já que seu estilo está de certa forma expresso nas sequências do assassino. a narração em voice over aqui sintomatiza mais a inépcia linguística da obra do que dinamismo nos recursos adotados. uma apoteose de irregularidade.
O Rei de Nova York
3.7 87apropriação superlativa de um gênero pra fazer uma crítica urbana incisiva e de um tour de force muito difícil de se ver. um painel da decadência político-moral enlaçada com a amizade, o prazer e a (ir)responsabilidade civil. sobre o encantamento com a assustadora condição humana e com a imagem de choque. a nova york de ferrara é incontornável!
Corrida Sem Fim
3.9 59não se deve majoritariamente analisar two-lane blacktop como o retrato contracultural de uma época, mas como um filme de tênues reflexões e abismal abstratismo. enquanto o alter-ego de antonioni (em blow-up) é inquieto e busca algo no extracampo, os de hellman já se deram por vencidos e nada fora da tela os interessa mais. esse é o seu tratado sobre a desvaloração do mundo, um olhar mais cruel e fatalista acerca da realidade. não há abismos profundos demais, não há um só momento de entusiasmo pelo que está por vir, pois tudo já sobreveio e se estabeleceu. a desorientação em trânsito é o ponto em que se está e que interessa. se há incertezas, isso é uma besteira à qual já se habituou. e, por sua economia e crueza aplicadas a um vazio existencial, two-lane blacktop é um filme que se autofagocita. mas não termina, propriamente, pois seu fim mais parece um erro de projeção, não tanto pelo grafismo escolhido, mas porque, por uma obra de apical afluição de engrenagens de carros e de rolo de filme com os mecanismos das relações vitais, quase reclamamos para quem quer que seja: ei, isto tem que continuar!
A Hora do Lobo
4.2 308bergman eleva à enésima potência o surrealismo já escancarado em persona, agora com toques de meta-referência, através do adentramento psicológico feito no artista. aqui a resistência, por mais vezes que sejamos enganados, que temos em aceitar que o filme não é realista é embasbacante. é a hora do lobo, o momento concebido para as pessoas morrerem e nascerem. o processo é doloroso e tortuoso, mas o conceito é simples. a hora do lobo é também sobre esse desvirginamento na forma como nos relacionamos com nós mesmos, a perda do que nos segura num plano realista demais. um mundo suspenso, balançando a todo tempo. na tela, ganha contornos de o terror maior da humanidade; deve ser mesmo. por isso a metalinguagem desta obra-prima bergmaniana é tão incomensuravelmente genial. e bergman precisa inexoravelmente ser lembrado como o grande surrealista que também foi. é daí que se depreende o feérico psicanalismo imediatamente apontado em seus filmes.
Cães de Aluguel
4.2 1,9K Assista Agorasou o diferentinho, rs. cães de aluguel é sim uma estreia foda e pulp fiction é vigoroso, mas dessa fase inicial do tarantino jackie brown é o ápice de estilização unida à teoria de cinema consistente até o talo! e seu melhor filme. bom, outra história isso aí. jackie brown se tornou um dos filmes da minha vida, daqueles que, em caso de fim de mundo, eu resgataria a última cópia e me mandava pra marte. o ponto é que sou bem mais o tarantino anos 2000 do que os dois primeiros filmes citados, que alavancaram a fama de tarantino, mas com certeza. sobre cães de aluguel, tarantino envolve com aquela história fatídica. a cada novo passo uma nova surpresa, mas é o filme dele com menos timing, o que é normal demais pra uma estreia. se excede em alguns diálogos 'ishpertinhos' e tem um discurso bem diluído (não estou passando por cima do fato de que o taranta mixa elementos pop em seus filmes; estou atento a isso, mas no sentido de gloriar kill bill, principalmente). cães de aluguel perde tempo às vezes. mas fica um lindo papo sobre atuar, uma mise en scène que quase induz à metalinguagem e violência bem ajambrada, coisas boas demais pra ter essa obra sempre em boa conta, mas tudo isso exposto ao extremo anos mais tarde.
Falsa Loura
2.9 139obra-prima de despedida do carlos reichenbach, que muito entendia das reais necessidades do cinema - especialmente do cinema nacional. um filme lotado de referências para pessoas da mesma condição sociocultural que a protagonista, brotadas como oásis em meio a uma realidade sufocante e durando o intervalo de tempo de uma projeção, pois o final do filme é a hora de acordar, marca o abandono da virtualidade. uma espécie de realismo surreal, um cinema que, sem esquecer do que demanda o conforto, vai lá e toma para si com muita propriedade a responsabilidade de confortar, tarefa básica da arte.
Dublê de Corpo
3.7 243 Assista Agorao filme que mais diverte de ver a patrulha do "bom gosto" chamar de inverossímil, cheio de furos ou outras besteiras do gênero. um épico de cinema, imagens radicais, que cantam, seduzem e assustadoramente nos envolvem, em meio a tanta falsidade, demonstrando que o que de palma tinha a dizer desde os idos de suas primeiras comédias bobas e de baixíssimo orçamento sobre cinema não só nos é sensível demais (aquilo que nos parece, é - nem que por apenas alguns minutos de projeção), como detém uma força descomunal para seguir sendo uma teoria que vamos querer ver desenhada através dessa mise en scène e da de outros mestres pelo resto da vida.
não um brinde à amizade, mas à hollywood.