O primeiro episódio é maravilhoso, depois vai se perdendo. Miguel Ángel Silvestre está em um papel q não combina com ele. Ainda assim amo as loucuras do de la Iglesia.
O evento catalisador e ponto de partida do novo Queer as Folk, icônica série idealizada por Russel T. Davies, realizado pela Peacock, é um ato de violência brutalmente inspirado em acontecimentos reais. No meio do primeiro episódio, um atirador, sem nome, entra em um clube gay, de Nova Orleans, chamado Babylon, e abre fogo contra a multidão. A maioria dos personagens principais está entre eles, e pelo resto da temporada, de oito episódios, eles vão lidar com sua culpa e tristeza persistentes, com os buracos que o fato deixou no centro de suas vidas. ] Apesar desse horror inicial, vemos os personagens encontrarem alegria em momentos cotidianos, sejam chás de bebê, passeios pelo shopping, conexões íntimas e mais. O tom alterna entre tristeza e êxtase, mas os fãs dos originais podem ter certeza de que esta nova versão não perdeu nenhuma das risadas, sexo, frivolidade e essência.
A nova versão segue Brodie (Devin Way), um pedante, mas charmoso, de vinte e poucos anos, que retorna à sua cidade natal, Nova Orleans, depois de abandonar a faculdade de medicina, na esperança de reacender relacionamentos passados, como aquele com seu ex-namorado, Noah (Johnny Sibilly). No entanto, as coisas ficam complicadas quando é revelado que um dos melhores amigos de Brodie, Daddius (Chris Renfro), está ficando com Noah em sua ausência.
Enquanto assistimos a tensão desse triângulo amoroso, acompanhamos também as narrativas do irmão de Brodie, Julian (Ryan O'Connell), sua melhor amiga transgênero, Ruthie (Jesse James Keitel) e sua parceira, Shar (Candace Grace), além de um aspirante a estrela drag, de 17 anos, chamado Mingus (Fin Argus).
Drag Queens aparecem e encharcam a tela com um brilho neon. E personagens como Mingus são mais bem desenvolvidos em algumas áreas do que em outras, inclusive na relação com sua compreensiva mãe, Judy, aqui interpretada por Juliette Lewis. Além disso Kim Cattrall vive a mãe de Brodie e Julian.
Também há histórias sobre Ruthie, uma mulher trans, lutando com um desejo sexual em mudança que desafia seu senso de identidade. E sobre Mingus trabalhando com seus sentimentos contraditórios sobre voltar a ser drag depois que sua primeira apresentação foi interrompida pelo tiroteio. É também sobre os desafios particulares enfrentados no sexo por homens deficientes como Julian, Ryan O'Connell de Special, também roteirista e produtor executivo da atração, que tem leve paralisia cerebral, ou Marvin (Eric Graise), um cadeirante.
Aliando passado e presente, a trilha sonora traz nomes como Robin S., Le Tigre, Grimes, Lady Gaga, Gordi, Perfume Genius, Paramore, Yeah Yeah Yeahs, David Bowie, Sylvester, Moderat, Caveboy, entre outros.
O novo Queer as Folk parece muito mais fresco e mais abrangente para toda a comunidade LGBTQIA+. É revigorante ouvir Ruthie falar abertamente sobre ser trans, ou ver Shar abordade com pronomes neutros sem que ninguém questione isso. Nesta versão, vemos personagens que são gays e negros, deficientes, gordos e muito mais. A atração celebra a diversidade oferecendo um enredo muito emocional.
Stephen Dunn, que desenvolveu esta nova adaptação, trabalhou duro para não apenas referenciar o que havia antes, ou seja, um programa sobre como amizades e irmandades queer sobrevivem, mas para capturar seu espírito e retratá-lo em algo que pareça familiar, mas emocionantemente novo.
De alguma forma, Queer As Folk encontra maneiras cada vez mais deliciosas e delirantes de oferecer histórias espinhosas e arcos de personagens que se recusam a achatar ou homogeneizar a comunidade LGBTQIA+. Conversas francas sobre sexo, desejo pós-transição e a importância dos espaços de vida noturna gay estão ao lado de momentos lindos de arte drag, festas de sexo e protestos sombrios.
Maricón Perdido ou O que Você Queer, infame nome nacional, é uma produção original da TNT, de 6 episódios, de cerca de 25min. Criada e roteirizada por Bob Pop, famoso escritor e crítico espanhol, a série revisita suas memórias e conta uma bonita história de um homem superando suas diferenças para realizar-se na vida.
Um dos aspectos mais importantes da atração é que seu protagonista Roberto, interpretado na fase adolescente por Carlos González e na adulta por Gabriel Sánchez, é gordo, o que o leva a eventuais ataques de gordofobia e homofobia, além de uma quebra de padrão dos corpos revelados em explanações LGBTQIA+. A narrativa não linear, nos permite passear pela vida de seu herói e embarcar numa aventura lúdica, colorida, cruel, realista e repleta de referências à Cultura POP.
Uma irreconhecível Candela Peña, famosa atriz espanhola, de filmes como Tudo sobre minha Mãe(1999) e Peles(2017), interpreta a mãe de Roberto, e protagoniza momentos hilários de cleptomania. Já o pai(Carlos Bardem), nunca tem seu rosto revelado e isso representa a dificuldade dessa relação.
Seja cantando No Llores por mi Argentina na escola ou se aventurando por saunas e pegação em parques, Roberto sempre acaba envolvido em confusões. A amiga Lola, interpretada por Alba Flores, a Nairobi de La Casa de Papel, o acompanha e alegra sua jornada.
A trilha sonora traz nomes como David Bowie, Culture Club, Sinead O’Connor, Prince, Fangoria, Tom Waits, Rufus Wainwright, Dusty Springfield, Chavela Vargas, Everything but the girl, Aterciopelados e até, Caetano Veloso.
A atração mostra o desabrochar de Roberto para Bob Pop, um jovem gay, escritor e que no quarto episódio está discutindo com seu editor o livro Manso, onde novamente somos levados ao vapor e ao homoerotismo das saunas gays, com uma irreverente, porém obscura, subtrama.
A cultura espanhola é bastante valorizada, seja por diálogos que remetem à Pedro Almodóvar, que inclusive participa no último episódio, por obras de arte ou por ilustrar os pueblos e imagens de lugares icônicos de Madri, como o Parque do Retiro e o bairro gay, Chueca, onde Bob conhece Miguel(Ramon Pujol), com quem finalmente vive momentos de amor, afeto e prazer.
Maricona! Bicha! Viado! De volta à adolescência no último episódio, Roberto se masturba lendo The Naked Lunch, de William Burroughs, para em seguida passar por maus bocados quando vai com amigos ao cinema. Na sala ao lado de Duro de Matar, está passando Que fiz eu para merecer isso?(1984), de Pedro Almodóvar, e é nesse momento, que o personagem dá uma guinada em sua vida. A trilha do filme, estrelado por Carmen Maura, se unifica a série e temos um dos momentos mais belos da atração.
No final, Bob Pop é interpretado por ele mesmo, enfrentando problemas de saúde e se relacionando com artistas espanhóis como o já citado Almodóvar, onde numa entrevista na televisão fala como se identifica com as dores do protagonista de Dor e Glória(2019). Mesmo com todas as dificuldades enfrentadas por Bob ao longo da série, e não são poucas, ele nunca é colocado numa posição vitimada.
Portanto, estamos diante de uma série que toca na ferida da sociedade onde mais dói. Por um lado, mostrando as reais consequências da falta de respeito que LGBTQ’s suportaram durante toda a sua vida, através de avaliações, conclusões, comentários, gestos e risos. A narrativa acompanha uma pessoa cujo propósito é ser quem ele é e buscar a felicidade. O que no final todos nós almejamos.
Em Manhãs de Setembro, série da Amazon Prime, Liniker vive Cassandra, uma mulher trans que trabalha como entregadora de aplicativo, de moto pelas ruas de São Paulo, e à noite faz cover da cantora Vanusa, no bar Metamorfose, da amiga Roberta(Clodd Dias). Tudo parece estar indo bem na vida da personagem, que está em um relacionamento estável com Ivaldo, Tomas Aquino, de Bacurau(2019), a quem chama carinhosamente de Filezinho. Um dia porém Leide(Karine Teles), bate em sua porta e apresenta o filho, de 10 anos, Gersinho(Gustavo Coelho).
Há uma voz(Elisa Lucinda) na cabeça de Cassandra, supostamente de Vanusa, mas na verdade é sua traiçoeira consciência.
A personagem reluta em aceitar a sua realidade, porém, com um enorme coração e senso de humanidade não tem como escapar: “Para de me chamar de pai”, diz ela, "Você é muito bonita pai" rebate Gersinho.
Impressionante e expressiva a série apresenta sem pudores ao público o pajubá: o dialeto gay. Expressões como ocó, aqué, aquendar, bafão, cagar no maiô, colocada, uó, edi, amapô e truque são destiladas pelos personagens ao longo de todos os episódios.
Quando Liniker solta sua poderosa voz, temos os momentos mais bonitos e comoventes da série. Além da canção título, Cassandra ainda interpreta Paralelas, e Como vai você, resgatando o legado musical de Vanusa, a quem a série é dedicada e volta e meia toca na vitrola. A trilha ainda conta com Linn da Quebrada
e uma versão catártica de Sufoco, de Alcione, onde na festa dos implantes de Roberta há uma verdadeira celebração transgênero.
A trilha original é composta por Gui e Rica Amabes.
O arco dos personagens inclui ainda o casal maduro formado por Gero Camilo e Paulo Miklos, Ari e Décio, o primeiro é ex-padre e o segundo o músico que acompanha Cassandra nos espetáculos.
realizando uma entrega é tratada no masculino e se impõe no gênero feminino
. Realista, a série com roteiro, de lice Marcone, Carla Meirelles, Marcelo Montenegro e Josefina Trotta, traz dilemas pertinentes e plausíveis, para uma personagem que só quer ser feliz enquanto fuma o seu cigarro na varanda.
Grazy(Isabela Ordoñez), filha de uma amiga prostituta da mãe de Gersinho, fala com a maior naturalidade ‘sobre fazer a pista’ e ‘ser tetuda’ ao conhecer Cassandra. Leide que trabalha como vendedora ambulante, a essas alturas está tentando encarar algum novo trambique. Ficamos sabendo que Ivaldo é casado, e que tem uma filha. É o personagem, no entanto, que tem uma conversa franca com Gersinho, sobre Cassandra ser uma mulher.
A música e o amor por Ivaldo, com quem tem uma intensa cena de sexo, parecem ser um sopro de felicidade diante dos dramas da protagonista. Mas a voz na cabeça de Cassandra insiste a conduzi-la por caminhos obscuros.
Linn da Quebrada, aparece como Pedrita, a outra artista do Metamorfose. Junto de Cassandra e Roberta, elas protagonizam um momento de afeto e de irmandade transgênero, algo com que pessoas LGBTQIA+ estão acostumadas: a formar suas próprias famílias.
Lindamente fotografada, a série, produzida pela O2 e dirigida por Luis Pinheiro e Daianara Toffoli , finalmente trouxe representatividade trans ao streaming numa obra nacional, com 5 episódios. E fez isso de forma sublime, homenageando um ícone da música brasileira, que percorre pela narrativa e nos leva a um iluminado gancho para uma nova temporada.
Alguém tem que morrer, minissérie em três episódios criada por Manolo Cara, o mesmo da excelente La Casa de las Flores, para a Netflix já está entre nós. O primeiro episódio nos introduz a Espanha de Franco, dos anos 1950. Somos apresentados aos personagens principais Mina, Cecília Suarez, Genaro, Ernesto Alterio e a matriarca Amparo, interpretada pela eterna chica Almodóvar, Carmen Maura.
A família Falcón está a espera do filho Gabino, Alejandro Splitzer de Desejo Sombrio. Ele chega do México acompanhado de Lázaro um amigo bailarino e logo acaba gerando rumores sobre sua sexualidade, embora em negócios escusos de seu pai com a família Santos, ele esteja prometido a Cayetana, Ester Exposito da série Elite.
Tão bela quanto perversa Cayetana fará da vida dos dois amigos um inferno, para que possa expor sua sexualidade e seus segredos, pois se sente rejeitada, mas nem desconfia que o irmão Alonso que agora tem um comportamento homofóbico, é o gay que está abaixo de seus olhos. A minissérie aborda o tempo todo questões familiares.
Gabino entra em um embate com a família ao mesmo tempo que esconde um segredo sobre a morte do avô. Por ser julgado homossexual, sem nenhum tipo de provas, ele é preso e torturado pelo pai num exemplo extremo de intolerância e violência.
A ambientação é perfeita, os personagens estão muito bem caracterizados e cada um constrói bem suas personalidades. A mansão onde boa parte da ação acontece é um cenário rico em detalhes ao mesmo tempo que guarda uma certa obscuridade, implícita no período político que a Espanha vivia.
A personagem Mia é das mais ricas, ela é caridosa, ama o filho acima de tudo e está em crise no casamento. Não poderia ser diferente, a atriz Cecilia Suarez dá um show, a propósito ela é um dos principais nomes do cinema mexicano no momento.
Tratando de temas como homofobia, luta de classes e política, Alguém tem que morrer é um bom thriller que traz em sua fotografia imagens simbólicas, como um coração pulsando, para ilustrar determinadas situações. Carmen Maura simplesmente brilha do início ao fim na pele da vilã Amparo, a grande atração da série.
Se em La Casa de las Flores, Manolo Cara tratava a homossexualidade com naturalidade num México colorido e cheio de divas, aqui ele mostra o outro lado da moeda, o de quando ser homossexual ainda era crime e doença. Viver como LGBTQIA+ era perigoso pela pressão da sociedade que nos julgavam como monstros. E momentos históricos como esse, mesmo que tão sombrios, fizeram parte da construção da nossa história e são importantes de ser relatados
ALERTA: Pode conter alguns spoilers: Em Um Estranho no Ninho que Milos Forman dirigiu em 1975, a enfermeira Ratched fazia um inferno da vida de Jack Nicholson em uma clínica psiquiátrica. Pois bem, Ratched, a série da Netflix estrelada brilhantemente por Sarah Paulson, é inspirada nessa personagem e conta a vida da enfermeira no ano de 1947.
Ryan Murphy, criador de Pose e American Horror Story é o responsável pela série onde imprime sua marca autêntica e criativa. A série faz parte da parceria de Murphy com a Netflix que já rendeu The Politician e a ótima Hollywood.
Em American Horror Story: Asylum, Sarah Paulson era uma jornalista homossexual que foi trancafiada em uma clínica psiquiátrica abusiva e bizarra. Agora ela está do outro lado da situação, como uma enfermeira sádica do Hospital Lucia, na Califórnia.
Tudo começa quando Edmund Tolles, Finn Wittrock de algumas temporadas de American Horror Story e filmes como Judy, assassina quatro padres após uma sessão de Milagre na Rua 34. A série já começa mostrando a que veio, com muito sangue e um assassino impiedoso e sanguinário. O terror começou.
Logo somos apresentados à Mildred Ratched, que com um visual inspirado em divas de Hollywood chega ao Hospital Lucia, na Califórnia para trabalhar como enfermeira. Por lá encontra o misterioso médico Dr Handover, vivido por Jon Jon Briones e a enfermeira chefe Betsy Bucket, interpretada com excelência por Judy Davis. Bucket é uma personagem essencial no desenvolvimento da série.
A fotografia da serie é primorosa, com planos e enquadramentos que nos remetem à obras de arte muito coloridas também fazendo alusão aos clássicos do Technicholor. O uso da iluminação cria o clima de cada momento, a luz vermelha em cenas de pura tensão nos fazem lembrar de Dario Argento na versão original de Suspiria. A trilha sonora é imponente e lembra clássicos de Brian de Palma e Alfred Hitchcock.
A homossexualidade da personagem principal é sugerida em uma disputa por um pêssego, mas logo ela se envolve com Gwendolyn Briggs a assessora do governador, com quem vai à um bar para mulheres, porém rejeita sua condição embora saiba que seus instintos sejam gays e ela se obrigará a aceitá-los.
Com Edmund Tolles no Hospital Lucia, descobrimos que Mildred se trata de sua irmã e que está lá para salvá-lo. A partir de então passam a acontecer coisas violentas e surreais no hospital. Dr. Hanover faz tratamento com lésbicas através de lobotomia e banhos ferventes, enquanto personagens secundárias mas fundamentais vão entrando em cena.
A série tem participações luxuosas de Corey Stoll, Vincent D’Onofrio e Sharon Stone, que interpreta uma ricaça excêntrica que tem um macaco e um filho sem os membros. Ela busca então se vingar do responsável pela desgraça do filho, o Dr. Hanover, se tornando uma importante personagem dentro do universo da série.
Com um plot atrás do outro e muitas mortes, cada episódio conta uma história. Conhecemos as origens de Mildred e Edmond em uma cena com marionetes extremamente bonita e poética, ao mesmo tempo que é uma história de terror, enquanto seus laços com Gwendolyn vão se estreitando.
Os dilemas de Mildred Ratched nos mostram que ela, apesar, de monstruosa têm potencial para amar e é mais humana do que parece e cheia de nuances. Quando chegamos ao último episódio após uma odisséia de mortes, loucura, excentricidades e lobotomia estamos completamente fascinados pela anti-heroína e por seu universo obscuro e ao mesmo tempo colorido. A próxima temporada já foi anunciada então é permitido dizer que tudo termina num instigante gancho.
Ratched, é mais uma obra brilhante de Ryan Murphy que vêm fazendo história em meio à comunidade queer por criar filmes e séries que dialogam diretamente com esse público. Que a parceria com a Netflix ainda renda muitos frutos como o já anunciado longa The Prom, com Nicole Kidman e Meryl Streep.
Bem-Vindos à Vizinhança
3.1 261 Assista AgoraJenniffer Lynch vem trabalhando direto com o Murphy.
30 Moedas (1° Temporada)
3.2 32 Assista AgoraO primeiro episódio é maravilhoso, depois vai se perdendo. Miguel Ángel Silvestre está em um papel q não combina com ele. Ainda assim amo as loucuras do de la Iglesia.
Queer as Folk (1ª Temporada)
3.0 19O evento catalisador e ponto de partida do novo Queer as Folk, icônica série idealizada por Russel T. Davies, realizado pela Peacock, é um ato de violência brutalmente inspirado em acontecimentos reais. No meio do primeiro episódio, um atirador, sem nome, entra em um clube gay, de Nova Orleans, chamado Babylon, e abre fogo contra a multidão. A maioria dos personagens principais está entre eles, e pelo resto da temporada, de oito episódios, eles vão lidar com sua culpa e tristeza persistentes, com os buracos que o fato deixou no centro de suas vidas.
]
Apesar desse horror inicial, vemos os personagens encontrarem alegria em momentos cotidianos, sejam chás de bebê, passeios pelo shopping, conexões íntimas e mais. O tom alterna entre tristeza e êxtase, mas os fãs dos originais podem ter certeza de que esta nova versão não perdeu nenhuma das risadas, sexo, frivolidade e essência.
A nova versão segue Brodie (Devin Way), um pedante, mas charmoso, de vinte e poucos anos, que retorna à sua cidade natal, Nova Orleans, depois de abandonar a faculdade de medicina, na esperança de reacender relacionamentos passados, como aquele com seu ex-namorado, Noah (Johnny Sibilly). No entanto, as coisas ficam complicadas quando é revelado que um dos melhores amigos de Brodie, Daddius (Chris Renfro), está ficando com Noah em sua ausência.
Enquanto assistimos a tensão desse triângulo amoroso, acompanhamos também as narrativas do irmão de Brodie, Julian (Ryan O'Connell), sua melhor amiga transgênero, Ruthie (Jesse James Keitel) e sua parceira, Shar (Candace Grace), além de um aspirante a estrela drag, de 17 anos, chamado Mingus (Fin Argus).
Drag Queens aparecem e encharcam a tela com um brilho neon. E personagens como Mingus são mais bem desenvolvidos em algumas áreas do que em outras, inclusive na relação com sua compreensiva mãe, Judy, aqui interpretada por Juliette Lewis. Além disso Kim Cattrall vive a mãe de Brodie e Julian.
Também há histórias sobre Ruthie, uma mulher trans, lutando com um desejo sexual em mudança que desafia seu senso de identidade. E sobre Mingus trabalhando com seus sentimentos contraditórios sobre voltar a ser drag depois que sua primeira apresentação foi interrompida pelo tiroteio. É também sobre os desafios particulares enfrentados no sexo por homens deficientes como Julian, Ryan O'Connell de Special, também roteirista e produtor executivo da atração, que tem leve paralisia cerebral, ou Marvin (Eric Graise), um cadeirante.
Aliando passado e presente, a trilha sonora traz nomes como Robin S., Le Tigre, Grimes, Lady Gaga, Gordi, Perfume Genius, Paramore, Yeah Yeah Yeahs, David Bowie, Sylvester, Moderat, Caveboy, entre outros.
O novo Queer as Folk parece muito mais fresco e mais abrangente para toda a comunidade LGBTQIA+. É revigorante ouvir Ruthie falar abertamente sobre ser trans, ou ver Shar abordade com pronomes neutros sem que ninguém questione isso. Nesta versão, vemos personagens que são gays e negros, deficientes, gordos e muito mais. A atração celebra a diversidade oferecendo um enredo muito emocional.
Stephen Dunn, que desenvolveu esta nova adaptação, trabalhou duro para não apenas referenciar o que havia antes, ou seja, um programa sobre como amizades e irmandades queer sobrevivem, mas para capturar seu espírito e retratá-lo em algo que pareça familiar, mas emocionantemente novo.
De alguma forma, Queer As Folk encontra maneiras cada vez mais deliciosas e delirantes de oferecer histórias espinhosas e arcos de personagens que se recusam a achatar ou homogeneizar a comunidade LGBTQIA+. Conversas francas sobre sexo, desejo pós-transição e a importância dos espaços de vida noturna gay estão ao lado de momentos lindos de arte drag, festas de sexo e protestos sombrios.
Tipo Isso (1ª Temporada)
4.2 10 Assista Agoraparabéns para a legenda da série com o uso correto de pronomes neutros.
Diários de Andy Warhol
4.0 19Atualiza aí. A série foi lançada e é maravilhosa!!!!
Now Apocalypse (1ª Temporada)
3.4 53 Assista AgoraGregg Araki consegue ser banal e relevante ao mesmo tempo. Queria mais!
Mare of Easttown
4.4 652MINHA NOSSA SENHORA DO PLOT TWIST!
O Que Você Queer
3.8 3 Assista AgoraMaricón Perdido ou O que Você Queer, infame nome nacional, é uma produção original da TNT, de 6 episódios, de cerca de 25min. Criada e roteirizada por Bob Pop, famoso escritor e crítico espanhol, a série revisita suas memórias e conta uma bonita história de um homem superando suas diferenças para realizar-se na vida.
Um dos aspectos mais importantes da atração é que seu protagonista Roberto, interpretado na fase adolescente por Carlos González e na adulta por Gabriel Sánchez, é gordo, o que o leva a eventuais ataques de gordofobia e homofobia, além de uma quebra de padrão dos corpos revelados em explanações LGBTQIA+. A narrativa não linear, nos permite passear pela vida de seu herói e embarcar numa aventura lúdica, colorida, cruel, realista e repleta de referências à Cultura POP.
Uma irreconhecível Candela Peña, famosa atriz espanhola, de filmes como Tudo sobre minha Mãe(1999) e Peles(2017), interpreta a mãe de Roberto, e protagoniza momentos hilários de cleptomania. Já o pai(Carlos Bardem), nunca tem seu rosto revelado e isso representa a dificuldade dessa relação.
Seja cantando No Llores por mi Argentina na escola ou se aventurando por saunas e pegação em parques, Roberto sempre acaba envolvido em confusões. A amiga Lola, interpretada por Alba Flores, a Nairobi de La Casa de Papel, o acompanha e alegra sua jornada.
A trilha sonora traz nomes como David Bowie, Culture Club, Sinead O’Connor, Prince, Fangoria, Tom Waits, Rufus Wainwright, Dusty Springfield, Chavela Vargas, Everything but the girl, Aterciopelados e até, Caetano Veloso.
A atração mostra o desabrochar de Roberto para Bob Pop, um jovem gay, escritor e que no quarto episódio está discutindo com seu editor o livro Manso, onde novamente somos levados ao vapor e ao homoerotismo das saunas gays, com uma irreverente, porém obscura, subtrama.
A cultura espanhola é bastante valorizada, seja por diálogos que remetem à Pedro Almodóvar, que inclusive participa no último episódio, por obras de arte ou por ilustrar os pueblos e imagens de lugares icônicos de Madri, como o Parque do Retiro e o bairro gay, Chueca, onde Bob conhece Miguel(Ramon Pujol), com quem finalmente vive momentos de amor, afeto e prazer.
Maricona! Bicha! Viado! De volta à adolescência no último episódio, Roberto se masturba lendo The Naked Lunch, de William Burroughs, para em seguida passar por maus bocados quando vai com amigos ao cinema. Na sala ao lado de Duro de Matar, está passando Que fiz eu para merecer isso?(1984), de Pedro Almodóvar, e é nesse momento, que o personagem dá uma guinada em sua vida. A trilha do filme, estrelado por Carmen Maura, se unifica a série e temos um dos momentos mais belos da atração.
No final, Bob Pop é interpretado por ele mesmo, enfrentando problemas de saúde e se relacionando com artistas espanhóis como o já citado Almodóvar, onde numa entrevista na televisão fala como se identifica com as dores do protagonista de Dor e Glória(2019). Mesmo com todas as dificuldades enfrentadas por Bob ao longo da série, e não são poucas, ele nunca é colocado numa posição vitimada.
Portanto, estamos diante de uma série que toca na ferida da sociedade onde mais dói. Por um lado, mostrando as reais consequências da falta de respeito que LGBTQ’s suportaram durante toda a sua vida, através de avaliações, conclusões, comentários, gestos e risos. A narrativa acompanha uma pessoa cujo propósito é ser quem ele é e buscar a felicidade. O que no final todos nós almejamos.
Sex Education (3ª Temporada)
4.3 431 Assista AgoraMELHOR TEMPORADA!
RuPaul's Drag Race: All Stars (6ª Temporada)
4.1 66Digamos que a vencedora não servia os melhores looks na passarela. Mas se o resultado foi merecido? Achei muito sim!
Vosso Reino (1ª Temporada)
3.8 10Série maravilhosa, atualíssima e ousada sob o cuidado de Marcelo Piñeyro. O elenco está incrível e merece aparecer aqui na página.
Sky Rojo (2ª Temporada)
3.5 28Miguel Angel Silvestre nu!
Manhãs de Setembro (1ª Temporada)
4.3 163Em Manhãs de Setembro, série da Amazon Prime, Liniker vive Cassandra, uma mulher trans que trabalha como entregadora de aplicativo, de moto pelas ruas de São Paulo, e à noite faz cover da cantora Vanusa, no bar Metamorfose, da amiga Roberta(Clodd Dias). Tudo parece estar indo bem na vida da personagem, que está em um relacionamento estável com Ivaldo, Tomas Aquino, de Bacurau(2019), a quem chama carinhosamente de Filezinho. Um dia porém Leide(Karine Teles), bate em sua porta e apresenta o filho, de 10 anos, Gersinho(Gustavo Coelho).
Há uma voz(Elisa Lucinda) na cabeça de Cassandra, supostamente de Vanusa, mas na verdade é sua traiçoeira consciência.
A personagem reluta em aceitar a sua realidade, porém, com um enorme coração e senso de humanidade não tem como escapar: “Para de me chamar de pai”, diz ela, "Você é muito bonita pai" rebate Gersinho.
Impressionante e expressiva a série apresenta sem pudores ao público o pajubá: o dialeto gay. Expressões como ocó, aqué, aquendar, bafão, cagar no maiô, colocada, uó, edi, amapô e truque são destiladas pelos personagens ao longo de todos os episódios.
Quando Liniker solta sua poderosa voz, temos os momentos mais bonitos e comoventes da série. Além da canção título, Cassandra ainda interpreta Paralelas, e Como vai você, resgatando o legado musical de Vanusa, a quem a série é dedicada e volta e meia toca na vitrola. A trilha ainda conta com Linn da Quebrada
e uma versão catártica de Sufoco, de Alcione, onde na festa dos implantes de Roberta há uma verdadeira celebração transgênero.
O arco dos personagens inclui ainda o casal maduro formado por Gero Camilo e Paulo Miklos, Ari e Décio, o primeiro é ex-padre e o segundo o músico que acompanha Cassandra nos espetáculos.
Em determinado momento, eles acabam abrigando Leide e Gersinho.
Há uma cena notável, onde Cassandra
realizando uma entrega é tratada no masculino e se impõe no gênero feminino
Grazy(Isabela Ordoñez), filha de uma amiga prostituta da mãe de Gersinho, fala com a maior naturalidade ‘sobre fazer a pista’ e ‘ser tetuda’ ao conhecer Cassandra. Leide que trabalha como vendedora ambulante, a essas alturas está tentando encarar algum novo trambique. Ficamos sabendo que Ivaldo é casado, e que tem uma filha. É o personagem, no entanto, que tem uma conversa franca com Gersinho, sobre Cassandra ser uma mulher.
A música e o amor por Ivaldo, com quem tem uma intensa cena de sexo, parecem ser um sopro de felicidade diante dos dramas da protagonista. Mas a voz na cabeça de Cassandra insiste a conduzi-la por caminhos obscuros.
Linn da Quebrada, aparece como Pedrita, a outra artista do Metamorfose. Junto de Cassandra e Roberta, elas protagonizam um momento de afeto e de irmandade transgênero, algo com que pessoas LGBTQIA+ estão acostumadas: a formar suas próprias famílias.
Lindamente fotografada, a série, produzida pela O2 e dirigida por Luis Pinheiro e Daianara Toffoli , finalmente trouxe representatividade trans ao streaming numa obra nacional, com 5 episódios. E fez isso de forma sublime, homenageando um ícone da música brasileira, que percorre pela narrativa e nos leva a um iluminado gancho para uma nova temporada.
Manhãs de Setembro (1ª Temporada)
4.3 163Que série arrebatadora! Parabéns Amazon, já estava mais do que na hora de uma superprodução nacional trazer protagonismo trans.
Paradise Police (3ª Temporada)
3.6 21 Assista AgoraFixação anal e deboche. Melhor temporada!
It's a Sin
4.4 101 Assista AgoraComovente demais!
Alguém Tem que Morrer
3.2 80 Assista AgoraAlguém tem que morrer, minissérie em três episódios criada por Manolo Cara, o mesmo da excelente La Casa de las Flores, para a Netflix já está entre nós. O primeiro episódio nos introduz a Espanha de Franco, dos anos 1950. Somos apresentados aos personagens principais Mina, Cecília Suarez, Genaro, Ernesto Alterio e a matriarca Amparo, interpretada pela eterna chica Almodóvar, Carmen Maura.
A família Falcón está a espera do filho Gabino, Alejandro Splitzer de Desejo Sombrio. Ele chega do México acompanhado de Lázaro um amigo bailarino e logo acaba gerando rumores sobre sua sexualidade, embora em negócios escusos de seu pai com a família Santos, ele esteja prometido a Cayetana, Ester Exposito da série Elite.
Tão bela quanto perversa Cayetana fará da vida dos dois amigos um inferno, para que possa expor sua sexualidade e seus segredos, pois se sente rejeitada, mas nem desconfia que o irmão Alonso que agora tem um comportamento homofóbico, é o gay que está abaixo de seus olhos. A minissérie aborda o tempo todo questões familiares.
Gabino entra em um embate com a família ao mesmo tempo que esconde um segredo sobre a morte do avô. Por ser julgado homossexual, sem nenhum tipo de provas, ele é preso e torturado pelo pai num exemplo extremo de intolerância e violência.
A ambientação é perfeita, os personagens estão muito bem caracterizados e cada um constrói bem suas personalidades. A mansão onde boa parte da ação acontece é um cenário rico em detalhes ao mesmo tempo que guarda uma certa obscuridade, implícita no período político que a Espanha vivia.
A personagem Mia é das mais ricas, ela é caridosa, ama o filho acima de tudo e está em crise no casamento. Não poderia ser diferente, a atriz Cecilia Suarez dá um show, a propósito ela é um dos principais nomes do cinema mexicano no momento.
Tratando de temas como homofobia, luta de classes e política, Alguém tem que morrer é um bom thriller que traz em sua fotografia imagens simbólicas, como um coração pulsando, para ilustrar determinadas situações. Carmen Maura simplesmente brilha do início ao fim na pele da vilã Amparo, a grande atração da série.
Se em La Casa de las Flores, Manolo Cara tratava a homossexualidade com naturalidade num México colorido e cheio de divas, aqui ele mostra o outro lado da moeda, o de quando ser homossexual ainda era crime e doença. Viver como LGBTQIA+ era perigoso pela pressão da sociedade que nos julgavam como monstros. E momentos históricos como esse, mesmo que tão sombrios, fizeram parte da construção da nossa história e são importantes de ser relatados
Ratched (1ª Temporada)
3.8 393 Assista AgoraALERTA: Pode conter alguns spoilers: Em Um Estranho no Ninho que Milos Forman dirigiu em 1975, a enfermeira Ratched fazia um inferno da vida de Jack Nicholson em uma clínica psiquiátrica. Pois bem, Ratched, a série da Netflix estrelada brilhantemente por Sarah Paulson, é inspirada nessa personagem e conta a vida da enfermeira no ano de 1947.
Ryan Murphy, criador de Pose e American Horror Story é o responsável pela série onde imprime sua marca autêntica e criativa. A série faz parte da parceria de Murphy com a Netflix que já rendeu The Politician e a ótima Hollywood.
Em American Horror Story: Asylum, Sarah Paulson era uma jornalista homossexual que foi trancafiada em uma clínica psiquiátrica abusiva e bizarra. Agora ela está do outro lado da situação, como uma enfermeira sádica do Hospital Lucia, na Califórnia.
Tudo começa quando Edmund Tolles, Finn Wittrock de algumas temporadas de American Horror Story e filmes como Judy, assassina quatro padres após uma sessão de Milagre na Rua 34. A série já começa mostrando a que veio, com muito sangue e um assassino impiedoso e sanguinário. O terror começou.
Logo somos apresentados à Mildred Ratched, que com um visual inspirado em divas de Hollywood chega ao Hospital Lucia, na Califórnia para trabalhar como enfermeira. Por lá encontra o misterioso médico Dr Handover, vivido por Jon Jon Briones e a enfermeira chefe Betsy Bucket, interpretada com excelência por Judy Davis. Bucket é uma personagem essencial no desenvolvimento da série.
A fotografia da serie é primorosa, com planos e enquadramentos que nos remetem à obras de arte muito coloridas também fazendo alusão aos clássicos do Technicholor. O uso da iluminação cria o clima de cada momento, a luz vermelha em cenas de pura tensão nos fazem lembrar de Dario Argento na versão original de Suspiria. A trilha sonora é imponente e lembra clássicos de Brian de Palma e Alfred Hitchcock.
A homossexualidade da personagem principal é sugerida em uma disputa por um pêssego, mas logo ela se envolve com Gwendolyn Briggs a assessora do governador, com quem vai à um bar para mulheres, porém rejeita sua condição embora saiba que seus instintos sejam gays e ela se obrigará a aceitá-los.
Com Edmund Tolles no Hospital Lucia, descobrimos que Mildred se trata de sua irmã e que está lá para salvá-lo. A partir de então passam a acontecer coisas violentas e surreais no hospital. Dr. Hanover faz tratamento com lésbicas através de lobotomia e banhos ferventes, enquanto personagens secundárias mas fundamentais vão entrando em cena.
A série tem participações luxuosas de Corey Stoll, Vincent D’Onofrio e Sharon Stone, que interpreta uma ricaça excêntrica que tem um macaco e um filho sem os membros. Ela busca então se vingar do responsável pela desgraça do filho, o Dr. Hanover, se tornando uma importante personagem dentro do universo da série.
Com um plot atrás do outro e muitas mortes, cada episódio conta uma história. Conhecemos as origens de Mildred e Edmond em uma cena com marionetes extremamente bonita e poética, ao mesmo tempo que é uma história de terror, enquanto seus laços com Gwendolyn vão se estreitando.
Os dilemas de Mildred Ratched nos mostram que ela, apesar, de monstruosa têm potencial para amar e é mais humana do que parece e cheia de nuances. Quando chegamos ao último episódio após uma odisséia de mortes, loucura, excentricidades e lobotomia estamos completamente fascinados pela anti-heroína e por seu universo obscuro e ao mesmo tempo colorido. A próxima temporada já foi anunciada então é permitido dizer que tudo termina num instigante gancho.
Ratched, é mais uma obra brilhante de Ryan Murphy que vêm fazendo história em meio à comunidade queer por criar filmes e séries que dialogam diretamente com esse público. Que a parceria com a Netflix ainda renda muitos frutos como o já anunciado longa The Prom, com Nicole Kidman e Meryl Streep.
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