Depois de anos na minha lista, finalmente consegui assistir "Noordzee, Texas". É um filme com uma narrativa bem linear, sem situações mirabolantes ou grandes reviravoltas, o que particularmente me agrada bastante.
O grande ponto de destaque do longa é o fato da fala não ser o principal recurso de linguagem utilizado, sendo assim a narrativa é construída através do silêncio e tudo o que ele pode dizer. Dessa forma, há a valorização da expressão corporal, ainda que em alguns momentos as manifestações se deem de maneira sutil, e algumas situações ficam apenas subentendidas
como é o caso do adoecimento da mãe de Gino e Sabrina, que já havia sido indicado anteriormente
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Foi uma grata surpresa em descobrir que trata-se de um filme belga, porque na minha cabeça era uma obra holandesa. O lugar de locação do filme é incrível e a vontade de poder ir curtir um vento na cara lá é enorme. E que fotografia sensacional!
Desde o lançamento de "Something like summer" tive a curiosidade de vê-lo, mas na época lembro que tive dificuldades para encontra-lo, isso somado ao fato de ver comentários de que se tratava de um musical, acabou fazendo com que eu desanimasse totalmente e deixasse de lado.
Agora, alguns anos mais tarde, acabei esbarrando novamente por ele e vi como oportunidade para finalmente vê-lo. Confesso que achei que o filme seria muito mais musical, embora considere todos os números desnecessários e particularmente cortaria todos. Infelizmente é uma história com muito potencial que tem o seu desenvolvimento comprometido, entre outras coisas, pela clara falta de orçamento. As passagens de tempo nem sempre são claras, o que às vezes gera estranhamento com os diálogos e posturas das personagens.
No mais, senti falta de um maior aprofundamento no desenrolar da relação do Ben e do Tim. Achei que acabou sendo rasa e muito superficial a construção do relacionamento dos dois e pra mim acabou sendo difícil de digerir a existência/persistência de um sentimento com o passar dos anos.
Às vezes parece um sentimento idealizado e uma eterna projeção do que eles poderiam ter sido.
A sensação que fica é que o filme é um compilado de recortes de uma história muito maior e que muitos pontos da narrativa não estão contemplados na tela, mas de alguma forma ocorreram. Não considero que seja um filme ruim, mas é daqueles que você assiste uma vez e é mais do que suficiente.
Hannah Gadsby dá uma aula de como fazer comédia e gerar uma reflexão sociopolítica. Ela trata de vivências dolorosas por vezes de forma bem humorada e por vezes de modo nu e cru a fim de colocar o dedo na ferida e escancarar as mazelas vivenciadas diariamente por tantas mulheres, sobretudo lésbicas. Embora seja um stand-up, poderia facilmente figurar entre os conteúdos do TEDx, tamanha importância das temáticas tratadas e porque é impossível sair ileso após assisti-lo. É enriquecedor, emocionante, profundo e inspirador! É uma obra que deveria ser vista pelo maior número de pessoas possível, para não dizer todo mundo.
Diferente do que vi em muitos comentários, acredito que o documentário em momento algum trouxe como proposta conscientizar sobre efeitos e consequências do uso de medicamentos, assim como também não se prestou ao papel de defender ou até mesmo incentivar esse uso. Na minha leitura "Take your pills" não é um documentário que trabalha com o viés centrado na ótica da saúde e da medicina, mas sua perspectiva parte de uma análise sobretudo sociológica. Dessa forma, toda a construção desta obra visa fomentar a discussão do que estaria causando a utilização cada vez em maior escala e sem justificativas clínicas de Adderall ou drogas correlatas e não o contrário, isto é, o objetivo não é relatar o que o consumo destas substâncias causa. E algumas respostas para este questionamento, a partir do qual se molda este documentário, são dadas; embora talvez não tenham sido apresentadas de forma tão clara (pra não dizer mastigada) ao decorrer da narrativa, uma vez que o discurso é exposto de modo a exigir minimamente participação ativa de quem o assiste. As respostas não são ditas pragmaticamente em momento algum, mas sutilmente estão lá.
E o despertar de um interesse pela ingesta desta substância em muitos após terem assistido, só corrobora ainda mais a minha ideia de que é um alerta não sobre o uso destes remédios, mas sim de como temos nos configurado enquanto sociedade nas últimas décadas.
Quanto mais reflito, leio e ouço opiniões sobre este filme, mais passo a gostar da narrativa apresentada. Fui desprovida de expectativas, fossem positivas ou negativas, e talvez isto tenha sido um ponto importante para que eu tenha gostado mais desta sequência do que do primeiro filme da franquia.
Foi impossível não assisti-lo sem fazer correlações com todo o cenário político que tem se desenhado não somente no Brasil, mas em uma escala mundial. Apesar do vários pontos em aberto na história, acredito que a intenção era dar ainda mais destaque para o caráter político e ideológico, que Animais Fantásticos traz desde o filme anterior, papel muito bem cumprido por sinal.
É um filme dentro de um universo mágico, mas com uma narrativa séria, que busca nos entreter e encantar, mas também fomenta a reflexão sobre os perigos do surgimento de figuras que apresentam soluções simplistas e poder de discursos manipuladores em tempos de descontentamentos.
É um romance adolescente ao estilo sessão da tarde que se difere por trazer um protagonista LGBT. É um filme que entretém e ganha pontos a mais pela representatividade.
Este documentário trata de questões universais sem deixar de abordar as singularidades de acordo com recortes étnicos e socioeconômicos, fala do que nos conecta enquanto seres humanos. Traz-nos depoimentos em várias línguas, de cidadãos de variados países sobre felicidade, amor, guerra, comida e outros temas. É de uma singeleza e profundidade sem igual, somadas à uma fotografia fantástica. Todo mundo deveria o assistido pelo menos uma vez na vida!
É um daqueles filmes que nos incomoda e nos inquieta diante de tantos atos discriminatórios retratados, que nos faz questionar quantas figuras historicamente importantes seguem sem o devido reconhecimento de suas contribuições justamente por estarem em um recorte temporal em que foram invisibilizadas e que nos faz sobretudo sentir o peso de ainda precisarmos avançar tanto para a visibilidade, igualdade e equidade dos negros mesmo após tantos anos.
Depois da Netflix ter insistido tantas vezes colocando este filme como indicação com base nos previamente assistidos, confesso que esperava mais. Passei boa parte do filme achando que se tratava de uma narrativa sobre drogadição, o que mais tarde acabou se mostrando apenas um elemento, e demorei bastante para realmente entender qual era o foco da história. É sobre o início de uma jornada de autoconhecimento, sendo que o protagonista não tem exatamente um ponto de partida, uma vez que encontra-se totalmente perdido em meio a diversas questões. A sensação que tive é que a cada passo ele se perdia ainda mais e sabia ainda menos sobre si, dessa forma alguns de seus atos acabavam sendo uma busca de fugir desta realidade.
Embora seja um filme ambientado em terras inglesas, consegue ser um retrato da realidade brasileira em relação às questões previdenciárias. É um filme bastante linear e sem muita ação, mas com uma narrativa extremamente rica com toda a crítica e questionamentos fomentados. É uma obra que tem como intuito sobretudo nos fazer refletir sobre os protocolos e as práticas engessadas de órgãos governamentais, pouco flexibilizadas e individualizadas que acabam por prejudicar os cidadãos. Já dizia Criolo: "É que a industria da desgraça pro governo é um bom negócio [...] Olhe, essa é a máquina de matar pobre".
Sou suspeita para falar quando se trata de comédia francesa, porque é um tipo de humor que me agrada muito e é muito diferente do que costumamos ver nos filmes em geral. Ainda que seja um longa que se utilize em sua maioria do humor, não deixa de narrar os dramas cotidianos sob a ótica dos filhos, fazendo assim uma crítica social sobre as reconfigurações familiares e sobretudo sobre a qualidade do tempo compartilhado entre os membros de uma família.
PS.: Imagine fazer uma árvore genealógico ou um genograma desta família?! rs
Confesso que passei pelo menos metade do filme sem entender muito bem o que estava acontecendo, embora de alguma forma fosse deduzindo o que aconteceria, mas com desenrolar lento da história cheguei muitas vezes a pensar que estaria completamente equivocada, o que reforçava a minha sensação de estar perdida.
É um filme que apesar de relativamente dinâmico é ao mesmo tempo linear, possui um tempo próprio para o desenvolvimento da trama. Ainda que relate situações viscerais, é de uma sensibilidade incrível.
A quebra da narrativa com as partes do interrogatório me incomodou um pouco, mas com o passar do tempo fui me acostumando a isto. É importante estar atento a tudo que o filme diz sem dizer. Que filme!
Particularmente, acredito que a única coisa que se salva neste filme é o Ezra Miller mesmo. Acho que estudiosos do cinema e apreciadores de técnicas podem aproveitar melhor as técnicas de filmagem e jogos de câmera. Minha única surpresa foi ver o Jeremy Allen White tão diferente do que estou acostumada em vê-lo em Shameless. Só gostaria dizer que:
Eu já não tinha boas expectativas para este filme, mas ainda assim conseguiram superá-las negativamente. Por se tratar de uma adaptação, confesso que estava preparada para alterações em relação às personagens, mas esperava que mantivessem a fidelidade acerca da essência de cada. Pra mim o maior erro deste filme é sem dúvida a descaracterização das personagens. E não estou falando em relação a questões físicas e étnicas, inclusive acho que ajustes nesse sentido se fizeram necessários para melhor contextualização.
Retrataram o L como um esquisito descontrolado, sendo que a racionalidade é um dos traços mais característicos dele. O que foi aquela cena ridícula de perseguição?
A trilha sonora não combina em nada com as cenas e as mortes são apelativas e expostas desnecessariamente.
As cenas das mortes lembram bastante as da última sequência de Premonição.
No final das contas pareceu pra mim mais um "vamos pegar essa ideia do caderno que causa a morte daqueles os quais possuem os nomes escritos nele" do que na verdade uma adaptação, porque este é o único ponto em comum com a história original, além é claro da preservação dos nomes de alguns personagens. Até regras do Death Note foram deliberadamente alteradas.
COMO ASSIM SÓ O DONO DO CADERNO PODE VER O SHINIGAMI MESMO QUE O OUTRO TENHA PEGADO NO CADERNO?
Usaram a história do caderno como pano de fundo para um romance adolescente bem torto.
Pra não dizer que foi uma completa perda de tempo, o plano final do Light foi bem digno e eu esperava que não lembrassem só no final que o personagem deveria ser ardiloso e inteligente, quem sabe assim não teríamos visto uma trama bem feita com uma batalha intelectual real.
Trata-se de uma obra de arte, sem dúvida. É poesia pura e de uma sensibilidade sem igual! Embora exista grandes lacunas no roteiro, o filme se basta em si mesmo por sua beleza, trabalho de corpo impecável dos atores e trilha sonora incrível.
É aquele filme que põe o dedo na ferida sem a menor sutileza e por ser baseado em fatos reais é ainda mais impactante. Além de possuir uma fotografia incrível, traz reflexões essenciais sobre o nosso modo de vida, o valor da vida contemplativa e sobretudo a importância e necessidade da partilha de momentos com outras pessoas.
Deparei-me com este filme por acaso no youtube e resolvi arriscar. Bem, tive grande dificuldade de conseguir chegar até o final, tanto é que o vi em partes, inclusive em dias diferentes e apenas conclui por pura determinação. A história ainda que de cunho sobrenatural é absurda e inconsistente, as atuações na convencem e não há nada que salve, é tudo bem ruim.
Confesso que até o momento não entendi qual era a proposta do filme, é tudo tão aleatório e confuso que é difícil dizer a real intenção do filme. No início eu até me diverti com a circunstância, apesar de achar tudo muito aleatório e desconexo, mas achei que no decorrer da história tudo começaria a fazer sentido. Ledo engano! O enredo é cheio de lacunas e fragilidades e depois da
tudo se tornou simplesmente intragável. Se antes me sentia indiferente e confusa em relação à história, surgiu em mim um sentimento de repulsa enorme, principalmente com o curso que as coisas tomaram após o fato em questão. A fotografia é uma das mais bonitas que eu já vi, assim como a qualidade da filmagem, mas os pontos positivos acabam por aí.
Encontrei por acaso buscando algo pra assistir pelo Netflix e não tinha ideia do que viria. É de uma sensibilidade incrível, apesar de possuir inúmeras cenas de ação, que por sinal também são incríveis. Traz à reflexão a realidade, o sofrimento e os impasses sofridos por transgêneros na sociedade machista na qual vivemos. Além disso, tem uma fotografia linda e trilha sonora excelente!
Apesar de não ser um filme espetacular, é um daqueles que eu nunca me canso de assistir, tanto é que sempre que estou zapeando e passo por ele acabo por vê-lo. Tem momentos divertidos capazes de nos arrancar um riso de canto de boca, mas no geral é mais um romance adolescente com uma história bem improvável apresentando como destaque o Michael Cera e a boa trilha sonora.
Gameboys The Movie
4.3 11Kokoy servindo atuação de qualidade, além de beleza, claro!
No Caminho das Dunas
3.7 305Depois de anos na minha lista, finalmente consegui assistir "Noordzee, Texas". É um filme com uma narrativa bem linear, sem situações mirabolantes ou grandes reviravoltas, o que particularmente me agrada bastante.
O grande ponto de destaque do longa é o fato da fala não ser o principal recurso de linguagem utilizado, sendo assim a narrativa é construída através do silêncio e tudo o que ele pode dizer. Dessa forma, há a valorização da expressão corporal, ainda que em alguns momentos as manifestações se deem de maneira sutil, e algumas situações ficam apenas subentendidas
como é o caso do adoecimento da mãe de Gino e Sabrina, que já havia sido indicado anteriormente
Foi uma grata surpresa em descobrir que trata-se de um filme belga, porque na minha cabeça era uma obra holandesa. O lugar de locação do filme é incrível e a vontade de poder ir curtir um vento na cara lá é enorme. E que fotografia sensacional!
Something Like Summer
3.0 23Desde o lançamento de "Something like summer" tive a curiosidade de vê-lo, mas na época lembro que tive dificuldades para encontra-lo, isso somado ao fato de ver comentários de que se tratava de um musical, acabou fazendo com que eu desanimasse totalmente e deixasse de lado.
Agora, alguns anos mais tarde, acabei esbarrando novamente por ele e vi como oportunidade para finalmente vê-lo. Confesso que achei que o filme seria muito mais musical, embora considere todos os números desnecessários e particularmente cortaria todos. Infelizmente é uma história com muito potencial que tem o seu desenvolvimento comprometido, entre outras coisas, pela clara falta de orçamento. As passagens de tempo nem sempre são claras, o que às vezes gera estranhamento com os diálogos e posturas das personagens.
No mais, senti falta de um maior aprofundamento no desenrolar da relação do Ben e do Tim. Achei que acabou sendo rasa e muito superficial a construção do relacionamento dos dois e pra mim acabou sendo difícil de digerir a existência/persistência de um sentimento com o passar dos anos.
Às vezes parece um sentimento idealizado e uma eterna projeção do que eles poderiam ter sido.
Não considero que seja um filme ruim, mas é daqueles que você assiste uma vez e é mais do que suficiente.
Que mãos, Davi Santos! Que mãos!
Hannah Gadsby: Nanette
4.7 207 Assista AgoraHannah Gadsby dá uma aula de como fazer comédia e gerar uma reflexão sociopolítica. Ela trata de vivências dolorosas por vezes de forma bem humorada e por vezes de modo nu e cru a fim de colocar o dedo na ferida e escancarar as mazelas vivenciadas diariamente por tantas mulheres, sobretudo lésbicas.
Embora seja um stand-up, poderia facilmente figurar entre os conteúdos do TEDx, tamanha importância das temáticas tratadas e porque é impossível sair ileso após assisti-lo. É enriquecedor, emocionante, profundo e inspirador! É uma obra que deveria ser vista pelo maior número de pessoas possível, para não dizer todo mundo.
Tome Suas Pílulas
3.5 66 Assista AgoraDiferente do que vi em muitos comentários, acredito que o documentário em momento algum trouxe como proposta conscientizar sobre efeitos e consequências do uso de medicamentos, assim como também não se prestou ao papel de defender ou até mesmo incentivar esse uso. Na minha leitura "Take your pills" não é um documentário que trabalha com o viés centrado na ótica da saúde e da medicina, mas sua perspectiva parte de uma análise sobretudo sociológica. Dessa forma, toda a construção desta obra visa fomentar a discussão do que estaria causando a utilização cada vez em maior escala e sem justificativas clínicas de Adderall ou drogas correlatas e não o contrário, isto é, o objetivo não é relatar o que o consumo destas substâncias causa. E algumas respostas para este questionamento, a partir do qual se molda este documentário, são dadas; embora talvez não tenham sido apresentadas de forma tão clara (pra não dizer mastigada) ao decorrer da narrativa, uma vez que o discurso é exposto de modo a exigir minimamente participação ativa de quem o assiste. As respostas não são ditas pragmaticamente em momento algum, mas sutilmente estão lá.
E o despertar de um interesse pela ingesta desta substância em muitos após terem assistido, só corrobora ainda mais a minha ideia de que é um alerta não sobre o uso destes remédios, mas sim de como temos nos configurado enquanto sociedade nas últimas décadas.
Animais Fantásticos - Os Crimes de Grindelwald
3.5 1,1K Assista AgoraQuanto mais reflito, leio e ouço opiniões sobre este filme, mais passo a gostar da narrativa apresentada. Fui desprovida de expectativas, fossem positivas ou negativas, e talvez isto tenha sido um ponto importante para que eu tenha gostado mais desta sequência do que do primeiro filme da franquia.
Foi impossível não assisti-lo sem fazer correlações com todo o cenário político que tem se desenhado não somente no Brasil, mas em uma escala mundial. Apesar do vários pontos em aberto na história, acredito que a intenção era dar ainda mais destaque para o caráter político e ideológico, que Animais Fantásticos traz desde o filme anterior, papel muito bem cumprido por sinal.
É um filme dentro de um universo mágico, mas com uma narrativa séria, que busca nos entreter e encantar, mas também fomenta a reflexão sobre os perigos do surgimento de figuras que apresentam soluções simplistas e poder de discursos manipuladores em tempos de descontentamentos.
Com Amor, Simon
4.0 1,2K Assista AgoraÉ um romance adolescente ao estilo sessão da tarde que se difere por trazer um protagonista LGBT. É um filme que entretém e ganha pontos a mais pela representatividade.
Humano - Uma Viagem pela Vida
4.7 326 Assista AgoraEste documentário trata de questões universais sem deixar de abordar as singularidades de acordo com recortes étnicos e socioeconômicos, fala do que nos conecta enquanto seres humanos. Traz-nos depoimentos em várias línguas, de cidadãos de variados países sobre felicidade, amor, guerra, comida e outros temas. É de uma singeleza e profundidade sem igual, somadas à uma fotografia fantástica. Todo mundo deveria o assistido pelo menos uma vez na vida!
Estrelas Além do Tempo
4.3 1,5K Assista AgoraÉ um daqueles filmes que nos incomoda e nos inquieta diante de tantos atos discriminatórios retratados, que nos faz questionar quantas figuras historicamente importantes seguem sem o devido reconhecimento de suas contribuições justamente por estarem em um recorte temporal em que foram invisibilizadas e que nos faz sobretudo sentir o peso de ainda precisarmos avançar tanto para a visibilidade, igualdade e equidade dos negros mesmo após tantos anos.
Ratos de Praia
3.0 236Depois da Netflix ter insistido tantas vezes colocando este filme como indicação com base nos previamente assistidos, confesso que esperava mais. Passei boa parte do filme achando que se tratava de uma narrativa sobre drogadição, o que mais tarde acabou se mostrando apenas um elemento, e demorei bastante para realmente entender qual era o foco da história. É sobre o início de uma jornada de autoconhecimento, sendo que o protagonista não tem exatamente um ponto de partida, uma vez que encontra-se totalmente perdido em meio a diversas questões. A sensação que tive é que a cada passo ele se perdia ainda mais e sabia ainda menos sobre si, dessa forma alguns de seus atos acabavam sendo uma busca de fugir desta realidade.
Eu, Daniel Blake
4.3 532 Assista AgoraEmbora seja um filme ambientado em terras inglesas, consegue ser um retrato da realidade brasileira em relação às questões previdenciárias. É um filme bastante linear e sem muita ação, mas com uma narrativa extremamente rica com toda a crítica e questionamentos fomentados. É uma obra que tem como intuito sobretudo nos fazer refletir sobre os protocolos e as práticas engessadas de órgãos governamentais, pouco flexibilizadas e individualizadas que acabam por prejudicar os cidadãos. Já dizia Criolo: "É que a industria da desgraça pro governo é um bom negócio [...] Olhe, essa é a máquina de matar pobre".
Destaque para a cena
do banco de alimentos, é simplesmente impossível não se comover com toda a situação e com tal retratação do ápice do desespero humano.
Que Família é Esta?
3.6 14 Assista AgoraSou suspeita para falar quando se trata de comédia francesa, porque é um tipo de humor que me agrada muito e é muito diferente do que costumamos ver nos filmes em geral. Ainda que seja um longa que se utilize em sua maioria do humor, não deixa de narrar os dramas cotidianos sob a ótica dos filhos, fazendo assim uma crítica social sobre as reconfigurações familiares e sobretudo sobre a qualidade do tempo compartilhado entre os membros de uma família.
PS.: Imagine fazer uma árvore genealógico ou um genograma desta família?! rs
Como Você É
3.7 75 Assista AgoraConfesso que passei pelo menos metade do filme sem entender muito bem o que estava acontecendo, embora de alguma forma fosse deduzindo o que aconteceria, mas com desenrolar lento da história cheguei muitas vezes a pensar que estaria completamente equivocada, o que reforçava a minha sensação de estar perdida.
É um filme que apesar de relativamente dinâmico é ao mesmo tempo linear, possui um tempo próprio para o desenvolvimento da trama. Ainda que relate situações viscerais, é de uma sensibilidade incrível.
A quebra da narrativa com as partes do interrogatório me incomodou um pouco, mas com o passar do tempo fui me acostumando a isto. É importante estar atento a tudo que o filme diz sem dizer. Que filme!
Quando Nos Conhecemos
3.2 382 Assista AgoraÉ um filme bem bobinho e bem clichê sobre viagem no tempo e amor não correspondido, digno de sessão da tarde. Nada espetacular, mas dá pra entreter.
Afterschool
2.8 109 Assista AgoraParticularmente, acredito que a única coisa que se salva neste filme é o Ezra Miller mesmo. Acho que estudiosos do cinema e apreciadores de técnicas podem aproveitar melhor as técnicas de filmagem e jogos de câmera. Minha única surpresa foi ver o Jeremy Allen White tão diferente do que estou acostumada em vê-lo em Shameless.
Só gostaria dizer que:
precisamos falar sobre Robert.
Death Note
1.8 1,5K Assista AgoraEu já não tinha boas expectativas para este filme, mas ainda assim conseguiram superá-las negativamente.
Por se tratar de uma adaptação, confesso que estava preparada para alterações em relação às personagens, mas esperava que mantivessem a fidelidade acerca da essência de cada. Pra mim o maior erro deste filme é sem dúvida a descaracterização das personagens. E não estou falando em relação a questões físicas e étnicas, inclusive acho que ajustes nesse sentido se fizeram necessários para melhor contextualização.
Retrataram o L como um esquisito descontrolado, sendo que a racionalidade é um dos traços mais característicos dele. O que foi aquela cena ridícula de perseguição?
A trilha sonora não combina em nada com as cenas e as mortes são apelativas e expostas desnecessariamente.
As cenas das mortes lembram bastante as da última sequência de Premonição.
No final das contas pareceu pra mim mais um "vamos pegar essa ideia do caderno que causa a morte daqueles os quais possuem os nomes escritos nele" do que na verdade uma adaptação, porque este é o único ponto em comum com a história original, além é claro da preservação dos nomes de alguns personagens. Até regras do Death Note foram deliberadamente alteradas.
COMO ASSIM SÓ O DONO DO CADERNO PODE VER O SHINIGAMI MESMO QUE O OUTRO TENHA PEGADO NO CADERNO?
Pra não dizer que foi uma completa perda de tempo, o plano final do Light foi bem digno e eu esperava que não lembrassem só no final que o personagem deveria ser ardiloso e inteligente, quem sabe assim não teríamos visto uma trama bem feita com uma batalha intelectual real.
Eu Sou a Felicidade Deste Mundo
2.0 71Trata-se de uma obra de arte, sem dúvida. É poesia pura e de uma sensibilidade sem igual! Embora exista grandes lacunas no roteiro, o filme se basta em si mesmo por sua beleza, trabalho de corpo impecável dos atores e trilha sonora incrível.
Na Natureza Selvagem
4.3 4,5K Assista AgoraÉ aquele filme que põe o dedo na ferida sem a menor sutileza e por ser baseado em fatos reais é ainda mais impactante. Além de possuir uma fotografia incrível, traz reflexões essenciais sobre o nosso modo de vida, o valor da vida contemplativa e sobretudo a importância e necessidade da partilha de momentos com outras pessoas.
Gatos, Fios Dentais e Amassos
3.4 577 Assista AgoraÉ mais um filme com temática adolescente com um enredo nada extraordinário e super clichê, mas é bem divertido de assistir e é impossível não amá-lo.
Red Wine in the Dark Night
2.8 42Deparei-me com este filme por acaso no youtube e resolvi arriscar. Bem, tive grande dificuldade de conseguir chegar até o final, tanto é que o vi em partes, inclusive em dias diferentes e apenas conclui por pura determinação. A história ainda que de cunho sobrenatural é absurda e inconsistente, as atuações na convencem e não há nada que salve, é tudo bem ruim.
Loev
2.3 91Confesso que até o momento não entendi qual era a proposta do filme, é tudo tão aleatório e confuso que é difícil dizer a real intenção do filme. No início eu até me diverti com a circunstância, apesar de achar tudo muito aleatório e desconexo, mas achei que no decorrer da história tudo começaria a fazer sentido. Ledo engano! O enredo é cheio de lacunas e fragilidades e depois da
cena de estupro
A fotografia é uma das mais bonitas que eu já vi, assim como a qualidade da filmagem, mas os pontos positivos acabam por aí.
Entre a Lei e o Salto Alto
3.7 38Encontrei por acaso buscando algo pra assistir pelo Netflix e não tinha ideia do que viria. É de uma sensibilidade incrível, apesar de possuir inúmeras cenas de ação, que por sinal também são incríveis. Traz à reflexão a realidade, o sofrimento e os impasses sofridos por transgêneros na sociedade machista na qual vivemos. Além disso, tem uma fotografia linda e trilha sonora excelente!
Os Reis do Verão
3.6 422 Assista AgoraÉ filme leve, divertido e bem gostosinho de assistir. Não tem uma história mirabolante, mas transmite uma vibe tão boa!
Nick & Norah: Uma Noite de Amor e Música
3.5 847Apesar de não ser um filme espetacular, é um daqueles que eu nunca me canso de assistir, tanto é que sempre que estou zapeando e passo por ele acabo por vê-lo. Tem momentos divertidos capazes de nos arrancar um riso de canto de boca, mas no geral é mais um romance adolescente com uma história bem improvável apresentando como destaque o Michael Cera e a boa trilha sonora.