Um dos piores filmes que vi na vida e tenho certeza que nenhum do Rohmer vai superar essa má experiência. Eu diria que tudo nele é improvável, mas tudo improvavelmente chato e sem qualquer emoção. Chato, muito chato.
Se eu tivesse lido antes que era uma comédia pastelão e musical, eu teria me preparado, porque esperava outra coisa. Esteticamente, lindo, e só isso já faz valer à pena. Esquisito, mas é claramente, a intenção.
São sete esquetes muito bem escritas, sobre os dez mandamentos, narradas pelo próprio diabo, a serpente. Soube que há uma versão japonesa com oito esquetes. Fernandel interpreta Deus. Dizem que Julien Duvivier se tornou um dos melhores nesse estilo esquete e eu tenho certeza de que fiz um bom começo por esse, que foi dos seus últimos filmes. Enfim, elenco impecável, boa trilha, um humor muito agradável, drama comedido e algo de sombrio. Minha esquete preferida, sem dúvidas, é a terceira (não matarás). O curioso é que o maestro Sivuca faz uma aparição com sua banda, na cena da festa da segunda esquete, o que achei incrível, pois, apesar de saber de sua fama na Europa na década de 60, nunca vi nenhuma referência a qualquer aparição no cinema europeu.
Até a cena do "teste de QI" considero muito boa, mas depois vira uma coisa muito maluca e pouco convincente e por mais que eu tenha a mente aberta, não consigo absorver (fico aliviada que hoje esse tipo de filme seria escrachado). Para piorar, a final é bem sessão da tarde
. Faz parte da arte rir, se frustrar, sentir raiva etc. Eu senti tudo isso e por isso, acho que esse filme, em si, cumpre seu propósito. É aquela coisa: vale à pena, mas não recomendo. Como queria que o Patrick Dewaere tivesse vivido muitos anos!
Depois de um dia, revisitando e amando as lembranças desse filme. Acho que vai ser assim para o resto da vida. Um filme para rever muitas vezes e descobrir mais. A passagem sobre o homem cego é bastante marcante, mas amei essa:
-Meu nome é Robertson. Estou esperando alguém que ainda não chegou.
-Crianças. Vi tantas delas crescerem. As pessoas olham para as crianças e imaginam um mundo novo. Mas eu, quando as vejo, só vejo as mesmas tragédias se repetir. Elas não conseguem nos deixar. É entediante.
Me irritou bastante o quanto é problemático e infantil o Gilles. Não sei se por isso, mas não consegui ver beleza nenhuma na relação entre os dois. É um relacionamento abusivo e nada mais. Por outro lado, gostei bastante de como os outros personagens se envolvem na trama. É um filme interessante, com excelentes atuações e gostoso de assistir.
Achei bem forçados alguns diálogos, o que me incomodou bastante. Imagino que eram para trazer um tom de humor, mas pra mim, falharam nessa tentativa. Pra mim, todo humor está na personagem Hamida (uma fofa!). O filme cumpre seu papel, mostrando, de forma sutil, os dramas de seus personagens, sem se fazer necessário saber muitas coisas sobre suas vidas. Narrativa bem precisa. Vale à pena.
Conto de Inverno
3.8 33Um dos piores filmes que vi na vida e tenho certeza que nenhum do Rohmer vai superar essa má experiência. Eu diria que tudo nele é improvável, mas tudo improvavelmente chato e sem qualquer emoção. Chato, muito chato.
Uma Mulher é Uma Mulher
4.1 267Se eu tivesse lido antes que era uma comédia pastelão e musical, eu teria me preparado, porque esperava outra coisa.
Esteticamente, lindo, e só isso já faz valer à pena. Esquisito, mas é claramente, a intenção.
O Diabo e os Dez Mandamentos
3.6 2São sete esquetes muito bem escritas, sobre os dez mandamentos, narradas pelo próprio diabo, a serpente. Soube que há uma versão japonesa com oito esquetes. Fernandel interpreta Deus. Dizem que Julien Duvivier se tornou um dos melhores nesse estilo esquete e eu tenho certeza de que fiz um bom começo por esse, que foi dos seus últimos filmes. Enfim, elenco impecável, boa trilha, um humor muito agradável, drama comedido e algo de sombrio. Minha esquete preferida, sem dúvidas, é a terceira (não matarás).
O curioso é que o maestro Sivuca faz uma aparição com sua banda, na cena da festa da segunda esquete, o que achei incrível, pois, apesar de saber de sua fama na Europa na década de 60, nunca vi nenhuma referência a qualquer aparição no cinema europeu.
Preparem seus Lenços
3.6 23Achei a primeira parte muito boa. Começa bem engraçado, mas é profundo e inteligente ao mostrar as fragilidades dos personagens.
Até a cena do "teste de QI" considero muito boa, mas depois vira uma coisa muito maluca e pouco convincente e por mais que eu tenha a mente aberta, não consigo absorver (fico aliviada que hoje esse tipo de filme seria escrachado). Para piorar, a final é bem sessão da tarde
Profissão: Repórter
4.0 90Depois de um dia, revisitando e amando as lembranças desse filme. Acho que vai ser assim para o resto da vida. Um filme para rever muitas vezes e descobrir mais. A passagem sobre o homem cego é bastante marcante, mas amei essa:
-Meu nome é Robertson. Estou esperando alguém que ainda não chegou.
-Crianças. Vi tantas delas crescerem. As pessoas olham para as crianças e imaginam um mundo novo. Mas eu, quando as vejo, só vejo as mesmas tragédias se repetir. Elas não conseguem nos deixar. É entediante.
-Onde aprendeu inglês?
-Quer que eu lhe conte minha vida?
-Sim.
Hotel das Americas
3.5 10Me irritou bastante o quanto é problemático e infantil o Gilles. Não sei se por isso, mas não consegui ver beleza nenhuma na relação entre os dois. É um relacionamento abusivo e nada mais. Por outro lado, gostei bastante de como os outros personagens se envolvem na trama. É um filme interessante, com excelentes atuações e gostoso de assistir.
Fique Comigo
3.8 58Achei bem forçados alguns diálogos, o que me incomodou bastante. Imagino que eram para trazer um tom de humor, mas pra mim, falharam nessa tentativa. Pra mim, todo humor está na personagem Hamida (uma fofa!). O filme cumpre seu papel, mostrando, de forma sutil, os dramas de seus personagens, sem se fazer necessário saber muitas coisas sobre suas vidas. Narrativa bem precisa. Vale à pena.