Danilo Rowlin

Termino "Freak Show" com aquela sensação e uma tremenda vontade de dizer: "Muito obrigado, Ryan". Obrigado por nos presentear com uma temporada incrível e surreal. Eu fico abismado com o tamanho de besteiras que escrevem aqui e quero deixar claro que está série, uma produção para televisão, foi uma das melhores da história, podemos analisar pela produção de efeitos visuais, a linearidade do roteiro, tendo todo o cuidado para ornar com as séries anteriores, e, deixando várias suspeitas para as próximas temporadas. Dizer que Freak Show foi um fiasco, é o mesmo que cuspir no prato que comeu. Muito não conheciam a atuação da Lange, Bassett, Bates; e dizer que não foi um bom seriado é ofender as grandes atuações que tivemos nesta série. Sarah teve um trabalho árduo em interpretar/dar vida para estas personagens. Nenhum ator levou a série "nas costas", cada um teve seu momento, todos os personagens apareceram e não foi necessário "ser escondidos".

Freak Show não era uma história só da Elsa Mars, mas sim, de todos os Freaks que viviam naquela trupe. Para todo protagonista, sempre existirá o antagonista, Dandy foi este antagonista, logo, deveria sim ter sua carga dramática maior explorada. Como poderíamos entender todos os assassinatos cometidos, sem compreendermos sua psicopatia? Parem de reclamar, foi uma grande obra. Brasileiro tem mania de achar que entende das coisas, mas no final só sabem reclamar.

Não quero fazer comentários e, analisar personagens como Harry Potter e Allan Ginsberg, pois falamos de universos totalmente diferenciados; Um é irreal e outro baseado em fatos reais. O que mais me chamou atenção nesta produção é a sutileza com que é tratada as lembranças que os personagens tem, a câmera em slow motion é apaixonante. A trilha sonora está maravilhosa, assim como a fotografia. Um roteiro ótimo, mas que poderia ter trazido um impacto maior; Fortes e marcantes diálogos. Favoritei.

Assistir um filme no qual te remete uma estranheza no começo, mas no desenrolar do roteiro você começa a se apaixonar pela própria Samantha. O sentimento que ela descreve parece ser tão real, tão forte, que poderia jurar que seria algo palpável até o final. Sensacional toda obra em si. Meus votos para melhor roteiro original vai para "HER".