Eder Matheus

12 Angry Men é a prova de que um filme não necessita de nada mais do que um bom roteiro para ser excelente.
Lançado em 1957, foi dirigido pro SIdney Lumet e escrito por Reginald Rose. O filme basicamente gira em torno do julgamento de um rapaz que supostamente assassinou o próprio pai, com 12 homens responsáveis por isso.
Com uma premissa simples, e um cenário limitado a uma sala comum, a execução do filme é simplesmente perfeita. De longe é um dos melhores textos já escritos, considerando os diálogos geniais entre os personagens e as reviravoltas que eles trazem para a resolução do problema.
Em questão de atuação, todos os atores mandam muito bem, com destaque para Henry Fonda e Lee J. Cobb.
Arrisco a dizer que esse foi o melhor filme que assisti até hoje (não é o meu favorito), simplesmente porque seu roteiro é impecável e consegue prender a atenção somente com diálogos, criando situações tensas, emocionantes e que prende o espectador desde o seu início.

Um dos filmes que mais me decepcionaram nos últimos tempos. Evitando spoilers, não vou comentar sobre a trama, somente os aspectos gerais do filme.
O início é excelente, com uma atmosfera bem estilizada, dando uma originalidade gigante ao filme. E o que tem de bom para por aí.
A premissa para a criação do Esquadrão não faz sentido, o uso dos seus integrantes não funciona (já que somente dois personagens são de fato desenvolvidos), o desenrolar do filme termina em algo extremamente genérico, perdendo toda a originalidade inicial que o filme aparentava ter, e alguns aspectos técnicos incomodam.
A trilha sonora é uma seleção de excelentes músicas alternadas freneticamente no filme, o que tira o peso delas na narrativa. Algumas sequências de ação são estranhas, com erros de lógica e de continuidade (de continuidade são poucos, mas de lógica...). A cena onde o problema é solucionado é ridícula, sem inspiração nenhuma.
O pior de tudo continua sendo o roteiro. O uso do Esquadrão para o problema que foi apresentado no filme não faz sentido. Esse era o filme para se ter uma abordagem mais "pé no chão", sem muitos elementos fantásticos. Alguma coisa relacionada a "black ops", não a

. Algumas soluções são toscas, preguiçosas, e acabam entrando em conflito com o que foi apresentado anteriormente no filme.
Enfim, eu realmente gostaria de ter gostado do filme, já que sou muito fã da DC (adoro Man of Steel e BvS). Mas, definitivamente, Esquadrão Suicida é um filme que tinha grande potencial, mas que se entregou aos clichês mais idiotas possíveis

Por todos os defeitos que esse filme poderia ter, não foi nenhum dos que eu imaginava que me fizeram "desgostar" um pouco desse filme.
Os efeitos especiais do filme são datados, mas são muito bons. Mais do que isso: para a época e orçamento, eu diria que são geniais. A história, por mais clichê que seja (a clássica jornada do herói), é cativante, atraente, emocionante. Os personagens tem conceitos muito bons, que são melhores desenvolvidos nos dois episódios seguintes.
O que torna esse filme, pelo menos para mim, em algo mediano, é a péssima direção do George Lucas e as atuações terríveis de praticamente todos os atores. Como foi visto nos Episódios I, II e III, George Lucas não é um diretor. Ele é uma mente brilhante, seja no desenvolvimento criativo, nos planejamentos comerciais, mas ele não serve para a direção. O filme é um pouco arrastado, em alguns momentos bem chato, e os atores não ajudam nem um pouco.
Parece que o elenco estava perdido no filme, sem saber muito bem o que estava acontecendo. Carrie Fisher até hoje não conseguiu atuar bem em lugar nenhum, mas mesmo Harrison Ford, que é um excelente ator, estava totalmente deslocado no filme. Mark Hamill como Luke não me convenceu em momento algum que poderia ser o herói de toda aquela história. Diferente dos outros filmes, que possuem atuações muito melhores.
No final, até mesmo os problemas de atuação passam por George Lucas. Mesmo não gostando muito desse filme, devo admitir que sem ele, nada do que veio pela frente teria existido. Sua importância para a história do cinema é inegável, o que faz de Episódio IV um grande filme, mas não necessariamente bom.