Uma comédia de humor negro atemporal repleta de diálogos espetaculares e ironias dramáticas que causam risadas de nervosismo. Como cereja do bolo, um final surpreendente e corajoso, que fecha o filme criticando fortemente o caminho que os EUA estavam tomando com sua perseguição surreal a União Soviética.
Vale ressaltar a atuação impecável do Peter Sellers, fazendo os três personagens principais do filme num tempo que os efeitos especiais ainda não eram tudo isso que conhecemos.
Nesse filme, Kubrick faz um tipo de divisão, mostrando uma dualidade do ser humano em relação à guerra. Por um lado temos a brutalidade do preparo para o combate, e pelo outro, o humor negro do dia a dia daqueles que já estão inseridos em campo de batalha e tiveram sua percepção mudada.
É um comentário quase unânime, mas não tem como passar batido o fato de que o primeiro ato é superior aos outros dois. Causa um início de filme fascinante e que prende a atenção do telespectador, logo, quando há a mudança de ambiente, causa um leve desânimo e pode levar um tempo para quem está assistindo se engajar novamente na trama. Tempo esse que não é tanto a ponto de prejudicar o terceiro ato do filme, que por sua vez, também é magnífico.
Um ótimo retrato da guerra e da crueldade americana em seu auge. Nota 4.3/5
O estúdio Laika Entertainment traz novamente sua técnica de stop-motion para animações, algo que eles já provaram funcionar em Coraline e o Mundo Secreto (2009). Mas aqui, além da beleza visual já esperada, há algo que o estúdio ainda não havia conseguido fazer tão bem: equilibrar o conteúdo adulto com o conteúdo infantil. Curioso termos que nos preocupar com isso quando se trata de animações, que inicialmente deveriam se voltar para as crianças, mas ao longo dos tempos foram se mostrando capazes de muito mais, de trazer críticas sociais à tona e fazer o público pensar – como no maravilhoso Divertidamente (2015), da Pixar. Mas às vezes a busca pela complexidade pode fazer com que os produtores errem a mão, o que felizmente, não acontece em Kubo e as Cordas Mágicas.
O filme tem uma premissa meio tenebrosa, uma história que assombra a vida do nosso protagonista, algo sobre o seu nascimento ter acontecido em meio a desgraças familiares que acabaram na morte de seu pai Hanso pelas mãos do seu avô e das suas tias. Logo depois de apresentado esse conceito o filme mergulha num universo mágico sem precisar dar mais explicações sobre isso, a cultura oriental enche a tela e nos diverte com as mais belas cenas, sendo que não nos importamos com o que é real e o que não é. Kubo toca o seu shamisen (um tipo de banjo) e dá vida a origamis que contam histórias sobre sua família de uma maneira encantadora. Pronto, temos uma premissa interessante e madura aliada a um universo mágico e belo, sem parecer forçado. Ideia comprada.
O começo da jornada do protagonista não foge dos clichês da animação: um jovem inseguro que tem algo de diferenciado, causa uma situação ruim e sofre uma perca, se perdendo de casa e partindo numa jornada para voltar. É a fórmula para o acerto e o filme abraça isso. Mas a partir do ponto que nosso protagonista inicia seu trajeto o filme volta a explorar o que tem de melhor para não acabar sendo “só mais uma animação”: o visual. A ambientação oriental e os personagens apresentados fazem brilhar os olhos, e somos agraciados com batalhas impecáveis e cenários que valem pausar o longa para fazer a captura de tela. Aliás, vale elogiar os companheiros que Kubo adquire, que somam muito ao filme, principalmente na parte cômica, com um humor original e nem um pouco forçado.
Kubo e as Cordas Mágicas segue os passos de uma animação de sucesso, mas dá seu jeito de se tornar especial e ter um espaço em nossos corações. Com um bom roteiro, personagens bem construídos e efeitos encantadores, o filme escreve seu nome entre as melhores animações de 2016.
A criação dos filhos é algo delicado, e todos sabemos o quanto os pais acabam impondo sua ideologia de vida nos filhos. Em Capitão Fantástico, Ben e Leslie se privam dos prazeres da vida moderna para ir morar na natureza com seus filhos, onde eles caçam, colhem, se exercitam e treinam combate corpo a corpo. O filme começa quando ocorre uma situação que tira os nossos personagens de sua “zona de conforto” e faz com que Ben tenha que levar seus filhos até a cidade, onde dois mundos, enfim, se colidem.
O filme mostra como Ben “doutrinou” seus filhos com ideais, fazendo-os ter alto conhecimento filosófico e desprezo pela sociedade atual, com várias cenas e diálogos muito bons que desmerecem a mesma. Mas se engana quem pensa que isso também não seria questionado, afinal, em qual ponto essa criação diferenciada irá prejudicar as crianças? E é nisso que Capitão Fantástico se mostra ousado.
Apresentados desde o começo como mocinhos, Ben e sua família se mostram superiores a sociedade capitalista, pondo sua vida como correta. É quando aparecem outros personagens da trama, que, pela primeira vez no filme, os contestam. E por mais que isso seja um ato antagônico no começo, as críticas feitas ao modo de vida que Ben leva se mostram tão inteligentes quanto as que os mesmos fazem ao sistema capitalista. Quebrando o manto intocável do protagonista, você começa a pensar no que é certo e errado, o que faria no lugar dele, e como criaria seus próprios filhos. O roteiro do filme conduz tudo isso com maestria, acompanhado de uma fotografia impressionante e uma boa trilha sonora – com um momento musical icônico ao final do filme.
E vale destacar também as ótimas atuações, tanto por Ben (Viggo Mortensen) quanto pelos seus filhos, que atuam muito bem para a idade e passam a ideia de que realmente são uma família unida, o que aumenta a dramaticidade da história. Capitão Fantástico vai te fazer pensar com diálogos excelentes, rir com algumas cenas, chorar com outras, e no final, você certamente levará algo desse filme com você. Esqueça os conceitos primitivos de direita e esquerda, não deixe que sua chatice estrague a experiência do melhor filme de 2016.
Difícil, como fã, escrever uma crítica a um filme de Star Wars. Ainda mais para Rogue One, primeiro spin-off da saga, que por sua vez é um filme feito para os fãs.
A história que se passa entre os filmes 3 e 4 da saga não teria como se esquivar das referências e do fan service, pelo contrário, ela abraça isso e entrega para gente em dobro, triplo, quádruplo. O universo se torna o protagonista da história, e o grupo de personagens é enxergado como parte de algo maior, uma missão dos rebeldes - e isso tem pontos positivos e negativos.
O universo onde a história se passa já basta para nos vender o filme, mas isso parece ter deixado os diretores com preguiça de desenvolver os personagens. Jyn Erso é uma protagonista desinteressante, e o resto do grupo Rogue One também não vai muito longe disso, com algumas tramas legais e ideias interessantes, mas nada que nos faça se importar com os mesmos. Isso acaba por tornar o começo do filme meio corrido demais, apresentando muitas coisas que eles não querem realmente apresentar e nós não queremos realmente ver. No começo do filme eu me perguntava quando o mesmo iria justificar sua produção.
Mas se o primeiro ato deixa a desejar, é corretíssimo afirmar que a trama vai crescendo e culmina num final grandioso, numa batalha de níveis gráficos nunca vistos antes na saga. As naves e armas já conhecidas pelos fãs estão mais bonitas e vivas do que nunca, e cada frame faz brilhar os olhos. Quando o filme deixa de lado as tramas rasas dos personagens novos e os une em uma missão você se entrega novamente ao universo maravilhoso feito por George Lucas em 1977. E a partir desse momento, você, fã de Star Wars, vai ter a sua melhor experiência cinematográfica do ano.
Se você não conhece Star Wars, esse não é o melhor filme para começar. Olhe os antigos, conheça os conceitos, vire fã, e depois vá ao cinema receber o service.
Zootopia traz uma animação do melhor tipo: a que não é feita somente para crianças. O roteiro trazendo a tona questões sociais de preconceito e "dívida histórica" impressiona pela sua genialidade, mas se engana quem pensa que isso o torna um filme chato, pelo contrário, as piadas estão presentes ali - e funcionam!
Quando você pensa que o filme vai ir por um caminho já conhecido, simples e clichê, ele te surpreende e te envolve ainda mais na trama de desaparecimentos na cidade, que ainda arranja tempo para focar em questões pessoais e morais.
O longa acerta nos personagens, seja no núcleo principal onde seus arcos e histórias funcionam, ou em todos os outros animais com seus designs que sempre conseguem se diferenciar e encantar os olhos. Zootopia tem uma direção de arte admirável e um roteiro genial, e certamente vai satisfazer tanto os adultos quanto as crianças!
Filme que já começou errado pela tradução do título. Em original seria "Rota de Colisão", que conseguiram, maravilhosamente, transformar em "O Big Bang". Por mais que haja uma referência a famosa explosão, o título nacional vende outro filme, não esse onde os personagens tentam escapar de uma chuva de meteoros para preservar sua espécie.
Personagens sem uma boa trama na história, com o único arco relevante sendo o do Manny e sua família, aprendendo a conviver com o fato de que Amora cresceu e quer sair de casa. E mesmo nesse arco sofremos com diálogos fracos e sem emoção, que não nos fazem comprar a ideia do filme.
Você pode dizer que é uma animação, que deve ser engraçada e feita para crianças, pois bem, nesse contexto funciona ainda menos: as piadas não tem graça. Foram pouquíssimas vezes que eu ri, pois forçam o humor dos personagens que antes eu gostava, de uma maneira que agora pode ser vergonhoso.
Infelizmente, o filme mais fraco de "Era do Gelo", conseguindo ser pior que o quarto filme. Parassem no 3, mas não nos entregassem isso.
Dr. Fantástico
4.2 665 Assista AgoraUma comédia de humor negro atemporal repleta de diálogos espetaculares e ironias dramáticas que causam risadas de nervosismo. Como cereja do bolo, um final surpreendente e corajoso, que fecha o filme criticando fortemente o caminho que os EUA estavam tomando com sua perseguição surreal a União Soviética.
Vale ressaltar a atuação impecável do Peter Sellers, fazendo os três personagens principais do filme num tempo que os efeitos especiais ainda não eram tudo isso que conhecemos.
Kubrick gênio! Nota 4.6/5
Nascido Para Matar
4.3 1,1K Assista AgoraNesse filme, Kubrick faz um tipo de divisão, mostrando uma dualidade do ser humano em relação à guerra. Por um lado temos a brutalidade do preparo para o combate, e pelo outro, o humor negro do dia a dia daqueles que já estão inseridos em campo de batalha e tiveram sua percepção mudada.
É um comentário quase unânime, mas não tem como passar batido o fato de que o primeiro ato é superior aos outros dois. Causa um início de filme fascinante e que prende a atenção do telespectador, logo, quando há a mudança de ambiente, causa um leve desânimo e pode levar um tempo para quem está assistindo se engajar novamente na trama. Tempo esse que não é tanto a ponto de prejudicar o terceiro ato do filme, que por sua vez, também é magnífico.
Um ótimo retrato da guerra e da crueldade americana em seu auge. Nota 4.3/5
Kubo e as Cordas Mágicas
4.2 635 Assista AgoraO estúdio Laika Entertainment traz novamente sua técnica de stop-motion para animações, algo que eles já provaram funcionar em Coraline e o Mundo Secreto (2009). Mas aqui, além da beleza visual já esperada, há algo que o estúdio ainda não havia conseguido fazer tão bem: equilibrar o conteúdo adulto com o conteúdo infantil. Curioso termos que nos preocupar com isso quando se trata de animações, que inicialmente deveriam se voltar para as crianças, mas ao longo dos tempos foram se mostrando capazes de muito mais, de trazer críticas sociais à tona e fazer o público pensar – como no maravilhoso Divertidamente (2015), da Pixar. Mas às vezes a busca pela complexidade pode fazer com que os produtores errem a mão, o que felizmente, não acontece em Kubo e as Cordas Mágicas.
O filme tem uma premissa meio tenebrosa, uma história que assombra a vida do nosso protagonista, algo sobre o seu nascimento ter acontecido em meio a desgraças familiares que acabaram na morte de seu pai Hanso pelas mãos do seu avô e das suas tias. Logo depois de apresentado esse conceito o filme mergulha num universo mágico sem precisar dar mais explicações sobre isso, a cultura oriental enche a tela e nos diverte com as mais belas cenas, sendo que não nos importamos com o que é real e o que não é. Kubo toca o seu shamisen (um tipo de banjo) e dá vida a origamis que contam histórias sobre sua família de uma maneira encantadora. Pronto, temos uma premissa interessante e madura aliada a um universo mágico e belo, sem parecer forçado. Ideia comprada.
O começo da jornada do protagonista não foge dos clichês da animação: um jovem inseguro que tem algo de diferenciado, causa uma situação ruim e sofre uma perca, se perdendo de casa e partindo numa jornada para voltar. É a fórmula para o acerto e o filme abraça isso. Mas a partir do ponto que nosso protagonista inicia seu trajeto o filme volta a explorar o que tem de melhor para não acabar sendo “só mais uma animação”: o visual. A ambientação oriental e os personagens apresentados fazem brilhar os olhos, e somos agraciados com batalhas impecáveis e cenários que valem pausar o longa para fazer a captura de tela. Aliás, vale elogiar os companheiros que Kubo adquire, que somam muito ao filme, principalmente na parte cômica, com um humor original e nem um pouco forçado.
Kubo e as Cordas Mágicas segue os passos de uma animação de sucesso, mas dá seu jeito de se tornar especial e ter um espaço em nossos corações. Com um bom roteiro, personagens bem construídos e efeitos encantadores, o filme escreve seu nome entre as melhores animações de 2016.
Capitão Fantástico
4.4 2,7K Assista AgoraA criação dos filhos é algo delicado, e todos sabemos o quanto os pais acabam impondo sua ideologia de vida nos filhos. Em Capitão Fantástico, Ben e Leslie se privam dos prazeres da vida moderna para ir morar na natureza com seus filhos, onde eles caçam, colhem, se exercitam e treinam combate corpo a corpo. O filme começa quando ocorre uma situação que tira os nossos personagens de sua “zona de conforto” e faz com que Ben tenha que levar seus filhos até a cidade, onde dois mundos, enfim, se colidem.
O filme mostra como Ben “doutrinou” seus filhos com ideais, fazendo-os ter alto conhecimento filosófico e desprezo pela sociedade atual, com várias cenas e diálogos muito bons que desmerecem a mesma. Mas se engana quem pensa que isso também não seria questionado, afinal, em qual ponto essa criação diferenciada irá prejudicar as crianças? E é nisso que Capitão Fantástico se mostra ousado.
Apresentados desde o começo como mocinhos, Ben e sua família se mostram superiores a sociedade capitalista, pondo sua vida como correta. É quando aparecem outros personagens da trama, que, pela primeira vez no filme, os contestam. E por mais que isso seja um ato antagônico no começo, as críticas feitas ao modo de vida que Ben leva se mostram tão inteligentes quanto as que os mesmos fazem ao sistema capitalista. Quebrando o manto intocável do protagonista, você começa a pensar no que é certo e errado, o que faria no lugar dele, e como criaria seus próprios filhos. O roteiro do filme conduz tudo isso com maestria, acompanhado de uma fotografia impressionante e uma boa trilha sonora – com um momento musical icônico ao final do filme.
E vale destacar também as ótimas atuações, tanto por Ben (Viggo Mortensen) quanto pelos seus filhos, que atuam muito bem para a idade e passam a ideia de que realmente são uma família unida, o que aumenta a dramaticidade da história.
Capitão Fantástico vai te fazer pensar com diálogos excelentes, rir com algumas cenas, chorar com outras, e no final, você certamente levará algo desse filme com você. Esqueça os conceitos primitivos de direita e esquerda, não deixe que sua chatice estrague a experiência do melhor filme de 2016.
Rogue One: Uma História Star Wars
4.2 1,7K Assista AgoraDifícil, como fã, escrever uma crítica a um filme de Star Wars. Ainda mais para Rogue One, primeiro spin-off da saga, que por sua vez é um filme feito para os fãs.
A história que se passa entre os filmes 3 e 4 da saga não teria como se esquivar das referências e do fan service, pelo contrário, ela abraça isso e entrega para gente em dobro, triplo, quádruplo. O universo se torna o protagonista da história, e o grupo de personagens é enxergado como parte de algo maior, uma missão dos rebeldes - e isso tem pontos positivos e negativos.
O universo onde a história se passa já basta para nos vender o filme, mas isso parece ter deixado os diretores com preguiça de desenvolver os personagens. Jyn Erso é uma protagonista desinteressante, e o resto do grupo Rogue One também não vai muito longe disso, com algumas tramas legais e ideias interessantes, mas nada que nos faça se importar com os mesmos. Isso acaba por tornar o começo do filme meio corrido demais, apresentando muitas coisas que eles não querem realmente apresentar e nós não queremos realmente ver. No começo do filme eu me perguntava quando o mesmo iria justificar sua produção.
Mas se o primeiro ato deixa a desejar, é corretíssimo afirmar que a trama vai crescendo e culmina num final grandioso, numa batalha de níveis gráficos nunca vistos antes na saga. As naves e armas já conhecidas pelos fãs estão mais bonitas e vivas do que nunca, e cada frame faz brilhar os olhos. Quando o filme deixa de lado as tramas rasas dos personagens novos e os une em uma missão você se entrega novamente ao universo maravilhoso feito por George Lucas em 1977. E a partir desse momento, você, fã de Star Wars, vai ter a sua melhor experiência cinematográfica do ano.
Se você não conhece Star Wars, esse não é o melhor filme para começar. Olhe os antigos, conheça os conceitos, vire fã, e depois vá ao cinema receber o service.
Zootopia: Essa Cidade é o Bicho
4.2 1,5K Assista AgoraFilme maravilhoso!
Zootopia traz uma animação do melhor tipo: a que não é feita somente para crianças. O roteiro trazendo a tona questões sociais de preconceito e "dívida histórica" impressiona pela sua genialidade, mas se engana quem pensa que isso o torna um filme chato, pelo contrário, as piadas estão presentes ali - e funcionam!
Quando você pensa que o filme vai ir por um caminho já conhecido, simples e clichê, ele te surpreende e te envolve ainda mais na trama de desaparecimentos na cidade, que ainda arranja tempo para focar em questões pessoais e morais.
O longa acerta nos personagens, seja no núcleo principal onde seus arcos e histórias funcionam, ou em todos os outros animais com seus designs que sempre conseguem se diferenciar e encantar os olhos.
Zootopia tem uma direção de arte admirável e um roteiro genial, e certamente vai satisfazer tanto os adultos quanto as crianças!
A Era do Gelo: O Big Bang
3.1 424 Assista AgoraFilme que já começou errado pela tradução do título. Em original seria "Rota de Colisão", que conseguiram, maravilhosamente, transformar em "O Big Bang". Por mais que haja uma referência a famosa explosão, o título nacional vende outro filme, não esse onde os personagens tentam escapar de uma chuva de meteoros para preservar sua espécie.
Personagens sem uma boa trama na história, com o único arco relevante sendo o do Manny e sua família, aprendendo a conviver com o fato de que Amora cresceu e quer sair de casa. E mesmo nesse arco sofremos com diálogos fracos e sem emoção, que não nos fazem comprar a ideia do filme.
Você pode dizer que é uma animação, que deve ser engraçada e feita para crianças, pois bem, nesse contexto funciona ainda menos: as piadas não tem graça. Foram pouquíssimas vezes que eu ri, pois forçam o humor dos personagens que antes eu gostava, de uma maneira que agora pode ser vergonhoso.
Infelizmente, o filme mais fraco de "Era do Gelo", conseguindo ser pior que o quarto filme. Parassem no 3, mas não nos entregassem isso.