Apesar de não condizer com o hype e o tanto de humor zoomer aleatório estragar um pouco, é sem dúvida um dos filmes mais interessantes dos últimos anos, e atemporal em sua mensagem. É o tipo de história que eu esperava ver em livros de scifi e não no cinema, e consegue ser muito mais conciso que Tenet.
É bom ver que a academia tá aos poucos se abrindo pra filmes mais 'estranhos' ao invés de só premiar o Oscar bait óbvio do ano.
Ver gente chamando esse filme de chato, sem história ou dizendo que O Menino do Pijama Listrado kkkkk é melhor dá até tristeza. Cada um gosta do que quiser, claro, mas por esses comentários parece que nem tentaram compreender o filme, foram esperando outra coisa, sei lá, mais ação ou um dramalhão. Parece o pessoal que tava reclamando que Oppenheimer focou demais no Oppenheimer.
Enfim, perturbador e banal, tão efetivo no que propõe que as vezes eu até esquecia do que tava acontecendo e me via investido nos personagens.
Nolan ainda não é um diretor completo como o PTA ou Irmãos Coen, mas tá chegando lá. Até em um filme biográfico ele esbarra nos problemas que permeiam todos os filmes dele (como a inabilidade dele com personagens femininas). A forma que ele escolheu pra introduzir a citação do Bhagavad Gita também foi ridícula, pra dizer o mínimo. É quase como se as cenas de sexo fossem uma tentativa dele ser "levado mais a sério" como diretor. Até a segunda cena, apesar de interessante pra narrativa, parece meio forçada e jogada de qualquer jeito no meio do filme.
Dito isso, não sei como alguém consegue ver esse filme e pensar em "propaganda estadunidense". Se teve alguma propaganda aqui foi contra os EUA (e justificada). A cena do secretário falando o motivo dele pra não bombardear Kyoto é desprezível.
Estranhamente a melhor parte do filme foi o Duncan e toda a interação dele com a Bella. Mark Rufallo ficou hilário no papel e tem uma "química" bizarra mas muito boa com a Emma Stone. Depois que ele some o filme fica sem graça. Vi gente dizendo que ele é "normal demais" pro filme e pra mim isso foi o melhor, é como se um personagem do Richard Curtis fosse jogado num filme do Cronenberg.
Me deu vontade de ver ele se arriscando em mais papéis estranhos assim. É um potencial inexplorado.
No discurso do Oscar, Jonathan Glazer, para o caso de os paralelos entre o filme e a realidade não estarem suficientemente óbvios, aproveitou o momento pra denunciar a campanha de limpeza étnica que Israel vem promovendo em Gaza. Fiquei surpreso de ter sido recebido com uma salva de palmas ao invés de um silêncio constrangedor.
Um ato extremamente corajoso e importante vindo de um judeu com tanta visibilidade, visto o quanto Israel vem fazendo uso de termos como 'antissemitismo' e 'holocausto' para se blindar de críticas e ostracizar dissidentes políticos internacionais, e o quanto críticas à campanha Israelense vem no mínimo sendo ignoradas pela comunidade internacional, e na pior das hipóteses, conferindo censura e até prisão em países ditos "livres" do Ocidente.
Enfim, ainda não vi o filme, mas só por isso esse diretor já merece todas as congratulações possíveis.
Fui sem saber nada sobre o filme, sem expectativas, só esperando um filme bom igual Vidas ao Vento. Terminei assistindo um dos melhores filmes do Miyazaki. Me arriscaria até a dizer um top3, de longe minha história preferida dele. Voltando pela segunda vez da aposentadoria com chave de ouro.
Fiquei decepcionado e ao mesmo tempo impressionado quando sai da sala de cinema e fui pesquisar sobre o livro e descobri que o filme só emprestou o nome e na verdade não tem nada a ver com o livro. Dá pra sentir toda a experiência que o Miyazaki reuniu com seu vasto conhecimento de literatura fantástica infantil culminando aqui.
Diferente de pessoas que só viram a versão original da Disney e no máximo um ou outro live-action, fãs de Peter Pan estão mais que acostumados com adaptações livres do livro, desde Hook até versões mais sombrias como O Ladrão de Crianças de Brom. E essa versão do David Lowery não deixa nada a desejar, sendo uma das mais interessantes reinvenções do clássico e um dos únicos live-actions dessa leva da Disney que vale a pena ver.
Pra se produzir bons filmes religiosos, é necessário um mínimo tanto de respeito quanto de reverencia com o material original. E isso é algo que tanto o Ridley Scott quanto o Harold Cronk nunca vão entender.
Um noir no Alaska é algo que eu nunca achei que precisasse mas agora eu queria mais. Não é um filme tão bom, mas é um ótimo estudo de personagem feito com simplicidade. Queria que o Nolan voltasse a fazer mais filmes assim ao invés de blockbusters mirabolantes.
Acho que o mais impressionante desse filme é que é basicamente um drama burocrático e ainda assim consegue ser mais interessante, tenso e empolgante que todas as tentativas americanas de fazer um filme do Godzilla (e diria até que qualquer filme de desastre já feito).
Não é tão divertido quanto o segundo. Ele abandona a aventura estilo Indiana Jones e volta pra ação naval do primeiro, mas acaba sendo meio cansativo. O roteiro é meio confuso e as vezes fica meio difícil de acompanhar, não por ser complexo mas pela narrativa feita à moda caralha.
Muito melhor que o primeiro. Tem alguns dos mesmos defeitos, mas tô surpreso dele ser considerado pior que o primeiro num geral. Bem mais divertido, história bem mais interessante etc. Queria muito que a franquia tivesse focado mais nesse estilo Indiana Jones ao invés dos embates épicos e ação naval.
Apesar da ideia de adaptar Coração das Trevas com uma relação de pai e filho e um contexto mais moderno ser interessante no papel, na prática o filme não acrescenta nada à história original, diferente de Apocalypse Now ou Spec Ops (por mais que eu ache que esse segundo falhou miseravelmente).
Tem uma fotografia bonita, como é esperado dos filmes do James Gray, e só.
É até engraçado pensar na polêmica gigante que um filme tão bobinho e inofensivo gerou. Ver o pessoal rosnando e espumando foi até mais divertido que o próprio filme. E no fim ninguém lembra mais dele.
Ironicamente, a melhor coisa do filme foi o Ryan Gosling e o arco do personagem dele. Cansativo e sem graça, mas com uma mensagem legal.
Godzilla: Minus One
4.1 266Oppenheimer é o caralho, esse aqui é o melhor filme de 2023. Não só como filme mas também muito mais relevante em sua crítica.
E o tema do Godzilla é simplesmente a melhor trilha sonora do cinema, meu deus. Cada versão dela é uma obra prima separada.
Batman: O Retorno
3.4 850 Assista AgoraPqp, eu não lembrava que esse filme tinha tanta insinuações sexuais estranhas kkkkk tim burton é um esquisito.
Tudo em Todo O Lugar ao Mesmo Tempo
4.0 2,1K Assista AgoraApesar de não condizer com o hype e o tanto de humor zoomer aleatório estragar um pouco, é sem dúvida um dos filmes mais interessantes dos últimos anos, e atemporal em sua mensagem. É o tipo de história que eu esperava ver em livros de scifi e não no cinema, e consegue ser muito mais conciso que Tenet.
É bom ver que a academia tá aos poucos se abrindo pra filmes mais 'estranhos' ao invés de só premiar o Oscar bait óbvio do ano.
Zona de Interesse
3.6 581 Assista AgoraVer gente chamando esse filme de chato, sem história ou dizendo que O Menino do Pijama Listrado kkkkk é melhor dá até tristeza. Cada um gosta do que quiser, claro, mas por esses comentários parece que nem tentaram compreender o filme, foram esperando outra coisa, sei lá, mais ação ou um dramalhão. Parece o pessoal que tava reclamando que Oppenheimer focou demais no Oppenheimer.
Enfim, perturbador e banal, tão efetivo no que propõe que as vezes eu até esquecia do que tava acontecendo e me via investido nos personagens.
Coringa: Delírio a Dois
64La La Land 2
Oppenheimer
4.0 1,1KNolan ainda não é um diretor completo como o PTA ou Irmãos Coen, mas tá chegando lá. Até em um filme biográfico ele esbarra nos problemas que permeiam todos os filmes dele (como a inabilidade dele com personagens femininas). A forma que ele escolheu pra introduzir a citação do Bhagavad Gita também foi ridícula, pra dizer o mínimo. É quase como se as cenas de sexo fossem uma tentativa dele ser "levado mais a sério" como diretor. Até a segunda cena, apesar de interessante pra narrativa, parece meio forçada e jogada de qualquer jeito no meio do filme.
Dito isso, não sei como alguém consegue ver esse filme e pensar em "propaganda estadunidense". Se teve alguma propaganda aqui foi contra os EUA (e justificada). A cena do secretário falando o motivo dele pra não bombardear Kyoto é desprezível.
Duna: Parte 2
4.4 603É, Villeneuve definitivamente é um diretor que eu aprecio mais quando reassisto os filmes. Provavelmente vai ser a mesma coisa com esse.
Parece que todo filme dele agora tá terminando com gancho pro próximo. Cadê Blade Runner 2076?
Pobres Criaturas
4.2 1,1K Assista AgoraEstranhamente a melhor parte do filme foi o Duncan e toda a interação dele com a Bella. Mark Rufallo ficou hilário no papel e tem uma "química" bizarra mas muito boa com a Emma Stone. Depois que ele some o filme fica sem graça. Vi gente dizendo que ele é "normal demais" pro filme e pra mim isso foi o melhor, é como se um personagem do Richard Curtis fosse jogado num filme do Cronenberg.
Me deu vontade de ver ele se arriscando em mais papéis estranhos assim. É um potencial inexplorado.
Extermínio 2
3.5 626 Assista AgoraUm dos filmes mais imbecis que já vi.
Desisti de ver na hora que o helicóptero começou a atirar no carro em movimento. Nem sei como aguentei tanto.
Extermínio 2
3.5 626 Assista Agorapqp que roteiro MERDA kkkkkkkkkkkk
e essa camera tremida o filme inteiro, sem ideia do que tavam pensando com esse filme
O Planeta dos Macacos
4.0 680 Assista AgoraUma alegoria que já fica cansativa antes da metade do filme. Acho que dos clássicos de ficção científica, esse é um dos menos interessante.
Zona de Interesse
3.6 581 Assista AgoraNo discurso do Oscar, Jonathan Glazer, para o caso de os paralelos entre o filme e a realidade não estarem suficientemente óbvios, aproveitou o momento pra denunciar a campanha de limpeza étnica que Israel vem promovendo em Gaza. Fiquei surpreso de ter sido recebido com uma salva de palmas ao invés de um silêncio constrangedor.
Um ato extremamente corajoso e importante vindo de um judeu com tanta visibilidade, visto o quanto Israel vem fazendo uso de termos como 'antissemitismo' e 'holocausto' para se blindar de críticas e ostracizar dissidentes políticos internacionais, e o quanto críticas à campanha Israelense vem no mínimo sendo ignoradas pela comunidade internacional, e na pior das hipóteses, conferindo censura e até prisão em países ditos "livres" do Ocidente.
Enfim, ainda não vi o filme, mas só por isso esse diretor já merece todas as congratulações possíveis.
Madame Teia
2.1 233 Assista AgoraMy favourite part was when Madame web webbed and then went webbing all over the web
O Menino e a Garça
4.0 215Fui sem saber nada sobre o filme, sem expectativas, só esperando um filme bom igual Vidas ao Vento. Terminei assistindo um dos melhores filmes do Miyazaki. Me arriscaria até a dizer um top3, de longe minha história preferida dele. Voltando pela segunda vez da aposentadoria com chave de ouro.
Fiquei decepcionado e ao mesmo tempo impressionado quando sai da sala de cinema e fui pesquisar sobre o livro e descobri que o filme só emprestou o nome e na verdade não tem nada a ver com o livro. Dá pra sentir toda a experiência que o Miyazaki reuniu com seu vasto conhecimento de literatura fantástica infantil culminando aqui.
Orion e o Escuro
3.3 71 Assista Agora"Do escritor vencedor do Oscar Charlie Kaufman"
Puta merda, ele cansou de traumatizar adultos e agora quer ir atrás das crianças também?
Peter Pan & Wendy
2.4 135 Assista AgoraDiferente de pessoas que só viram a versão original da Disney e no máximo um ou outro live-action, fãs de Peter Pan estão mais que acostumados com adaptações livres do livro, desde Hook até versões mais sombrias como O Ladrão de Crianças de Brom. E essa versão do David Lowery não deixa nada a desejar, sendo uma das mais interessantes reinvenções do clássico e um dos únicos live-actions dessa leva da Disney que vale a pena ver.
Êxodo: Deuses e Reis
3.1 1,2K Assista AgoraPra se produzir bons filmes religiosos, é necessário um mínimo tanto de respeito quanto de reverencia com o material original. E isso é algo que tanto o Ridley Scott quanto o Harold Cronk nunca vão entender.
Guerra Civil
3.8 196Trailer e conceito me animou demais até ver o nome do Alex Garland na tela.
Insônia
3.4 411 Assista AgoraUm noir no Alaska é algo que eu nunca achei que precisasse mas agora eu queria mais. Não é um filme tão bom, mas é um ótimo estudo de personagem feito com simplicidade. Queria que o Nolan voltasse a fazer mais filmes assim ao invés de blockbusters mirabolantes.
Shin Godzilla
3.6 153 Assista AgoraAcho que o mais impressionante desse filme é que é basicamente um drama burocrático e ainda assim consegue ser mais interessante, tenso e empolgante que todas as tentativas americanas de fazer um filme do Godzilla (e diria até que qualquer filme de desastre já feito).
Piratas do Caribe: No Fim do Mundo
3.8 962 Assista AgoraNão é tão divertido quanto o segundo. Ele abandona a aventura estilo Indiana Jones e volta pra ação naval do primeiro, mas acaba sendo meio cansativo. O roteiro é meio confuso e as vezes fica meio difícil de acompanhar, não por ser complexo mas pela narrativa feita à moda caralha.
Piratas do Caribe: O Baú da Morte
3.9 872 Assista AgoraMuito melhor que o primeiro. Tem alguns dos mesmos defeitos, mas tô surpreso dele ser considerado pior que o primeiro num geral. Bem mais divertido, história bem mais interessante etc. Queria muito que a franquia tivesse focado mais nesse estilo Indiana Jones ao invés dos embates épicos e ação naval.
Ad Astra: Rumo às Estrelas
3.3 850 Assista AgoraApesar da ideia de adaptar Coração das Trevas com uma relação de pai e filho e um contexto mais moderno ser interessante no papel, na prática o filme não acrescenta nada à história original, diferente de Apocalypse Now ou Spec Ops (por mais que eu ache que esse segundo falhou miseravelmente).
Tem uma fotografia bonita, como é esperado dos filmes do James Gray, e só.
Barbie
3.9 1,6K Assista AgoraÉ até engraçado pensar na polêmica gigante que um filme tão bobinho e inofensivo gerou. Ver o pessoal rosnando e espumando foi até mais divertido que o próprio filme. E no fim ninguém lembra mais dele.
Ironicamente, a melhor coisa do filme foi o Ryan Gosling e o arco do personagem dele. Cansativo e sem graça, mas com uma mensagem legal.