Flávio Avelino

Com o fim da temporada de blockbusters, Hollywood apresenta a partir de agora os filmes “premiáveis”, aqueles que serão os principais candidatos ao Oscar e demais grandes prêmios da indústria cinematográfica. E essa temporada de elite começou com “Gravidade”, do diretor Alfonso Cuarón, e não poderia ter começado melhor.

Respire fundo quando os trailers terminarem porque provavelmente, assim como eu, você só voltará a respirar quando o filme acabar. Com uma plot relativamente simples, mas com uma atuação digna uma concorrente, senão ganhadora, do Oscar, Sandra Bullock interpreta a astronauta Ryan, que passa por uma sequência de acidentes na estação espacial internacional, e tem que lutar contra todos os problemas que surgem nessa jornada em busca da sobrevivência. A jornada de Ryan é tão, propositalmente, insólita que me faz soltar um: “Putz, nãoooo!” e colocar as mãos na cabeça – realmente angustiado com a história.

Apesar de não ter um enredo dos mais intrincados a história trás implícita alguns dilemas humanos relativos a necessidade de viver... De viver independente dos problemas. E essa discussão sobre a psique humana continua quando o assunto é a complexa habilidade de “deixar ir”... Tudo isso apresentado em meio a muita ação e tensão.

Diante da grandiosa exibição de Sandra Bullock, a pequena participação do coadjuvante George Cloney ficou relativamente apagada, porém o trabalho dele foi fundamental para que ela brilhasse com a intensidade que aconteceu. Cloney soube manter o tom da sua personagem, e mesmo sendo o alivio cômico ele não cometeu o pecado da vaidade e soube deixar sua parceira brilhar inclusive nas cenas em que contraceram.

Além do espetáculo sem tamanho que são as belas imagens e o 3D ( sim, o 3D é excelente!! E cabe perfeitamente no filme, não é a forçação de barra que a gente vê por ai... ), o visual faz parte do ambiente tenso que gera um desespero quando nos colocamos no lugar das personagens que vivem aquelas situações... No meio do nada! Isso é um mérito enorme do diretor Alfonso Cuarón que nos faz sentir uma total empatia com as personagens.

Mesmo tendo todos os elementos de um filme comercial ( grande apelo nos efeitos especiais, ação do começo ao fim e atores que só pela sua presença enchem as salas de cinema ), “Gravidade” consegue imprimir a angustia que é almejada pelos principais filmes de arte europeus.

Certamente o melhor filme do ano, até o momento, “Gravidade” vale muito ingresso!!

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Não sei porque tantas criticas. Tanto a impressa quanto o publico não tem gostado nada, mas pra mim o filme é bom sim.. Vale totalmente o ingresso!!!

Muito dizem que não parece um filme de M. Night Shyamalan... Mas ele esta lá sim!! Esta claro, a assinatura dele esta lá, existe o suspense, existem os elementos ocultos, mas temos que fazer algumas concessões afinal ele saiu da zona de conforto dele dirigindo uma ficção cientifica.

Dizem também que o Will Smith apenas aceita fazer filmes onde ele é o salvador da pátria, isto obviamente não faz sentido ja que neste filme ele é apenas um coadjuvante de luxo... Porque, sim, ele não é nem em sonho o ator principal... O filme é do garoto!!

Jaden Smith, me convenceu, porém até o momento da grande virada do personagem dele, eu estava achando que ele era apenas o filho chorão do Will Smith, mas quando ele teve que mostar que estava atuando, ele mandou muuuuuuuito bem!!!!!!

Bom é isso... Eu gostei!!

Ps. Pedras sendo arremessadas em, 3... 2.. 1...

O filme não sabe o que quer ser: Um grande drama? Uma fantástica aventura? O filme misturou os dois com um pouco de comédia, e claro, não de certo! Não da pra entender que no meio de uma crise de ansiedade Tony Stark solte um piadinha... Não cabe!!
Pegaram um vilão excelente, interpretado por um ator tão excelente quanto, e destruíram.... No lugar colocaram um vilão sem motivação nenhuma, que é vilão porque... porque... Ah, porque a gente de um vilão, oras!!
E se alguém me explicar, e convencer, de qual a função daquele garotinho, a não ser claro, que a Marvel faz parte do império Disney e eles adoram um colocar um "pobre órfão" no meio de qualquer coisa, eu pago o ingresso dessa pessoa!!
Adoro os dois primeiros filmes, apesar de ter ressalvas com o segundo, mas dessa vez erraram a mão feio!!!