Como é cruel a vida de tantas Marias... principalmente porque às meninas é dado este destino: ajudar a mãe, cuidar da casa, dos irmãos e depois, criar seu próprios filhos. Uma luta diária pela sobrevivência, onde não há espaço para estudos, sonhos ou esperanças.
A estória dessas duas belas vizinhas merecia mais que 14 minutos, com um desenvolvimento narrativo melhor e um desfecho menos masoquista. Marcelia Cartaxo e Raquel Rizzo são apaixonantes e fiquei querendo mais.
Paula Gaitán tem uma forma peculiar de ver o mundo e repassar essa mensagem em suas obras. Por vezes não é compreendida. Neste curta, vê-se um homem descalço, segurando um par de calçados, que percorre várias vezes o mesmo caminho e que, em todas as vezes, opta por fazer desvios no trajeto, embrenhando-se nas plantações e voltando ao seu ponto de partida. A partir disso, é possível fazer inúmeras reflexões sobre a vida. Por vezes, nos é ofertado um caminho pré-definido, mas nos sentimos motivados a nos desviar dele, a buscar outras trajetórias. No desvio, às vezes descobrimos que a dúvida nos domina, ou que não é proveitoso ir adiante, então retornamos... Outras vezes, temos nas mãos o calçado que poderá tornar nosso caminhar menos doloroso, mas não sabemos o que fazer com ele e continuamos com pés descalços sobre as pedras. Assim a vida passa, caímos e tropeçamos nos mesmos enganos, evitamos ir além, não enxergamos a vastidão de oportunidades, nos cansamos da rotina, não percebemos que se fizermos sempre a mesma coisa, obteremos sempre os mesmos resultados. E que o caminho se faz com o caminhar, seja indo, voltando, seguindo à esquerda ou à direita... o importante é ir, para ver no que dá.
Os curtas em animação sempre me fascinaram. Fico imaginando como os sentimentos e emoções são fortemente transmitidos sem o uso de palavras. Vejo hoje como as palavras são dispensáveis em alguns momentos e podem até mesmo atrapalhar ou por tudo a perder. Este filme é uma mostra exemplar disso tudo. Sensível, forte, delicado. Meu coração está aqui, pequenininho...
Como dizer tudo sem precisar falar quase nada! Obra maravilhosa, com mensagem forte, direta. Crítica contundente. Amo todos os curtas de Marcos Magalhães. Vejo e revejo suas obras, porque sempre me conduzem a uma nova reflexão.
Assisti conforme recomendado: com fones de ouvido! A experiência auditiva é realmente impressionante e enriquece bastante a narrativa. Fotografia, figurino e trilha impecáveis. Este curta pode realmente ter inspirado a ambientação do filme "O Poço", pois à primeira vista a arquitetura e a mensagem são semelhantes. Entretanto, as duas obras são bastante diferentes.
Changing Batteries
4.2 46Em poucos minutos meu coração ficou cortado ao meio... Incrível passar uma mensagem tão emocionante em um espaço tão curto de tempo.
Vida Maria
4.3 133Como é cruel a vida de tantas Marias... principalmente porque às meninas é dado este destino: ajudar a mãe, cuidar da casa, dos irmãos e depois, criar seu próprios filhos. Uma luta diária pela sobrevivência, onde não há espaço para estudos, sonhos ou esperanças.
Tudo Bem
4.0 17Sincero. Um curta que disse muito. 💖
Napo
4.0 9Que linda mensagem. Quase impossível não se emocionar com estórias assim. Animação CG com a utilização dos recursos 2D e 3D, perfeitas.
Ela Que Mora no Andar de Cima
2.9 4A estória dessas duas belas vizinhas merecia mais que 14 minutos, com um desenvolvimento narrativo melhor e um desfecho menos masoquista. Marcelia Cartaxo e Raquel Rizzo são apaixonantes e fiquei querendo mais.
Se hace camino al andar
3.7 2Paula Gaitán tem uma forma peculiar de ver o mundo e repassar essa mensagem em suas obras. Por vezes não é compreendida. Neste curta, vê-se um homem descalço, segurando um par de calçados, que percorre várias vezes o mesmo caminho e que, em todas as vezes, opta por fazer desvios no trajeto, embrenhando-se nas plantações e voltando ao seu ponto de partida. A partir disso, é possível fazer inúmeras reflexões sobre a vida. Por vezes, nos é ofertado um caminho pré-definido, mas nos sentimos motivados a nos desviar dele, a buscar outras trajetórias. No desvio, às vezes descobrimos que a dúvida nos domina, ou que não é proveitoso ir adiante, então retornamos... Outras vezes, temos nas mãos o calçado que poderá tornar nosso caminhar menos doloroso, mas não sabemos o que fazer com ele e continuamos com pés descalços sobre as pedras. Assim a vida passa, caímos e tropeçamos nos mesmos enganos, evitamos ir além, não enxergamos a vastidão de oportunidades, nos cansamos da rotina, não percebemos que se fizermos sempre a mesma coisa, obteremos sempre os mesmos resultados. E que o caminho se faz com o caminhar, seja indo, voltando, seguindo à esquerda ou à direita... o importante é ir, para ver no que dá.
Se Algo Acontecer... Te Amo
4.2 356Os curtas em animação sempre me fascinaram. Fico imaginando como os sentimentos e emoções são fortemente transmitidos sem o uso de palavras. Vejo hoje como as palavras são dispensáveis em alguns momentos e podem até mesmo atrapalhar ou por tudo a perder. Este filme é uma mostra exemplar disso tudo. Sensível, forte, delicado. Meu coração está aqui, pequenininho...
Meow
3.8 88 Assista AgoraComo dizer tudo sem precisar falar quase nada! Obra maravilhosa, com mensagem forte, direta. Crítica contundente. Amo todos os curtas de Marcos Magalhães. Vejo e revejo suas obras, porque sempre me conduzem a uma nova reflexão.
Próximo Piso
4.0 60 Assista AgoraAssisti conforme recomendado: com fones de ouvido! A experiência auditiva é realmente impressionante e enriquece bastante a narrativa. Fotografia, figurino e trilha impecáveis. Este curta pode realmente ter inspirado a ambientação do filme "O Poço", pois à primeira vista a arquitetura e a mensagem são semelhantes. Entretanto, as duas obras são bastante diferentes.