"Uma Canção para Latasha" (A Love Song for Latasha), de Sophia Nahli Allison, é um curta documental que nos conta mais uma de muitas histórias de negros assassinados nos Estados Unidos, mas poderia ser em qualquer outro lugar do mundo.
Latasha era uma jovem estudiosa que sonhava estudar direito, mas que teve sua vida interrompida covardemente pelo preconceito racial. Um dia ela entrou numa loja para comprar suco de laranja, que custava menos de 2 dólares. Ela não estava roubando e ela tinha o dinheiro para comprar o suco, mas recebeu uma bala em sua nuca.
Quantas Latashas estarão morrendo agora mesmo? As estatísticas nos respondem. É muito triste pensar que essa é uma luta desigual e que, somente no Brasil, um negro morre a cada 23 minutos.
Infelizmente este curta fala verdades. Muitas pessoas já nascem com rótulos que os posicionam na sociedade, tanto positivamente quanto negativamente. E estes rótulos praticamente pré-definem o futuro que terão. Os ricos provavelmente permanecerão ricos ou se tornarão ainda mais ricos. Já para os pobres, pretos, órfãos, deficientes, LGBTqi+ a luta será sempre mais árdua, e reverter o destino que lhes foi pré-determinado vai requerer muito mais esforços. "Zero" é uma adorável animação no estilo stop motion, com esta forte mensagem.
"De Costas pro Rio", de Felipe Aufiero fala de resgate cultural e de tradições que se perdem com o desenvolvimento urbano. Muitas histórias morrem com os antigos povos, são esquecidas ou ficam para sempre guardadas em museus.
Oscar Isaac é mesmo super versátil! Capaz de representar qualquer personagem, dos mais dramáticos aos mais engraçados. Neste curta ("Ticky Tacky"), dirigido por Brian Petsos, Oscar interpreta Lucien, um homem rico e poderoso que descobre a traição de sua mulher Claire (Erika Rankin) com seu primo Nikolai (Tim Rock) e resolve vingar-se. Para isso, conta com a ajuda de seu inusitado assistente Gabriel (Julian Shatkin). A narrativa é teatral e o simbolismo da tragédia e da comédia está aqui bem representado.
"The Letter Room", de Elvira Lind, está concorrendo ao Oscar 2021 na categoria Melhor Curta. Tem um roteiro bastante interessante, mostrando a rotina diária de Richard (Oscar Isaac), um agente penitenciário encarregado de ler e fazer a triagem das cartas endereçadas aos presos. Dentre as correspondências que lê, Richard se vê cativado pelo conteúdo das cartas escritas por Rosita (Alia Shawkat) ao seu namorado Cris (Brian Petsos), condenado à morte pelo assassinato de um policial. De repente, Richard se vê num dilema sem saber se pode (ou deve) interceder quando, ao ler a correspondência, percebe que pode ocorrer uma tragédia com Rosita. O roteiro tem ainda uma subnarrativa, com o preso Jackson (John Douglas Thompson), que não recebe as cartas de sua filha há 2 anos e pede ajuda a Richard para descobrir o que pode ter acontecido. Eis um curta-metragem com muito fôlego e muito chão. Atuação competente de Oscar Isaac, mostrando toda a solidão do personagem, como se desejasse que aquelas cartas fossem para ele.
"Feeling Through" é uma lição de sensibilidade e empatia. Mas o que emociona mesmo é saber que o enredo deste curta é real, inspirado na experiência vivida por Doug Roland (diretor), ao encontrar um homem cego e surdo parado na rua, com uma plaquinha e um bloco de anotações. Seu nome era Artemio. Doug então teve a ideia de fazer um filme contando a história e, para isso, buscou uma pessoa que tivesse a mesma limitação. Encontrou o carismático Robert Tarango (Artie), que é surdo de nascença e praticamente cego. Para realizar este filme, todos precisaram conhecer melhor as limitações e maneiras de conviver com elas. Foi um aprendizado para Doug e também para o ator Steven Prescod (Tereek), resultando numa obra emocionante, que transmite afeto, solidariedade e amizade.
Encantadora animação clássica dos irmãos Max e Dave Fleischer. No início da década de 30, Max já começava a trazer para o cinema os personagens dos quadrinhos, como Betty Boop e Popeye. Neste curta, duas crianças muito pobres costumam viver, em sonhos, uma realidade bem diferente da sua. Um dia, porém, enquanto trabalhavam catando pedaços de madeira pelas ruas, algo diferente aconteceu. Fascinante...
Mais uma encantadora animação de Mark Baker. "The Hill Farm", ao contrário do que alguns pensam, não é a continuação de "The Village", pois foi lançada 4anos antes.
Este curta mostra a rotina de um casal de fazendeiros e seu pastor de ovelhas. Todos os dias eles executam as mesmas tarefas, porém, a água começa a ficar escassa. Nesse ínterim, recebem a visita de um grupo de turistas, que se encantam e se assustam com os costumes da vida no campo. Ali por perto também surgem alguns caçadores esportivos que, em algum momento, juntam-se aos turistas dentro da mata e acabam afugentados por um enorme urso que estava adormecido em sua caverna. Na fuga, todos se refugiam na fazenda. O urso continua em seu encalço, até que uma tempestade desponta mostrando sua força..
"The Village", é uma animação no estilo clássico, com ilustrações de Mark Baker. O filme faz uma crítica à hipocrisia social. Num pequeno vilarejo viviam vários aldeões, sempre incomodados com a vida uns dos outros. Ali havia pessoas com todos os tipos de vícios e máculas: ganância, inveja, raiva, luxúria, preguiça, alcoolismo, vingança... etc etc etc, prontas a julgar, condenar e matar, mas sempre reunindo-se para os ritos religiosos e orações dominicais. O retrato sórdido daquela comunidade contrasta com o das formigas que também habitam ali. Aos contrário dos humanos, as formigas trabalham em conjunto e, quando enfrentam adversidades, todas intervém para ajudar. Será que esta obra se assemelha a alguma realidade conhecida? ;)
Este curta faz a adaptação de uma fábula infantil: "A Árvore e a Gata" (Derevo I Koshka). Dirigido por Evgeniy Sivokon, o filme conta a estória do encontro entre uma árvore e uma gata que foi abandonada. Depois de conversarem um pouco, a árvore aceita ensinar à gata como viver sozinha, sem depender de ninguém. A partir de então, uma transformação começa a acontecer para as duas. A obra nos presenteia com uma mensagem clara e muito significativa, de que sem os outros, nossa história não existiria.
Uma obra prima em formato audiovisual, vencedora do Oscar de Melhor Curta em Animação no ano de 2000. "O Velho e o Mar" (The Old Man and the Sea) é baseado no livro homônimo de Ernest Hemingway. Todas as suas ilustrações foram pintadas à mão por Aleksandr Petrov e seu filho Dmitri Petrov. As filmagens começaram a ser feitas em 1997 e só concluídas 2 anos depois, pois a técnica usada foi a pintura a óleo sobre lâminas de vidro, que iam sendo fotografadas sequencialmente, e resultaram numa experiência visual deslumbrante, belíssima. Este não é um filme para ser somente assistido, mas para ser admirado e contemplado!
"Recife Frio", ficção de Kleber Mendonça Filho em formato de documentário. Este filme vai nos contar como a queda de um meteoro transformou repentinamente a situação climática de Recife. Interessante perceber que toda aquela atmosfera criada pelo filme, realmente me causou estranhamento. E as atuações bastante espontâneas e verossímeis, me fizeram até esquecer que se tratava de uma situação ficcional. Destaque especial para as cenas finais com a participação de Lia de Itamaracá.
"Vinil Verde", de Kleber Mendonça Filho, traz vários elementos novos para o gênero dos filmes de suspense. Juntos, eles funcionam incrivelmente bem e conseguem fisgar aqueles nossos medos guardados desde a infância, mas que perderam o sentido na rotina da vida adulta.
Primeiro, a fábula do filme é narrada pela voz pausada de Ivan Soares, que dá aquela sensação das estórias contadas ao pé do ouvido, numa noite escura. Depois, as sequencias narrativas são apresentadas em fotogramas, deixando por conta de nossa imaginação a construção do movimento das personagens.
Outro elemento importante para reforçar o clima do filme, é que ele não tem trilha sonora; as únicas canções que ouvimos são as que tocam no... vinil verde! E quanto à estória, a pergunta que fica é: 'não teria sido mais simples retirar o vinil da caixa?' Ok, seria, mas essa estória não precisa de lógica, ela precisa apenas do nosso medo.
Aliás, Kleber parece querer nos lembrar que o medo só aflige aqueles que o acolhem. No curta, a filha permanece livre dele, enquanto a pobre mãe... ;)
O único defeito deste filme é ter somente 15 minutos. "O Código Tarantino" é uma aula sobre Tarantino e cinema. Ao assisti-lo, dá vontade de rever os filmes mencionados, para pegar as referências. E Selton ainda entregou o que havia na mala em Pulp Fiction!!! Curta maravilhoso, que ainda nos dá a satisfação extra de ter Seu Jorge atuando. Cinco estrelas!
Animação em CG 3D, de alta qualidade técnica, com 6 minutos de muita ação!
O roteiro é criativo, divertido e cheio de aventuras, mostrando a execução do roubo de um pote de caramelos por dois velhinhos: Mémé e Pépé, que se imaginam na pele dos gangsters Bonnie & Clyde. A missão não será tão fácil, pois o pote é bem vigiado pela robusta enfermeira Chantal.
Este filme merecia ter mais uns 80 minutos, para que pudéssemos desfrutar das tantas músicas e histórias da vida de João Rubinato, cujo nome artístico era Adoniran Barbosa, o boêmio carismático que falava errado, mas que sabia fazer um samba de roda como ninguém. Pelo que sei, há um projeto para que essa homenagem vire um longa (...tomara)! Dirigido por Pedro Serrano, "Dá Licença de Contar" traz uma trilha sonora sensacional. Além de Paulo Miklos que interpreta e canta alguns sambas de Adoniran, temos também uma palhinha de Ney Matogrosso cantando Iracema. Uma bonita homenagem à memória de um dos sambistas mais populares da 'terra da garoa'.
Quando o cinema nacional se arrisca em gêneros diferentes, quase sempre recebe muitas críticas negativas, mas acho super louvável tentar e inovar. Os filmes podem parecer falsos, meio forçados e até engraçados, mas acho incrível e bato palmas para quem vai em frente e faz! "Meu Nome é Dinheiro" é um ótimo exemplo desse tipo de produção experimental. O curta é uma delícia de ver. Com a direção de Gabriel Monteiro, o filme tem uma trilha sonora bem escolhida, boa ambientação, figurino e maquiagem condizentes e qualidade técnica na fotografia. Até as falhas nas atuações funcionaram como algo positivo. O roteiro é simples, mas bem legal e com mensagem forte. Adorei!
Uma Canção para Latasha
3.9 62 Assista Agora"Uma Canção para Latasha" (A Love Song for Latasha), de Sophia Nahli Allison, é um curta documental que nos conta mais uma de muitas histórias de negros assassinados nos Estados Unidos, mas poderia ser em qualquer outro lugar do mundo.
Latasha era uma jovem estudiosa que sonhava estudar direito, mas que teve sua vida interrompida covardemente pelo preconceito racial. Um dia ela entrou numa loja para comprar suco de laranja, que custava menos de 2 dólares. Ela não estava roubando e ela tinha o dinheiro para comprar o suco, mas recebeu uma bala em sua nuca.
Quantas Latashas estarão morrendo agora mesmo?
As estatísticas nos respondem.
É muito triste pensar que essa é uma luta desigual e que, somente no Brasil, um negro morre a cada 23 minutos.
O Conto dos Três Irmãos
4.5 23Três minutos apenas, para um conto espetacular.
Zero
4.3 137Infelizmente este curta fala verdades.
Muitas pessoas já nascem com rótulos que os posicionam na sociedade, tanto positivamente quanto negativamente. E estes rótulos praticamente pré-definem o futuro que terão.
Os ricos provavelmente permanecerão ricos ou se tornarão ainda mais ricos. Já para os pobres, pretos, órfãos, deficientes, LGBTqi+ a luta será sempre mais árdua, e reverter o destino que lhes foi pré-determinado vai requerer muito mais esforços.
"Zero" é uma adorável animação no estilo stop motion, com esta forte mensagem.
Eu Te Amo, Bressan
2.5 3"Eu te amo, Bressan", de Gabriel Borges, prometia muito mas disse pouco.
Términos com amor são doloridos em qualquer idioma.
De costas pro rio
3.5 1"De Costas pro Rio", de Felipe Aufiero fala de resgate cultural e de tradições que se perdem com o desenvolvimento urbano. Muitas histórias morrem com os antigos povos, são esquecidas ou ficam para sempre guardadas em museus.
Ticky Tacky
3.7 1Oscar Isaac é mesmo super versátil! Capaz de representar qualquer personagem, dos mais dramáticos aos mais engraçados.
Neste curta ("Ticky Tacky"), dirigido por Brian Petsos, Oscar interpreta Lucien, um homem rico e poderoso que descobre a traição de sua mulher Claire (Erika Rankin) com seu primo Nikolai (Tim Rock) e resolve vingar-se.
Para isso, conta com a ajuda de seu inusitado assistente Gabriel (Julian Shatkin). A narrativa é teatral e o simbolismo da tragédia e da comédia está aqui bem representado.
A Sala de Correspondência
3.6 40 Assista Agora"The Letter Room", de Elvira Lind, está concorrendo ao Oscar 2021 na categoria Melhor Curta. Tem um roteiro bastante interessante, mostrando a rotina diária de Richard (Oscar Isaac), um agente penitenciário encarregado de ler e fazer a triagem das cartas endereçadas aos presos.
Dentre as correspondências que lê, Richard se vê cativado pelo conteúdo das cartas escritas por Rosita (Alia Shawkat) ao seu namorado Cris (Brian Petsos), condenado à morte pelo assassinato de um policial. De repente, Richard se vê num dilema sem saber se pode (ou deve) interceder quando, ao ler a correspondência, percebe que pode ocorrer uma tragédia com Rosita.
O roteiro tem ainda uma subnarrativa, com o preso Jackson (John Douglas Thompson), que não recebe as cartas de sua filha há 2 anos e pede ajuda a Richard para descobrir o que pode ter acontecido.
Eis um curta-metragem com muito fôlego e muito chão. Atuação competente de Oscar Isaac, mostrando toda a solidão do personagem, como se desejasse que aquelas cartas fossem para ele.
Feeling Through
3.8 55 Assista Agora"Feeling Through" é uma lição de sensibilidade e empatia. Mas o que emociona mesmo é saber que o enredo deste curta é real, inspirado na experiência vivida por Doug Roland (diretor), ao encontrar um homem cego e surdo parado na rua, com uma plaquinha e um bloco de anotações. Seu nome era Artemio.
Doug então teve a ideia de fazer um filme contando a história e, para isso, buscou uma pessoa que tivesse a mesma limitação. Encontrou o carismático Robert Tarango (Artie), que é surdo de nascença e praticamente cego.
Para realizar este filme, todos precisaram conhecer melhor as limitações e maneiras de conviver com elas. Foi um aprendizado para Doug e também para o ator Steven Prescod (Tereek), resultando numa obra emocionante, que transmite afeto, solidariedade e amizade.
White Eye
4.0 49"White Eye" consegue, em poucos minutos, falar sobre preconceitos e suas consequências de uma forma real, chocante.
Em Algum Lugar na Terra dos Sonhos
4.1 5 Assista AgoraEncantadora animação clássica dos irmãos Max e Dave Fleischer.
No início da década de 30, Max já começava a trazer para o cinema os personagens dos quadrinhos, como Betty Boop e Popeye.
Neste curta, duas crianças muito pobres costumam viver, em sonhos, uma realidade bem diferente da sua. Um dia, porém, enquanto trabalhavam catando pedaços de madeira pelas ruas, algo diferente aconteceu.
Fascinante...
The Hill Farm
3.7 2Mais uma encantadora animação de Mark Baker. "The Hill Farm", ao contrário do que alguns pensam, não é a continuação de "The Village", pois foi lançada 4anos antes.
Este curta mostra a rotina de um casal de fazendeiros e seu pastor de ovelhas. Todos os dias eles executam as mesmas tarefas, porém, a água começa a ficar escassa. Nesse ínterim, recebem a visita de um grupo de turistas, que se encantam e se assustam com os costumes da vida no campo.
Ali por perto também surgem alguns caçadores esportivos que, em algum momento, juntam-se aos turistas dentro da mata e acabam afugentados por um enorme urso que estava adormecido em sua caverna. Na fuga, todos se refugiam na fazenda. O urso continua em seu encalço, até que uma tempestade desponta mostrando sua força..
Simplicidade que encanta.
The Village
4.2 4"The Village", é uma animação no estilo clássico, com ilustrações de Mark Baker. O filme faz uma crítica à hipocrisia social.
Num pequeno vilarejo viviam vários aldeões, sempre incomodados com a vida uns dos outros. Ali havia pessoas com todos os tipos de vícios e máculas: ganância, inveja, raiva, luxúria, preguiça, alcoolismo, vingança... etc etc etc, prontas a julgar, condenar e matar, mas sempre reunindo-se para os ritos religiosos e orações dominicais.
O retrato sórdido daquela comunidade contrasta com o das formigas que também habitam ali. Aos contrário dos humanos, as formigas trabalham em conjunto e, quando enfrentam adversidades, todas intervém para ajudar.
Será que esta obra se assemelha a alguma realidade conhecida? ;)
A Árvore e a Gata
4.3 7Este curta faz a adaptação de uma fábula infantil: "A Árvore e a Gata" (Derevo I Koshka).
Dirigido por Evgeniy Sivokon, o filme conta a estória do encontro entre uma árvore e uma gata que foi abandonada. Depois de conversarem um pouco, a árvore aceita ensinar à gata como viver sozinha, sem depender de ninguém.
A partir de então, uma transformação começa a acontecer para as duas.
A obra nos presenteia com uma mensagem clara e muito significativa, de que sem os outros, nossa história não existiria.
O Velho e o Mar
4.4 101Uma obra prima em formato audiovisual, vencedora do Oscar de Melhor Curta em Animação no ano de 2000.
"O Velho e o Mar" (The Old Man and the Sea) é baseado no livro homônimo de Ernest Hemingway. Todas as suas ilustrações foram pintadas à mão por Aleksandr Petrov e seu filho Dmitri Petrov.
As filmagens começaram a ser feitas em 1997 e só concluídas 2 anos depois, pois a técnica usada foi a pintura a óleo sobre lâminas de vidro, que iam sendo fotografadas sequencialmente, e resultaram numa experiência visual deslumbrante, belíssima.
Este não é um filme para ser somente assistido, mas para ser admirado e contemplado!
Recife Frio
4.3 314"Recife Frio", ficção de Kleber Mendonça Filho em formato de documentário.
Este filme vai nos contar como a queda de um meteoro transformou repentinamente a situação climática de Recife.
Interessante perceber que toda aquela atmosfera criada pelo filme, realmente me causou estranhamento. E as atuações bastante espontâneas e verossímeis, me fizeram até esquecer que se tratava de uma situação ficcional.
Destaque especial para as cenas finais com a participação de Lia de Itamaracá.
Vinil Verde
3.7 173 Assista Agora"Vinil Verde", de Kleber Mendonça Filho, traz vários elementos novos para o gênero dos filmes de suspense. Juntos, eles funcionam incrivelmente bem e conseguem fisgar aqueles nossos medos guardados desde a infância, mas que perderam o sentido na rotina da vida adulta.
Primeiro, a fábula do filme é narrada pela voz pausada de Ivan Soares, que dá aquela sensação das estórias contadas ao pé do ouvido, numa noite escura. Depois, as sequencias narrativas são apresentadas em fotogramas, deixando por conta de nossa imaginação a construção do movimento das personagens.
Outro elemento importante para reforçar o clima do filme, é que ele não tem trilha sonora; as únicas canções que ouvimos são as que tocam no... vinil verde! E quanto à estória, a pergunta que fica é: 'não teria sido mais simples retirar o vinil da caixa?'
Ok, seria, mas essa estória não precisa de lógica, ela precisa apenas do nosso medo.
Aliás, Kleber parece querer nos lembrar que o medo só aflige aqueles que o acolhem.
No curta, a filha permanece livre dele, enquanto a pobre mãe... ;)
O Código Tarantino
4.4 716O único defeito deste filme é ter somente 15 minutos. "O Código Tarantino" é uma aula sobre Tarantino e cinema. Ao assisti-lo, dá vontade de rever os filmes mencionados, para pegar as referências. E Selton ainda entregou o que havia na mala em Pulp Fiction!!!
Curta maravilhoso, que ainda nos dá a satisfação extra de ter Seu Jorge atuando.
Cinco estrelas!
Amy
4.0 6Os terrores de "Amy" infelizmente são reais...
Minha admiração por curtas que conseguem dizer tanto.
Kiwi!
4.2 375Até hoje esse curta me emociona demais.
Por um Punhado de Caramelos
3.8 1Animação em CG 3D, de alta qualidade técnica, com 6 minutos de muita ação!
O roteiro é criativo, divertido e cheio de aventuras, mostrando a execução do roubo de um pote de caramelos por dois velhinhos: Mémé e Pépé, que se imaginam na pele dos gangsters Bonnie & Clyde.
A missão não será tão fácil, pois o pote é bem vigiado pela robusta enfermeira Chantal.
A verdade é que o espírito nunca envelhece... ;)
Dá Licença de Contar
4.0 14Este filme merecia ter mais uns 80 minutos, para que pudéssemos desfrutar das tantas músicas e histórias da vida de João Rubinato, cujo nome artístico era Adoniran Barbosa, o boêmio carismático que falava errado, mas que sabia fazer um samba de roda como ninguém.
Pelo que sei, há um projeto para que essa homenagem vire um longa (...tomara)!
Dirigido por Pedro Serrano, "Dá Licença de Contar" traz uma trilha sonora sensacional. Além de Paulo Miklos que interpreta e canta alguns sambas de Adoniran, temos também uma palhinha de Ney Matogrosso cantando Iracema.
Uma bonita homenagem à memória de um dos sambistas mais populares da 'terra da garoa'.
Cartão Vermelho
3.2 12"Cartão Vermelho" parecia bom...porém, a abordagem sobre a descoberta da sexualidade foi um festival de absurdos.
Cerdita
3.6 15"Cerdita" trata de uma das formas mais cruéis de terror: o bullying.
Meu Nome é Dinheiro
3.5 4Quando o cinema nacional se arrisca em gêneros diferentes, quase sempre recebe muitas críticas negativas, mas acho super louvável tentar e inovar. Os filmes podem parecer falsos, meio forçados e até engraçados, mas acho incrível e bato palmas para quem vai em frente e faz!
"Meu Nome é Dinheiro" é um ótimo exemplo desse tipo de produção experimental. O curta é uma delícia de ver. Com a direção de Gabriel Monteiro, o filme tem uma trilha sonora bem escolhida, boa ambientação, figurino e maquiagem condizentes e qualidade técnica na fotografia. Até as falhas nas atuações funcionaram como algo positivo.
O roteiro é simples, mas bem legal e com mensagem forte.
Adorei!