Agora, que faço eu da vida sem você? Você não me ensinou a te esquecer Você só me ensinou a te querer E te querendo eu vou tentando te encontrar
Vou me perdendo Buscando em outros braços seus abraços Perdido no vazio de outros passos Do abismo em que você se retirou E me atirou e me deixou aqui sozinho
Apesar disso, sinto que faltou um pouco mais de explicações do motivo pelo qual os empregados da guarda florestal piraram e começaram a matar outros caras, entre outras bizarrices. Talvez tenham sido os cogumelos, ou a "regra da floresta".
Em Xiao Wu, filme de 1998, estréia de Jia Zhangke, temos a premissa de um batedor de carteiras de uma pequena cidade chinesa que faz aquilo para sobreviver. A forma do filme é muito fiel em sua unidade, que é mostrar as mudanças ocorrendo numa China que se abriu ao mundo e vê o capitalismo se entremeando na sociedade. Os planos do filme, que podem parecer às vezes longos demais, são propositalmente o método do diretor para representar o fluxo do tempo, o que também é reforçado pela forma como faz os cortes, geralmente há um interlúdio de tela preta com a música que estava tocando até então sendo rebobinada no VHS. Há referências a crime e castigo, de Dostoiévski, pelo fato de Xiao Wu não se ver como criminoso, mas como artesão (não reconhece a lei penal, tal como Raskolnikov), e se apaixonar pela prostituta Mei Mei.
O que talvez ressoe sempre nos dois longas dele é uma influência budista que, para nós ocidentais, se torna um enigma (ao menos que você saiba de budismo os suficente), mas a experência do samsara que temos na segunda parte do filme é uma belezura. Aqueles que assistirem sem expectativas de "entender" passarão por uma experiência marcante.
Acredito que tentar esse filme se torna tarefa fútil, só vai funcionar se você abraçar a experiência do protagonista, entender que nossas memórias se misturam mesmo entre verdades e mentiras, e o produto delas se torna algo duvidoso. Devemos buscar aquela pessoa que conhecemos, ou supomos conhecer no passado? Talvez o caráter onírico nos deixe um pouco perdidos mesmo, mas abracemos o sonho, não sonhamos e ficamos maravilhados também?
A cena da vingança da morte de Honey foi a melhor do filme. A noite chuvosa, a vestimenta dos mais experientes, usando trajes dos nativos da ilha, as katanas... Tudo isso contribuiu para cenas de violência crua e catártica. Ming se mostrou manipuladora, galinha e inconsequente, vide a cena com a "brincadeira" com armas na casa de Ma. Claro, a culpa dela morrer foi exclusivamente do Xiao Sir, que era mesmo um adolescente niilista e burro. O ponto é que muitos cineastas têm seu Raskolnikov, e aqui não foi diferente. Cat era o personagem com quem era possível sentir alguma simpatia.
Não é o melhor do Edward Yang, mas traz algumas reflexões interessantes, como noutros filmes, sobre o niilismo. Principalmente o comportamento de Cheng, que é um filho ressentido com o pai, e se torna pior que ele. A distância entre a câmera e os personagens sempre foi uma característica que apreciei no Edward Yang, e nesse filme foi vital para contar a história.
Coração Iluminado
3.3 29Sinceramente? Esperava mais.
Luzes da Cidade
4.6 622 Assista AgoraDar uma flor vale mais que cantilenas aprendidas em manuais de sedução.
Aurora
4.4 204 Assista AgoraAcho que é sempre bom que as artes nos façam recordar da importância do perdão e reconciliação.
O Dia Depois
3.5 40 Assista AgoraAquele plano filmado dentro do táxi foi tão lindo e reconfortante, bem como saber que a Kim Min-hee iria virar escritora. :)
Brown Bunny
3.1 109Agora, que faço eu da vida sem você?
Você não me ensinou a te esquecer
Você só me ensinou a te querer
E te querendo eu vou tentando te encontrar
Vou me perdendo
Buscando em outros braços seus abraços
Perdido no vazio de outros passos
Do abismo em que você se retirou
E me atirou e me deixou aqui sozinho
Charisma
3.6 8Acho que a alegoria proposta pelo filme foi em parte, inteligível.
Apesar disso, sinto que faltou um pouco mais de explicações do motivo pelo qual os empregados da guarda florestal piraram e começaram a matar outros caras, entre outras bizarrices. Talvez tenham sido os cogumelos, ou a "regra da floresta".
Xiao Wu, um Artista Batedor de Carteiras
3.9 13Em Xiao Wu, filme de 1998, estréia de Jia Zhangke, temos a premissa de um batedor de carteiras de uma pequena cidade chinesa que faz aquilo para sobreviver. A forma do filme é muito fiel em sua unidade, que é mostrar as mudanças ocorrendo numa China que se abriu ao mundo e vê o capitalismo se entremeando na sociedade.
Os planos do filme, que podem parecer às vezes longos demais, são propositalmente o método do diretor para representar o fluxo do tempo, o que também é reforçado pela forma como faz os cortes, geralmente há um interlúdio de tela preta com a música que estava tocando até então sendo rebobinada no VHS.
Há referências a crime e castigo, de Dostoiévski, pelo fato de Xiao Wu não se ver como criminoso, mas como artesão (não reconhece a lei penal, tal como Raskolnikov), e se apaixonar pela prostituta Mei Mei.
O final do filme foi estilo Bresson em L'Argent, com o populacho encarando o crimonoso e condenando-o, mas com uma carga dramática bem maior.
Kaili Blues
3.9 10O que talvez ressoe sempre nos dois longas dele é uma influência budista que, para nós ocidentais, se torna um enigma (ao menos que você saiba de budismo os suficente), mas a experência do samsara que temos na segunda parte do filme é uma belezura. Aqueles que assistirem sem expectativas de "entender" passarão por uma experiência marcante.
Longa Jornada Noite Adentro
3.6 63 Assista AgoraAcredito que tentar esse filme se torna tarefa fútil, só vai funcionar se você abraçar a experiência do protagonista, entender que nossas memórias se misturam mesmo entre verdades e mentiras, e o produto delas se torna algo duvidoso. Devemos buscar aquela pessoa que conhecemos, ou supomos conhecer no passado? Talvez o caráter onírico nos deixe um pouco perdidos mesmo, mas abracemos o sonho, não sonhamos e ficamos maravilhados também?
Um Dia Quente de Verão
4.3 46A cena da vingança da morte de Honey foi a melhor do filme. A noite chuvosa, a vestimenta dos mais experientes, usando trajes dos nativos da ilha, as katanas... Tudo isso contribuiu para cenas de violência crua e catártica. Ming se mostrou manipuladora, galinha e inconsequente, vide a cena com a "brincadeira" com armas na casa de Ma. Claro, a culpa dela morrer foi exclusivamente do Xiao Sir, que era mesmo um adolescente niilista e burro. O ponto é que muitos cineastas têm seu Raskolnikov, e aqui não foi diferente. Cat era o personagem com quem era possível sentir alguma simpatia.
Mahjong
3.9 4Não é o melhor do Edward Yang, mas traz algumas reflexões interessantes, como noutros filmes, sobre o niilismo. Principalmente o comportamento de Cheng, que é um filho ressentido com o pai, e se torna pior que ele. A distância entre a câmera e os personagens sempre foi uma característica que apreciei no Edward Yang, e nesse filme foi vital para contar a história.
Os Terroristas
4.1 23"smoke gets in your eyes"
Lost and Found
4.0 2Não é um filme excelente, mas tem uma beleza na sua simplicidade, na qual Takashi Kaneshiro e a bela Kelly Chen trabalharam muito bem.
Anna Magdalena
3.0 1Um filme bem confortável.
Confissões
4.2 854Filme excepcional,obra prima,com uma trilha sonora impecável,toca a melhor banda do mundo,Boris,do início ao fim.
Náufrago da Lua
4.3 89Um filme que prende até o fim.
Breathless
4.1 41excelente,com um final trágico.