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Pinga e entretenimento

Últimas opiniões enviadas

  • Gabriel M.

    Eu não sei qual filme iniciou esse movimento de incorporar piadinhas soltas no meio de uma trama dramática de ação. De cara penso no primeiro Homem de Ferro, mas provavelmente diversos filmes devem ter feito isso anteriormente. Fato é que esse tipo de recurso não só não acrescenta em nada no desenvolvimento da trama, como também extermina qualquer possibilidade de imersão na narrativa, e pra piorar, nesse caso, as piadas eram sem graça.

    Assistindo esse filme me senti como na minha infância quando ia ao circo, com ânsia de vômito. Minha sensação após o término da sessão foi de um amargo arrependimento, arrependimento de não ter expressado a minha indignação com um vômito monumental, como fizera na minha infância ao visitar um circo ribeirão-pretano.

    O conceito de multiverso muito me encanta, porém não é como se fosse a invenção da roda. Esse tema tem sido explorado em textos ao menos há 5 séculos, provavelmente até mais. Qualquer um que saiba ler tem uma bibliografia extensa a uma distância de aproximadamente 6 clicks.

    As cenas de ação pareceram uma tentativa de imitação da fatídica cena da igreja do primeiro Kingsman, que por sinal já era bem enfadonha. Dito isso, terminei o filme em prantos e posso explicar. Ao meu lado, na sala de cinema, estavam sentadas uma senhora acompanhada de sua neta. A senhora trajava um lenço na cabeça, acredito que ela estava passando por uma quimioterapia, algo que é sempre muito doloroso pra todos que venham a conviver com o enfermo. Ao final do filme, a senhora comentou "O filme não é louco não, é muito bonito" e complementou com um beijinho na bochecha da neta. Foi o suficiente para acabar comigo, lembrei das inúmeras oportunidades que deixei de ir no cinema com alguém que amo achando que teria uma experiência melhor estando sozinho. Nunca se sabe quando é a ultima sessão de alguém que você ama.

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  • Gabriel M.

    Condensou bem as 500 páginas do livro do Roth, mas o filme poderia ter sido muito melhor.
    Os três protagonistas entregam atuações muito unidimensionais, destaque negativo pra Dakota Fanning. Todos os diálogos protagonizados por sua personagem parecem ter sido escritos de maneira que soasse o mais clichê possível, o que acaba acidentalmente criando um alívio cômico que destrói o texto original.
    O casal principal também compromete, Jennifer Connelly parece que interpreta personagens diferentes no primeiro e no terceiro ato, o colapso mental que ela sofre na trama não justifica uma mudança tão abrupta, faltou nuances, algo que uma atriz desse calibre tinha capacidade de entregar. Ewan McGregor, também protocolar, não consegue transpor pras telas o inferno que se transforma a vida de Sueco Levov.
    Após essa tentativa essa tentativa malfadada, estética e comercialmente, acredito que tenha ficado claro que adaptar Philip Roth pro cinema não é fácil. Acredito que ficaremos alguns anos sem uma adaptação desse porte, o que não necessariamente é bom, tinha curiosidade de ver os livros de Zuckerman nas telas.

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  • Gabriel M.

    O meio que Adam McKay encontrou para satirizar tudo que cerca a política norte-americana foi perfeito. Através de colagens de TikTok e do entretenimento banal representado pelos personagens da Cate Blanchett e do Tyler Perry. Nesse filme, Mckay faz um ataque direto à descontração que, cada vez mais, tem dominado a forma de se apresentar conteúdos nas mais diferentes esferas.
    A tese principal que o filme defende é a necessidade de se adotar a seriedade como modus operandi das questões urgentes sobre o destino da humanidade. Não se cabe mais conduzir um programa de variedades com uma linha editorial que coloque no mesmo bloco o divórcio de um astro da música e a notícia de um potencial cataclisma. Nesse sentido, o filme insere algumas passagens sintomáticas, por exemplo,

    Comentário contando partes do filme. Mostrar.

    quando Riley Bina, nesse momento aguardando para compartilhar com o mundo a dor de seu divórcio com DJ Cello, descobre que os dois cientistas que também aguardam para fazer sua participação no programa, irão contar que descobriram um cometa que se colidirá com a Terra causando a extinção da vida. Sua reação imediata é manifestar seu entusiasmo com a astronomia, entusiasmo tamanho que a levou a tatuar uma estrela nas costas.
    Na mesma cena, há outra passagem que satiriza essa abordagem superficial de assuntos complexos. O personagem de Leonardo DiCaprio se prepara para comunicar ao mundo que um cometa irá destruir o planeta, e o apresentador do programa ao apresentar o cientista lança a seguinte frase com tom super descontraído: "Mas e aí, existe ou não vida fora da Terra",

    aniquilando assim qualquer senso de seriedade ou urgência do problema real. Em outros momentos, essa satira a descontração aparece de maneira ainda mais evidente através de colagens de anônimos. Algumas dessas colagens são muito engraçadas, uma que, como diria Casimiro, “me pegou de jeito”, foi a hora que aparece o post uma jovem influencer, envolta em um belo filtro de instagram, dizendo a grande frase “Gente, esse cometa está me estressando”. Palmas, é o triunfo da banalidade EBAAA, momentos como esses me remetem de prontidão as passagens inspiradas de Borat.
    Mas fazer um filme como esse, que insere personagens que facilmente preencheriam as categorias de heróis e vilões, no caso os cientistas e os negacionistas respectivamente, seria previsível, então Adam McKay traz uma dose de ambiguidade para combater essa oposição frontal que, como diria minha falecida avó, no frigir dos ovos, só ocorre quando inserimos todas as relações dentro de arquétipos. A ambiguidade surge quando o personagem de Leonardo DiCaprio é seduzido pela fama que alcança como cientista gostoso (destaque pro neologismo AILF "astronomer I’d like to fuck"), logo começa a colher os frutos dessa fama, não mais se importando com o cataclisma que deveria ser sua principal preocupação enquanto cientista. Adam McKay teve um insight que às vezes falta a alguns crentes da objetividade, antes de ser cientista o homem é homem, para o bem e para o mal.
    Outros temas, como os bastidores da política norte-americana, o tráfico de influência, a oposição ciência-religião também aparecem no filme, mas eu to com preguiça de escrever a respeito haja saco né.

    Tudo que eu queria agora era um filme contando a história Terça Livre dirigido pelo Adam McKay.

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  • Filmow
    Filmow

    O Oscar 2017 está logo aí e teremos o nosso tradicional BOLÃO DO OSCAR FILMOW!

    Serão 3 vencedores no Bolão com prêmios da loja Chico Rei para os três participantes que mais acertarem nas categorias da premiação. (O 1º lugar vai ganhar um kit da Chico Rei com 01 camiseta + 01 caneca + 01 almofada; o 2º lugar 01 camiseta da Chico Rei; e o 3º lugar 01 almofada da Chico Rei.)

    Vem participar da brincadeira com a gente, acesse https://filmow.com/bolao-do-oscar/ para votar.
    Boa sorte! :)

    * Lembrando que faremos uma transmissão ao vivo via Facebook e Youtube da Casa Filmow na noite da cerimônia, dia 26 de fevereiro. Confirme presença no evento https://www.facebook.com/events/250416102068445/

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