Guilherme Givisiez

LINGO LINGO

Dentre as várias temáticas atuais que o filme aborda, destaco a apresentação do sistema a que os membros da sociedade são coagidos a seguir. As empresas precisam de funcionários que rendam cada vez mais e, para aumentar a produtividade deles, incitam a competitividade, instituem metas e fazem com que as pessoas sejam cada vez mais cruéis, mecanizadas e neuróticas. Simon pode ser comparado a Sísifo, da mitologia grega, por fazer tudo exatamente igual dia após dia. Todos os seus esforços cotidianos por reconhecimento são ofuscados por quem mais deveria estar interessado em sua produtividade: a empresa.

Atualmente, algumas organizações têm se dado conta de que, para aumentar a produtividade, é fundamental que os funcionários estejam motivados e vêm no bem estar de seus colaboradores um investimento. Infelizmente isso ainda é escasso, mas, ainda assim, é algo que tem mudado com o passar do tempo. No caso do personagem, apenas um elemento o faz ter forças para passar a catraca da empresa todos os dias e sobreviver: o amor.

O filme é incrível e, de maneira excêntrica e envolvente, traz à tona uma realidade que convivemos todos os dias, mas não prestamos atenção. Sensacional!

Uma das melhores trilhas sonoras que já tive o prazer de ouvir. O filme é incrível!