Sempre estará entre os meus favoritos de ficção científica. Denis Villeneuve é um gênio! Tem anos que vi esse filme e até hoje penso nele. Fala sobre ciência, tempo, política, linguagem, destino, escolhas e obstinação de uma forma incrível e marcante. Um filme para rever!
O roteiro força a barra ao limite, é horrível! Mas trouxe aquela viagem boa da imaginação num mundo de fantasia extremamente bem feito e visualmente impecável, valeu a pena assistir. Gostei muito do arco dos seres das trevas e torci muito pra essa menina Aurora morrer e se esbagaçar no chão, que piveta chata do caralho!
É filmaço sim, de verdade! Entretém, faz pensar, surpreende, faz rir e sentir angústia, tudo isso bem dirigido, tecnicamente brilhante e totalmente de acordo com o zeitgeist de nosso tempo. Em 2019, muitos filmes e obra de artes em geral estão engajados em mostrar como essa enorme desigualdade social, além das muitas outras mazelas do capitalismo tardio têm desgraçado tantas vidas. No fim das contas o parasita está mais invisível que visível nesse filme:
O Parasita é o sistema que está na mente de ricos e pobres, controlando cada um sem que ninguém perceba. Não há inocência nem romantização de nenhum dos lados. Como se cada subjetividade estivesse "hackeada" e todos estivessem presos: uns em subsolos que inundam, outros em palácios que cegam a sensibilidade e a empatia.
Sou fã do Malick e gosto desse tipo de estética dos seus novos filmes. Suas obras são quase oníricas, literalmente uma viagem, mas muito belas e poéticas. Me parece que ele quer se comunicar mais com nosso inconsciente que com a parte consciente que tende, vez ou outra, a se entediar com esse tipo de cinema mais contemplativo. Ver seus filmes me deixa reflexivo, sereno e me passa um sentimento de sacralidade perante a Vida, como se essa tivesse guiando tudo e, apesar das dores do caminho, eu só precisasse confiar, me deixar levar, mas nunca me evadindo da presença, de estar no "aqui e agora", disponível a tudo, sempre tentando perceber a poesia da vida/natureza tão abundante mas que tanto nos escapa... A arte desse homem é muito necessária! É um cinema com apelo espiritual, mas com um tipo de espiritualidade fincada na natureza, nas relações, nos instantes, na beleza... De Canção em Canção é uma composição de Malick para nós, mais jovens, que oscilamos entre a busca por poder, prazeres, entretenimento e aceitação, e uma outra busca por sentido existencial, por afeto, por conexões duradouras, por uma vida de acordo com nossa própria natureza.
A Chegada
4.2 3,4K Assista AgoraSempre estará entre os meus favoritos de ficção científica. Denis Villeneuve é um gênio! Tem anos que vi esse filme e até hoje penso nele. Fala sobre ciência, tempo, política, linguagem, destino, escolhas e obstinação de uma forma incrível e marcante. Um filme para rever!
Malévola: Dona do Mal
3.4 617 Assista AgoraO roteiro força a barra ao limite, é horrível! Mas trouxe aquela viagem boa da imaginação num mundo de fantasia extremamente bem feito e visualmente impecável, valeu a pena assistir. Gostei muito do arco dos seres das trevas e torci muito pra essa menina Aurora morrer e se esbagaçar no chão, que piveta chata do caralho!
Parasita
4.5 3,6K Assista AgoraÉ filmaço sim, de verdade! Entretém, faz pensar, surpreende, faz rir e sentir angústia, tudo isso bem dirigido, tecnicamente brilhante e totalmente de acordo com o zeitgeist de nosso tempo. Em 2019, muitos filmes e obra de artes em geral estão engajados em mostrar como essa enorme desigualdade social, além das muitas outras mazelas do capitalismo tardio têm desgraçado tantas vidas. No fim das contas o parasita está mais invisível que visível nesse filme:
O Parasita é o sistema que está na mente de ricos e pobres, controlando cada um sem que ninguém perceba. Não há inocência nem romantização de nenhum dos lados. Como se cada subjetividade estivesse "hackeada" e todos estivessem presos: uns em subsolos que inundam, outros em palácios que cegam a sensibilidade e a empatia.
De Canção Em Canção
2.9 373 Assista AgoraSou fã do Malick e gosto desse tipo de estética dos seus novos filmes. Suas obras são quase oníricas, literalmente uma viagem, mas muito belas e poéticas. Me parece que ele quer se comunicar mais com nosso inconsciente que com a parte consciente que tende, vez ou outra, a se entediar com esse tipo de cinema mais contemplativo. Ver seus filmes me deixa reflexivo, sereno e me passa um sentimento de sacralidade perante a Vida, como se essa tivesse guiando tudo e, apesar das dores do caminho, eu só precisasse confiar, me deixar levar, mas nunca me evadindo da presença, de estar no "aqui e agora", disponível a tudo, sempre tentando perceber a poesia da vida/natureza tão abundante mas que tanto nos escapa... A arte desse homem é muito necessária! É um cinema com apelo espiritual, mas com um tipo de espiritualidade fincada na natureza, nas relações, nos instantes, na beleza... De Canção em Canção é uma composição de Malick para nós, mais jovens, que oscilamos entre a busca por poder, prazeres, entretenimento e aceitação, e uma outra busca por sentido existencial, por afeto, por conexões duradouras, por uma vida de acordo com nossa própria natureza.