Minha noiva ganhou um par de ingresso e fui ver com ela sem pretensão nenhuma. Pela primeira vez usei a expressão: "É, o de graça saiu caro." (claro que internamente, sem ela saber) Que filme chato, gente. Até como entretenimento não serve muito. Mil vezes ter visto mais um episódio de Renascer.
Filmaço do Nolan! Muito Denso em tudo. Frenético de acontecimentos, diálogos e conteúdos que, mesmo sem muita ação propriamente dita, te movimenta e tensiona como poucos filmes de ação conseguem.
Muito bom entender melhor o contexto histórico da criação da bomba atômica; os dilemas, ideologias, política e o zietgeist que animaram a humanidade a cooptar tantos gênios e cifras na criação do artefato que mais simboliza o seu poder destrutivo. Tem algumas cenas brilhantes, puro suco do melhor que o cinema consegue oferecer atualmente.
Atuações incríveis e uma sonoplastia extremamente magnética. Não lembro de ter visto o uso do som (ou falta dele) sendo usado de forma tão marcante, criativa e harmonizada com cada cena ou emoção provocada pelo cineasta, vale muito ver no Imax. 3h muito bem orquestradas. Você sai do cinema inflado e reflexivo com tantas emoções e contrastes, mas também cansado, como se acabasse de ler um livro denso. Os diálogos não param, são muitas informações e coisas a considerar, tudo parece muito importante e urgente: te força a não querer perder o fio, se envolver.
Oppenheimer merece muito ser assistido e recompensado, espero que fature bem. Certamente vai ganhar algumas estatuetas.
A franquia envelheceu mal. Tudo muito manjado. Longos takes que impressionam pelo aparato técnico na filmagem, edição e ousadia mas que não empolgam tanto. Poucas vezes me senti tenso, eufórico ou surpreso. É aquela montanha russa que você já sabe o que acontece em cada loop e na segunda volta já quer que acabe logo.
Uma epopeia Viking e uma imersão na cultura pagã nórdica como poucas vezes se viu no cinema. O filme de Eggers é visualmente soberbo e magnético, tudo repleto do misticismo, da natureza implacável e dos valores selvagens que eram vivos na psique de cada um daquela época. Assisti o filme duas vezes, a primeira no cinema. A princípio fiquei um pouco incomodado com a teatralidade dos personagens e dos diálogos, muita coisa parecia exagerada ou sem sentido. Mas depois caiu a ficha de que é provável que as pessoas da época literalmente encarnavam com muita força certas crenças sobre honra, destino, bravura e a espiritualidade vigente. Era dessa forma que o mundo fazia sentido para elas, era o que deixava o mundo vivo e cheio de propósito, isso justifica muita coisa. É bom ver o filme empaticamente se colocando na cabeça de alguém daquela época, com aquela cultura e geografia. Com isso em mente, O Homem do Norte se torna ainda mais interessante. Há cenas memoráveis, muitos altos e alguns baixos, mas que não destoam do conjunto da obra. Me arrepiei em algumas partes, fiquei tenso em outras, deslumbrado em tantas. Um filmaço que pega o padrão Eggers de direção e não deixa cair. Um mix de realismo cru e fantasia, lembrando que na psique desses povos tradicionais o fantástico ou transcendente é tão real quanto o chão que eles pisam, eles não separam a vida material da imaterial como nós. O mito(lógico) para eles é tão lógico quanto a ciência é para nós. Eu que sou um admirador e leitor de paganismo, de religiões antigas e politeístas fiquei felizão de ver tudo em fluência. Violência, traições, bruxaria, brutalidade, obstinação, seres fantásticos; tudo fazendo parte de uma rede invisível nas mãos de quem controla um destino inexorável: todos os ingredientes de um épico estão presentes aqui de uma forma bem poética e rica. Que filme, meu povo!
*obs: Acho que peguei uma sutileza intencional do diretor que não vi ninguém comentando ainda...
Apesar de ser um épico com um protagonista viking e masculino, que mostra força implacável e tudo que se espera do estereótipo, é veladamente o feminino que controla tudo. Todos os acontecimentos mais centrais são desencadeados pelas mulheres, desde a morte do pai de Amleth, dirigida por sua mãe, até a profecia feita pela Bruxa (Bjork), a contribuição de Olga, extremamente decisiva, e tudo isso representado pelas Nornas, as deusas tecelãs que tecem os destinos. Como se as mulheres fossem as representações carnais das Nornas e se utilizassem de toda a força e brutalidade dos homens para seus desígnios. Inclusive, o próprio Amleth luta até a morte (que cena!) para que Olga e seus gêmeos fiquem em segurança, tendo a visão de que a menina que será rainha, como profetizado pela bruxa, indicando que ela mudará muito aqueles tempos. Dos personagens masculinos, apesar de toda bestialidade em batalha, ele é um dos mais sensíveis com as mulheres. Mesmo arrasando vilas, não violenta as mulheres como os outros e em uma cena fala que jamais mataria uma mulher, além de quase se sacrificar para salvar Olga e ser salvo pelos corvos (Odin). Talvez por isso seja o escolhido. Enfim, tem muita coisa nas entrelinhas...
O mais difícil é escolher entre A Bruxa, O Farol e O Home do Norte, qual é o melhor! Que você tenha vida longa, Roberto Ovos!
Estou muito longe de ser marvete ou gostar de filmes de heróis. Gosto particularmente de Dr. Estranho e Pantera Negra. Achei esse aqui um dos melhores do gênero. Visualmente um espetáculo! Apesar do roteiro padrãozinho, tem uma sacadas bem criativas de Sam Raimi usando uma pegada surrealista que deixa os sentidos eufóricos. Algumas cenas marcam e as viagens pelo multiverso são muito loucas mesmo, lisergia pura. Entretenimento grandão para ver na telona. Não fiquei perdido por não ter acompanhado Wanda ou demais pré-requisitos, fluiu tudo tranquilo.
Como assim tanta gente dando 5 estrelas para isso?! Eu heim... Não entendo o rigor desse povo. É só mais um filme de "heróis" que pega o vácuo de The Boys e outros trabalhos nessa linha de superhumanos escrotos, corporações e políticos ainda piores, mostrando tudo com muito gore, ação, e amenizando com humor. A fórmula é seguida à risca, até as críticas são as mesmas. É um bom entretenimento, com efeitos incríveis e personagens carismáticos. Especialmente a doninha, que foi muito mal aproveitada, inclusive, e a mulher dos ratos. É divertido, mas muito longe de merecer o volume de entusiasmo de alguns YouTubers, pessoas daqui e entusiastas da Marvel/DC. Se esse é um dos pontos mais altos entre as obras mais consumidas pelo público nerd/geek/fã da cultura pop, se é exemplo do que há de melhor para essa galera, então prefiro meu gosto considerado estranho mesmo.
O poder da amizade, da coragem, de nos abrirmos para aquilo que nos é estranho, do fascínio da descoberta e da superação do medo de não ser aceito para, finalmente, nos aceitarmos e construirmos nossa identidade, sabermos o que é importante para nós em um mundo repleto de tantas influências. Tudo isso é mostrado de uma forma tão singela e bonita que não tem como ficar insensível. A beleza do mar, da terra, da cultura e do povo italiano, que é tão próximo a nós, pela ascendência tão forte em tantas famílias por aqui, ainda deixa tudo mais aconchegante. Aumentou a vontade de conhecer esse canto do mundo de onde vieram alguns dos meus ancestrais. Luca é uma animação inspiradora, daquelas para ver com a família e reconhecer a importância daqueles que levamos dentro e, sem os quais, não seríamos quem somos.
Tá certo que é um filme de zumbis, puro entretenimento e gore mas o roteiro não precisava ser tão lixo. O finado Zé do Caixão faria muito melhor com os recursos do Snyder. Uma motivação mais bizarra que a outra, reações totalmente nada a ver, um monte de incoerência e desleixo desnecessários. Quando a gente pede aquele podrão da esquina sabemos que não vai vir nada gourmet, só aquela bomba gordurosa e calórica, mas também não precisa entregar embrulhado num papel higiênico e com a carne crua: é o que recebemos aqui.
Por essas e outras que vou procurar os filmes com notas baixas aqui para assistir. Quem se interessa pela temática "Bruxa/Bruxaria" vai gostar. Me prendeu do começo ao fim.
Muito bom filme! Mostra os sofrimentos, prazeres, hipocrisias e prepotências dos "progressistas" debandando também para a chamada "esquerda caviar" x "conservadores" debandando para a "extrema direita". Não tem como não fazer relações com nosso país, o filme é bem oportuno. Além disso, como o foco é o protagonista, um estudo do personagem mostra como se desenvolve um sociopata, quais os gatilhos que são pressionados para que um cara, provavelmente com tendência natural, desenvolva isso ao extremo em troca de prestígio, admiração e poder. Tomek se transforma em um camaleão social que se camufla para se aproximar da presa sem nenhuma empatia, só obcecado com o objetivo final, pessoas são meios para fins, ponto, só o que importa é o plano concretizado que o levará a ser admirado, reconhecido, ascendido. E como o sistema que define nossa sociedade recompensa bem pessoas assim, reforça esse tipo inescrupuloso, ambicioso e dissimulado. Acho que um estudo mais sério mostraria que o número de pessoas com sociopatia ou psicopatia no alto escalão social deve ter quadruplicado nos últimos anos e isso é muito sério, diz muito sobre nós. Como todos já escreveram, o ator protagonista é incrível, assim como todo elenco! Tudo é muito bem feito, apesar de uma ou outra facilidade pouco crível, o roteiro e a direção sabem articular bem a narrativa até o clímax desejado que, "sem massagem", entrega algo muito intenso e necessário! O filme cumpre bem a proposta de mostrar como o ódio flui dentro, fora e como circula nas redes da internet, nas redes psicológicas e sociais, está muito longe de ser contido e projeta horizontes catastróficos.
Esse é muito ruim, é ruim VALENDO! Só de imaginar que alguém ganhou dinheiro com esse roteiro já bate uma indignação inexplicável! O segundo é melhor, dei três estrelas, para esse dou uma e meia só pela história da seita e a beleza da cidade espanhola, que fiquei morrendo de vontade de conhecer. Vou ver o primeiro só para completar a trilogia mesmo.
Bom entretenimento, elenco e produção. Mas esse perfil de "faço o tipo norte-americano convencido e idiota que vai ser herói" já está desgastado demais. É a mesma personalidade em um bocado de personagem diferente, já deu!
Cumpre bem a proprosta de ser um filme legal de ação que flerta com o sobrenatural. Boas atuações, coreografias, enfim, um bom entretenimento. Obviamente tem os clichês do gênero mas o filme não se propõe a revolucionar nada. A protagonista é o destaque absoluto, brilhante em todos os momentos.
Quando acabei de assistir A Livraria: "Que filme lindo, que roteiro lindo, que personagens lindos, que obra maravilhosa!"
Veio numa hora que estava precisando das mensagens, tão sutis e poéticas, que esse filme traz tão dolorosamente quanto belamente. Como os livros nos dão uma herança de sensibilidade tão incrível mas exigem também coragem e responsabilidade para amar e mudar as coisas. Mostra também o quanto o poder, o establishment, o conservadorismo, vai até as últimas consequências para se manter como está e que odeia quem cria, quem ousa, quem quer mudar ou progredir as coisas, mesmo da forma mais miúda possível. E o quanto, como dizia Chorão, quem é de verdade sabe quem é de mentira (quem se aproxima mais verdadeiramente de Florence são os que já se destoam do ranço que domina a moral antiquada e tosca daquela cidade). A gente só precisa contagiar uns poucos para cumprir nossa missão, e precisamos de coragem, muita coragem! Obrigado, Isabel Coixet, guardei seu nome e quero mais frutos do seu trabalho! A protagonista também fez um trabalho incrível junto da pequena ajudante e do velhinho recluso, enfim, um filme lindo e marcante!
Um filme que é como LSD, quando bate é como se dissesse: "olha, não estamos mais no cercadinho da razão que você conhecesse, esse reino é outro, se não se abrir não vai aprender." É uma experiência bem diferente, vai para os domínios de Pan e Dionísio, os campos da loucura e da desmesura. Uma coisa que reparei e que ficou, foi a impressão de que cada um enquanto dançava era simplesmente único e ele mesmo, a expressão da dança, em cada um deles, era a expressão de sua própria individualidade, algo irrepetível e natural, ao passo que, quando falavam, o discurso era sempre genérico, clichê, comum de certos lugares sociais, raciais e de gênero. Um contraste bizarro de se ver mas muito real! Como se a linguagem da dança dissesse mais sobre cada um do que as próprias palavras.
5 estrelas, simples assim, para um filme nada simples, cheio de bifurcações e cavalgadas para além da realidade banal! Antes de qualquer menção ao roteiro, ficam as perguntas: Por que estamos tão acostumado, para não dizer "viciados", na razão, na racionalidade, nas explicações, na finalidade das coisas? Uma experiência autêntica precisa ser pautada na lógica? Precisa ser razoável ou fazer sentido? Será que as explicações e sentidos não reduzem toda uma gama de complexidade da vida? Da arte? Enfim, eu adoro filmes como esse, com essa ousadia criativa que me obriga a criar junto, faz minha mente criar sentido, articular símbolos, nuances e sentir a parte que me é mais urgente no momento. E mesmo quando os sentidos que crio me deixam insatisfeito quando não abarcam tudo, tento sentir, empatizar com tal personagem ou situação, perceber a parte mais carnal e sensível aberto à obra que me embala, que me leva para um mundo que não é o meu, que me traz sensações que só vou encontrar nela! O cinema, a experiência artística, nos abre para os muitos mundos desse mundo! E essa é a melhor das ambições: querer mais e mais Vida, mais experiências, sensações, vivências, emoções, VIDA! Buscar essa pluralidade infinita! Horse Girl é uma experiência surreal sobre como criamos mundos através de nossa subjetividade, sobre como a realidade pode ser tão mais complexa do que imaginamos e como a loucura pode ser criadora ao mesmo tempo que destrutiva. O filme sempre joga com muitas possibilidades, ora com o sobrenatural, ora com o psicológico, ora com ufologia e ora com trauma pessoal. E tudo está tão emaranhado que não é possível tomar nada isoladamente. O filmes tem cenas memoráveis! (aquelas cenas que se passam com ela vestida com aqueles tecidos vão ficar marcadas) É feito para nos fazer empatizar com Sarah, sua solidão, suas fugas, suas viagens entre realidades, sejam inventadas ou não, suas fronteiras e apegos. Um filme intenso e necessário para revelar um pouco do mundo interior das Sarahs que nos cercam e têm tantas dificuldades em comunicarem suas angústias. Adorei o final!
Ansioso demais para assistir essa obra no cinema. Com um elenco desses e com o olhar de Wagner Moura, que tanto estudou sobre a vida e a luta de Mariguella, não tem como ser ruim! Seu Jorge é gênio em tudo o que faz, deve ter feito um trabalho incrível! Enfim, vem logo 14 de maio! Vou com umas 20 pessoas assistir.
Assisti achando que seria um perfume para no máximo 4 estrelas mas dei 5 sem duvidar! Filmão! Muito bem dirigido, roteiro muito criativo, ótimas interpretações e não consegui desgrudar, tensão e expectativas sempre constantes, reviravoltas inesperadas. Gostei muito!
Animação injustiçada no Oscar por ser muito simbólica, metafórica e exigir certo esforço do espectador, que geralmente em uma animação procura algo mais leve, dramático e com aquele formato fechadinho de "me assiste que te faço chorar". Foi a melhor, mais ousada, criativa, tecnicamente impecável e profunda entre as concorrentes na premiação. Uma pena não ter ganhado o Oscar para incentivar outras como ela. Se tornou uma das minhas favoritas. Me emocionei e refleti muito mais com "Perdi Meu Corpo" que com "Klaus" e "Toy Story", que são feitas sob medida para apertar aqueles botões em nós que nos fazem chorar e ter esperança de um mundo com mais sentimento. Com tanta beleza, poesia e reflexões, quem se apegou a uma suposta "romantização do stalker", coisa que particularmente nem passou pela cabeça, deve ser o tipo que vê problematização em tudo, que fica procurando pelo em casca de ovo... Não se deixem levar por essa leitura e deixem a Mão te pegar pela mão para conhecer sua jornada.
Geralmente costumo escrever umas dezenas de linhas quando gosto muito de um filme. Mas nesse vou ser bem sucinto: que obra de arte! Muito poético, sensível, simbólico, com um roteiro brilhante (parece que cada palavra está em seu devido lugar e tem um peso enorme), interpretações (que entrega das atrizes!) e fotografia fodas! Acho que se eu fosse mulher gostaria ainda mais, e olha que me tocou muito! Saí recomendando para todas as cinéfilas que conheço. Favoritado e nome da diretora anotado! Obra prima!
Se eu fosse professor de uma matéria como "Suspense e Terror no cinema contemporâneo", ou algo do tipo, esse seria o filme que mostraria para inspirar meus alunos. Hereditário consegue articular as raízes do gênero, estética, estratégias narrativas e imagética que já estão consolidadas no nosso imaginário, com algo novo, revigorante, extremamente criativo e moderno. Um filme que nunca vai parecer datado, justamente por essa alquimia entre tradição e novidade que toda grande arte deve almejar. É como se o diretor mostra-se através da obra aquela frase de Newton: "Se vi mais longe, foi por estar apoiado em ombros de gigantes." Uma grande homenagem ao seu predecessores, só que de uma forma singular, se colocando também como aquele que influenciará os que virão. Ari Aster e Robert Eggers têm mostrado os caminhos do cinema atual para revelar o lado obscuro da psique, da vida e da arte. Ambos com dois filmes e duas obras primas! Filmografia impecável! Certas cenas de Hereditário ficarão comigo por dias e o filme me fez pesquisar sobre coisas que nunca pensei que fosse:
Como é bom ver o poder da criatividade, da pesquisa e da técnica pelo prisma de alguém que se recusa a fazer mais do mesmo ao falar sobre o lado sombrio da existência. Quem afirma entusiasmado que é um dos melhores filmes de suspense/terror da última década não está exagerando...
Argylle: O Superespião
2.8 90Minha noiva ganhou um par de ingresso e fui ver com ela sem pretensão nenhuma. Pela primeira vez usei a expressão: "É, o de graça saiu caro." (claro que internamente, sem ela saber)
Que filme chato, gente. Até como entretenimento não serve muito. Mil vezes ter visto mais um episódio de Renascer.
Zona de Interesse
3.6 587 Assista AgoraAnsioso para assistir. A A24 não erra.
Drácula: A Última Viagem do Deméter
2.9 230 Assista AgoraNão é um filme ruim como a nota denota. Ganha pontos pela atmosfera e boa produção. Passa de ano com uns 7,5/8.
Oppenheimer
4.0 1,1KFilmaço do Nolan! Muito Denso em tudo. Frenético de acontecimentos, diálogos e conteúdos que, mesmo sem muita ação propriamente dita, te movimenta e tensiona como poucos filmes de ação conseguem.
Muito bom entender melhor o contexto histórico da criação da bomba atômica; os dilemas, ideologias, política e o zietgeist que animaram a humanidade a cooptar tantos gênios e cifras na criação do artefato que mais simboliza o seu poder destrutivo. Tem algumas cenas brilhantes, puro suco do melhor que o cinema consegue oferecer atualmente.
Atuações incríveis e uma sonoplastia extremamente magnética. Não lembro de ter visto o uso do som (ou falta dele) sendo usado de forma tão marcante, criativa e harmonizada com cada cena ou emoção provocada pelo cineasta, vale muito ver no Imax. 3h muito bem orquestradas. Você sai do cinema inflado e reflexivo com tantas emoções e contrastes, mas também cansado, como se acabasse de ler um livro denso. Os diálogos não param, são muitas informações e coisas a considerar, tudo parece muito importante e urgente: te força a não querer perder o fio, se envolver.
Oppenheimer merece muito ser assistido e recompensado, espero que fature bem. Certamente vai ganhar algumas estatuetas.
Missão: Impossível 7 - Acerto De Contas - Parte 1
3.9 392 Assista AgoraA franquia envelheceu mal. Tudo muito manjado. Longos takes que impressionam pelo aparato técnico na filmagem, edição e ousadia mas que não empolgam tanto. Poucas vezes me senti tenso, eufórico ou surpreso. É aquela montanha russa que você já sabe o que acontece em cada loop e na segunda volta já quer que acabe logo.
O Homem do Norte
3.7 941 Assista AgoraUma epopeia Viking e uma imersão na cultura pagã nórdica como poucas vezes se viu no cinema. O filme de Eggers é visualmente soberbo e magnético, tudo repleto do misticismo, da natureza implacável e dos valores selvagens que eram vivos na psique de cada um daquela época. Assisti o filme duas vezes, a primeira no cinema. A princípio fiquei um pouco incomodado com a teatralidade dos personagens e dos diálogos, muita coisa parecia exagerada ou sem sentido. Mas depois caiu a ficha de que é provável que as pessoas da época literalmente encarnavam com muita força certas crenças sobre honra, destino, bravura e a espiritualidade vigente. Era dessa forma que o mundo fazia sentido para elas, era o que deixava o mundo vivo e cheio de propósito, isso justifica muita coisa. É bom ver o filme empaticamente se colocando na cabeça de alguém daquela época, com aquela cultura e geografia.
Com isso em mente, O Homem do Norte se torna ainda mais interessante. Há cenas memoráveis, muitos altos e alguns baixos, mas que não destoam do conjunto da obra. Me arrepiei em algumas partes, fiquei tenso em outras, deslumbrado em tantas. Um filmaço que pega o padrão Eggers de direção e não deixa cair. Um mix de realismo cru e fantasia, lembrando que na psique desses povos tradicionais o fantástico ou transcendente é tão real quanto o chão que eles pisam, eles não separam a vida material da imaterial como nós. O mito(lógico) para eles é tão lógico quanto a ciência é para nós.
Eu que sou um admirador e leitor de paganismo, de religiões antigas e politeístas fiquei felizão de ver tudo em fluência.
Violência, traições, bruxaria, brutalidade, obstinação, seres fantásticos; tudo fazendo parte de uma rede invisível nas mãos de quem controla um destino inexorável: todos os ingredientes de um épico estão presentes aqui de uma forma bem poética e rica. Que filme, meu povo!
*obs: Acho que peguei uma sutileza intencional do diretor que não vi ninguém comentando ainda...
Apesar de ser um épico com um protagonista viking e masculino, que mostra força implacável e tudo que se espera do estereótipo, é veladamente o feminino que controla tudo. Todos os acontecimentos mais centrais são desencadeados pelas mulheres, desde a morte do pai de Amleth, dirigida por sua mãe, até a profecia feita pela Bruxa (Bjork), a contribuição de Olga, extremamente decisiva, e tudo isso representado pelas Nornas, as deusas tecelãs que tecem os destinos. Como se as mulheres fossem as representações carnais das Nornas e se utilizassem de toda a força e brutalidade dos homens para seus desígnios. Inclusive, o próprio Amleth luta até a morte (que cena!) para que Olga e seus gêmeos fiquem em segurança, tendo a visão de que a menina que será rainha, como profetizado pela bruxa, indicando que ela mudará muito aqueles tempos.
Dos personagens masculinos, apesar de toda bestialidade em batalha, ele é um dos mais sensíveis com as mulheres. Mesmo arrasando vilas, não violenta as mulheres como os outros e em uma cena fala que jamais mataria uma mulher, além de quase se sacrificar para salvar Olga e ser salvo pelos corvos (Odin). Talvez por isso seja o escolhido. Enfim, tem muita coisa nas entrelinhas...
O mais difícil é escolher entre A Bruxa, O Farol e O Home do Norte, qual é o melhor! Que você tenha vida longa, Roberto Ovos!
Doutor Estranho no Multiverso da Loucura
3.5 1,2K Assista AgoraEstou muito longe de ser marvete ou gostar de filmes de heróis. Gosto particularmente de Dr. Estranho e Pantera Negra. Achei esse aqui um dos melhores do gênero. Visualmente um espetáculo! Apesar do roteiro padrãozinho, tem uma sacadas bem criativas de Sam Raimi usando uma pegada surrealista que deixa os sentidos eufóricos. Algumas cenas marcam e as viagens pelo multiverso são muito loucas mesmo, lisergia pura. Entretenimento grandão para ver na telona. Não fiquei perdido por não ter acompanhado Wanda ou demais pré-requisitos, fluiu tudo tranquilo.
O Esquadrão Suicida
3.6 1,3K Assista AgoraComo assim tanta gente dando 5 estrelas para isso?! Eu heim... Não entendo o rigor desse povo.
É só mais um filme de "heróis" que pega o vácuo de The Boys e outros trabalhos nessa linha de superhumanos escrotos, corporações e políticos ainda piores, mostrando tudo com muito gore, ação, e amenizando com humor. A fórmula é seguida à risca, até as críticas são as mesmas. É um bom entretenimento, com efeitos incríveis e personagens carismáticos. Especialmente a doninha, que foi muito mal aproveitada, inclusive, e a mulher dos ratos. É divertido, mas muito longe de merecer o volume de entusiasmo de alguns YouTubers, pessoas daqui e entusiastas da Marvel/DC. Se esse é um dos pontos mais altos entre as obras mais consumidas pelo público nerd/geek/fã da cultura pop, se é exemplo do que há de melhor para essa galera, então prefiro meu gosto considerado estranho mesmo.
Luca
4.1 769O poder da amizade, da coragem, de nos abrirmos para aquilo que nos é estranho, do fascínio da descoberta e da superação do medo de não ser aceito para, finalmente, nos aceitarmos e construirmos nossa identidade, sabermos o que é importante para nós em um mundo repleto de tantas influências. Tudo isso é mostrado de uma forma tão singela e bonita que não tem como ficar insensível. A beleza do mar, da terra, da cultura e do povo italiano, que é tão próximo a nós, pela ascendência tão forte em tantas famílias por aqui, ainda deixa tudo mais aconchegante. Aumentou a vontade de conhecer esse canto do mundo de onde vieram alguns dos meus ancestrais. Luca é uma animação inspiradora, daquelas para ver com a família e reconhecer a importância daqueles que levamos dentro e, sem os quais, não seríamos quem somos.
Army of the Dead: Invasão em Las Vegas
2.8 955Tá certo que é um filme de zumbis, puro entretenimento e gore mas o roteiro não precisava ser tão lixo. O finado Zé do Caixão faria muito melhor com os recursos do Snyder. Uma motivação mais bizarra que a outra, reações totalmente nada a ver, um monte de incoerência e desleixo desnecessários. Quando a gente pede aquele podrão da esquina sabemos que não vai vir nada gourmet, só aquela bomba gordurosa e calórica, mas também não precisa entregar embrulhado num papel higiênico e com a carne crua: é o que recebemos aqui.
Duna: Parte 1
3.8 1,6K Assista AgoraÉ sobre um livro foda que estou terminando de ler, é de Denis Villeneuve e tem Zendaya no elenco! Só vem que a aclamação é certa!
Maria e João: O Conto das Bruxas
2.6 527Por essas e outras que vou procurar os filmes com notas baixas aqui para assistir. Quem se interessa pela temática "Bruxa/Bruxaria" vai gostar. Me prendeu do começo ao fim.
Rede de Ódio
3.7 362 Assista AgoraMuito bom filme! Mostra os sofrimentos, prazeres, hipocrisias e prepotências dos "progressistas" debandando também para a chamada "esquerda caviar" x "conservadores" debandando para a "extrema direita". Não tem como não fazer relações com nosso país, o filme é bem oportuno. Além disso, como o foco é o protagonista, um estudo do personagem mostra como se desenvolve um sociopata, quais os gatilhos que são pressionados para que um cara, provavelmente com tendência natural, desenvolva isso ao extremo em troca de prestígio, admiração e poder. Tomek se transforma em um camaleão social que se camufla para se aproximar da presa sem nenhuma empatia, só obcecado com o objetivo final, pessoas são meios para fins, ponto, só o que importa é o plano concretizado que o levará a ser admirado, reconhecido, ascendido. E como o sistema que define nossa sociedade recompensa bem pessoas assim, reforça esse tipo inescrupuloso, ambicioso e dissimulado. Acho que um estudo mais sério mostraria que o número de pessoas com sociopatia ou psicopatia no alto escalão social deve ter quadruplicado nos últimos anos e isso é muito sério, diz muito sobre nós.
Como todos já escreveram, o ator protagonista é incrível, assim como todo elenco! Tudo é muito bem feito, apesar de uma ou outra facilidade pouco crível, o roteiro e a direção sabem articular bem a narrativa até o clímax desejado que, "sem massagem", entrega algo muito intenso e necessário! O filme cumpre bem a proposta de mostrar como o ódio flui dentro, fora e como circula nas redes da internet, nas redes psicológicas e sociais, está muito longe de ser contido e projeta horizontes catastróficos.
Oferenda à Tempestade
3.2 109 Assista AgoraEsse é muito ruim, é ruim VALENDO! Só de imaginar que alguém ganhou dinheiro com esse roteiro já bate uma indignação inexplicável! O segundo é melhor, dei três estrelas, para esse dou uma e meia só pela história da seita e a beleza da cidade espanhola, que fiquei morrendo de vontade de conhecer. Vou ver o primeiro só para completar a trilogia mesmo.
Rei Arthur: A Lenda da Espada
3.2 623Bom entretenimento, elenco e produção. Mas esse perfil de "faço o tipo norte-americano convencido e idiota que vai ser herói" já está desgastado demais. É a mesma personalidade em um bocado de personagem diferente, já deu!
The Old Guard
3.5 662 Assista AgoraCumpre bem a proprosta de ser um filme legal de ação que flerta com o sobrenatural. Boas atuações, coreografias, enfim, um bom entretenimento. Obviamente tem os clichês do gênero mas o filme não se propõe a revolucionar nada. A protagonista é o destaque absoluto, brilhante em todos os momentos.
A Livraria
3.6 218 Assista AgoraQuando acabei de assistir A Livraria: "Que filme lindo, que roteiro lindo, que personagens lindos, que obra maravilhosa!"
Veio numa hora que estava precisando das mensagens, tão sutis e poéticas, que esse filme traz tão dolorosamente quanto belamente. Como os livros nos dão uma herança de sensibilidade tão incrível mas exigem também coragem e responsabilidade para amar e mudar as coisas. Mostra também o quanto o poder, o establishment, o conservadorismo, vai até as últimas consequências para se manter como está e que odeia quem cria, quem ousa, quem quer mudar ou progredir as coisas, mesmo da forma mais miúda possível. E o quanto, como dizia Chorão, quem é de verdade sabe quem é de mentira (quem se aproxima mais verdadeiramente de Florence são os que já se destoam do ranço que domina a moral antiquada e tosca daquela cidade). A gente só precisa contagiar uns poucos para cumprir nossa missão, e precisamos de coragem, muita coragem! Obrigado, Isabel Coixet, guardei seu nome e quero mais frutos do seu trabalho! A protagonista também fez um trabalho incrível junto da pequena ajudante e do velhinho recluso, enfim, um filme lindo e marcante!
Clímax
3.6 1,1K Assista AgoraUm filme que é como LSD, quando bate é como se dissesse: "olha, não estamos mais no cercadinho da razão que você conhecesse, esse reino é outro, se não se abrir não vai aprender."
É uma experiência bem diferente, vai para os domínios de Pan e Dionísio, os campos da loucura e da desmesura.
Uma coisa que reparei e que ficou, foi a impressão de que cada um enquanto dançava era simplesmente único e ele mesmo, a expressão da dança, em cada um deles, era a expressão de sua própria individualidade, algo irrepetível e natural, ao passo que, quando falavam, o discurso era sempre genérico, clichê, comum de certos lugares sociais, raciais e de gênero. Um contraste bizarro de se ver mas muito real! Como se a linguagem da dança dissesse mais sobre cada um do que as próprias palavras.
Entre Realidades
2.9 307 Assista Agora5 estrelas, simples assim, para um filme nada simples, cheio de bifurcações e cavalgadas para além da realidade banal! Antes de qualquer menção ao roteiro, ficam as perguntas: Por que estamos tão acostumado, para não dizer "viciados", na razão, na racionalidade, nas explicações, na finalidade das coisas?
Uma experiência autêntica precisa ser pautada na lógica? Precisa ser razoável ou fazer sentido?
Será que as explicações e sentidos não reduzem toda uma gama de complexidade da vida? Da arte?
Enfim, eu adoro filmes como esse, com essa ousadia criativa que me obriga a criar junto, faz minha mente criar sentido, articular símbolos, nuances e sentir a parte que me é mais urgente no momento. E mesmo quando os sentidos que crio me deixam insatisfeito quando não abarcam tudo, tento sentir, empatizar com tal personagem ou situação, perceber a parte mais carnal e sensível aberto à obra que me embala, que me leva para um mundo que não é o meu, que me traz sensações que só vou encontrar nela! O cinema, a experiência artística, nos abre para os muitos mundos desse mundo! E essa é a melhor das ambições: querer mais e mais Vida, mais experiências, sensações, vivências, emoções, VIDA! Buscar essa pluralidade infinita!
Horse Girl é uma experiência surreal sobre como criamos mundos através de nossa subjetividade, sobre como a realidade pode ser tão mais complexa do que imaginamos e como a loucura pode ser criadora ao mesmo tempo que destrutiva. O filme sempre joga com muitas possibilidades, ora com o sobrenatural, ora com o psicológico, ora com ufologia e ora com trauma pessoal. E tudo está tão emaranhado que não é possível tomar nada isoladamente. O filmes tem cenas memoráveis! (aquelas cenas que se passam com ela vestida com aqueles tecidos vão ficar marcadas) É feito para nos fazer empatizar com Sarah, sua solidão, suas fugas, suas viagens entre realidades, sejam inventadas ou não, suas fronteiras e apegos. Um filme intenso e necessário para revelar um pouco do mundo interior das Sarahs que nos cercam e têm tantas dificuldades em comunicarem suas angústias. Adorei o final!
Marighella
3.9 1,1K Assista AgoraAnsioso demais para assistir essa obra no cinema. Com um elenco desses e com o olhar de Wagner Moura, que tanto estudou sobre a vida e a luta de Mariguella, não tem como ser ruim! Seu Jorge é gênio em tudo o que faz, deve ter feito um trabalho incrível! Enfim, vem logo 14 de maio! Vou com umas 20 pessoas assistir.
Joias Brutas
3.7 1,1K Assista AgoraAssisti achando que seria um perfume para no máximo 4 estrelas mas dei 5 sem duvidar! Filmão! Muito bem dirigido, roteiro muito criativo, ótimas interpretações e não consegui desgrudar, tensão e expectativas sempre constantes, reviravoltas inesperadas. Gostei muito!
Perdi Meu Corpo
3.8 351 Assista AgoraAnimação injustiçada no Oscar por ser muito simbólica, metafórica e exigir certo esforço do espectador, que geralmente em uma animação procura algo mais leve, dramático e com aquele formato fechadinho de "me assiste que te faço chorar". Foi a melhor, mais ousada, criativa, tecnicamente impecável e profunda entre as concorrentes na premiação. Uma pena não ter ganhado o Oscar para incentivar outras como ela. Se tornou uma das minhas favoritas. Me emocionei e refleti muito mais com "Perdi Meu Corpo" que com "Klaus" e "Toy Story", que são feitas sob medida para apertar aqueles botões em nós que nos fazem chorar e ter esperança de um mundo com mais sentimento. Com tanta beleza, poesia e reflexões, quem se apegou a uma suposta "romantização do stalker", coisa que particularmente nem passou pela cabeça, deve ser o tipo que vê problematização em tudo, que fica procurando pelo em casca de ovo... Não se deixem levar por essa leitura e deixem a Mão te pegar pela mão para conhecer sua jornada.
Retrato de uma Jovem em Chamas
4.4 899 Assista AgoraGeralmente costumo escrever umas dezenas de linhas quando gosto muito de um filme. Mas nesse vou ser bem sucinto: que obra de arte!
Muito poético, sensível, simbólico, com um roteiro brilhante (parece que cada palavra está em seu devido lugar e tem um peso enorme), interpretações (que entrega das atrizes!) e fotografia fodas! Acho que se eu fosse mulher gostaria ainda mais, e olha que me tocou muito! Saí recomendando para todas as cinéfilas que conheço. Favoritado e nome da diretora anotado! Obra prima!
Hereditário
3.8 3,0K Assista AgoraSe eu fosse professor de uma matéria como "Suspense e Terror no cinema contemporâneo", ou algo do tipo, esse seria o filme que mostraria para inspirar meus alunos. Hereditário consegue articular as raízes do gênero, estética, estratégias narrativas e imagética que já estão consolidadas no nosso imaginário, com algo novo, revigorante, extremamente criativo e moderno. Um filme que nunca vai parecer datado, justamente por essa alquimia entre tradição e novidade que toda grande arte deve almejar. É como se o diretor mostra-se através da obra aquela frase de Newton: "Se vi mais longe, foi por estar apoiado em ombros de gigantes." Uma grande homenagem ao seu predecessores, só que de uma forma singular, se colocando também como aquele que influenciará os que virão. Ari Aster e Robert Eggers têm mostrado os caminhos do cinema atual para revelar o lado obscuro da psique, da vida e da arte. Ambos com dois filmes e duas obras primas! Filmografia impecável!
Certas cenas de Hereditário ficarão comigo por dias e o filme me fez pesquisar sobre coisas que nunca pensei que fosse:
Demonologia e Goëtia
Como é bom ver o poder da criatividade, da pesquisa e da técnica pelo prisma de alguém que se recusa a fazer mais do mesmo ao falar sobre o lado sombrio da existência. Quem afirma entusiasmado que é um dos melhores filmes de suspense/terror da última década não está exagerando...