Mais uma obra sagaz, visceral e potente do cinema sul-coreano, país que não cansa de me surpreender com suas obras maravilhosas e magníficas. O grande diferencial da Coreia do Sul é elaborar e trabalhar bem filmes que tenham equilibro em todos os quesitos cinematográficos: roteiro, personagens, atuações, edição, entretenimento, etc. Tudo isso aliado a narrativas extremamente maduras, corajosas e sem frescura em relação à violência.
"O Homem de Lugar Nenhum" não é apenas um simples filme de ação, ele explora muito bem o mundo hostil das drogas, tráfico de órgãos, escravidão infantil e guerras de gangues/facções; temas que são muito relevantes para os dias de hoje. A cereja do bolo dessa obra é aliar a boa ação com uma carga dramática pesada e emocionante, com atuações convincentes e muita química entre os protagonistas.
A narrativa nos apresenta com calma todo esse mundo cruel, maldoso e repleto de desordem, com um clima totalmente negativo e triste. O protagonista é um homem solitário, frio, caladão e misterioso, seu único contato é uma garotinha que encanta com sua pureza em meio ao caos que se encontram.
A ação não fica de lado, temos uma sequência frenética de lutas ultraviolentas regadas a banho de sangue e muita agilidade, muito bem coreografadas em um jogo de câmera magistral. A boa e velha vingança fazendo jus a sua fama, sendo extremamente letal e fatal em seu ato final. Destaque para a atriz mirim responsável pelas cenas finais absurdamente emocionantes.
Enfim, o considero um filmaço! Obscuro, brutal e humano ao mesmo tempo, fazendo ótimo uso de planos prolongados que visam expor um sentimento preso na alma do protagonista. O cinema asiático precisa urgentemente ser mais apreciado e conhecido por todo o tipo de cinéfilo. Filme imperdível!
Assistido em 7 de setembro de 2022 Minha avaliação: 9,0/10
Fiquei eufórico demais quando descobri que "Dexter" voltaria pouco mais de oito anos depois da suposta última temporada em 2013. Sou muito fã da série e do personagem do Michael C. Hall, mas não faço parte desses fãs convencionais que odiaram o final da 8ª temporada, gostei bastante daquele desfecho e achei super coerente a atitude do Dexter perante a tudo que ele passou. Porém, os criadores de Dexter resolveram reescrever o final da série, provavelmente por pressão dos fãs, que em sua maioria detestaram o desfecho anterior.
Essa nova e inesperada temporada começou com tudo em um excelente primeiro episódio, tendo um reinício bastante promissor. Após isso, a temporada decaiu um pouco com episódios mornos e sem aquela presença do bom e velho Dexter das temporadas anteriores. Entretanto, o ritmo volta a melhorar a partir do sexto episódio, seguindo bem até a chegada do ótimo e surpreendente nono episódio, com um roteiro cheio de falhas, mas que ainda assim prendia muito a atenção.
Infelizmente tudo foi por água abaixo com o péssimo, horroroso, horrível, sofrível, desprezível, ridículo e patético episódio final, algo completamente sem sentido e descontextualizado. Para quem odiou a 8ª temporada deve passar o mais longe disso e fugir do mesmo como o diabo foge da cruz.
Como mencionado antes, o roteiro dessa temporada é uma vergonha alheia sem proporção de tamanho, mas ainda assim, ao menos estava assistível até o nono episódio. É inadmissível que com o tempo que se passou, não conseguiram entregar um final digno que a série merecia. Contrataram uma penca de roteiristas com QI menor do que de uma criança com menos de dez anos.
MAS PARA QUEM AINDA NÃO VIU "SANGUE NOVO" E QUISER SE ARRISCAR MESMO ASSIM, FAVOR NÃO LEREM OS SPOILERS ABAIXO.
Primeiramente vamos tentar entender como que uma policial que NÃO descobriu o assassino de sua amiga, um serial killer que viveu bem debaixo do seu nariz durante longos vinte e poucos anos. No entanto, simplesmente consegue descobrir a verdadeira identidade de Dexter, e ainda por cima, também descobrir que ele é o famoso AÇOUGUEIRO DE BAY HARBOR com umas simples pesquisas no Google. Sendo que antigamente Dexter viveu rodeado por policiais que não chegaram nem perto de descobrir seu maior segredo...
Uma penca de conveniências de um roteiro lixoso e extremamente preguiçoso.
Outra coisa que não faz o mínimo sentido é o arco de pai e filho. Dexter salva a vida do filho de ser morto pelo serial killer da cidade, conta toda a verdade de seu passado para seu filho, o mesmo aceita de boa e até acha justo e correto o que o pai faz. Na prisão, Dexter toma uma atitude desesperada e irracional ao matar um inocente policial, para tentar fugir com o filho (sendo que jamais havia matado um inocente de propósito). No entanto, o filho muda de repente de ideia e decide matar o PRÓPRIO PAI, devido a um policial que ele mal conhecia.
Para piorar ainda mais a situação, a narrativa tenta justificar a morte do protagonista da série, com a desculpa esfarrapada de que seu filho não poderá ter uma vida normal ao lado do pai. Mas aí eu faço o seguinte questionamento: como que um adolescente viverá uma vida "normal" e sozinho, tendo que carregar o fardo peso de ter matado o próprio pai?!
Após o término desse episódio final, os roteiristas deveriam ser presos por cometerem um grave crime contra a sétima arte, ou melhor, serem mortos, fatiados e embalados em sacos plásticos para serem jogados no mar. Assim como Dexter fazia com suas vítimas nas temporadas antecessoras rsrs. Nunca fiquei com tanto ódio na minha vida devido a uma produção audiovisual, mas sempre tem uma primeira vez para tudo...
Série finalizada em 6 de setembro de 2022 Minha avaliação: ZERO com Z maiúsculo!
Optei por assistir à versão estendida desse filme (170 mim ou 2h e 50 min), sinceramente a versão de cinema já é considerada uma longa duração para um conto de terror psicológico. É inegável que Ari Aster foi bem pretensioso, sendo ambicioso até demais com esse seu segundo trabalho, não poupando tempo em tela e não tendo medo de errar. Como o esperado, essa versão do diretor exige muita paciência do espectador, pois a construção da narrativa é bem lenta e demorada, levando mais de uma hora para um evento bombástico!
O ser humano consegue ser bastante influenciável se estiver em uma situação psicologicamente vulnerável, seja por qual o motivo: um trauma, a ausência familiar ou até mesmo a falta de comunicação numa relação amorosa. Ari Aster utiliza-se de todos esses fatores para ilustrar uma trama que envolve inúmeras referências, críticas e paralelos com males que nossa sociedade propaga. Do extremismo religioso, a hipocrisia moral que tomou conta de muitos nos últimos tempos para cá.
Midsommar torna-se uma viagem, que leva a uma reflexão profunda sobre nossos costumes e a falta de expressão e empatia para reprimir sentimentos de ódio, maldade ou pura omissão diante do mal (seja ele sob qualquer forma). Ari Aster se aproveita da forte carga emocional para dar força a uma obra que expressa significados e metáforas praticamente em cada um de seus planos, a riqueza de detalhes é tamanha que é necessária uma atenção redobrada para tentar captar tantas mensagens...
Florence Pugh, é a protagonista e carrega o filme nas costas, me impressionou pela expressividade e a forma como representa as dores e aflições de seu coração e mente. Já o resto do elenco, na minha visão, pouco se destaca e não chegam a ficar acima da média (algo que não aconteceu em "Hereditário"). O longa mesmo é todo da Florence, que realmente foi a única a se destacar durante todo o filme, uma atriz que se continuar assim vai muito longe!
Dessa vez o roteiro do Ari Aster me incomodou em alguns aspectos, primeiramente por sermos obrigados a engolir a passividade dos principais personagens após o evento do penhasco, segundamente por ele ser em boa parte previsível e revelar detalhes da trama em forma de arte. Com isso, o mistério e suspense ficaram bem rasos em boa parte da narrativa.
Tecnicamente o filme é muito bom! A direção de arte e o design de produção acertam na criação do ambiente aberto. Vale destacar a concepção estilizada e assustadora das casas de madeiras em meio a vegetação em volta do lugar, e os figurinos bastante claros, sempre rodeados por flores coloridas, representando um tipo de "pureza". A fotografia é composta por imagens belíssimas, escancarando ainda mais as cores dos ambientes, essa maneira mais clara de expor as situações ajuda o filme a apresentar alguns efeitos de maquiagem bastante realistas e chocantes.
Enfim, "Midsommar" é um longa que divide opiniões, acerta por ser bem impactante e reflexivo, até consegue surpreender com suas cenas finais bem macabras e bizarras, mas peca pelo ritmo irregular e roteiro com algumas inconsistências. Poderia ter sido um pouco mais dinâmico. O considero assistível e bonzinho, não é uma obra-prima como muitos acham, mas também não é desprezível como muitos o julgam.
Assistido em 1 de setembro de 2022 Minha avaliação: 6,5/10
"Hereditário" consegue se utilizar do terror psicológico muito bem, mesclando o suspense e drama alinhado a uma ótima técnica e bom roteiro, feito pouco usual para filmes de terror ultimamente (outro que tem tal requisito é "A Bruxa"). Esta obra do novato Ari Aster tem algo a mais, ele consegue se apropriar do termo 'terror' com maior amplitude, pois o mesmo, dá medo e assusta, de uma maneira mais autoral, dispensando os elementos datados, ou convencionais de seu gênero.
Seu terror apresentado não desce o nível, se utilizando da tensão com constantes traumas que vão abalando o telespectador psicologicamente, o amaciando, como um cozinheiro batendo um bife. Apesar da duração um tanto pretensiosa, o ritmo do filme é razoavelmente bom, pois não demora muito para às coisas ficarem estranhas e medonhas. Gradualmente o filme vai deixando o espectador com uma sensação desagradável de sufocamento e desconforto, com uma trama extremamente inteligente, bem desenvolvida e eficaz na sua proposta.
Ari Aster em seu primeiro trabalho já se mostra bem acima da média, com uma técnica usual de clássicos filmes de terror, com câmeras invertidas e planos médios constantes. "Hereditário" é envolvente, inquietante, surpreendente, perturbador e imprevisível (com direito a plot twist dos brabos). Sua técnica causa angústia e exprime exatamente os sentimentos que se espera em um filme de terror: nojo, tensão e medo, com seus enquadramentos grosseiros e sua trilha arrojada.
A fotografia é perfeita, as luzes, sombras e escuridão são muito bem utilizadas, deixando os detalhes soltos, mas que vamos entendendo seu significado em cada ato. Trilha sonora também merece destaque, é impecável, quando presente é certeira e quando ausente, o silêncio é necessário.
A protagonista é maravilhosa e dá um show de atuação, Toni Collette mergulha de cabeça na personagem, os melhores diálogos são dela, isso sem falar nas expressões extraordinárias que a atriz faz com o rosto e o corpo. Um trabalho digno de ser premiado. Milly Shapiro cumpre seu papel com uma personagem instigante e misteriosa, a atriz por si só já é assustadora, combina muito bem com terror. Alex Wolff surpreende, entregando uma excelente atuação, surpreendendo com suas expressões e emoções.
Enfim, o trabalho do Ari Aster surpreende e acerta na inovação, criatividade e imprevisibilidade, algo que está cada vez mais difícil de se ver nos filmes de terror. Sua obra é muito bem bolada, onde cada detalhe importante vai revelando uma nova descoberta sobre o impressionante e perturbador final. Um início de carreira promissor, onde dá para contar nos dedos os cineastas que conseguem tal feito.
Assistido em 31 de agosto de 2022 Minha avaliação: 8,0/10
Cresci assistindo aos filmes do Sylvester Stallone pela TV aberta no saudoso SBT dos anos 2000, principalmente seus filmes de ação dos anos 90. Sou um fãnzaço do tio Syl, o cara é responsável pela imortalização de dois grandes personagens na história do cinema (Rocky e Rambo). Vale destacar também a sua incrível história de vida.
No Oscar de 2016 aconteceu um dos maiores crimes da história da academia, tio Syl perder o Oscar de melhor ator coadjuvante para um ator que ninguém conhece, uma grande falta de bom senso e um tremendo desrespeito por parte dos jurados. Muitos dizem que chegou a ter até roubo nessa escolha, de fato, uma decisão no mínimo muito polêmica, que quebra ainda mais a credibilidade baixíssima do Oscar atualmente.
Esse "Samaritano" é uma das grandes surpresas do ano, nunca imaginei ver o tio Syl envolvido em um projeto de Super-Herói. O destaque do filme vai para o roteiro que consegue surpreender com um plot twist bem interessante, uma boa sacada e um diferencial para o gênero que se caracteriza pela previsibilidade. Os idealizadores souberam criar um arco inteligente para o personagem do velho Stallone, assim às cenas de ação não ficaram inverossímeis.
O cenário urbano pinchado e tomados por gangues de baderneiros faz lembrar muitos filmes clássicos dos anos 80. Uma pena que decidiram desenvolver esse filme com a violência bem-moderada, Sylvester Stallone não combina com filmes estilo Sessão da Tarde, muito menos ator para agradar às massas.
Enfim, "Samaritano" é um bom filme para passatempo, e até consegue prender a atenção dentro do possível. Não possui uma qualidade técnica primorosa, mas também não dava para se esperar muito de um projeto desenvolvido direto para streaming. No mais, foi bom ver o tio Syl ainda com disposição para filmes de ação.
Assistido no Prime Video em 29 de agosto de 2022 Minha avaliação: 7,0/10
Robert Eggers é um cineasta com um grande potencial e futuro na sua carreira promissora, soube lidar muito bem com a falta de experiência em seus dois primeiros filmes, compensando isso com ideias mirabolantes e inovadoras. Mas aqui infelizmente parece que esse projeto foi dirigido por um diretor amador, pois, justamente onde Eggers precisava ser mais corajoso, ousado e ambicioso, acabou não sendo...
Obviamente o diretor não queria que seu novo filme tivesse uma pegada comercial, deixando às batalhas de lado, apostando mais nos diálogos e desenvolvimento de personagens. Mas isso acabou ficando exagerado, o filme tem pouquíssimas batalhas e às poucas que têm são totalmente no escuro, me pareceu uma tentativa de diminuir a intensidade da violência, para ficar mais acessível às massas. Isso tudo acabou deixando a narrativa completamente desequilibrada.
Eggers provavelmente queria um filme mais épico do que comercial, mas na minha opinião não conseguiu nem um, nem outro... Infelizmente não é um bom atrativo como entretenimento, mas também passa longe de ser épico, com suas batalhas curtas demais, especialmente o confronto final preguiçoso e absurdamente decepcionante. Neste caso, a falta de experiência afetou negativamente esta obra, principalmente na edição e tomadas de decisões do Eggers, que muitas, a meu ver, foram equivocadas.
O roteiro é falho em alguns aspectos, como nas facilitações exageradas para o protagonista conseguir eliminar seus inimigos com mais rapidez, e em vários momentos sem esforço. Estranhei às partes místicas e sobrenaturais do filme, acredito que foram usadas de maneira exagerada, e como mencionado antes, servindo de facilitações para o desenvolvimento da história.
Única coisa que me surpreendeu em "O Homem do Norte" foi o arco da personagem Nicole Kidman, onde a mesma não ficou ao lado do filho como se esperava. Acabou sendo morta pelo próprio filho, já que o protagonista não teve outra escolha... Único momento em que Eggers conseguiu fugir da previsibilidade.
"O Homem do Norte" é o único trabalho do Eggers que não me agradou muito, na minha visão faltou emoção e não me empolgou em praticamente momento algum. Das histórias medievais prefiro a versão estendida de "Tróia", do recentemente falecido e competente Wolfgang Petersen. Um filme muito mais equilibrado entre diálogos e batalhas sanguinolentas.
Enfim, esse "O Homem do Norte" é infelizmente uma obra facilmente esquecível, regular com boa vontade...
Maratona Robert Eggers Assistido em 28 de agosto de 2022 Minha avaliação: 5,5/10
"O Farol", segundo filme da carreira do cineasta Robert Eggers, novamente apostando em características do seu primeiro longa "A Bruxa". Só que dessa vez sem os elementos de horror vistos em seu primeiro filme, sendo totalmente focado em um mistério intrincado, com relação à mitologia grega. De fato, não é um filme de terror, e sim um drama psicológico recheado de demências, loucuras e bizarrices impagáveis.
O filme é muito ambicioso e pretensioso, com uma fotografia preto-e-branco e formato 4:3, características que estão praticamente extintas no cinema. Com esses aspectos, Eggers imerge o espectador na sensação de sufocamento que a ambientação do filme causa, o local por si só já é amedrontador, e o jogo de câmera do cineasta é diferenciado. Todo esse clímax desfavorável para os personagens fica ainda pior por ambos serem doidos varridos 😂🤣.
Esta obra exige até demais do espectador, têm uma pegada muito David Lynch imprimida neste filme. "O Farol" não é nada fácil de se decifrar, seu roteiro e narrativa são 100% interpretativos, você é que decide o desfecho da história. Apesar de já ter um pouco de experiência com filmes complexos, fiquei muito perdido com o que vi, parece que absolutamente nada faz sentido, a menos que...
Ephraim Winslow e Thomas Wake sejam a mesma pessoa, isso mesmo! Fiquei remoendo muito essa ideia, e ao ligar os fatos é o que mais faz sentido para mim.
Parece que Eggers é obcecado em querer ser cult, inclusive isso se reflete no ritmo de seu filme, que assim como "A Bruxa", não achei muito bom. Entretanto, funciona bem demais! Graças a dois perfeitos protagonistas, que entregam tudo de si para realizarem atuações genialmente macabras, filme exigiu demais de ambos e corresponderam! Robert Pattinson e Willem Dafoe brindam e abraçam a loucura como ninguém! Com uma química entre personagens irretocáveis.
Enfim, "O Farol" é uma alegoria sobre distúrbios da mente humana, do que ela é capaz, sobre efeitos de solidão e pressões que o sentimento de culpa causa ao indivíduo, desejos proibidos, etc. Uma odisseia impressionante e interessante no subconsciente humano. Um prato cheio para estudantes de psicologia, ou para quem exerce a profissão, têm grandes chances de amarem este filme.
Eggers têm grande capacidade de ser criativo e diferenciado, e vai conquistando seu espaço merecidamente em Hollywood. É um grande queridinho da crítica especializada, e aos poucos também vai conquistando a admiração do público geral. Consegue ao menos prender a atenção do espectador com suas obras, vejo mais qualidades do que defeitos em seus trabalhos.
Maratona Robert Eggers Assistido em 27 de agosto de 2022 Minha avaliação: 7,0/10
Após se passar mais de dez anos que não acompanho filmes de terror, decidir voltar a dar uma chance ao gênero, já que o mesmo não me surpreende mais igual quando eu era criança/adolescente. Larguei o terror porque simplesmente o gênero anda cada vez mais saturado, escolhi este filme por ter potencial de apresentar algo inovador e diferente para o gênero. Fica até difícil fazer um comentário bacana sobre este filme, já que estou muito por fora do universo do terror e de suas novidades.
"A Bruxa" é o filme de estreia da carreira do jovem Robert Eggers, o diretor decidiu apostar em características diferentes e desenvolvimento de história que vai à contramão dos filmes de terror convencionais. A obra têm uma pegada bastante cult, com muitos simbolismos, metáforas e mensagens subliminares, é um dos poucos filmes do gênero que exigem o espectador pensar.
Não gostei muito do ritmo, achei um pouco vagaroso. Entretanto, "A Bruxa" cativa por sua beleza estética, suas atuações convincentes, seu clima mórbido e agoniante, sua fotografia inóspita, envelhecida e estonteante, e por uma tensão crescente. Souberam criar uma atmosfera inquietante e misteriosa, tornando o espectador tão impotente quanto os personagens sobre o que pode acontecer em uma floresta escura, abandonada e afastada.
Abordando o tema do sobrenatural, Robert Eggers constrói um bom terror psicológico e caótico. Um filme extremamente cru e realista, onde a religião ganha vida pela personificação do mau que se reflete em nossas escolhas e quem realmente somos. De modo geral não acho um filme grandioso e extraordinário na visão da crítica especializada, mas de fato, "A Bruxa" é uma obra importante para um gênero defasado, que ultimamente vêm apresentando mais do mesmo.
Apesar de estar com uma penca de filmes pendentes para assistir, tive que deixá-los de lado e rever "Top Gun: Maverick". Precisava tirar a dúvida do que vi no cinema, se simplesmente não me deixei levar pela emoção do hype, e a resposta é absolutamente não! Mantenho minha avaliação máxima e digo mais... subiu muito no meu conceito, se tornando um dos principais filmes que mais gosto de rever. Essa obra é tão extraordinária e fantástica, tanto em uma telona de cinema, quanto em uma simples televisão de quarenta polegadas, ou até mesmo em um monitor de computador.
Um grande fenômeno nas bilheterias mundiais e principalmente na doméstica, superando os números locais de "Titanic" e também três dos quatro filmes dos "Vingadores", ou seja, batendo de frente com o filme mais popular da história e das maiores febres do século XXI. Sem falar nas concorrências diretas com o novo filme do "Doutor Estranho" e do novo "Jurassic World", mas mesmo assim, "Top Gun: Maverick" surpreendeu o mundo, quebrando a hegemonia da Marvel nos cinemas e se firmando até então... como a maior bilheteria global de seu ano.
Não é tão difícil explicar o sucesso estrondoso desse filme, a começar pela nostalgia magistralmente bem trabalhada. Na poltrona de cinema a sensação é de uma incrível e alucinante viagem no tempo, com uma maravilhosa volta aos anos 80, tudo muito imersivo e perfeitamente executado. O grande diferencial dessa obra foi a junção de elementos do bom e velho cinema do século passado, com os recursos modernos e tecnologia da atualidade, ou seja, unindo o útil ao agradável. O filme possui muitos detalhes aparentemente simples e banais, mas que ao final da projeção fazem toda a diferença.
Filme feito para agradar a todos os gostos e tipos de público, começando pelos amantes de ação, para se deliciarem com às impressionantes cenas aéreas de muita qualidade, realismo e bom gosto visual. O roteiro, apesar de simples, proporciona uma ótima carga dramática, com o peso emocional da história cuidadosamente bem desenvolvido entre os personagens principais, ainda sobra espaço para um melodrama romântico. Esse é o segredo desse novo Top Gun, simples e sem inovação, mas ainda assim grandioso e muito completo em relação e gêneros cinematográficos.
Tom Cruise ainda no auge nos seus já 60 anos... provando ainda estar em forma e com muita disposição e lenha para queimar. O considero o Cristiano Ronaldo dos cinemas, não está exatamente entre os melhores atores da história, mas o seu empenho e dedicação faz a diferença entre os maiores e melhores serem encurtadas. Achei muito bonito da parte dele não ter esquecido do amigo Val Kilmer, fazendo questão que o mesmo participasse do filme. A história de amizade entre Maverick e Iceman é uma das mais lindas já retratadas no cinema.
"Top Gun: Maverick" entrou na seleta lista do cinema como um dos melhores filmes já realizados da história cinematográfica, no Rotten Tomatoes possuiu aprovação de crítica de 96% e de público 99%. Já no IMDB possui nota de 8,4/10 e atualmente ocupa a posição de n.º 56, figurando com folga na lista de 250 melhores filmes da história segundo o site IMDB.
Este grande filme não é somente um simples exemplar de ação aérea, "Top Gun: Maverick" vai além e entrega muito mais que isso. É um filme sobre conflitos interpessoais, traumas, amizade, coragem, determinação e amor a profissão. Daqui a 30, 40, 50 anos... têm grandes chances de se tornar o maior clássico do século XXI. Uma obra magnífica, eletrizante, emocionante, empolgante, memorável e inesquecível!
Assistido no cinema em 31 de maio de 2022 Revisto em 25 de agosto de 2022 Minha avaliação: 10/10
PQP Netflix! Eu não acredito que vocês conseguiram a façanha de superar a grande porcaria que foi "Resident Evil: Bem-Vindo a Raccoon City" Sim! Parabéns! Vocês conseguiram me surpreender negativamente, superando todas às expectativas negativas que tinha dessa série. Certamente a pior série que já vi na vida, inclusive pior que muitos filmes trash que existem por aí...
Os roteiristas tiveram a "brilhante ideia" de tentarem deixar a trama complexa, com uma narrativa bagunçada, de idas e vindas do roteiro a todo momento entre passado e presente. O resultado é o pior possível, com uma grande quebra de ritmo, deixando a história toda picotada e sem foco. Ficou bem claro que os desenvolvedores da série não sabiam o que queriam mostrar ao espectador. Os roteiristas crendo terem a mesma genialidade dos irmãos Nolan, pretensão de dar pena.
Focaram demais no conflito das irmãs Weskers e esqueceram o principal elemento do universo Resident Evil, os zumbis. Puts... ficou só nesse lenga-lenga de adolescentes rebeldes e mimadas, aquele clichê de uma ficar com inveja e ciúme da outra, briguinhas toscas e insuportáveis de acompanhar.
E tudo fica ainda pior com o passar dos episódios... Muitas conveniências, furos de roteiro, desdobramentos sem sentido e personagens absurdamente idiotas e burros. O roteiro foi escrito por pessoas que têm QI de uma criança de dez anos, é cada acontecimento inacreditável e intragável que faz o teu cérebro bugar! Rolou até mesmo dancinha em momento inoportuno para fazerem propaganda do TikTok.
Todos os personagens principais: Jade, Billie, Wesker, Evelyn e Simon, todos sem exceção, são péssimos! Wesker principalmente... totalmente descaracterizado! Desenvolvedores miraram no Wesker e acertaram no Blade 😂🤣. Personagens inúteis que só serviram para lacrar e irritar muito com suas ações sem lógicas.
Nem mesmo às cenas de ação consegue empolgar, graças a uma direção capenga e fotografia mais escura que caverna de Minecraft, com efeitos visuais de qualidade duvidosa em boa parte das cenas. Salvam-se apenas alguns bons momentos de gore. A produção e direção de arte deixaram a desejar, não souberam criar adequadamente os cenários de Raccoon City, e muito menos às instalações da Umbrella.
Enfim, isso daqui é mais um fracasso gigante com o nome Resident Evil, mirando o público alvo errado. Aliais a palavra erro define bem essa obra, não deveria nem ter saído dos papéis! Deram atenção demais para bobagens e deixaram quase tudo de legal do universo RE de fora da série, tudo varia do ruim ao péssimo. Nem mesmo quem não conhece os jogos deveriam assistir.
Netflix se superando ano após ano na vergonha.
1ª Temporada finalizada em 17 de agosto de 2022 Minha avaliação: 3,0/10
Achei esse filme por acaso e acabou despertando minha atenção. Decidi assistir para sair um pouco da minha bolha de filmes de ação e ficção, e também para dar uma diversificada, explorando e conhecendo melhor o cinema da América-latina, já que nunca havia tido interesse em seus longas-metragens. Talvez isso mude a partir de agora, por esse filme ser sensacional, maravilhoso, indefectível e rigorosamente fudido!
Nunca havia assistido a um filme tão divertido, ágil, dinâmico, sagaz, envolvente, imersivo, e chocantemente cômico sobre o cotidiano igual a essa obra. Muitos filmes sobre esse tema têm aquela pegada de enredos insuportáveis das novelas da Globo, ou dos filmes do Woody Allen, que particularmente acho um pé no saco. Mas aqui em "Relatos Selvagens" tudo difere da mesmice sobre o tema.
Trata-se de um filme que mostra a realidade do cotidiano caótico e moderno, das consequências que às pessoas sofrem com seus erros e quando perdem às estribeiras. Além de mostrar do jeito mais realista possível como funciona os esquemas dos governos para roubarem dinheiro do povo de "forma legal", e de como às pessoas são facilmente corruptíveis.
Todas às seis histórias do filme, sem exceção, foram muito bem dirigidas e roteirizadas, que deixam o espectador com gostinho de quero mais. O filme passa num piscar de olhos, os diálogos são sensacionais, a crítica ao cotidiano e a barbárie do ser humano, quando o ser humano se desprende dos paradigmas da sociedade e se aproxima de um animal irracional. Uma reflexão profundamente comportamental sobre quem somos e o que podemos nos tornar.
Acredito que o filme seja uma forma de protesto contra o governo argentino, que nos últimos anos afundou o país na crise econômica, deixando os hermanos em uma situação delicada, beirando a realidade da Venezuela. Apesar de o filme ser argentino, o enredo também se encaixa perfeitamente com a realidade do Brasil, aliais os brasileiros que trabalham com cinema deveriam dar um pulinho no país vizinho e aprender um pouco como se faz sétima arte de qualidade.
Peca por não ser tão extremo como se vendeu, somente por isso e por muito pouco mesmo não ganhará minha avaliação máxima. Ainda assim, a obra nos presenteia com uma história melhor que a outra, o filme é genial, reflexivo, magnífico, certeiro, essencial e inesquecível. Altamente recomendável para todo tipo de cinéfilo.
Assistido em 8 de agosto de 2022 Minha avaliação: 9,5/10
O que me animou a conferir essa obra foi a escalação de atores asiáticos no filme, já que atualmente o continente asiático vem se destacando e crescendo muito na indústria cinematográfica. A China, por exemplo, já emplacou três filmes entre às 100 maiores bilheterias da história do cinema, algo que alguns anos atrás parecia improvável.
"Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo" é uma inusitada mistura de elementos de "Matrix", "Interestelar", "Lucy", "2001" e "Kung-Fusão". Apesar de pegar a ideia do novo filme do Doutor Estranho, este filme têm uma abordagem completamente diferente, e surpreende pelo ineditismo, inovação, criatividade, montagem e acontecimentos inimagináveis. Com altas doses de esquizofrenia, bizarrices e caos elevadas a enésima potência!
Este filme conseguiu a façanha de criar cenas mais absurdas e surreais do que muitos sonhos que tenho, não consigo contar a ninguém de tão malucos e inexplicáveis que são. Apesar de estar com uma avaliação muito favorável de crítica e público, o filme definitivamente não foi feito para todos, primeiramente têm que assisti-lo de mente aberta e ter uma certa experiência com filmes complexos.
Embora tenha um certo grau de complexidade, o filme não foi feito para se levar a sério, contém muitas cenas impagáveis e o andamento da história é completamente inacreditável! Nível de loucura e originalidade como nunca visto antes, em uma trama focada nos problemas familiares do famoso sonho americano. Com uma bonita mensagem sobre a procura do propósito da vida.
Pessoalmente gostei muito mais da primeira parte do filme, incrível, fantástica, memorável e frenética, quase beirando a excelente. Na segunda parte a obra perde um pouco de fôlego, tentando se sustentar com o mesmo de sempre e acabando ficando um pouco repetitiva. Por isso, a meu ver, não chega a merecer nota máxima. Ainda assim, é um grande filme que quebra a barreira do convencional e traz algo primordial para a renovação do cinema, um filme importante que será discutido por um bom tempo.
Para mim, "Top Gun: Maverick" segue disparadamente como o melhor filme do ano, mas esse não deixa de ser um bom concorrente à altura da disputa. O estúdio A24 vêm fazendo sucesso e cada vez mais se firmando na indústria cinematográfica, os outros concorrentes mais famosos que se cuidem. Principalmente a Warner que investe muito em filmes medíocres, enquanto isso às sequências de Mad Max seguem engavetadas por trocentos anos...
Assistido em 6 de agosto de 2022 Minha avaliação: 8,0/10
Fiquei imaginando agora como seria a união de Lula com o Edir Macedo fazendo juntos palestras Internacionais, ambos são mestres especialistas na manipulação da mente humana e lavagem cerebral.
O mundo iria sofrer com um apocalipse de zumbis domesticados 😂🤣
Acabei de ler a matéria do adolescente que foi estuprado e queimado vivo, e foi muito... mais muuuito pior do que imaginava, um crime bárbaro dos mais pesados da história do Brasil. Cometido por um pastor e dois bispos, que na época faziam parte da Igreja Universal.
A situação é mais agravante ainda porque o crime foi cometido dentro da própria Igreja Universal, de uma sede da Bahia. O motivo do crime é tão absurdo e revoltante que prefiro nem mencionar aqui. O crime aconteceu em 2001 e mesmo assim os bispos nem ao menos foram julgados, o Brasil não cansa de surpreender negativamente.
Depois disso o meu ranço com essa igreja será eterno! Os podridões que envolvem essa instituição são muito piores do que eu poderia imaginar...
Esse é um tipo de filme que nem precisa ser assistido para saber que é ruim. O tal Edir Macedo começou a distribuir ingressos para os seus fiéis da Igreja Universal, e nem assim conseguiu distribuir todos os ingressos de seu filme. Depois disso os ingressos passaram a ser distribuídos nas ruas mesmo.
O público fantasminha que deu números a bilheteria fake desse filme é uma tremenda piada para nosso país, "seguiu no topo das bilheterias mesmo com salas vazias"?! 😂🤣 A pretensão, presunção e ganância desse cara não têm limites!
Passou vergonha no IMDB também, onde em seu início abriu com uma nota muito suspeita, depois a nota caiu drasticamente com o passar do tempo. Foi descoberto que a imensa maioria das notas máximas foi atribuída por robôs. Atualmente o filme está com apenas 2,3/10.
Me atualizando com os eventos do MCU. "Ms. Marvel" era o único projeto desse universo (dos já lançados) que me faltava assistir, fui com expectativas baixíssimas devido aos seus aspectos de ser bem bobinha, inofensiva e totalmente voltada para adolescentes. Acredito que futuramente a Marvel poderia ser mais ousada, mudando sua fórmula para não começar a ficar saturada e enjoativa.
Sinceramente o tão elogiado primeiro episódio não me animou em nada, muito burocrático, arrastado e sem sal, parecia que a minissérie não iria sair do lugar. Só começou a engrenar e a ficar minimamente interessante a partir do início do terceiro episódio. Os dois primeiros episódios têm sérios problemas de ritmo, dinâmica e sendo falho no básico do seu conteúdo que é entreter, além de perder tempo com subtramas familiares desinteressantes.
O quarto episódio também têm um início bem broxante e sem graça, mas melhora bastante em seus instantes finais. Mas aí vêm outro problema grave... A transição do quarto para o quinto episódio é bem ruim, com uma quebra de ritmo sem sentido e irritante. O sexto e último episódio é disparado o melhor da minissérie, com uma fluidez extremamente agradável e divertida, bem animado e com uma dinâmica maravilhosa entre os personagens. Foi o que salvou esta produção de ser um completo fiasco.
"Ms. Marvel" comete o mesmo erro de "Cavaleiro da Lua", que foi de somente se esforçarem e se preocuparem a entregar algo com qualidade no último episódio, deixando os outros a desejar e causando um grande desequilíbrio nas histórias contadas. É uma pena que todas às pessoas envolvidas nos projetos não perceberam isso.
Destaco o grande trabalho de direção de arte da obra, com muita criatividade e um show de cores que realçam a cultura muçulmana. Também dou valor a expansão do MCU que vêm dando espaço para variadas culturas e nacionalidades diferentes, deixando o universo da Marvel bastante diversificado.
Resumo de Ms. Marvel: Dois primeiros episódios que variam entre o péssimo e ruim, terceiro, quarto e quinto episódios de regulares a legais, e o último episódio variando entre o muito bom e ótimo! O único episódio que, a meu ver, atende a todas às expectativas de uma obra da Marvel.
"Ms. Marvel" é mais um dos casos do MCU que vai dividir a opinião dos espectadores, provavelmente às crianças e adolescentes irão adorar, já os adultos com senso crítico nem tanto... Esse 3.1 de média geral, apesar de muito baixa para os padrões da Marvel, está justa e conforme com o que a minissérie oferece.
Minissérie finalizada em 4 de agosto de 2022 Minha avaliação: 6,0/10
"Eternos" carrega o fardo de ser considerado o "pior filme do MCU", segundo o site Rotten Tomatoes com uma porcentagem de aprovação de apenas 47%. Fato que deixou a diretora (ganhadora do Oscar por "Nomadland") Chloé Zhao surpresa e boladona, chegando ao ponto de questionar o seu público se realmente Eternos é o pior filme do MCU. Algo que também discordo completamente.
É claro que o filme não é uma obra-prima da Marvel, e sim! Têm muitos problemas, mas também gostei de muita coisa que vi. Somente o fato do filme ter uma direção madura e enredo sério já faz dele ser um diferencial positivo dentro do MCU, já que às piadinhas da Marvel em alguns casos estão ficando insuportáveis e fora de contexto.
O filme abusa de elementos sci-fi com alguns momentos lembrando os longas "A Chegada (2016)" e "Duna (2021)", apesar disso o roteiro com suas idas e vindas, mostra histórias se passando no tempo medieval, algo inusitado e de grande surpresa vindo do universo MCU. Para os padrões da Marvel o filme tem até uma trama mais sombria, com uma clímax melancólico e diferente de praticamente tudo que o MCU apresentou até agora…
Se a DC já foi muito criticada por tentar copiar a Marvel, bem... aqui acontece o oposto. Em algumas cenas parece que o filme foi dirigido pelo Zack Snyder, principalmente pelo Superman (versão Marvel) e do The Flash (versão feminina). Não condeno o filme por isso, inclusive acredito que funcionou bem em boa parte da obra, particularmente gosto de filmes que saem da sua zona de conforto do seu material de origem.
Chloé Zhao parece ser uma boa diretora, têm muitos pontos interessantes em seu filme, inclusive com surpresas e reviravoltas. Entretanto, faltou química e dinâmica com seu elenco, e provavelmente este deve ser o principal motivo do filme não ter agradado a muitos. "Eternos" é um bom filme, mas deixa muito a desejar nos perfis dos personagens e de seu desenvolvimento, o filme termina e nem lembrava de seus nomes de tão mal desenvolvidos que foram.
Entre acertos e erros, acredito que o filme tinha mais potencial de ser algo muito grandioso e memorável, que infelizmente não foi alcançado.
Assistido em 1 de agosto de 2022 Minha avaliação: 7,5/10
Como um grande apreciador das produções orientais, esse filme da Marvel me deixou muito curioso sobre como eles iriam representar a Ásia dentro do MCU. Apesar da ansiedade não tive a oportunidade de conferir na íntegra essa obra no cinema, acabou ficando no esquecimento por um tempo e resolvi ver só agora…
O filme representa o primeiro herói asiático do MCU, e também é o primeiro longa desse universo a mostrar para o seu público a cultura oriental. Como filme de origem de personagem, deu uma boa apresentação do novo herói que futuramente irá fazer parte da equipe repaginada dos Vingadores, com um resumo breve e objetivo de sua história.
Os destaques do filme vão para às coreografias de luta muito bem-feitas, com um trabalho excelente de dublês que resultou em cenas bem filmadas. Em alguns momentos lembrou os filmes do saudoso Bruce Lee e da icônica comédia "A Hora do Rush". Aliais teria sido muito melhor se o pai do protagonista fosse interpretado pelo carismático Jackie Chan, obviamente o filme teria arrecadado muito mais do que a modesta bilheteria de $432,243,292 milhões. Que nos padrões da Marvel pode ser considerada uma arrecadação baixa.
Assistindo ao filme nem percebi o tempo passar, possui um ótimo ritmo em todos os seus atos e cenas de ação muito bem dirigidas. Além de ter o típico humor pastelão da Marvel mais contido e equilibrado na trama, algo essencial, importante e de grande acerto no filme. Entretanto, o roteiro se perde um pouco, com algumas incongruências e sem desenvolver bem às criaturas da parte final do filme.
A direção do Destin Daniel Cretton é muito boa, com representatividade cultural sem ser forçada, chata e insuportável, além de trazer boas referências de outras produções. Acredito ser um bom nome entre os disponíveis que a Marvel possui para a direção do novo filme dos Vingadores, a certeza de que será ao menos um bom filme de ação.
A primeira cena pós-créditos é muito interessante, levantando dúvidas sobre a complexidade dos Dez Anéis e a sua importância para os principais eventos do MCU.
Assistido em 31 de julho de 2022 Minha avaliação: 8,0/10
A Marvel já está com o sexto filme dos Vingadores engatilhado. Enquanto isso a DC não têm nem ideia do que fazer com "Liga da Justiça: Parte II". DC Comics, cria vergonha na cara pedindo perdão para o Zack Snyder e deixa o homem trabalhar. A surra que a Marvel está te dando é das brabas!
"The Boys" veio com a difícil missão de quebrar a previsibilidade, mesmice e clichês do universo de super-heróis, e surpreendentemente conseguiu isso com duas ótimas temporadas, tendo a coragem e ousadia que a Marvel e DC jamais teriam. Se a série fosse uma franquia de filmes, com certeza estaria brigando de igual para igual com a Marvel nas bilheterias, já que ambos os universos são o oposto um do outro.
Essa terceira temporada mantém o nível de qualidade e entretenimento das antecessoras, com ênfase em bizarrices inacreditáveis e impagáveis. Os idealizadores deixando claro que não há limites para às porras-louquices e mandando o politicamente correto para PQP! "The Boys" veio para ficar e fazer história, se tornando ao meu gosto a melhor série da atualidade.
Particularmente achei os três primeiros episódios um pouco arrastados, além de alguns personagens fazendo hora extra, não tendo mais espaço e praticamente sendo inúteis no roteiro. Somente por isso não ganha nota máxima, mas em compensação entrega excelentes sexto e oitavo episódios, sendo os ápices de toda a série.
O Antony Starr está cada vez mais sensacional no seu personagem com suas expressões faciais, se neste ano ele não for ao menos indicado ao Emmy será uma sacanagem maior do que o episódio seis rsrs. A Kimiko segue badass e extremamente brutal, sendo mais uma vez destaque entre os coadjuvantes. A série havia se reinventado na segunda temporada com a personagem Tempesta, e conseguiu novamente nessa temporada com o Soldier Boy.
Com o Capitão Pátria já sem controle emocional mostrando pela primeira vez o seu lado sombrio para seus fãs, e para a sua surpresa, o público reage o ovacionando pelo ato.
Um soco de realidade sobre a sociedade dos dias atuais.
3ª Temporada finalizada no Prime Video em 28 de julho de 2022 Minha avaliação: 9,0/10
Ultimamente estou passando longe de quase tudo distribuído pela Netflix, pelo simples motivo de que a empresa investe mais em quantidade do que em qualidade. Resolvi abri uma exceção para este filme devido à direção dos irmãos Russo, que em minha opinião colocaram o MCU em outro patamar, e são os responsáveis pelos melhores filmes desse universo estendido.
Fiquei extremamente surpreso pela informação de que este filme é o mais caro da Netflix até o momento... Os caras simplesmente meterem o loco e não querem nem saber se estão em crise, acredito que eles querem emplacar uma franquia ao estilo "007", "Bourne" ou "Missão Impossível" para poderem chamar de sua. Atualmente a Netflix está decepcionando muito, não é atoa que está perdendo muitos assinantes.
O grande acerto desse filme é ter um roteiro bastante focado no que realmente interessa, sem perda de tempo com subtramas desinteressantes, e sem a inserção de um romancezinho insuportável no meio da trama. Peca por ser simplório demais para o nível de produção e investimento, mas não compromete gravemente por completo o resultado da obra.
Como filme de ação moderno ficou bastante funcional, super dinâmico com a história se desenrolando em vários países, com um ritmo frenético e repleto de ação com muitas porras-louquices. Força a barra em alguns momentos, mas não perde o seu valor de entretenimento.
No desenrolar do filme vi que às atuações não são destaque, Ryan Gosling parece interpretar o mesmo personagem em todos os seus filmes, e Chris Evans não conseguiu desempenhar um vilão amedrontador e memorável. A história de origem do protagonista também não foi bem desenvolvida e os coadjuvantes pouco contribuem para a trama do filme.
Desenvolvimento de personagens ❌ Performance dos protagonistas ❌ Combate final sem surpreender ❌
Apesar das falhas o considero um grande filme de ação, um 'Guilty Pleasure' muito bom no geral, e é de longe um dos melhores filmes da Netflix já lançados, apesar dos erros básicos comuns de seu gênero.
Assistido em 25 de julho de 2022 Minha avaliação: 8,0/10
"Rota Suicida" peguei para assistir por acaso, já que o amigo Leandro o recomendou e também para aproveitar o embalo da maratona "Dirty Harry". Pensei que passaria esse devido ao arquivo torrent brasileiro que estava sem seeds, por sorte a única alma caridosa desse filme ficou on-line e acabei baixando a obra sem problemas.
Logo de cara me decepcionei com a dublagem do filme, já que o dublador do Clint em especial nesse filme não é a clássica do Márcio Seixas. Simplesmente sem ele a dublagem ficou muito ruim, nesse caso quem ainda não viu o filme, o recomendo assistir legendado mesmo.
O filme foi lançado no intervalo entre os filmes da franquia "Dirty Harry", e às semelhanças e comparações com a série de filmes é inevitável, já que esse também é um filme de ação policial. Praticamente toda a personalidade do Inspetor Harry Callahan, também está presente no personagem do Clintão nesse filme. Apesar de não ter me surpreendido com o filme, o considero levemente superior aos mais fracos da franquia "Dirty Harry", que no caso são o terceiro e o último filme da série.
Para mim a direção do grande Clint deixou a desejar um pouco, peca nos exageros e nas cenas de tiroteios que acabaram ficando repetitivas, mas não deixa de ser um filme razoavelmente bom. Gostei do roteiro simples, funcional e bem fluído, características marcantes em filmes de ação da época, isso era um grande charme em filmes de ação policial.
Nos momentos finais do filme dá para constatar a grande resistência do ônibus que seguiu firme e forte até o seu destino, é uma espécie de "Nokia Tijolão" dos veículos automotores rsrs.
Assistido em 24 de julho de 2022 Minha avaliação: 6,5/10
O Homem de Lugar Nenhum
4.1 238 Assista AgoraMais uma obra sagaz, visceral e potente do cinema sul-coreano, país que não cansa de me surpreender com suas obras maravilhosas e magníficas. O grande diferencial da Coreia do Sul é elaborar e trabalhar bem filmes que tenham equilibro em todos os quesitos cinematográficos: roteiro, personagens, atuações, edição, entretenimento, etc. Tudo isso aliado a narrativas extremamente maduras, corajosas e sem frescura em relação à violência.
"O Homem de Lugar Nenhum" não é apenas um simples filme de ação, ele explora muito bem o mundo hostil das drogas, tráfico de órgãos, escravidão infantil e guerras de gangues/facções; temas que são muito relevantes para os dias de hoje. A cereja do bolo dessa obra é aliar a boa ação com uma carga dramática pesada e emocionante, com atuações convincentes e muita química entre os protagonistas.
A narrativa nos apresenta com calma todo esse mundo cruel, maldoso e repleto de desordem, com um clima totalmente negativo e triste. O protagonista é um homem solitário, frio, caladão e misterioso, seu único contato é uma garotinha que encanta com sua pureza em meio ao caos que se encontram.
A ação não fica de lado, temos uma sequência frenética de lutas ultraviolentas regadas a banho de sangue e muita agilidade, muito bem coreografadas em um jogo de câmera magistral. A boa e velha vingança fazendo jus a sua fama, sendo extremamente letal e fatal em seu ato final. Destaque para a atriz mirim responsável pelas cenas finais absurdamente emocionantes.
Enfim, o considero um filmaço! Obscuro, brutal e humano ao mesmo tempo, fazendo ótimo uso de planos prolongados que visam expor um sentimento preso na alma do protagonista. O cinema asiático precisa urgentemente ser mais apreciado e conhecido por todo o tipo de cinéfilo. Filme imperdível!
Assistido em 7 de setembro de 2022
Minha avaliação: 9,0/10
Dexter: Sangue Novo
3.7 396Fiquei eufórico demais quando descobri que "Dexter" voltaria pouco mais de oito anos depois da suposta última temporada em 2013. Sou muito fã da série e do personagem do Michael C. Hall, mas não faço parte desses fãs convencionais que odiaram o final da 8ª temporada, gostei bastante daquele desfecho e achei super coerente a atitude do Dexter perante a tudo que ele passou. Porém, os criadores de Dexter resolveram reescrever o final da série, provavelmente por pressão dos fãs, que em sua maioria detestaram o desfecho anterior.
Essa nova e inesperada temporada começou com tudo em um excelente primeiro episódio, tendo um reinício bastante promissor. Após isso, a temporada decaiu um pouco com episódios mornos e sem aquela presença do bom e velho Dexter das temporadas anteriores. Entretanto, o ritmo volta a melhorar a partir do sexto episódio, seguindo bem até a chegada do ótimo e surpreendente nono episódio, com um roteiro cheio de falhas, mas que ainda assim prendia muito a atenção.
Infelizmente tudo foi por água abaixo com o péssimo, horroroso, horrível, sofrível, desprezível, ridículo e patético episódio final, algo completamente sem sentido e descontextualizado. Para quem odiou a 8ª temporada deve passar o mais longe disso e fugir do mesmo como o diabo foge da cruz.
Como mencionado antes, o roteiro dessa temporada é uma vergonha alheia sem proporção de tamanho, mas ainda assim, ao menos estava assistível até o nono episódio. É inadmissível que com o tempo que se passou, não conseguiram entregar um final digno que a série merecia. Contrataram uma penca de roteiristas com QI menor do que de uma criança com menos de dez anos.
MAS PARA QUEM AINDA NÃO VIU "SANGUE NOVO" E QUISER SE ARRISCAR MESMO ASSIM, FAVOR NÃO LEREM OS SPOILERS ABAIXO.
Primeiramente vamos tentar entender como que uma policial que NÃO descobriu o assassino de sua amiga, um serial killer que viveu bem debaixo do seu nariz durante longos vinte e poucos anos. No entanto, simplesmente consegue descobrir a verdadeira identidade de Dexter, e ainda por cima, também descobrir que ele é o famoso AÇOUGUEIRO DE BAY HARBOR com umas simples pesquisas no Google. Sendo que antigamente Dexter viveu rodeado por policiais que não chegaram nem perto de descobrir seu maior segredo...
Uma penca de conveniências de um roteiro lixoso e extremamente preguiçoso.
Outra coisa que não faz o mínimo sentido é o arco de pai e filho. Dexter salva a vida do filho de ser morto pelo serial killer da cidade, conta toda a verdade de seu passado para seu filho, o mesmo aceita de boa e até acha justo e correto o que o pai faz. Na prisão, Dexter toma uma atitude desesperada e irracional ao matar um inocente policial, para tentar fugir com o filho (sendo que jamais havia matado um inocente de propósito). No entanto, o filho muda de repente de ideia e decide matar o PRÓPRIO PAI, devido a um policial que ele mal conhecia.
Para piorar ainda mais a situação, a narrativa tenta justificar a morte do protagonista da série, com a desculpa esfarrapada de que seu filho não poderá ter uma vida normal ao lado do pai. Mas aí eu faço o seguinte questionamento: como que um adolescente viverá uma vida "normal" e sozinho, tendo que carregar o fardo peso de ter matado o próprio pai?!
Após o término desse episódio final, os roteiristas deveriam ser presos por cometerem um grave crime contra a sétima arte, ou melhor, serem mortos, fatiados e embalados em sacos plásticos para serem jogados no mar. Assim como Dexter fazia com suas vítimas nas temporadas antecessoras rsrs. Nunca fiquei com tanto ódio na minha vida devido a uma produção audiovisual, mas sempre tem uma primeira vez para tudo...
Série finalizada em 6 de setembro de 2022
Minha avaliação: ZERO com Z maiúsculo!
Midsommar: O Mal Não Espera a Noite
3.6 2,8K Assista AgoraOptei por assistir à versão estendida desse filme (170 mim ou 2h e 50 min), sinceramente a versão de cinema já é considerada uma longa duração para um conto de terror psicológico. É inegável que Ari Aster foi bem pretensioso, sendo ambicioso até demais com esse seu segundo trabalho, não poupando tempo em tela e não tendo medo de errar. Como o esperado, essa versão do diretor exige muita paciência do espectador, pois a construção da narrativa é bem lenta e demorada, levando mais de uma hora para um evento bombástico!
O ser humano consegue ser bastante influenciável se estiver em uma situação psicologicamente vulnerável, seja por qual o motivo: um trauma, a ausência familiar ou até mesmo a falta de comunicação numa relação amorosa. Ari Aster utiliza-se de todos esses fatores para ilustrar uma trama que envolve inúmeras referências, críticas e paralelos com males que nossa sociedade propaga. Do extremismo religioso, a hipocrisia moral que tomou conta de muitos nos últimos tempos para cá.
Midsommar torna-se uma viagem, que leva a uma reflexão profunda sobre nossos costumes e a falta de expressão e empatia para reprimir sentimentos de ódio, maldade ou pura omissão diante do mal (seja ele sob qualquer forma). Ari Aster se aproveita da forte carga emocional para dar força a uma obra que expressa significados e metáforas praticamente em cada um de seus planos, a riqueza de detalhes é tamanha que é necessária uma atenção redobrada para tentar captar tantas mensagens...
Florence Pugh, é a protagonista e carrega o filme nas costas, me impressionou pela expressividade e a forma como representa as dores e aflições de seu coração e mente. Já o resto do elenco, na minha visão, pouco se destaca e não chegam a ficar acima da média (algo que não aconteceu em "Hereditário"). O longa mesmo é todo da Florence, que realmente foi a única a se destacar durante todo o filme, uma atriz que se continuar assim vai muito longe!
Dessa vez o roteiro do Ari Aster me incomodou em alguns aspectos, primeiramente por sermos obrigados a engolir a passividade dos principais personagens após o evento do penhasco, segundamente por ele ser em boa parte previsível e revelar detalhes da trama em forma de arte. Com isso, o mistério e suspense ficaram bem rasos em boa parte da narrativa.
Tecnicamente o filme é muito bom! A direção de arte e o design de produção acertam na criação do ambiente aberto. Vale destacar a concepção estilizada e assustadora das casas de madeiras em meio a vegetação em volta do lugar, e os figurinos bastante claros, sempre rodeados por flores coloridas, representando um tipo de "pureza". A fotografia é composta por imagens belíssimas, escancarando ainda mais as cores dos ambientes, essa maneira mais clara de expor as situações ajuda o filme a apresentar alguns efeitos de maquiagem bastante realistas e chocantes.
Enfim, "Midsommar" é um longa que divide opiniões, acerta por ser bem impactante e reflexivo, até consegue surpreender com suas cenas finais bem macabras e bizarras, mas peca pelo ritmo irregular e roteiro com algumas inconsistências. Poderia ter sido um pouco mais dinâmico. O considero assistível e bonzinho, não é uma obra-prima como muitos acham, mas também não é desprezível como muitos o julgam.
Assistido em 1 de setembro de 2022
Minha avaliação: 6,5/10
Hereditário
3.8 3,0K Assista Agora"Hereditário" consegue se utilizar do terror psicológico muito bem, mesclando o suspense e drama alinhado a uma ótima técnica e bom roteiro, feito pouco usual para filmes de terror ultimamente (outro que tem tal requisito é "A Bruxa"). Esta obra do novato Ari Aster tem algo a mais, ele consegue se apropriar do termo 'terror' com maior amplitude, pois o mesmo, dá medo e assusta, de uma maneira mais autoral, dispensando os elementos datados, ou convencionais de seu gênero.
Seu terror apresentado não desce o nível, se utilizando da tensão com constantes traumas que vão abalando o telespectador psicologicamente, o amaciando, como um cozinheiro batendo um bife. Apesar da duração um tanto pretensiosa, o ritmo do filme é razoavelmente bom, pois não demora muito para às coisas ficarem estranhas e medonhas. Gradualmente o filme vai deixando o espectador com uma sensação desagradável de sufocamento e desconforto, com uma trama extremamente inteligente, bem desenvolvida e eficaz na sua proposta.
Ari Aster em seu primeiro trabalho já se mostra bem acima da média, com uma técnica usual de clássicos filmes de terror, com câmeras invertidas e planos médios constantes. "Hereditário" é envolvente, inquietante, surpreendente, perturbador e imprevisível (com direito a plot twist dos brabos). Sua técnica causa angústia e exprime exatamente os sentimentos que se espera em um filme de terror: nojo, tensão e medo, com seus enquadramentos grosseiros e sua trilha arrojada.
A fotografia é perfeita, as luzes, sombras e escuridão são muito bem utilizadas, deixando os detalhes soltos, mas que vamos entendendo seu significado em cada ato. Trilha sonora também merece destaque, é impecável, quando presente é certeira e quando ausente, o silêncio é necessário.
A protagonista é maravilhosa e dá um show de atuação, Toni Collette mergulha de cabeça na personagem, os melhores diálogos são dela, isso sem falar nas expressões extraordinárias que a atriz faz com o rosto e o corpo. Um trabalho digno de ser premiado. Milly Shapiro cumpre seu papel com uma personagem instigante e misteriosa, a atriz por si só já é assustadora, combina muito bem com terror. Alex Wolff surpreende, entregando uma excelente atuação, surpreendendo com suas expressões e emoções.
Enfim, o trabalho do Ari Aster surpreende e acerta na inovação, criatividade e imprevisibilidade, algo que está cada vez mais difícil de se ver nos filmes de terror. Sua obra é muito bem bolada, onde cada detalhe importante vai revelando uma nova descoberta sobre o impressionante e perturbador final. Um início de carreira promissor, onde dá para contar nos dedos os cineastas que conseguem tal feito.
Assistido em 31 de agosto de 2022
Minha avaliação: 8,0/10
Samaritano
2.8 223 Assista AgoraCresci assistindo aos filmes do Sylvester Stallone pela TV aberta no saudoso SBT dos anos 2000, principalmente seus filmes de ação dos anos 90. Sou um fãnzaço do tio Syl, o cara é responsável pela imortalização de dois grandes personagens na história do cinema (Rocky e Rambo). Vale destacar também a sua incrível história de vida.
No Oscar de 2016 aconteceu um dos maiores crimes da história da academia, tio Syl perder o Oscar de melhor ator coadjuvante para um ator que ninguém conhece, uma grande falta de bom senso e um tremendo desrespeito por parte dos jurados. Muitos dizem que chegou a ter até roubo nessa escolha, de fato, uma decisão no mínimo muito polêmica, que quebra ainda mais a credibilidade baixíssima do Oscar atualmente.
Esse "Samaritano" é uma das grandes surpresas do ano, nunca imaginei ver o tio Syl envolvido em um projeto de Super-Herói. O destaque do filme vai para o roteiro que consegue surpreender com um plot twist bem interessante, uma boa sacada e um diferencial para o gênero que se caracteriza pela previsibilidade. Os idealizadores souberam criar um arco inteligente para o personagem do velho Stallone, assim às cenas de ação não ficaram inverossímeis.
O cenário urbano pinchado e tomados por gangues de baderneiros faz lembrar muitos filmes clássicos dos anos 80. Uma pena que decidiram desenvolver esse filme com a violência bem-moderada, Sylvester Stallone não combina com filmes estilo Sessão da Tarde, muito menos ator para agradar às massas.
Enfim, "Samaritano" é um bom filme para passatempo, e até consegue prender a atenção dentro do possível. Não possui uma qualidade técnica primorosa, mas também não dava para se esperar muito de um projeto desenvolvido direto para streaming. No mais, foi bom ver o tio Syl ainda com disposição para filmes de ação.
Assistido no Prime Video em 29 de agosto de 2022
Minha avaliação: 7,0/10
O Homem do Norte
3.7 957 Assista AgoraRobert Eggers é um cineasta com um grande potencial e futuro na sua carreira promissora, soube lidar muito bem com a falta de experiência em seus dois primeiros filmes, compensando isso com ideias mirabolantes e inovadoras. Mas aqui infelizmente parece que esse projeto foi dirigido por um diretor amador, pois, justamente onde Eggers precisava ser mais corajoso, ousado e ambicioso, acabou não sendo...
Obviamente o diretor não queria que seu novo filme tivesse uma pegada comercial, deixando às batalhas de lado, apostando mais nos diálogos e desenvolvimento de personagens. Mas isso acabou ficando exagerado, o filme tem pouquíssimas batalhas e às poucas que têm são totalmente no escuro, me pareceu uma tentativa de diminuir a intensidade da violência, para ficar mais acessível às massas. Isso tudo acabou deixando a narrativa completamente desequilibrada.
Eggers provavelmente queria um filme mais épico do que comercial, mas na minha opinião não conseguiu nem um, nem outro... Infelizmente não é um bom atrativo como entretenimento, mas também passa longe de ser épico, com suas batalhas curtas demais, especialmente o confronto final preguiçoso e absurdamente decepcionante. Neste caso, a falta de experiência afetou negativamente esta obra, principalmente na edição e tomadas de decisões do Eggers, que muitas, a meu ver, foram equivocadas.
O roteiro é falho em alguns aspectos, como nas facilitações exageradas para o protagonista conseguir eliminar seus inimigos com mais rapidez, e em vários momentos sem esforço. Estranhei às partes místicas e sobrenaturais do filme, acredito que foram usadas de maneira exagerada, e como mencionado antes, servindo de facilitações para o desenvolvimento da história.
Única coisa que me surpreendeu em "O Homem do Norte" foi o arco da personagem Nicole Kidman, onde a mesma não ficou ao lado do filho como se esperava. Acabou sendo morta pelo próprio filho, já que o protagonista não teve outra escolha... Único momento em que Eggers conseguiu fugir da previsibilidade.
"O Homem do Norte" é o único trabalho do Eggers que não me agradou muito, na minha visão faltou emoção e não me empolgou em praticamente momento algum. Das histórias medievais prefiro a versão estendida de "Tróia", do recentemente falecido e competente Wolfgang Petersen. Um filme muito mais equilibrado entre diálogos e batalhas sanguinolentas.
Enfim, esse "O Homem do Norte" é infelizmente uma obra facilmente esquecível, regular com boa vontade...
Maratona Robert Eggers
Assistido em 28 de agosto de 2022
Minha avaliação: 5,5/10
O Farol
3.8 1,6K Assista Agora"O Farol", segundo filme da carreira do cineasta Robert Eggers, novamente apostando em características do seu primeiro longa "A Bruxa". Só que dessa vez sem os elementos de horror vistos em seu primeiro filme, sendo totalmente focado em um mistério intrincado, com relação à mitologia grega. De fato, não é um filme de terror, e sim um drama psicológico recheado de demências, loucuras e bizarrices impagáveis.
O filme é muito ambicioso e pretensioso, com uma fotografia preto-e-branco e formato 4:3, características que estão praticamente extintas no cinema. Com esses aspectos, Eggers imerge o espectador na sensação de sufocamento que a ambientação do filme causa, o local por si só já é amedrontador, e o jogo de câmera do cineasta é diferenciado. Todo esse clímax desfavorável para os personagens fica ainda pior por ambos serem doidos varridos 😂🤣.
Esta obra exige até demais do espectador, têm uma pegada muito David Lynch imprimida neste filme. "O Farol" não é nada fácil de se decifrar, seu roteiro e narrativa são 100% interpretativos, você é que decide o desfecho da história. Apesar de já ter um pouco de experiência com filmes complexos, fiquei muito perdido com o que vi, parece que absolutamente nada faz sentido, a menos que...
Ephraim Winslow e Thomas Wake sejam a mesma pessoa, isso mesmo! Fiquei remoendo muito essa ideia, e ao ligar os fatos é o que mais faz sentido para mim.
Parece que Eggers é obcecado em querer ser cult, inclusive isso se reflete no ritmo de seu filme, que assim como "A Bruxa", não achei muito bom. Entretanto, funciona bem demais! Graças a dois perfeitos protagonistas, que entregam tudo de si para realizarem atuações genialmente macabras, filme exigiu demais de ambos e corresponderam! Robert Pattinson e Willem Dafoe brindam e abraçam a loucura como ninguém! Com uma química entre personagens irretocáveis.
Enfim, "O Farol" é uma alegoria sobre distúrbios da mente humana, do que ela é capaz, sobre efeitos de solidão e pressões que o sentimento de culpa causa ao indivíduo, desejos proibidos, etc. Uma odisseia impressionante e interessante no subconsciente humano. Um prato cheio para estudantes de psicologia, ou para quem exerce a profissão, têm grandes chances de amarem este filme.
Eggers têm grande capacidade de ser criativo e diferenciado, e vai conquistando seu espaço merecidamente em Hollywood. É um grande queridinho da crítica especializada, e aos poucos também vai conquistando a admiração do público geral. Consegue ao menos prender a atenção do espectador com suas obras, vejo mais qualidades do que defeitos em seus trabalhos.
Maratona Robert Eggers
Assistido em 27 de agosto de 2022
Minha avaliação: 7,0/10
A Bruxa
3.6 3,4K Assista AgoraApós se passar mais de dez anos que não acompanho filmes de terror, decidir voltar a dar uma chance ao gênero, já que o mesmo não me surpreende mais igual quando eu era criança/adolescente. Larguei o terror porque simplesmente o gênero anda cada vez mais saturado, escolhi este filme por ter potencial de apresentar algo inovador e diferente para o gênero. Fica até difícil fazer um comentário bacana sobre este filme, já que estou muito por fora do universo do terror e de suas novidades.
"A Bruxa" é o filme de estreia da carreira do jovem Robert Eggers, o diretor decidiu apostar em características diferentes e desenvolvimento de história que vai à contramão dos filmes de terror convencionais. A obra têm uma pegada bastante cult, com muitos simbolismos, metáforas e mensagens subliminares, é um dos poucos filmes do gênero que exigem o espectador pensar.
Não gostei muito do ritmo, achei um pouco vagaroso. Entretanto, "A Bruxa" cativa por sua beleza estética, suas atuações convincentes, seu clima mórbido e agoniante, sua fotografia inóspita, envelhecida e estonteante, e por uma tensão crescente. Souberam criar uma atmosfera inquietante e misteriosa, tornando o espectador tão impotente quanto os personagens sobre o que pode acontecer em uma floresta escura, abandonada e afastada.
Abordando o tema do sobrenatural, Robert Eggers constrói um bom terror psicológico e caótico. Um filme extremamente cru e realista, onde a religião ganha vida pela personificação do mau que se reflete em nossas escolhas e quem realmente somos. De modo geral não acho um filme grandioso e extraordinário na visão da crítica especializada, mas de fato, "A Bruxa" é uma obra importante para um gênero defasado, que ultimamente vêm apresentando mais do mesmo.
Obs.: Se eu fosse irmão da Anya Taylor-Joy, também cometeria o pecado do incesto 😂🤣
Maratona Robert Eggers
Assistido no Prime Video em 26 de agosto de 2022
Minha avaliação: 7,0/10
Top Gun: Maverick
4.1 1,1K Assista AgoraApesar de estar com uma penca de filmes pendentes para assistir, tive que deixá-los de lado e rever "Top Gun: Maverick". Precisava tirar a dúvida do que vi no cinema, se simplesmente não me deixei levar pela emoção do hype, e a resposta é absolutamente não! Mantenho minha avaliação máxima e digo mais... subiu muito no meu conceito, se tornando um dos principais filmes que mais gosto de rever. Essa obra é tão extraordinária e fantástica, tanto em uma telona de cinema, quanto em uma simples televisão de quarenta polegadas, ou até mesmo em um monitor de computador.
Um grande fenômeno nas bilheterias mundiais e principalmente na doméstica, superando os números locais de "Titanic" e também três dos quatro filmes dos "Vingadores", ou seja, batendo de frente com o filme mais popular da história e das maiores febres do século XXI. Sem falar nas concorrências diretas com o novo filme do "Doutor Estranho" e do novo "Jurassic World", mas mesmo assim, "Top Gun: Maverick" surpreendeu o mundo, quebrando a hegemonia da Marvel nos cinemas e se firmando até então... como a maior bilheteria global de seu ano.
Não é tão difícil explicar o sucesso estrondoso desse filme, a começar pela nostalgia magistralmente bem trabalhada. Na poltrona de cinema a sensação é de uma incrível e alucinante viagem no tempo, com uma maravilhosa volta aos anos 80, tudo muito imersivo e perfeitamente executado. O grande diferencial dessa obra foi a junção de elementos do bom e velho cinema do século passado, com os recursos modernos e tecnologia da atualidade, ou seja, unindo o útil ao agradável. O filme possui muitos detalhes aparentemente simples e banais, mas que ao final da projeção fazem toda a diferença.
Filme feito para agradar a todos os gostos e tipos de público, começando pelos amantes de ação, para se deliciarem com às impressionantes cenas aéreas de muita qualidade, realismo e bom gosto visual. O roteiro, apesar de simples, proporciona uma ótima carga dramática, com o peso emocional da história cuidadosamente bem desenvolvido entre os personagens principais, ainda sobra espaço para um melodrama romântico. Esse é o segredo desse novo Top Gun, simples e sem inovação, mas ainda assim grandioso e muito completo em relação e gêneros cinematográficos.
Tom Cruise ainda no auge nos seus já 60 anos... provando ainda estar em forma e com muita disposição e lenha para queimar. O considero o Cristiano Ronaldo dos cinemas, não está exatamente entre os melhores atores da história, mas o seu empenho e dedicação faz a diferença entre os maiores e melhores serem encurtadas. Achei muito bonito da parte dele não ter esquecido do amigo Val Kilmer, fazendo questão que o mesmo participasse do filme. A história de amizade entre Maverick e Iceman é uma das mais lindas já retratadas no cinema.
"Top Gun: Maverick" entrou na seleta lista do cinema como um dos melhores filmes já realizados da história cinematográfica, no Rotten Tomatoes possuiu aprovação de crítica de 96% e de público 99%. Já no IMDB possui nota de 8,4/10 e atualmente ocupa a posição de n.º 56, figurando com folga na lista de 250 melhores filmes da história segundo o site IMDB.
Este grande filme não é somente um simples exemplar de ação aérea, "Top Gun: Maverick" vai além e entrega muito mais que isso. É um filme sobre conflitos interpessoais, traumas, amizade, coragem, determinação e amor a profissão. Daqui a 30, 40, 50 anos... têm grandes chances de se tornar o maior clássico do século XXI. Uma obra magnífica, eletrizante, emocionante, empolgante, memorável e inesquecível!
Assistido no cinema em 31 de maio de 2022
Revisto em 25 de agosto de 2022
Minha avaliação: 10/10
365 Dias: Finais
1.3 86 Assista AgoraJá pode ganhar o prêmio de pior trilogia da história cinematográfica? Ou ainda têm que esperar mais?
21 de agosto de 2022
Resident Evil: A Série (1ª Temporada)
2.0 217 Assista AgoraPQP Netflix! Eu não acredito que vocês conseguiram a façanha de superar a grande porcaria que foi "Resident Evil: Bem-Vindo a Raccoon City" Sim! Parabéns! Vocês conseguiram me surpreender negativamente, superando todas às expectativas negativas que tinha dessa série. Certamente a pior série que já vi na vida, inclusive pior que muitos filmes trash que existem por aí...
Os roteiristas tiveram a "brilhante ideia" de tentarem deixar a trama complexa, com uma narrativa bagunçada, de idas e vindas do roteiro a todo momento entre passado e presente. O resultado é o pior possível, com uma grande quebra de ritmo, deixando a história toda picotada e sem foco. Ficou bem claro que os desenvolvedores da série não sabiam o que queriam mostrar ao espectador. Os roteiristas crendo terem a mesma genialidade dos irmãos Nolan, pretensão de dar pena.
Focaram demais no conflito das irmãs Weskers e esqueceram o principal elemento do universo Resident Evil, os zumbis. Puts... ficou só nesse lenga-lenga de adolescentes rebeldes e mimadas, aquele clichê de uma ficar com inveja e ciúme da outra, briguinhas toscas e insuportáveis de acompanhar.
E tudo fica ainda pior com o passar dos episódios... Muitas conveniências, furos de roteiro, desdobramentos sem sentido e personagens absurdamente idiotas e burros. O roteiro foi escrito por pessoas que têm QI de uma criança de dez anos, é cada acontecimento inacreditável e intragável que faz o teu cérebro bugar! Rolou até mesmo dancinha em momento inoportuno para fazerem propaganda do TikTok.
Todos os personagens principais: Jade, Billie, Wesker, Evelyn e Simon, todos sem exceção, são péssimos! Wesker principalmente... totalmente descaracterizado! Desenvolvedores miraram no Wesker e acertaram no Blade 😂🤣. Personagens inúteis que só serviram para lacrar e irritar muito com suas ações sem lógicas.
Nem mesmo às cenas de ação consegue empolgar, graças a uma direção capenga e fotografia mais escura que caverna de Minecraft, com efeitos visuais de qualidade duvidosa em boa parte das cenas. Salvam-se apenas alguns bons momentos de gore. A produção e direção de arte deixaram a desejar, não souberam criar adequadamente os cenários de Raccoon City, e muito menos às instalações da Umbrella.
Enfim, isso daqui é mais um fracasso gigante com o nome Resident Evil, mirando o público alvo errado. Aliais a palavra erro define bem essa obra, não deveria nem ter saído dos papéis! Deram atenção demais para bobagens e deixaram quase tudo de legal do universo RE de fora da série, tudo varia do ruim ao péssimo. Nem mesmo quem não conhece os jogos deveriam assistir.
Netflix se superando ano após ano na vergonha.
1ª Temporada finalizada em 17 de agosto de 2022
Minha avaliação: 3,0/10
Relatos Selvagens
4.4 2,9K Assista AgoraAchei esse filme por acaso e acabou despertando minha atenção. Decidi assistir para sair um pouco da minha bolha de filmes de ação e ficção, e também para dar uma diversificada, explorando e conhecendo melhor o cinema da América-latina, já que nunca havia tido interesse em seus longas-metragens. Talvez isso mude a partir de agora, por esse filme ser sensacional, maravilhoso, indefectível e rigorosamente fudido!
Nunca havia assistido a um filme tão divertido, ágil, dinâmico, sagaz, envolvente, imersivo, e chocantemente cômico sobre o cotidiano igual a essa obra. Muitos filmes sobre esse tema têm aquela pegada de enredos insuportáveis das novelas da Globo, ou dos filmes do Woody Allen, que particularmente acho um pé no saco. Mas aqui em "Relatos Selvagens" tudo difere da mesmice sobre o tema.
Trata-se de um filme que mostra a realidade do cotidiano caótico e moderno, das consequências que às pessoas sofrem com seus erros e quando perdem às estribeiras. Além de mostrar do jeito mais realista possível como funciona os esquemas dos governos para roubarem dinheiro do povo de "forma legal", e de como às pessoas são facilmente corruptíveis.
Todas às seis histórias do filme, sem exceção, foram muito bem dirigidas e roteirizadas, que deixam o espectador com gostinho de quero mais. O filme passa num piscar de olhos, os diálogos são sensacionais, a crítica ao cotidiano e a barbárie do ser humano, quando o ser humano se desprende dos paradigmas da sociedade e se aproxima de um animal irracional. Uma reflexão profundamente comportamental sobre quem somos e o que podemos nos tornar.
Acredito que o filme seja uma forma de protesto contra o governo argentino, que nos últimos anos afundou o país na crise econômica, deixando os hermanos em uma situação delicada, beirando a realidade da Venezuela. Apesar de o filme ser argentino, o enredo também se encaixa perfeitamente com a realidade do Brasil, aliais os brasileiros que trabalham com cinema deveriam dar um pulinho no país vizinho e aprender um pouco como se faz sétima arte de qualidade.
Peca por não ser tão extremo como se vendeu, somente por isso e por muito pouco mesmo não ganhará minha avaliação máxima. Ainda assim, a obra nos presenteia com uma história melhor que a outra, o filme é genial, reflexivo, magnífico, certeiro, essencial e inesquecível. Altamente recomendável para todo tipo de cinéfilo.
Assistido em 8 de agosto de 2022
Minha avaliação: 9,5/10
Tudo em Todo O Lugar ao Mesmo Tempo
4.0 2,1K Assista AgoraO que me animou a conferir essa obra foi a escalação de atores asiáticos no filme, já que atualmente o continente asiático vem se destacando e crescendo muito na indústria cinematográfica. A China, por exemplo, já emplacou três filmes entre às 100 maiores bilheterias da história do cinema, algo que alguns anos atrás parecia improvável.
"Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo" é uma inusitada mistura de elementos de "Matrix", "Interestelar", "Lucy", "2001" e "Kung-Fusão". Apesar de pegar a ideia do novo filme do Doutor Estranho, este filme têm uma abordagem completamente diferente, e surpreende pelo ineditismo, inovação, criatividade, montagem e acontecimentos inimagináveis. Com altas doses de esquizofrenia, bizarrices e caos elevadas a enésima potência!
Este filme conseguiu a façanha de criar cenas mais absurdas e surreais do que muitos sonhos que tenho, não consigo contar a ninguém de tão malucos e inexplicáveis que são. Apesar de estar com uma avaliação muito favorável de crítica e público, o filme definitivamente não foi feito para todos, primeiramente têm que assisti-lo de mente aberta e ter uma certa experiência com filmes complexos.
Embora tenha um certo grau de complexidade, o filme não foi feito para se levar a sério, contém muitas cenas impagáveis e o andamento da história é completamente inacreditável! Nível de loucura e originalidade como nunca visto antes, em uma trama focada nos problemas familiares do famoso sonho americano. Com uma bonita mensagem sobre a procura do propósito da vida.
Pessoalmente gostei muito mais da primeira parte do filme, incrível, fantástica, memorável e frenética, quase beirando a excelente. Na segunda parte a obra perde um pouco de fôlego, tentando se sustentar com o mesmo de sempre e acabando ficando um pouco repetitiva. Por isso, a meu ver, não chega a merecer nota máxima. Ainda assim, é um grande filme que quebra a barreira do convencional e traz algo primordial para a renovação do cinema, um filme importante que será discutido por um bom tempo.
Para mim, "Top Gun: Maverick" segue disparadamente como o melhor filme do ano, mas esse não deixa de ser um bom concorrente à altura da disputa. O estúdio A24 vêm fazendo sucesso e cada vez mais se firmando na indústria cinematográfica, os outros concorrentes mais famosos que se cuidem. Principalmente a Warner que investe muito em filmes medíocres, enquanto isso às sequências de Mad Max seguem engavetadas por trocentos anos...
Assistido em 6 de agosto de 2022
Minha avaliação: 8,0/10
Submundo – A Conspiração da Lava Jato Contra Lula
1.6 1Acredito que qualquer produção audiovisual que defende bandido deve ser considerada piada e dispensável.
6 de agosto de 2022
Lula - O Presidente
1.8 4Fiquei imaginando agora como seria a união de Lula com o Edir Macedo fazendo juntos palestras Internacionais, ambos são mestres especialistas na manipulação da mente humana e lavagem cerebral.
O mundo iria sofrer com um apocalipse de zumbis domesticados 😂🤣
6 de agosto de 2022
Nada a Perder 2: Não Se Pode Esconder a Verdade
1.7 64Acabei de ler a matéria do adolescente que foi estuprado e queimado vivo, e foi muito... mais muuuito pior do que imaginava, um crime bárbaro dos mais pesados da história do Brasil. Cometido por um pastor e dois bispos, que na época faziam parte da Igreja Universal.
A situação é mais agravante ainda porque o crime foi cometido dentro da própria Igreja Universal, de uma sede da Bahia. O motivo do crime é tão absurdo e revoltante que prefiro nem mencionar aqui. O crime aconteceu em 2001 e mesmo assim os bispos nem ao menos foram julgados, o Brasil não cansa de surpreender negativamente.
Depois disso o meu ranço com essa igreja será eterno! Os podridões que envolvem essa instituição são muito piores do que eu poderia imaginar...
5 de agosto de 2022
Nada A Perder - Contra Tudo. Por Todos
2.1 206Esse é um tipo de filme que nem precisa ser assistido para saber que é ruim. O tal Edir Macedo começou a distribuir ingressos para os seus fiéis da Igreja Universal, e nem assim conseguiu distribuir todos os ingressos de seu filme. Depois disso os ingressos passaram a ser distribuídos nas ruas mesmo.
O público fantasminha que deu números a bilheteria fake desse filme é uma tremenda piada para nosso país, "seguiu no topo das bilheterias mesmo com salas vazias"?! 😂🤣
A pretensão, presunção e ganância desse cara não têm limites!
Passou vergonha no IMDB também, onde em seu início abriu com uma nota muito suspeita, depois a nota caiu drasticamente com o passar do tempo. Foi descoberto que a imensa maioria das notas máximas foi atribuída por robôs. Atualmente o filme está com apenas 2,3/10.
5 de agosto de 2022
Ms. Marvel
3.1 233 Assista AgoraMe atualizando com os eventos do MCU. "Ms. Marvel" era o único projeto desse universo (dos já lançados) que me faltava assistir, fui com expectativas baixíssimas devido aos seus aspectos de ser bem bobinha, inofensiva e totalmente voltada para adolescentes. Acredito que futuramente a Marvel poderia ser mais ousada, mudando sua fórmula para não começar a ficar saturada e enjoativa.
Sinceramente o tão elogiado primeiro episódio não me animou em nada, muito burocrático, arrastado e sem sal, parecia que a minissérie não iria sair do lugar. Só começou a engrenar e a ficar minimamente interessante a partir do início do terceiro episódio. Os dois primeiros episódios têm sérios problemas de ritmo, dinâmica e sendo falho no básico do seu conteúdo que é entreter, além de perder tempo com subtramas familiares desinteressantes.
O quarto episódio também têm um início bem broxante e sem graça, mas melhora bastante em seus instantes finais. Mas aí vêm outro problema grave... A transição do quarto para o quinto episódio é bem ruim, com uma quebra de ritmo sem sentido e irritante. O sexto e último episódio é disparado o melhor da minissérie, com uma fluidez extremamente agradável e divertida, bem animado e com uma dinâmica maravilhosa entre os personagens. Foi o que salvou esta produção de ser um completo fiasco.
"Ms. Marvel" comete o mesmo erro de "Cavaleiro da Lua", que foi de somente se esforçarem e se preocuparem a entregar algo com qualidade no último episódio, deixando os outros a desejar e causando um grande desequilíbrio nas histórias contadas. É uma pena que todas às pessoas envolvidas nos projetos não perceberam isso.
Destaco o grande trabalho de direção de arte da obra, com muita criatividade e um show de cores que realçam a cultura muçulmana. Também dou valor a expansão do MCU que vêm dando espaço para variadas culturas e nacionalidades diferentes, deixando o universo da Marvel bastante diversificado.
Resumo de Ms. Marvel: Dois primeiros episódios que variam entre o péssimo e ruim, terceiro, quarto e quinto episódios de regulares a legais, e o último episódio variando entre o muito bom e ótimo! O único episódio que, a meu ver, atende a todas às expectativas de uma obra da Marvel.
"Ms. Marvel" é mais um dos casos do MCU que vai dividir a opinião dos espectadores, provavelmente às crianças e adolescentes irão adorar, já os adultos com senso crítico nem tanto... Esse 3.1 de média geral, apesar de muito baixa para os padrões da Marvel, está justa e conforme com o que a minissérie oferece.
Minissérie finalizada em 4 de agosto de 2022
Minha avaliação: 6,0/10
Eternos
3.4 1,1K Assista Agora"Eternos" carrega o fardo de ser considerado o "pior filme do MCU", segundo o site Rotten Tomatoes com uma porcentagem de aprovação de apenas 47%. Fato que deixou a diretora (ganhadora do Oscar por "Nomadland") Chloé Zhao surpresa e boladona, chegando ao ponto de questionar o seu público se realmente Eternos é o pior filme do MCU. Algo que também discordo completamente.
É claro que o filme não é uma obra-prima da Marvel, e sim! Têm muitos problemas, mas também gostei de muita coisa que vi. Somente o fato do filme ter uma direção madura e enredo sério já faz dele ser um diferencial positivo dentro do MCU, já que às piadinhas da Marvel em alguns casos estão ficando insuportáveis e fora de contexto.
O filme abusa de elementos sci-fi com alguns momentos lembrando os longas "A Chegada (2016)" e "Duna (2021)", apesar disso o roteiro com suas idas e vindas, mostra histórias se passando no tempo medieval, algo inusitado e de grande surpresa vindo do universo MCU. Para os padrões da Marvel o filme tem até uma trama mais sombria, com uma clímax melancólico e diferente de praticamente tudo que o MCU apresentou até agora…
Se a DC já foi muito criticada por tentar copiar a Marvel, bem... aqui acontece o oposto. Em algumas cenas parece que o filme foi dirigido pelo Zack Snyder, principalmente pelo Superman (versão Marvel) e do The Flash (versão feminina). Não condeno o filme por isso, inclusive acredito que funcionou bem em boa parte da obra, particularmente gosto de filmes que saem da sua zona de conforto do seu material de origem.
Chloé Zhao parece ser uma boa diretora, têm muitos pontos interessantes em seu filme, inclusive com surpresas e reviravoltas. Entretanto, faltou química e dinâmica com seu elenco, e provavelmente este deve ser o principal motivo do filme não ter agradado a muitos. "Eternos" é um bom filme, mas deixa muito a desejar nos perfis dos personagens e de seu desenvolvimento, o filme termina e nem lembrava de seus nomes de tão mal desenvolvidos que foram.
Entre acertos e erros, acredito que o filme tinha mais potencial de ser algo muito grandioso e memorável, que infelizmente não foi alcançado.
Assistido em 1 de agosto de 2022
Minha avaliação: 7,5/10
Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis
3.8 893 Assista AgoraComo um grande apreciador das produções orientais, esse filme da Marvel me deixou muito curioso sobre como eles iriam representar a Ásia dentro do MCU. Apesar da ansiedade não tive a oportunidade de conferir na íntegra essa obra no cinema, acabou ficando no esquecimento por um tempo e resolvi ver só agora…
O filme representa o primeiro herói asiático do MCU, e também é o primeiro longa desse universo a mostrar para o seu público a cultura oriental. Como filme de origem de personagem, deu uma boa apresentação do novo herói que futuramente irá fazer parte da equipe repaginada dos Vingadores, com um resumo breve e objetivo de sua história.
Os destaques do filme vão para às coreografias de luta muito bem-feitas, com um trabalho excelente de dublês que resultou em cenas bem filmadas. Em alguns momentos lembrou os filmes do saudoso Bruce Lee e da icônica comédia "A Hora do Rush". Aliais teria sido muito melhor se o pai do protagonista fosse interpretado pelo carismático Jackie Chan, obviamente o filme teria arrecadado muito mais do que a modesta bilheteria de $432,243,292 milhões. Que nos padrões da Marvel pode ser considerada uma arrecadação baixa.
Assistindo ao filme nem percebi o tempo passar, possui um ótimo ritmo em todos os seus atos e cenas de ação muito bem dirigidas. Além de ter o típico humor pastelão da Marvel mais contido e equilibrado na trama, algo essencial, importante e de grande acerto no filme. Entretanto, o roteiro se perde um pouco, com algumas incongruências e sem desenvolver bem às criaturas da parte final do filme.
A direção do Destin Daniel Cretton é muito boa, com representatividade cultural sem ser forçada, chata e insuportável, além de trazer boas referências de outras produções. Acredito ser um bom nome entre os disponíveis que a Marvel possui para a direção do novo filme dos Vingadores, a certeza de que será ao menos um bom filme de ação.
A primeira cena pós-créditos é muito interessante, levantando dúvidas sobre a complexidade dos Dez Anéis e a sua importância para os principais eventos do MCU.
Assistido em 31 de julho de 2022
Minha avaliação: 8,0/10
Vingadores: Guerras Secretas
3.9 1A Marvel já está com o sexto filme dos Vingadores engatilhado. Enquanto isso a DC não têm nem ideia do que fazer com "Liga da Justiça: Parte II".
DC Comics, cria vergonha na cara pedindo perdão para o Zack Snyder e deixa o homem trabalhar.
A surra que a Marvel está te dando é das brabas!
30 de julho de 2022.
The Boys (3ª Temporada)
4.2 561 Assista Agora"The Boys" veio com a difícil missão de quebrar a previsibilidade, mesmice e clichês do universo de super-heróis, e surpreendentemente conseguiu isso com duas ótimas temporadas, tendo a coragem e ousadia que a Marvel e DC jamais teriam. Se a série fosse uma franquia de filmes, com certeza estaria brigando de igual para igual com a Marvel nas bilheterias, já que ambos os universos são o oposto um do outro.
Essa terceira temporada mantém o nível de qualidade e entretenimento das antecessoras, com ênfase em bizarrices inacreditáveis e impagáveis. Os idealizadores deixando claro que não há limites para às porras-louquices e mandando o politicamente correto para PQP! "The Boys" veio para ficar e fazer história, se tornando ao meu gosto a melhor série da atualidade.
Particularmente achei os três primeiros episódios um pouco arrastados, além de alguns personagens fazendo hora extra, não tendo mais espaço e praticamente sendo inúteis no roteiro. Somente por isso não ganha nota máxima, mas em compensação entrega excelentes sexto e oitavo episódios, sendo os ápices de toda a série.
O Antony Starr está cada vez mais sensacional no seu personagem com suas expressões faciais, se neste ano ele não for ao menos indicado ao Emmy será uma sacanagem maior do que o episódio seis rsrs. A Kimiko segue badass e extremamente brutal, sendo mais uma vez destaque entre os coadjuvantes. A série havia se reinventado na segunda temporada com a personagem Tempesta, e conseguiu novamente nessa temporada com o Soldier Boy.
Cena final absurdamente impactante.
Com o Capitão Pátria já sem controle emocional mostrando pela primeira vez o seu lado sombrio para seus fãs, e para a sua surpresa, o público reage o ovacionando pelo ato.
Um soco de realidade sobre a sociedade dos dias atuais.
3ª Temporada finalizada no Prime Video em 28 de julho de 2022
Minha avaliação: 9,0/10
Agente Oculto
3.2 384 Assista AgoraUltimamente estou passando longe de quase tudo distribuído pela Netflix, pelo simples motivo de que a empresa investe mais em quantidade do que em qualidade. Resolvi abri uma exceção para este filme devido à direção dos irmãos Russo, que em minha opinião colocaram o MCU em outro patamar, e são os responsáveis pelos melhores filmes desse universo estendido.
Fiquei extremamente surpreso pela informação de que este filme é o mais caro da Netflix até o momento... Os caras simplesmente meterem o loco e não querem nem saber se estão em crise, acredito que eles querem emplacar uma franquia ao estilo "007", "Bourne" ou "Missão Impossível" para poderem chamar de sua. Atualmente a Netflix está decepcionando muito, não é atoa que está perdendo muitos assinantes.
O grande acerto desse filme é ter um roteiro bastante focado no que realmente interessa, sem perda de tempo com subtramas desinteressantes, e sem a inserção de um romancezinho insuportável no meio da trama. Peca por ser simplório demais para o nível de produção e investimento, mas não compromete gravemente por completo o resultado da obra.
Como filme de ação moderno ficou bastante funcional, super dinâmico com a história se desenrolando em vários países, com um ritmo frenético e repleto de ação com muitas porras-louquices. Força a barra em alguns momentos, mas não perde o seu valor de entretenimento.
No desenrolar do filme vi que às atuações não são destaque, Ryan Gosling parece interpretar o mesmo personagem em todos os seus filmes, e Chris Evans não conseguiu desempenhar um vilão amedrontador e memorável. A história de origem do protagonista também não foi bem desenvolvida e os coadjuvantes pouco contribuem para a trama do filme.
Pontos positivos:
Produção/Cenários ✅
Cenas de ação ✅
Roteiro fluído ✅
Diversão ✅
Pontos negativos:
Desenvolvimento de personagens ❌
Performance dos protagonistas ❌
Combate final sem surpreender ❌
Apesar das falhas o considero um grande filme de ação, um 'Guilty Pleasure' muito bom no geral, e é de longe um dos melhores filmes da Netflix já lançados, apesar dos erros básicos comuns de seu gênero.
Assistido em 25 de julho de 2022
Minha avaliação: 8,0/10
Rota Suicida
3.3 49 Assista Agora"Rota Suicida" peguei para assistir por acaso, já que o amigo Leandro o recomendou e também para aproveitar o embalo da maratona "Dirty Harry". Pensei que passaria esse devido ao arquivo torrent brasileiro que estava sem seeds, por sorte a única alma caridosa desse filme ficou on-line e acabei baixando a obra sem problemas.
Logo de cara me decepcionei com a dublagem do filme, já que o dublador do Clint em especial nesse filme não é a clássica do Márcio Seixas. Simplesmente sem ele a dublagem ficou muito ruim, nesse caso quem ainda não viu o filme, o recomendo assistir legendado mesmo.
O filme foi lançado no intervalo entre os filmes da franquia "Dirty Harry", e às semelhanças e comparações com a série de filmes é inevitável, já que esse também é um filme de ação policial. Praticamente toda a personalidade do Inspetor Harry Callahan, também está presente no personagem do Clintão nesse filme. Apesar de não ter me surpreendido com o filme, o considero levemente superior aos mais fracos da franquia "Dirty Harry", que no caso são o terceiro e o último filme da série.
Para mim a direção do grande Clint deixou a desejar um pouco, peca nos exageros e nas cenas de tiroteios que acabaram ficando repetitivas, mas não deixa de ser um filme razoavelmente bom. Gostei do roteiro simples, funcional e bem fluído, características marcantes em filmes de ação da época, isso era um grande charme em filmes de ação policial.
Nos momentos finais do filme dá para constatar a grande resistência do ônibus que seguiu firme e forte até o seu destino, é uma espécie de "Nokia Tijolão" dos veículos automotores rsrs.
Assistido em 24 de julho de 2022
Minha avaliação: 6,5/10