Boa Marvel, antes tarde do que nunca né. Finalmente! Após ter decepcionado os fãs com tantas porcarias e produções medianas da fase 4, a Marvel volta a acertar a mão em um filme, já estava na hora! "Guardiões da Galáxia Vol. 3", consegue ser quase tudo que se espera do universo estendido do estúdio, com qualidade técnica acima da média, humor na medida certa e personagens em sintonia.
Que diferença absurda faz um diretor competente no comando de um filme da Marvel. Acredito que esse seria o caminho certo para a Marvel voltar aos tempos de auge, mas primeiro precisam mudar essa política de quase sempre contratar diretores de 5ª categoria para seus filmes. No entanto, a situação é complicada, pois os irmãos Russo não devem mais retornarem para a Marvel, e James Gunn agora é da DC.
Existe uma linha tênue entre a alegria e a tristeza neste filme. Apesar de focar em divertir às pessoas com a comédia habitual de seus personagens, o roteiro do filme é bem dramático, com foco no passado de Rocket Raccoon. Gostei bastante das alfinetadas que o enredo deu aos laboratórios que fazem experiências científicas e testes em animais, para mim, não passa de crueldade. Deveriam usar detentos que cometeram crimes graves (assassinato, estupro, etc.) como cobaias, na minha visão, seria mais justo e ético. Mas é claro que os direitos humanos não permitiriam isso…
A carga dramática e o peso emocional da história foram o grande fator surpresa para esse fechamento de trilogia, sendo um dos filmes de super-heróis mais emocionantes da história! Ao contrário da maioria do público, não sou um grande admirador do filme antecessor, mas essa terceira parte é inquestionável; com boas cenas de ação, ótimos efeitos visuais, narrativa ágil e dinâmica, além de envolver e prender a atenção do telespectador com facilidade.
Há alguns deslizes e alguns pontos que poderiam ter sido melhores. O personagem Adam Warlock poderia ter sido melhor aproveitado, acho que teve muito pouco tempo em tela, foi quase um figurante. É um novo personagem com potencial para o futuro do MCU, seria interessante a Marvel apostar nele para mais filmes.
Por fim, a Marvel conseguiu salvar seu ano com pelo menos um filme, e minimizar um pouco a insatisfação dos fãs com suas obras atuais. "Guardiões da Galáxia Vol. 3" é um filme diferenciado, que consegue entreter e emocionar na mesma proporção, feito que não se vê na maioria dos filmes pipocas de Hollywood. James Gunn ditou o ritmo de um encerramento de ciclo digno e satisfatório para os Guardiões da Galáxia, além também de ser um dos melhores filmes do MCU pós "Ultimato".
Assistido em 3 de outubro de 2023 Minha avaliação: 8,0/10
Em 2022, a Marvel na minha opinião teve o seu pior ano disparado, onde na minha visão: "Cavaleiro da Lua"; "Thor: Amor e Trovão" e principalmente "Mulher-Hulk: Defensora de Heróis", foram os responsáveis pelo ano ruim do estúdio. Com somente "Doutor Estranho no Multiverso da Loucura" se destacando positivamente e sendo uma obra acima da média do que o MCU costuma a oferecer atualmente, muito disso, devido a ótima direção de Sam Raimi.
Comparado com a saga do infinito, a fase 4 da Marvel ficou bem abaixo das expectativas de fãs e telespectadores casuais do MCU. "Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania", deu início a fase 5 do universo compartilhado, com a esperança dessa nova fase trazer melhorias para a saga do multiverso, mas passou longe disso acontecer. O filme é mais do mesmo, sem originalidade, preguiçoso e ainda apresenta pioras do que já estava ruim. Nem mesmo a presença de "Kang, o Conquistador", foi o suficiente para dar rumos melhores a história do filme.
Este filme é uma mistura tosca de "Star Wars" com "Pequenos Espiões", sendo que para mim, a franquia do Robert Rodriguez é uma das piores da história do cinema, obviamente que essa ideia aplicada no filme não prestaria. O filme é estranho; gosmento; nojento e muito bizarro, mas no pior sentido das palavras citadas, com sua meia hora inicial de projeção chata de se acompanhar e totalmente inútil! Somente a dinâmica da relação entre Janet (Michelle Pfeiffer) e Kang (Jonathan Majors), traz uma certa eficácia a obra. O resto é digno de ser amassado, rasgado e jogado na lata do lixo!
Que péssima ideia de transformarem a filha do protagonista em uma super-heroína, e pior ainda foi ver a Vespa praticamente de figurante, para perder o papel de principal coadjuvante para a filha insuportável do Scott Lang. A Marvel abraça suas cagadas com gosto! Ainda por cima, acabaram com o visual da Hope Van Dyne, com um cabelo curto horroroso! Com isso, acabaram destruindo a feminidade da personagem, que estava muito melhor nos filmes antecessores.
Os efeitos visuais da Marvel pós "Vingadores: Ultimato", vêm deixando a desejar na maioria de seus filmes, mas aqui eles conseguiram se superar negativamente. O visual do M.O.D.O.K. foi a coisa mais vexatória, ridícula e malfeita de toda a história da Marvel! Meus olhos sangravam e não acreditavam no que estavam vendo... Às outras partes desse quesito não é comprometedor, mas com esse desleixo do personagem citado acima, fica imperdoável a falta de comprometimento da produção em entregar algo minimamente aceitável.
Jonathan Majors se esforçou e fez o que pode para entregar um personagem bacana, mas o roteiro do filme não o ajudou muito. Vilão principal da saga do multiverso; acabou ficando mal desenvolvido e, apesar de ser muito poderoso, não causa a mesma sensação de perigo de Thanos visto em "Vingadores: Guerra Infinita". Fiquei com a impressão que o personagem foi extremamente nerfado para este filme, e isso não é bom para o futuro do personagem…
Talvez seja o filme do MCU mais decepcionante até agora… Não é ousado, boa parte da ação é pura galhofa, principalmente no ato final e claro, com a fórmula de comédia extremamente desgastada que praticamente ninguém gosta mais! (a piada dos buracos é constrangedora!). Está na hora da Marvel dá uma reformulada urgentemente em seu Universo, caso contrário, pode nem conseguir concluir a saga do multiverso. "Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania", conclui a pior trilogia de super-herói do MCU.
Assistido em 30 de setembro de 2023 Minha avaliação: 4,5/10
"Pantera Negra" foi o filme de origem de personagem do MCU a ser o mais bem-sucedido na bilheteria global, ultrapassando facilmente a barreira do bilhão. Os números de arrecadação são impressionantes, levando em conta que o personagem "Pantera Negra" não é um dos mais populares da Marvel, mesmo assim lotou às salas de cinema no mundo todo! Principalmente na bilheteria doméstica, se consagrando como uma das maiores da história dos EUA. Acredito que seu sucesso se deve a representatividade inteligente, sem ser forçada e principalmente sem vitimismo, além do elenco competente e talentoso!
Durante às gravações de "Pantera Negra" (2018), o ator Chadwick Boseman já estava doente, mas na época praticamente ninguém da mídia sabia disso, infelizmente o ator faleceu em 2020, decorrente de um câncer de cólon. Com isso, a Marvel ficou com um baita problemão para resolver: como fazer uma sequência do filme "Pantera Negra" sem o protagonista T'Challa? Bem... Os roteiros atuais da Marvel não costumam ser o grande destaque de seus filmes, imagina então quando eles precisam reinventar todo um planejamento já definido... Obviamente que a continuação do filme passaria longe de superar o original.
Temos um filme que fala sobre luto e superação, mas principalmente sobre a continuidade da vida. Sobre como os desafios de viver e de existir atropelam ou se impõem, algumas vezes, sobre as nossas dores e sofrimentos. Com um roteiro mais dramático que o padrão da Marvel, o filme pelo menos consegue ser mais "sério" que outras produções recentes do MCU, mas ainda assim, aparece aqueles momentos que a velha fórmula da Marvel dá às caras, ela é inevitável!
Não gostei muito da escolha da nova Pantera Negra, acho que a atriz Letitia Wright ainda não tem culhões para ser a protagonista de um filme dessa magnitude, além disso, é uma mudança muito brusca para a personagem Shuri e também, uma escolha muito óbvia da Marvel. Eventualmente a atriz pode melhorar sua performance em um possível terceiro filme, mas por enquanto não vingou.
O filme apresentou mais uma nova personagem: Coração de Ferro. Na minha visão também não convenceu, uma personagem extremamente sem carisma, com uma apresentação e desenvolvimento pífio. Não faria falta e diferença alguma se não tivesse participado do filme, para piorar ainda mais a situação, a usaram de alívio cômico erroneamente. Provavelmente por isso que sua série solo foi adiada ou cancelada (não sei), mas é certo que essa nova personagem está com o futuro incerto no MCU.
Não chega a ser de todo ruim, tem alguns pontos positivos que salvam o filme de ser um completo fiasco. A representatividade dessa sequência continua boa, e acredito que é um exemplo a ser seguido por Hollywood, com inclusão de personagens criados do zero e, não com mudanças de etnias forçadas e sem sentido, como no caso do filme: "A Pequena Sereia" (2023).
Sobre os efeitos visuais, dessa vez, a Marvel conseguiu entregar algo minimamente satisfatório, principalmente com às cenas da invasão de Wakanda. O Novo vilão Namor me agradou bastante, não conheço sua origem em relação a HQ, mas no filme mostrou ser um vilão que dá bastante trabalho, conseguindo fazer grandes estragos com facilidade. Entretanto, o desfecho do filme foi um pouco decepcionante, ficou fantasioso demais a maneira de como foi resolvido os conflitos da trama.
Enfim, "Pantera Negra: Wakanda Para Sempre" entrega um blockbuster na média das produções populares e de grande orçamento, mas há claras partes recheadas de embromações em sua narrativa, tornando-o um filme irregular. Tudo isso não tira os méritos da boa produção do filme, mesmo assim, é uma obra que passa longe dos anos de auge do MCU (2012-2019). No mais, destaco a homenagem bacana deixada a Chadwick Boseman.
Assistido em 24 de setembro de 2023 Minha avaliação: 6,5/10
Star Wars do Gareth Edwards, na minha opinião, foi o melhor filme de toda a saga, mesmo com personagens totalmente novos! O diretor conseguiu uma proeza em tanto com "Rogue One". Se neste filme ele seguir o padrão de qualidade de seu filme antecessor, pode emplacar facilmente um dos melhores filmes do ano, e também um dos melhores de seu gênero.
"The Flash" é o último lançamento da DC a fazer parte do Snyderverso, conjunto de filmes que contam com a participação do diretor Zack Snyder na produção. Os filmes são: "Mulher-Maravilha" (2017); "O Homem de Aço" (2013); "Batman vs Superman: A Origem da Justiça" (2016) e "Liga da Justiça de Zack Snyder" (2021). Com exceção do próprio filme do Flash, os outros dá para considerar tranquilamente como os melhores do DCEU (Universo Estendido da DC). Zack Snyder para mim é um ótimo diretor, irá fazer muita falta nos filmes futuros da DC.
Pegando carona na ideia da Marvel, a DC resolveu apostar na nostalgia, aplicando o conceito do multiverso em seu novo filme, só que de uma forma mais desorganizada e bagunçada. Sem sombra de dúvida, a melhor parte do filme são às cenas do Batman do Michael Keaton, acho bacana a volta de um personagem querido e clássico da antiga geração, após muito tempo, dar às caras novamente. Ainda assim, creio que faltou aquele algo a mais para sustentar a ideia central do filme.
A DC Comics parece que perdeu sua identidade e originalidade, deixando a parte sombria e características de suas principais obras de lado, para copiar a fórmula Marvel na cara dura! Usar o Ezra Miller de alívio cômico definitivamente não funcionou comigo, pois o ator nem é comediante. Com isso, o filme acabou ficando forçado com tantas cenas de comédia sem graça e completamente fora do tom, tirando todo o peso dos momentos mais dramáticos.
Outro problema bem evidente do filme é o CGI desleixado, principalmente na parte em que o Flash salva os bebês, numa sequência de cenas bem esquisitas, que entrega a fragilidade da parte técnica do filme, dando a impressão que faltou orçamento para a finalização dos efeitos visuais. Embora isso não esteja presente em todo o filme, esse problema do CGI ruim é bem preocupante, pois atualmente isso está ficando cada vez mais recorrente. Estamos numa era de 'Downgrade' de efeitos visuais, pois boa parte dos filmes atuais perdem feio para muitos filmes dos anos 2000 e, até mesmo para alguns dos anos 90, como, por exemplo: "Terminator 2".
O Ezra Miller até que atuou bem, não deve ser nada fácil atuar consigo mesmo em meio a tanta tela verde, uma pena que o ator na vida real seja bitolado das ideias e tenha tantos problemas pessoais e mentais. Talvez ele seja o principal motivo de "The Flash" ter fracassado nas bilheterias, afinal o ator tá envolvido em diversas polêmicas e mesmo assim passaram pano como se nada tivesse acontecido. "The Flash", o principal lançamento da DC do ano, é simplesmente o maior fracasso de bilheteria entre todos os filmes de super-heróis da história! Ligando o alerta para o futuro do subgênero.
Apesar dos inúmeros problemas, "The Flash" consegue cumprir com o básico de seu gênero que é entreter e ser um bom passatempo. Os efeitos visuais em alguns momentos até são aceitáveis e boa parte da ação até chega a empolgar, além de contar com boas aparições surpresas e uma homenagem bacana a história da DC Comics. No mais, "The Flash" é um bom filme pipoca e de sessão da tarde, porém com muitas ressalvas.
Difícil fazer uma análise com mais propriedade quando não se conhece absolutamente nada sobre o protagonista, também não sei nada sobre os outros personagens da Sociedade da Justiça. Provavelmente todos esses personagens fazem parte do terceiro escalão da DC, já que só agora ganharam a atenção do estúdio. Em meio a tantos filmes sobre o "Batman" já lançados, acho uma boa a DC diversificar um pouco e investir em personagens pouco conhecidos no mundo cinematográfico.
The Rock (Dwayne Johnson) foi a escolha perfeita para o papel de "Adão Negro", o ator caiu como uma luva no personagem, e combina muito bem com às principais características do Adão Negro de ser imbatível, indestrutível e destemido. The Rock não é um primor no quesito atuação, mas compensa a falta de talento natural com grande carisma e presença em tela como poucos.
Como filme de origem do Adão Negro, até gostei da apresentação e introdução do personagem, porém, achei a Sociedade da Justiça mal explorada e desenvolvida, obviamente não daria tempo de fazer algo mais abrangente em menos de duas horas. Para mim, o melhor personagem da liga foi o "Sr. Destino", e o que menos gostei foi o "Esmaga-Átomo".
O diretor Jaume Collet-Serra tentou imitar o Zack Snyder no estilo de direção, com o uso de slow motion, mas acho o Zack Snyder imbatível nesse tipo de recurso. Mas gostaria de ter visto uma direção com mais personalidade e estilo próprio, embora creio que sem o Zack Snyder a DC jamais irá voltar a ser o que era antes no início do universo estendido, já que considero os seus filmes os melhores do DCEU.
É verdade que este filme não tem nada de mais, é só mais um filme qualquer desse universo de super-heróis e vilões, que ganhou muita força e popularidade na década passada. No entanto, "Adão Negro" é um anti-herói com cara mais raiz e clássica que o normal, aquele típico personagem brucutu e de poucas palavras, que mais age do que fala. Apesar de o filme ter problemas e defeitos, ao menos não faz parte desses moldes atuais que infestam o cinema contemporâneo.
É uma pena que a DC se perdeu e virou uma bagunça generalizada, com demissões sem sentido e trocas de lideranças a todo instante. Com isso, a cena pós-créditos do longa ficou sem peso e totalmente flopada, algo que era para ser no mínimo empolgante se tornou algo broxante. Tudo graças a uma falta de planejamento e falta de consideração com os fãs.
"Adão Negro" é um bom filme pipoca, com muita ação, CGI ok e um bom passatempo de qualidade. Uma pena que faltou orçamento para dar mais profundidade a outros personagens, especialmente os membros da Sociedade da Justiça. Outros pontos também poderiam ter sido melhores, como o confronto final entre Adão Negro e Sabaac, que achei muito curto, apesar de a finalização ter sido épica!
Infelizmente o ator The Rock (Dwayne Johnson) foi demitido da DC logo no seu primeiro filme do estúdio, provavelmente isto ocorreu devido ao flop nas bilheterias e brigas internas. Acredito que foi mais uma decisão estúpida da DC, já que não consigo imaginar outro ator na pele de Adão Negro…
Eis um exemplo de filme que beira a perfeição, fazendo parte da minha seleta lista de filmes que não me canso de assistir. Descobri recentemente que o filme possui uma versão estendida titulada "Versão Skynet", com isso, arrumei uma boa desculpa para rever esse grandiosíssimo clássico, e claro que valeu muito a pena ver essa versão. Esse segundo filme da franquia "O Exterminador do Futuro" é simplesmente o masterpiece do cinema moderno e o pioneiro (paizão) do cinema blockbuster, sendo o principal responsável pela ascensão do subgênero nas bilheterias mundiais.
Méritos totais para James Cameron, que consegue melhorar o que já era ótimo e ser especialista em superar filmes originais, foi assim com "Alien: O Oitavo Passageiro"; superado por "Aliens: O Resgate", e aqui ele conseguiu de novo essa façanha com "O Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final". Com isso, Cameron provou ser um diretor muito acima da média e definitivamente escreveu seu nome na história do cinema (mesmo com poucos filmes na época).
Na minha opinião, considero os anos 90 como a melhor década da história do cinema, e este filme é um dos principais motivos disso, apesar de muitos outros filmes também se destacarem como os melhores dessa década. No entanto, esse em especial consegue a proeza de ser nota dez em todos os quesitos cinematográficos (direção, roteiro, atuações, partes técnicas, etc.). Alguns se destacam mais pela beleza visual e efeitos, outros pelo entretenimento e outros pelo roteiro e atuações, mas "Terminator 2" simplesmente se destaca em tudo! Não há nenhum ponto fraco neste filme, ou algo que poderia ter sido melhor, simplesmente é um dos filmes mais perfeitos da história do cinema.
Ação na medida certa, efeitos visuais impressionantes, história envolvente e cativante, roteiro inteligente e relevante, personagens marcantes, elenco em sintonia, atuações convincentes e vilão extremamente foda; temível; perigosíssimo e letal. O filme é um conjunto de elementos de ação/ficção científica, que além de proporcionar diversão de alto nível, trabalha com um tema super relevante para a atualidade; os avanços tecnológicos e o mundo cada vez mais digital e dependente da tecnologia.
Um bom exemplo de representatividade feminina é da Sarah Connor (Linda Hamilton), aqui a personagem tá mais determinada, destemível e badass. Isso que é personagem que representa uma mulher de verdade, não essas porcarias cheias de militâncias insuportáveis da atualidade. Arnold Schwarzenegger também está muito bem nessa versão do T-800 como protetor, particularmente gosto mais dele assim.
O grande diferencial desse filme é transformar cenas aparentemente simples em algo marcante, inesquecível e grandioso! Como, por exemplo: A cena do bar de sinuca (impagável), e a perseguição do caminhão com a moto Harley (excelente sequência de ação). A Versão Skynet dá uma aprimorada no contexto da história, além de um final alternativo de desfecho definitivo para a franquia. Realçando ainda mais que às sequências do século XXI são meros caça-níqueis, apesar de serem bons entretenimentos também.
"O Exterminador do Futuro" foi o primeiro grande sucesso da excepcional carreira de James Cameron, conseguindo resultados satisfatórios de um grande filme de respeito, com direção e produção eficientes, além do visual impressionante apesar da escassez de recursos. Filme que deu início a uma das franquias mais famosas da história do cinema, totalizando até agora seis filmes! Entretanto, apenas os dois primeiros foram obras marcantes e acima da média. Apesar do original ser um ótimo filme, sua sequência é melhor ainda! Onde Cameron é especialista em realizar filmes superiores aos originais.
É interessante analisarmos como este filme conseguiu ser revolucionário, mesmo com tão pouco. Os efeitos práticos de maquiagem no ciborgue é de um capricho sem igual, principalmente quando o personagem do Arnold Schwarzenegger está se consertando de danos sofridos por acidente. O ator está excelente no papel, com ótima performance nos seus movimentos corporais, realmente dando a impressão de ser um robô. Apesar das pouquíssimas palavras, Schwarzenegger conseguiu imortalizar seu personagem para sempre na história do cinema, sendo um ícone da cultura pop e um dos mais queridos e lembrados de sua época.
A personagem de Sarah Connor é uma simples garçonete e vive uma vida cotidiana comum, de repente começa a ser caçada por um ciborgue semi-imortal sem nem fazer ideia da motivação disso tudo. Uma personagem muito bem desenvolvida e peça-chave fundamental para o desenrolar da história. Kyle Reese é o protetor enviado pela resistência, acho-o um personagem interessante, daqueles bem clássicos de honra e lealdade. Uma pena que não foi bem explorado nas suas cenas no futuro.
Filme bom é aquele com foco e objetivo, sem se desviar do contexto da história, além do roteiro bem estruturado e de conteúdo relevante para seu gênero. O modo da história ser contada é extremamente cativante, fazendo o telespectador se ligar nos mínimos detalhes. Como um ótimo entretenimento, não poderia faltar às cenas clássicas do gênero, com perseguições, tiroteios e uma cidade urbana de pano de fundo, além do maravilhoso clima e ambientação anos 80.
Quando procuro a palavra clássico no dicionário, me dou de cara com este filme, não é para menos que é um dos principais precursores do gênero sci-fi, e um dos mais importantes e significativos filmes de sua década. Com orçamento de apenas US$ 6,4 milhões, Cameron driblou todas às dificuldades de trabalhar com poucos recursos, realizando um filmaço que deixa a maioria dos blockbusters atuais de 200 milhões no chinelo!
"O Teorema Zero" é basicamente uma versão moderna de "Brazil" (1985), do mesmo diretor, às referências e semelhanças a este filme são muitas, principalmente no cenário distópico e totalitário em que os protagonistas vivem. Por tanto, quem já assistiu "Brazil" nem precisa perder tempo com este filme, muda uma coisa aqui e ali, mas a proposta de ambos são a mesma.
O filme é uma distopia de um mundo perturbador, onde pessoas são bombardeadas de publicidade, trabalhos que causam estresse alto e surtos psicóticos, problemas sérios de saúde; além da privacidade e tempo de lazer serem praticamente inexistentes. A obra é carregada de críticas sociais e recheada de filosofias e metáforas, sendo boa parte do filme interpretativo e abordando questões como: solidão, vazio existencial, sentido da vida, etc.
Com um início bem entediante de se acompanhar, acaba sendo um filme que exige muita boa vontade do telespectador em assisti-lo, porém, paciência não é muito meu forte e, somente terminei de assisti-lo depois de dois dias. Isso foi até uma surpresa para mim, pois raramente faço isso, ainda mais com um filme de menos de duas horas, mas pareceu que durou o dobro do tempo. Infelizmente esta obra do Terry Gilliam tem um ritmo muito ruim, além de diversos diálogos enfadonhos. Não é por menos que muitos falam ser um dos piores trabalhos de Terry Gilliam, e concordo com a opinião da galera.
Christoph Waltz é um baita ator premiado, aqui deu vida a um personagem bem fora dos padrões que estamos acostumados em ver, foi um dos poucos pontos positivos do filme. O universo criado é bastante interessante e muito vasto em detalhes, há um trabalho primoroso de direção de arte, sendo a melhor coisa do filme, com uma palheta de cores vivas, bastante interessante visualmente. Em muitos momentos até poluído demais imageticamente, mas de forma proposital para demonstrar toda essa desordem futurista.
A direção de Terry Gilliam é boa novamente, em um filme bastante autoral e de originalidade, mas infelizmente é bastante limitado. "O Teorema Zero" sofre do mesmo mal de "Não! Não Olhe!" 2022, de Jordan Peele. Onde ambos os filmes não conseguem contar uma história atrativa para o telespectador, com envolvimento de narrativa praticamente nulos. Como filmes reflexivos podem até funcionar, mas como entretenimento são um completo fracasso!
Maratona Terry Gilliam Assistido em 24 de julho de 2023 Minha avaliação: 4,0/10
"Os 12 Macacos" era um dos principais filmes que eu queria ver quanto antes, mas por inúmeros motivos sempre acabava adiando… A presença de Bruce Willis de ator principal e, de Brad Pitt como coadjuvante, foi mais que um bom motivo para eu ficar animado com o filme, já que são dois dos atores que mais gosto, além de ser o único filme em que ambos atuam juntos.
Este filme é mais um entre tantos outros longas-metragens sobre viagem no tempo, uma das abordagens mais clássicas entre filmes de ficção científica. A obra conta com uma narrativa bem amarrada, se revelando muito mais atrativa do que muitas outras produções do gênero, que querem chamar mais a atenção pelas engenhocas futuristas e efeitos especiais do que propriamente pela história. Eis um bom exemplo da junção entre a criatividade da ficção e o universo da ciência em prol de um bom filme.
Já vimos muito sobre ficção científica no decorrer dos anos, onde cada vez mais se prezou pelo rigor técnico. Contudo, dessa vez, toda a ideia de viagem no tempo e caos apocalíptico foram unidos a uma crítica bem formada, e um roteiro de tirar o fôlego, onde mesmo se prezando pela estética, a importância do filme consiste em criticar a psiquiatria, ou mesmo a definição de verdade e realidade.
Contestador e revolucionário! A maneira que a história fictícia é manipulada para retumbar na realidade é sensacional! Possuindo um rigor técnico extremamente notável. A atmosfera do filme é cautelosamente climatizada, indo de cortes bruscos a diálogos que soam inacabados para passar a mesma sensação de confusão de seus personagens.
Terry Gilliam é um diretor diferente, neste caso, trabalha com closes claustrofóbicos e ângulos imprevisíveis, com os movimentos dinâmicos sendo mais certeiros e claro, servindo de suporte as outras loucuras do diretor. Ele também é infalível ao climatizar o filme, com os cortes bruscos e os diálogos que sempre soam inacabados. E mais tarde, quando já está chegando ao fim, ele coloca detalhes que impressionam, tirando todo o clima bagunçado, filmando toques e olhares em movimentos de câmera lenta.
O filme peca por não dar muita ênfase ao ano de 2035, senti falta de uma exploração melhor sobre o presente da história, por conta disso, dá a impressão de ser uma obra incompleta. Entretanto, seu final é satisfatório, coerente e sem pontas soltas; que apesar de muitas ressalvas e de sua complexidade, não faz o telespectador ficar com cara de besta ao término de sua projeção. "Os 12 Macacos" não faz parte dos seletos filmes que considero os melhores de seu gênero, mas atende os requisitos mínimos de um bom filme sci-fi.
Este filme acabou ganhando uma adaptação em forma de série. Intitulado "12 Monkeys", com estreia em 2015 (vinte anos após o lançamento do filme) e finalizada em 2018; possuindo quatro temporadas. Quem sabe a série não seja mais abrangente que o filme do Terry Gilliam? Não custa nada conferir…
Maratona Terry Gilliam Assistido em 14 de julho de 2023 Minha avaliação: 7,0/10
Vez ou outra busco expandir o que consumo sobre cinema, dessa vez, chegou a hora de conhecer alguns trabalhos do diretor Terry Gilliam. A primeira impressão que tive é que ele é um cineasta bastante criativo, além de prever muitos malefícios dos tempos modernos, que futuramente aconteceriam mesmo, ou piorariam muito ao decorrer das décadas. Trata-se de um filme visionário sobre o caos da vida cotidiana corrida e avassaladora.
O filme como era de se esperar, é recheado de críticas políticas e sociais, mostrando diversas situações de dificuldades em lidar com um estado dominado pelo autoritarismo e burocracia. A obra mostra acontecimentos que podem levar a pessoa a ter síndrome de burnout, como a correria para chegar ao local de trabalho em ponto; cargas horárias abusivas; condições de trabalho precárias; dependência da tecnologia; violação de privacidade, etc.
Nada melhor do que 'papel' para representar a burocracia, é tanto papel neste filme que chega a causar desconforto e tontura rsrs. O filme é muito bom no sentido de mostrar como o sistema funciona, por outro lado, deixa a desejar na sua parte fantasiosa, já que os sonhos e viajadas do protagonista não acrescenta praticamente nada a história. Se intencional ou não, o filme acabou sendo 'burocrático', o que é no mínimo contraditório rsrs.
"Brazil: O Filme", possui muitos pontos a se exaltar, principalmente na direção de Terry Gilliam, um diretor que provou não se perder, além de saber o que está fazendo. No entanto, seu filme careceu de uma história mais contundente e interessante, é aquele típico filme que você se distrai facilmente e faz outra coisa durante sua projeção. O filme sofre do mal de muitos longas atuais, que é ficar só nas críticas e ponto final, sendo insuficiente ao contar uma história envolvente e fraco como entretenimento.
O filme se chama "Brazil" devido à música brasileira "Aquarela do Brasil", que ganhou uma versão em inglês e faz parte da trilha sonora do filme. Apesar da coincidência, o nome do filme não tem nada a ver com a situação política do Brasil dos anos 80. Entretanto, o filme retrata muito como é o Brasil atualmente, um país retrógrado e com pouquíssima liberdade econômica.
Maratona Terry Gilliam Assistido em 30 de junho de 2023 Minha avaliação: 6,0/10
Robert Zemeckis é um cineasta que se destacou e fez muito sucesso nos anos 80 e 90. Seu primeiro filme de grande destaque foi "De Volta para o Futuro", de 1985, uma obra muito querida pelo público e também um grande sucesso de bilheteria, que mais tarde se tornaria uma trilogia. Após a conclusão de sua trilogia, Zemeckis dirigiu o filme "Forrest Gump", em 1994, onde ganhou o prêmio de melhor diretor, além de ganhar também o de melhor filme e roteiro. Basicamente com isso, ele zerou sua vida cinéfila, com no mínimo dois de seus filmes podendo ser considerados uns dos melhores da história do cinema.
"Contato" talvez não faça parte desses filmes mais badalados e lembrados do diretor, entretanto, acredito que o filme mereça tanto reconhecimento quanto os outros citados acima. Robert Zemeckis teve sabedoria para não se perder com estrelismo, e novamente entregou mais um grande filme! "Contato" pode parecer arrastado e sem dinâmica em seu início, mas a partir do momento que a protagonista faz sua grande descoberta, você sem perceber já está completamente imersivo na história.
Zemeckis é um grande especialista em conduzir narrativas de forma agradável e correta, seu filme é muito completo! Conseguindo ser convincente no drama; na ficção; no suspense; no romance e até mesmo no debate de fé vs. ciência, onde os assuntos são abordados de forma imparcial, sem atacar e ofender nenhum dos lados. Filme bem atuado, onde Jodie Foster e Matthew McConaugh estão bem à vontade e, em sintonia nos seus respectivos papéis.
Após este filme, sugiram tantos outros sobre o tema vida inteligente fora da terra, como: "A Chegada" (2016) e "Ad Astra: Rumo às Estrelas" (2019). No entanto, nenhum dos dois conseguiu chegar perto desse aqui, principalmente na sua parte filosófica, e mais ainda nos diálogos antológicos entre os personagens principais. Eis um exemplo de filme sobre o tema que não precisa de batalhas intergalácticas para prender a atenção do telespectador. Boa parte do filme ter dado certo foi graças a direção do Zemeckis, que conseguiu fazer algo fora do óbvio e sem ser banal.
Enfim, "Contato" é mais um belíssimo trabalho do competente diretor Robert Zemeckis, com peso emocional de história bastante envolvente, aliado a ótimos efeitos visuais e excelentes imagens espaciais, principalmente levando em conta a época da produção. Os anos 90 foi uma década tão forte para o cinema, que até mesmo os filmes menos conhecidos e os inferiores às principais obras daquele tempo, mesmo assim, conseguem ser muito acima da média em comparação aos filmes da década atual…
Assistido em 24 de junho de 2023 Minha avaliação: 8,5/10
Talvez tenha sido o filme de mais difícil avaliação e o que mais tive dificuldade de escrever uma crítica. Pois é um daqueles seletos filmes muito fora da caixinha, e um dos mais loucos da história do cinema. Seu roteiro não é exatamente ruim e mal escrito, no entanto, para meu gosto pessoal, ficou muito aquém do que eu esperava. Pois ele meio que te força a aceitar, ou querer compreender algo impossível de acontecer.
"O Predestinado" é um filme até em certo ponto interessante, conseguindo fisgar o telespectador com facilidade em seu início. Possui praticamente todos os elementos e características necessárias de um bom sci-fi, em uma obra carregada de mistérios e descobertas impressionantes. Entretanto, pecou demais pelos excessos e exageros em seus desdobramentos, em uma história que literalmente anda em círculos. Infelizmente não o achei essa Coca-Cola toda que muitas pessoas o julgam.
O protagonista é ela; ele; mãe; pai; filha; agente e terrorista. Ela se relaciona com sua própria versão masculina, acaba engravidando e gera uma filha que é ele mesmo, depois ele se sequestra e mais tarde descobre que o terrorista é ele mesmo, e o mata. Fim. Posso tranquilamente aceitar que pai e mãe são a mesma pessoa, devido à viagem no tempo, mas agora dar à luz a si mesmo?! Hahaha! Isso é impossível! E nem essa desculpa furada de ovo e galinha vai me convencer do contrário.
Estava realmente gostando do filme até o desfecho da cena do bar. Mas acabei me sentindo um tremendo 'bocó' vendo a revelação principal desse filme, para mim soou extremamente forçado e, demasiadamente pretensioso e presunçoso. Uma obra que não têm limites com o bom senso, que passa por cima dos conceitos da biologia e física. O filme dos irmãos Spiering deixa aquela sensação desagradável de sua história não chegar a lugar algum.
E eu inocente achava que os dedos de salsicha e plugues anais do filme "Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo", seria uma das coisas mais bizarras que veria na vida, estava redondamente enganado! Até gosto de algumas coisas bizarras para assistir, pois no ramo da ficção isso é até "normal", mas neste caso não comprei a ideia do filme, mesmo ele sendo bem curioso de se acompanhar. Além disso, entrega um final bem anticlimático. Enfim, não gostei!
Um detalhe importante a se destacar aqui, é que o apelido do terrorista do filme era 'tolo'. Uma indireta perfeita para os telespectadores, pois é exatamente assim que me senti ao término desta obra. É um filme que não indicaria a ninguém, a não ser para às pessoas com a mente aberta, o que definitivamente não é o meu caso rsrs.
Assistido em 17 de junho de 2023 Minha avaliação: 4,5/10
"Gattaca" é um filme muito à frente de seu tempo, funciona perfeitamente como um espelho do mundo atual, sendo impressionante de se ver que muitas coisas retratadas nesse filme realmente estão acontecendo. Numa era de politicamente correto, se você não for perfeito, você não presta e não serve para nada! Vivemos em um mundo autoritário e extremamente ganancioso! Onde às pessoas no trabalho não podem ficar doentes, que o patrão já pensa em demissão e, em casos mais absurdos pegam no seu pé até quando você precisa ir ao banheiro.
Filme de estreia de Andrew Niccol como diretor e roteirista. Para começar bem, ele teve uma ideia de roteiro interessante e autoral, retratando um tipo de preconceito bem diferente do que estamos acostumados em ver no cinema convencional. Soube também escolher a dedo atores de bons nomes e, graças a isso o filme se sustenta bem! Com bons personagens e atuações exemplares. É um filme muito bom e acima da média, mesmo com algumas falhas no andamento da história.
Trata-se de um filme que aborda um mundo distópico, onde às pessoas que são concebidas de maneira natural serão consideradas inválidas pelo governo e grandes corporações. Com isso, acabam sendo discriminados pelo sistema, passando longe de terem às mesmas oportunidades das pessoas que foram concebidas artificialmente em laboratórios. O filme apresenta uma versão distorcida de realidade, onde os feitos de engenharia mudaram a sociedade atual, tentando explorar às considerações éticas.
Embora tenhamos a sensação de que este futuro mundo distópico ainda não começou a transportar "pessoas imperfeitas" para as câmaras de gás, você se pergunta se isso não será só uma questão de tempo? Além da sensação de que toda essa filosofia de mania "eugênica" deixou o mundo profundamente perdido e infeliz. "Gattaca" é um conto de fadas agridoce, que se concentra no esforço da humanidade pela perfeição em meio à crueldade esmagadora dos preconceitos da sociedade. Um filme ricamente temático e instigante.
Apesar de ter fracassado nas bilheterias em sua época, “Gattaca” com o passar dos anos foi ganhando o reconhecimento que merece. Uma das ficções científicas mais realistas e impactantes já feitas para o cinema e, também um dos grandiosos filmes da década de ouro dos anos 90, mesmo que não sendo um dos mais lembrados. Sem dúvidas é um dos filmes mais importantes de seu gênero, principalmente pelos acontecimentos atuais no mundo em relação à tecnologia.
Assistido em 30 de maio de 2023 Minha avaliação: 8,0/10
"Velozes e Furiosos" é uma franquia que aos poucos foi conquistando muitos fãs ao redor do mundo e, consequentemente foi se tornando cada vez mais lucrativa ao longo dos filmes. Seu sucesso é impressionante! Principalmente por continuar dando lucro mesmo após a fatídica morte de Paul Walker, que era um dos protagonistas da franquia. Além de terem perdido o roteirista Chris Morgan, que estava estabelecido na franquia desde o terceiro filme, sendo um dos responsáveis pelas mudanças e reinvenção da saga para algo mais grandioso! Apesar desses contratempos, "Velozes e Furiosos" seguiu em frente sem perder prestígio dos fãs.
A franquia com este décimo longa estabelece de vez sua terceira década de filmes produzidos, uma marca mais do que expressiva, ainda mais se considerarmos o desgaste natural da franquia. "Velozes e Furiosos 10" arrecadou em seu primeiro final de semana mais de $300 milhões de dólares globais, um faturamento inicial bom demais! Se considerarmos que essa décima parte da saga foi um dos filmes mais avaliados negativamente pelos críticos de cinema. É uma franquia com muita força, pois também vêm ganhando muito hate dos cinéfilos cults, mas mesmo assim, segue com fôlego para mais filmes futuros.
Como fã da franquia, acompanho os filmes desde quando eu era guri, por tanto, a saga para mim têm um grande sentimento de nostalgia, devido aos primeiros filmes serem focados em rachas de rua. Com os carros tunados saindo de moda, aos poucos a franquia foi deixando de lado às corridas, se reinventou e acabou virando uma série de ação policial envolvendo crimes; vingança; missões internacionais e luta pela sobrevivência. Com isso, o objetivo dos filmes subsequentes eram de ser cada vez mais insanos e mirabolantes, funcionando como uma evolução da franquia.
Fui ao cinema e já sabia o que esperar, o filme entrega muitas explosões, destruição de veículos, tiros, porradas e boas doses de mentiradas e exageros, ou seja, a essência atual da saga mais presente do que nunca. Ainda assim, não têm os absurdos estratosféricos como, Tej e Roman terem ido ao espaço numa espécie de carro-foguete improvisado e, Toretto atravessando um penhasco para o outro, com seu carro pendurado em uma corda de ponte. Justin Lin já estava viajando na maionese e perdendo a mão na direção há um bom tempo, sua saída da direção fez muito bem a franquia. Garanto a todos que esse filme dá no mínimo de dez a zero no seu antecessor.
O grande destaque e surpresa do filme é sem dúvidas o vilão Dante (Jason Momoa), além de roubar a cena, o ator entendeu perfeitamente a essência dessa franquia, incorporando um vilão irreverente; caricato; lunático e sem escrúpulos, com uma sede insaciável por vingança! Tirou onda coringando em vários momentos hahaha. Foi de longe a melhor coisa do filme, inclusive superando às cenas de ação do mesmo. Um personagem marcante que trouxe respiro a franquia.
Pode aparentar ser repetitivo, mas todos os filmes "Velozes e Furiosos", ao menos, teve uma cena de ação que jamais foi filmada em outros filmes e, aqui não foi diferente. A cena do submarino do oitavo filme é um bom exemplo disso… Por isso, é sucesso garantido em quase todos os filmes já lançados, sempre dão um jeito de surpreender em uma cena inédita de ação.
Vale ressaltar também o grande trabalho da produção, onde a maioria das cenas de ação foram feitas com efeitos práticos, dispensando o uso exagerado de CGI. Destaque para às cenas de Roma e a cena alucinante da represa, onde Toretto desafia às leis de Newton, em seu lendário Dojão Preto com suspensão de titânio. No mais, gostei da referência a Rocket League e ao caminhão do Optimus Prime.
"Velozes e Furiosos 10" é o primeiro filme da saga a ter um final em aberto, deixando várias lacunas e incertezas sobre o futuro de muitos personagens importantes. Com excesso de personagens coadjuvantes, tudo ficou para o décimo primeiro filme da franquia.
Assistido no cinema em 24 de maio de 2023 Minha avaliação: 8,0/10
Dependendo da situação, nem sempre é fácil de se fazer um filme, ainda mais com poucos recursos e sem experiência na direção de um longa. Duncan Jones faz sua estreia como cineasta, apostando em um sci-fi existencialista de bastante identidade pessoal. Temos mais uma prova de que a criatividade supera a falta de investimentos adequados, pois, "Lunar" surpreende em vários pontos, com o trabalho de Duncan Jones tirando leite de pedra.
Trata-se de um filme enxuto cuja narrativa vai crescendo gradativamente, oferecendo recompensas discretas, mas o roteiro conta com uma boa dose de surpresas que conspiram para a confusão do personagem. Uma obra que cria certo interesse por elementos explorados de maneira econômica, funcionando como segundo plano, como a que envolve a esposa do astronauta, a organização responsável pela base lunar e, até a própria vida na Terra, que se alimenta da energia proporcionada pelo trabalho realizado na Lua.
O filme é pautado em pesquisas científicas e emprega esse cenário para abordar temas como individualidade, identidade, resistência e isolamento. O roteiro é bem escrito e, todas as questões propostas são respondidas satisfatoriamente ao decorrer do filme. Duncan Jones cria sensações excelentes de solidão e rotina, onde Sam Bell é um sujeito fechado em uma estrutura, com uma missão a cumprir. Ele está cansado, desanimado da vida e da solidão de trabalhar numa missão espacial em outro planeta.
"Lunar" funciona basicamente graças ao bom trabalho de atuação de Sam Rockwell, que soube explorar diferentes vertentes de um mesmo personagem. Seja pelo seu lado mais frio ou mais psicodélico, indo de um extremo ao outro sem comprometer a atuação e, sem deixar de fazer o telespectador acreditar que se trata do mesmo personagem, mas que se encontram em momentos distintos daquela mesma jornada.
Não achei o filme lento e maçante como alguns relataram aqui, por ser um filme praticamente de apenas um personagem, seu ritmo é normal para sua proposta. Com certeza, "Lunar" é um dos melhores filmes "pequenos" de seu ano, pois mesmo com orçamento baixíssimo, deixa muitos blockbusters comendo poeira da lua rsrs.
"Contra o Tempo" era um filme que não estava nas minhas prioridades para este ano, entretanto, decidi assisti-lo agora. Com Jake Gyllenhaal em mais um protagonismo de destaque, além da lindona Michelle Monaghan de coadjuvante e, pela direção de Duncan Jones (responsável pelo bom filme do mesmo gênero: "Lunar"). Esses foram os bons motivos para eu antecipar a sessão desse filme.
Os Americanos gostam muito de produzir filmes que se passam em trens, como, por exemplo: "Incontrolável (2010)"; "A Garota no Trem (2016)" e o mais recente de todos; "Trem-Bala (2022)". São obras para todos os gostos, ação; crime; policial; suspense; comédia, etc. O diretor Duncan Jones teve uma ideia bastante original, criou um cenário nos trilhos de um trem e adicionou os principais elementos conhecidos de filmes sci-fi, além da eficiência na criação de tensão (o básico do suspense).
O roteiro acabou ficando um pouco atropelado, devido ao tempo curtíssimo de execução ser menos de 90 minutos (sem contar os créditos finais), e também aparentou ser um filme desconexo em seu início, mas com o desenrolar dos fatos, às peças foram se encaixando gradativamente. Apesar dos defeitos, o filme se sobressai graças a sua objetividade, indo direto ao ponto, com apresentação dos acontecimentos em ritmo frenético e dinâmica satisfatória.
Um ponto crucial que gostei bastante do filme; é que ele é inteligente, mas sem ser pretensioso! Não tentou ser mais do que é na realidade e, isso eu valorizo muito! A história não possui furos e, às explicações são totalmente verossímeis, isso para um filme de ficção científica é muito louvável. A trama além de ser bastante interessante, ainda revela boas surpresas para o telespectador.
É disparado o melhor filme da década desastrosa da Summit Entertainment, onde basicamente somente esse filme se salva. Foi a responsável por grandes porcarias cinematográficas como: "Saga Crepúsculo (2010-2012)"; "Meu Namorado é um Zumbi (2013)" e "Dezesseis Luas (2013)". Além de fracassar com a franquia "Divergente", onde nem final conseguiram entregar. Provavelmente por esses motivos que o estúdio está em baixa atualmente.
O filme não chega a fazer parte da seleta lista dos melhores e maiores clássicos de seu gênero, mas com certeza é um feijão com arroz muito bem-feito e bem temperado na medida certa. Duncan Jones assina mais um bom filme de ficção, espero que ele não demore anos para fazer mais filmes nesse estilo.
Assistido em 3 de maio de 2023 Minha avaliação: 7,5/10
"Donnie Darko" é mais um filme sci-fi bem famoso que fiquei devendo, mesmo sendo da época em que praticamente todo brasileiro só tinha a TV aberta como opção para ver filmes. Decidi assistir à versão do diretor com 20 minutos de cenas extras, sendo provavelmente mais abrangente e completo que a versão de cinema, além de um facilitador na compreensão do filme.
É um dos principais patrimônios históricos do cinema anos 2000, onde felizmente o cinema estadunidense ainda estava longe de enfrentar a sua pior crise. Os avanços tecnológicos fizeram bem aos filmes no sentido visual, porém às facilidades das tecnologias afetou o processo criativo dos filmes da década atual, deixando muitos produtores, diretores e roteiristas mais relaxados em seus projetos. "Donnie Darko" foi bem-sucedido em um filme de ficção científica, sem depender completamente de CGI de última geração.
Richard Kelly é um diretor conhecido por uma obra só, será que foi golpe de sorte? Sim ou não… o que importa é que aqui ele conseguiu realizar um filme interessantíssimo, intrigante, inusitado e cheio de camadas, que apesar do ritmo lento, deixa o telespectador vidrado em tela graças a imprevisibilidade de sua trama. O filme possui um grande roteiro intrincado, com complexidade na medida certa aliada a muitas bizarrices e demências (até lembrou alguns filmes asiáticos, mas infelizmente sem o mesmo nível de extremismo e visceralidade do oriente).
Embora seja um filme sobre adolescentes, passou longe de todos os clichês e chatices da temática e acabou sendo o grande diferencial do filme. Jake Gyllenhaal na época bem gurizão já mostrava ser um ator bem acima da média, passou com convicção toda a confusão existente na mente de seu personagem, em uma apresentação sublime. A obra conta com bons personagens secundários e bem misteriosos.
Apesar de ser bem focado no drama e suspense, os elementos de um bom filme de ficção científica estão bem presentes e consistentes no filme. O diretor e produtores deram um olhar diferente para os subgêneros de sci-fi, com conceitos poucos ortodoxos e um grande grau de ineditismo em sua história. O filme têm uma pegada bem doida, é totalmente fora da caixinha e com um final de explodir a mente. Na minha opinião, só vale a pena assistir se você tiver experiência com filmes de difícil discernimento.
Gostei bastante do filme, talvez se eu fosse direto ver a versão de cinema não teria a mesma opinião, já que não costumo gostar tanto de filmes que deixam várias pontas soltas. Essa versão do diretor foi uma ótima ideia, para dar uma direção um pouco mais lógica aos acontecimentos, além de proporcionar aos telespectadores interpretações mais certeiras.
Assistido em 21 de abril de 2023 Minha avaliação: 8,0/10
Vou começar agradecendo a militância woke, por novamente me fazerem dar gargalhadas, ao opinarem e chorarem muito devido a um filme feito para "macho". Frases como: "É masculinidade tóxica branca"; "É uma ode sádica, e interminável, à testosterona" e a pior de todas; "É a fantasia do macho imbroxável" (essa última escrita por um jornal do RS, fazendo os gaúchos passarem vergonha 🤦♂️). Toda essa repercussão negativa por parte de uma minoria, me deixou animado a conferir "John Wick 4: Baba Yaga" nos cinemas. Já que quase tudo que essa galerinha não gosta, costuma ser maravilhoso para o bom cinéfilo.
Com uma trajetória ascendente nas bilheterias, os produtores da franquia resolveram apostar muito alto neste filme, ousaram na duração e num investimento maior, com o intuito de proporcionar a melhor qualidade possível. A longa duração não comprometeu o entretenimento, já que os minutos a mais foram muito bem utilizados para a apresentação dos novos personagens. Às quase três horas de filme passam muito rápido, pois souberam esticar o filme inteligentemente, sem encheção de linguiça.
Adorei todas às novas adições de personagens. Com exceção do "Marquês", ninguém é fraco e souberam valorizar bem os coadjuvantes, onde todos participam ativamente do filme, sem ficar preso somente ao Keanu Reeves. O Donnie Yen (Caine), em minha visão, foi o melhor personagem secundário, tirou muita onda e humilhou geral! Acho ele um ator muito subestimado, e já tinha passado da hora de finalmente ganhar um papel de destaque em Hollywood. Torço muito para um possível spin-off de seu personagem.
Este filme deu um belo exemplo de como se fazer representatividade sem vitimismo, sem militância, sem diminuir o sexo oposto para exaltar o outro e sem cansar o telespectador. Temos negros, asiáticos e até mesmo um cego; em personagens interessantes bem desenvolvidos, que não são insuportáveis. Um excelente exemplo a ser seguido por todos os estúdios do mundo!
Acredito que não faz sentido algumas pessoas reclamarem demais pelo fato do filme ser muito mentiroso, já que isso fica evidente desde seu segundo filme, ou seja, desde o início a franquia é bem honesta com seu público. Quem esperava algo diferente disso viajou na maionese, já que franquias como: "Missão: Impossível" e "Velozes & Furiosos", foram ficando cada vez mais mirabolantes em suas sequências. "John Wick" apenas seguiu o padrão das sagas de ação mais famosas.
Os telespectadores podem reclamar dos ternos a prova de balas, que praticamente tornaram os personagens semi-imortais. Mas isso trouxe dificuldade e desafio a mais nos confrontos, já que simplesmente matar uma pessoa com uma arma de fogo, pode ser uma ação extremamente difícil dependendo da situação. Desde o primeiro filme, a franquia "John Wick" nunca teve compromisso com a verossimilhança.
Keanu Reeves não emplacava uma franquia de sucesso desde a trilogia "Matrix", a sina chegou ao fim com seu personagem John Wick. Todos os quatro filmes da franquia são acima da média, e o mais impressionante disso tudo é que todos os filmes são a mesma coisa; repetitivo ao extremo. Entretanto, não deixa de ser sensacional, empolgante e visceral. É mais do que merecido ao Keanu Reeves esse sucesso todo, principalmente pela sua história de vida.
"John Wick 4: Baba Yaga" e os outros filmes da franquia resgataram o bom e velho cinema de ação dos anos 80 e 90, com uma pegada moderna, mas sem perder a essência dessa época. Um respiro ao cinema escapista, que vinha sendo dominado e monopolizado pelos blockbusters de super-heróis. Os telespectadores precisam de mais filmes com esse tipo de entretenimento.
Assistido no cinema em 3 de abril de 2023 Minha avaliação: 9,0/10
Esse foi mais um filme em que esperava ver mais foco na ficção, mas infelizmente não foi o que aconteceu, acabou ficando em segundo plano. Novamente fui tapeado. Mas ao menos compensa com um roteiro contundente, com conteúdo interessante (mas pouco explorado), premissa bem desenvolvida e que foge dos padrões mais vistos ultimamente do gênero.
Muitos filmes de hoje em dia sobram em investimento, com orçamentos astronômicos! Mas no fim das contas acaba faltando roteiro e desenvolvimento de personagens. Com "A Outra Terra" aconteceu o oposto, roteiro e bons personagens tivemos, mas faltou orçamento e mais tempo em tela para explorar melhor seu conteúdo; realidades paralelas, visual científico, etc.
O filme apostou mais em um drama clássico, que aborda tragédia, perdas, dores emocionais e degradação humana. Trabalha muito bem a atmosfera de melancolia e sentimento de culpa da protagonista, com clímax de vazio existencial crescente ao decorrer da trama. Nisso o filme conseguiu ser bem-sucedido, contando uma história de acontecimentos pesados.
Imagina o soco na mente que seria se você descobrisse que a mulher que você deu uma trepadinha e se apaixonou, matou o seu filho e sua mulher grávida no passado em um acidente de carro e ainda te deixou em coma...
O drama só tem valor devido aos interessantes elementos da ficção científica na trama, que ficaram infelizmente ofuscados. O desenrolar do pós-tragédia é comovente, mas soa convencional em sua essência. Além disso, o longa pode cansar o telespectador pelo didatismo (toda a complexidade teórica é bastante esmiuçada), pelo ritmo lento e por ter uma narrativa de traços existencialistas carregados de depressão e compaixão.
Ainda que o diretor e roteirista Mike Cahill erre a mão em alguns detalhes, como na direção pesada em alguns momentos, em alguns furos de roteiro e na condução da câmera em alguns planos e zoons exagerados. Mas acerta em outros, trabalha bem a fotografia azulada e a trilha sonora na composição da atmosfera do longa. “A Outra Terra” funciona como drama, mas talvez fosse ainda melhor se realmente fosse um filme de ficção científica.
Assistido em 2 de abril de 2023 Minha avaliação: 6,5/10
Não costumo ser um telespectador muito assíduo dos filmes europeus, mas ainda assim, ocasionalmente costumo pegar alguns para assistir. Recentemente me surpreendi com o diretor Espanhol Oriol Paulo, seus poucos filmes na carreira foram mais que suficientes para entrar na minha lista de diretores favoritos. "Sr. Ninguém" me pareceu uma boa alternativa de diversificação, já que sempre gosto de estar por dentro das novidades do gênero Ficção Científica.
Infelizmente não tive a mesma experiência dos demais telespectadores com este filme. Não me agradou à edição e montagem da obra, achei tudo muito excessivamente aleatório, hora era o adolescente "Nemo Ninguém" em tela, em outra cena ele já adulto e logo em seguida volta o personagem como criança, e assim segue o filme até o seu final. A direção para mim também deixou a desejar, filme com muitos cortes em meio a uma edição caótica, em alguns momentos desconexa e principalmente sem foco (lembrando muito às características do filme "TENET", de 2020).
Outro ponto decepcionante a ser destacado é que os termos científicos praticamente nem foram explorados neste filme, nem mesmo parecia ser um filme de ficção científica, além de alguns conceitos apresentados serem desinteressantes. Também achei o peso emocional da história fraco, filmes como "Vingadores: Guerra Infinita" e "Top Gun: Maverick", por exemplo, conseguiram ser mais emocionantes, mesmo sem ter essa finalidade.
Para não dizer que não curti nada, gostei da escolha dos atores jovens serem parecidos com suas versões adultas, das atuações de todo o elenco e da maquiagem do protagonista na sua versão de velhinho. Entretanto, isso é muito pouco para um filme muito positivamente conceituado pelo público, ainda mais quando o filme não consegue surpreender na sua própria proposta.
O filme nada mais é que uma colagem de "2001: Uma Odisseia no Espaço", "Efeito Borboleta", "Déjà Vu", entre outros do gênero, só que bem inferiores aos filmes citados, principalmente no nível de entretenimento. Com isso, não consegui enxergar esse tal de ineditismo que muitos elogiam nesse filme. Com um ritmo morno acabei perdendo o interesse em boa parte da obra, com exceção da meia hora final, onde o filme melhora significativamente, mas ainda assim, insuficiente para que ao menos o considera-se um bom filme.
Assistido em 29 de março de 2023 Minha avaliação: 5,5/10
Com grandes chances de "Shazam! Fúria dos Deuses" fracassar nas bilheterias, é capaz de sair dos cinemas primeiro que "Avatar 2", que estreou ano passado. Isso se deve provavelmente porque o primeiro filme foi bem fraquinho, sendo um dos piores do DCEU. Parece que a DC irá pagar muito caro pelas cagadas que fez de demitir o Zack Snyder e Henry Cavill...
Em início de maio já deve estar disponível o filme em HD no Torrent. [Edit]: Já saiu o bluray 100% para baixar em 9 de abril de 2023. Flop total kkkkkkk.
Sou um grande admirador de filmes de ficção científica, é o gênero que está há tempos em alta no mercado cinematográfico, e também oferecendo, em minha opinião, às maiores possibilidades de um filme ficar bom. "Efeito Borboleta" é um dos principais e mais lembrados do gênero no início do século XXI, ficando também bastante famoso no Brasil e sendo febre nas locadoras da sua época. Apesar disso, foi um filme que fiquei devendo por anos…
A forma de como a história é contada é muito interessante, com roteiro super criativo e original, em uma sucessão de desdobramentos surpreendentes. O ritmo do filme é bastante agradável, já que a cada volta ao passado não dá para prever o que irá acontecer nas cenas seguintes. Com isso, já ganha o status de filme acima da média, graças a sua imprevisibilidade, ousadia e montagem diferenciada.
Apesar dos elementos sci-fi, é um filme mais voltado para o drama, em um enredo bastante melancólico, que foca em traumas, perdas, dores emocionais, sofrimento psíquico, etc. A situação do protagonista é bem delicada e desesperadora, chega a dar pena dele tamanho o azarão que ele é… Apesar de poder mudar o passado e trilhar novos futuros, os erros e escolhas equivocadas custam caro e a vida não perdoa…
Um filme sobre o lado bom e obscuro da vida, abordando diversos temas distintos como, amizade, amor, pedofilia, alcoolismo, vícios, sadismo, violência, etc. "Efeito Borboleta" é uma obra alucinante e dolorosa, sobre às consequências de nossos atos, de como somos capazes, com simples gestos, de produzir tragédias homéricas para terceiros e para nós mesmos. Filme complexo e profundo, para te fazer refletir sobre a vida e te deixar pensante durante dias…
Sempre achei o Ashton Kutcher um ator mediado, onde a maioria dos seus filmes são irrelevantes e fracos para a sétima arte. Mas aqui, foi uma boa surpresa. O ator se mostrou apto para atuar em filmes fora da sua bolha de comédias românticas batidas e sem graça, provavelmente não deu sorte e praticamente seguiu sua carreira com agente ruim. "Efeito Borboleta" é disparado seu melhor filme na carreira, já "Jobs (2013)", considero a sua melhor atuação.
Descobri por acaso que este filme possui quatro finais. O primeiro é a versão oficial de cinema (a que assisti). O segundo é a versão do diretor, com um desfecho bem diferente da versão normal, contendo alguns minutos a mais, sendo o mais comum de se encontrar para baixar online. Já os outros dois finais alternativos, segue mais ou menos o desfecho da versão oficial de cinema, com pequenas mudanças nas cenas finais. Particularmente gosto mais da versão normal do filme, achei mais coeso e sensato que a versão do diretor, essa versão dos diretores apela demais! Com um final para tentar chocar o telespectador, mas não passa de um desfecho sem sentido e inverossímil.
Assistido em 10 de março de 2023 Minha avaliação: 8,5/10
Descobri esse filme por acaso, já que ele não é muito conhecido no Brasil, nem mesmo ganhou dublagem. Ganhou minha atenção por se tratar de algo super interessante, com uma ótima ideia na teoria e um certo ineditismo em sua história. Adoro filmes sobre ficção científica, por tanto, não poderia deixar essa obra passar em branco.
Esqueça tudo que você crê ser muito complexo e impossível de entender à primeira vista. "Primer" certamente é um dos filmes mais complexos da história do cinema, ganha fácil de qualquer outro filme famoso de difícil compreensão. Seu desenvolvimento não-linear aumenta e muito o desafio para a mente.
O filme se caracteriza por ser quase cem por cento desenvolvido por diálogos, e em nenhum momento é mencionado do que realmente se trata, conta com um roteiro super intricado que exige muita atenção e interpretação do espectador. Se você busca um grande desafio mental, esse filme é ideal para rachar a cuca e resolver um grande quebra-cabeça.
Saquei que se tratava de um filme sobre viagem no tempo, mesmo não sendo muito claro isso, só que aqui é apresentado um novo conceito sobre o tema, tornando o filme muito instigante e único sobre o que retrata.
Não gostei muito da edição do filme. Entretanto, têm que considerar o baixíssimo orçamento, o improviso e criatividade para realizar um filme sci-fi sem o uso de efeitos visuais. O filme surpreende ainda mais por ser atuado por atores amadores e também por ser a estreia de um diretor promissor.
Altamente recomendável para quem quer assistir algo que foge dos roteiros e histórias convencionais. No Entanto, exige muita paciência do espectador, já que o filme foi feito propositalmente para ser assistido mais de uma vez, para a obra poder ser compreendida com mais clareza.
Guardiões da Galáxia: Vol. 3
4.2 811 Assista AgoraBoa Marvel, antes tarde do que nunca né.
Finalmente! Após ter decepcionado os fãs com tantas porcarias e produções medianas da fase 4, a Marvel volta a acertar a mão em um filme, já estava na hora! "Guardiões da Galáxia Vol. 3", consegue ser quase tudo que se espera do universo estendido do estúdio, com qualidade técnica acima da média, humor na medida certa e personagens em sintonia.
Que diferença absurda faz um diretor competente no comando de um filme da Marvel. Acredito que esse seria o caminho certo para a Marvel voltar aos tempos de auge, mas primeiro precisam mudar essa política de quase sempre contratar diretores de 5ª categoria para seus filmes. No entanto, a situação é complicada, pois os irmãos Russo não devem mais retornarem para a Marvel, e James Gunn agora é da DC.
Existe uma linha tênue entre a alegria e a tristeza neste filme. Apesar de focar em divertir às pessoas com a comédia habitual de seus personagens, o roteiro do filme é bem dramático, com foco no passado de Rocket Raccoon. Gostei bastante das alfinetadas que o enredo deu aos laboratórios que fazem experiências científicas e testes em animais, para mim, não passa de crueldade. Deveriam usar detentos que cometeram crimes graves (assassinato, estupro, etc.) como cobaias, na minha visão, seria mais justo e ético. Mas é claro que os direitos humanos não permitiriam isso…
A carga dramática e o peso emocional da história foram o grande fator surpresa para esse fechamento de trilogia, sendo um dos filmes de super-heróis mais emocionantes da história! Ao contrário da maioria do público, não sou um grande admirador do filme antecessor, mas essa terceira parte é inquestionável; com boas cenas de ação, ótimos efeitos visuais, narrativa ágil e dinâmica, além de envolver e prender a atenção do telespectador com facilidade.
Há alguns deslizes e alguns pontos que poderiam ter sido melhores. O personagem Adam Warlock poderia ter sido melhor aproveitado, acho que teve muito pouco tempo em tela, foi quase um figurante. É um novo personagem com potencial para o futuro do MCU, seria interessante a Marvel apostar nele para mais filmes.
Por fim, a Marvel conseguiu salvar seu ano com pelo menos um filme, e minimizar um pouco a insatisfação dos fãs com suas obras atuais. "Guardiões da Galáxia Vol. 3" é um filme diferenciado, que consegue entreter e emocionar na mesma proporção, feito que não se vê na maioria dos filmes pipocas de Hollywood. James Gunn ditou o ritmo de um encerramento de ciclo digno e satisfatório para os Guardiões da Galáxia, além também de ser um dos melhores filmes do MCU pós "Ultimato".
Assistido em 3 de outubro de 2023
Minha avaliação: 8,0/10
Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania
2.8 523 Assista AgoraEm 2022, a Marvel na minha opinião teve o seu pior ano disparado, onde na minha visão: "Cavaleiro da Lua"; "Thor: Amor e Trovão" e principalmente "Mulher-Hulk: Defensora de Heróis", foram os responsáveis pelo ano ruim do estúdio. Com somente "Doutor Estranho no Multiverso da Loucura" se destacando positivamente e sendo uma obra acima da média do que o MCU costuma a oferecer atualmente, muito disso, devido a ótima direção de Sam Raimi.
Comparado com a saga do infinito, a fase 4 da Marvel ficou bem abaixo das expectativas de fãs e telespectadores casuais do MCU. "Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania", deu início a fase 5 do universo compartilhado, com a esperança dessa nova fase trazer melhorias para a saga do multiverso, mas passou longe disso acontecer. O filme é mais do mesmo, sem originalidade, preguiçoso e ainda apresenta pioras do que já estava ruim. Nem mesmo a presença de "Kang, o Conquistador", foi o suficiente para dar rumos melhores a história do filme.
Este filme é uma mistura tosca de "Star Wars" com "Pequenos Espiões", sendo que para mim, a franquia do Robert Rodriguez é uma das piores da história do cinema, obviamente que essa ideia aplicada no filme não prestaria. O filme é estranho; gosmento; nojento e muito bizarro, mas no pior sentido das palavras citadas, com sua meia hora inicial de projeção chata de se acompanhar e totalmente inútil! Somente a dinâmica da relação entre Janet (Michelle Pfeiffer) e Kang (Jonathan Majors), traz uma certa eficácia a obra. O resto é digno de ser amassado, rasgado e jogado na lata do lixo!
Que péssima ideia de transformarem a filha do protagonista em uma super-heroína, e pior ainda foi ver a Vespa praticamente de figurante, para perder o papel de principal coadjuvante para a filha insuportável do Scott Lang. A Marvel abraça suas cagadas com gosto! Ainda por cima, acabaram com o visual da Hope Van Dyne, com um cabelo curto horroroso! Com isso, acabaram destruindo a feminidade da personagem, que estava muito melhor nos filmes antecessores.
Os efeitos visuais da Marvel pós "Vingadores: Ultimato", vêm deixando a desejar na maioria de seus filmes, mas aqui eles conseguiram se superar negativamente. O visual do M.O.D.O.K. foi a coisa mais vexatória, ridícula e malfeita de toda a história da Marvel! Meus olhos sangravam e não acreditavam no que estavam vendo... Às outras partes desse quesito não é comprometedor, mas com esse desleixo do personagem citado acima, fica imperdoável a falta de comprometimento da produção em entregar algo minimamente aceitável.
Jonathan Majors se esforçou e fez o que pode para entregar um personagem bacana, mas o roteiro do filme não o ajudou muito. Vilão principal da saga do multiverso; acabou ficando mal desenvolvido e, apesar de ser muito poderoso, não causa a mesma sensação de perigo de Thanos visto em "Vingadores: Guerra Infinita". Fiquei com a impressão que o personagem foi extremamente nerfado para este filme, e isso não é bom para o futuro do personagem…
Talvez seja o filme do MCU mais decepcionante até agora… Não é ousado, boa parte da ação é pura galhofa, principalmente no ato final e claro, com a fórmula de comédia extremamente desgastada que praticamente ninguém gosta mais! (a piada dos buracos é constrangedora!). Está na hora da Marvel dá uma reformulada urgentemente em seu Universo, caso contrário, pode nem conseguir concluir a saga do multiverso. "Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania", conclui a pior trilogia de super-herói do MCU.
Assistido em 30 de setembro de 2023
Minha avaliação: 4,5/10
Pantera Negra: Wakanda Para Sempre
3.5 803 Assista Agora"Pantera Negra" foi o filme de origem de personagem do MCU a ser o mais bem-sucedido na bilheteria global, ultrapassando facilmente a barreira do bilhão. Os números de arrecadação são impressionantes, levando em conta que o personagem "Pantera Negra" não é um dos mais populares da Marvel, mesmo assim lotou às salas de cinema no mundo todo! Principalmente na bilheteria doméstica, se consagrando como uma das maiores da história dos EUA. Acredito que seu sucesso se deve a representatividade inteligente, sem ser forçada e principalmente sem vitimismo, além do elenco competente e talentoso!
Durante às gravações de "Pantera Negra" (2018), o ator Chadwick Boseman já estava doente, mas na época praticamente ninguém da mídia sabia disso, infelizmente o ator faleceu em 2020, decorrente de um câncer de cólon. Com isso, a Marvel ficou com um baita problemão para resolver: como fazer uma sequência do filme "Pantera Negra" sem o protagonista T'Challa? Bem... Os roteiros atuais da Marvel não costumam ser o grande destaque de seus filmes, imagina então quando eles precisam reinventar todo um planejamento já definido... Obviamente que a continuação do filme passaria longe de superar o original.
Temos um filme que fala sobre luto e superação, mas principalmente sobre a continuidade da vida. Sobre como os desafios de viver e de existir atropelam ou se impõem, algumas vezes, sobre as nossas dores e sofrimentos. Com um roteiro mais dramático que o padrão da Marvel, o filme pelo menos consegue ser mais "sério" que outras produções recentes do MCU, mas ainda assim, aparece aqueles momentos que a velha fórmula da Marvel dá às caras, ela é inevitável!
Não gostei muito da escolha da nova Pantera Negra, acho que a atriz Letitia Wright ainda não tem culhões para ser a protagonista de um filme dessa magnitude, além disso, é uma mudança muito brusca para a personagem Shuri e também, uma escolha muito óbvia da Marvel. Eventualmente a atriz pode melhorar sua performance em um possível terceiro filme, mas por enquanto não vingou.
O filme apresentou mais uma nova personagem: Coração de Ferro. Na minha visão também não convenceu, uma personagem extremamente sem carisma, com uma apresentação e desenvolvimento pífio. Não faria falta e diferença alguma se não tivesse participado do filme, para piorar ainda mais a situação, a usaram de alívio cômico erroneamente. Provavelmente por isso que sua série solo foi adiada ou cancelada (não sei), mas é certo que essa nova personagem está com o futuro incerto no MCU.
Não chega a ser de todo ruim, tem alguns pontos positivos que salvam o filme de ser um completo fiasco. A representatividade dessa sequência continua boa, e acredito que é um exemplo a ser seguido por Hollywood, com inclusão de personagens criados do zero e, não com mudanças de etnias forçadas e sem sentido, como no caso do filme: "A Pequena Sereia" (2023).
Sobre os efeitos visuais, dessa vez, a Marvel conseguiu entregar algo minimamente satisfatório, principalmente com às cenas da invasão de Wakanda. O Novo vilão Namor me agradou bastante, não conheço sua origem em relação a HQ, mas no filme mostrou ser um vilão que dá bastante trabalho, conseguindo fazer grandes estragos com facilidade. Entretanto, o desfecho do filme foi um pouco decepcionante, ficou fantasioso demais a maneira de como foi resolvido os conflitos da trama.
Enfim, "Pantera Negra: Wakanda Para Sempre" entrega um blockbuster na média das produções populares e de grande orçamento, mas há claras partes recheadas de embromações em sua narrativa, tornando-o um filme irregular. Tudo isso não tira os méritos da boa produção do filme, mesmo assim, é uma obra que passa longe dos anos de auge do MCU (2012-2019). No mais, destaco a homenagem bacana deixada a Chadwick Boseman.
Assistido em 24 de setembro de 2023
Minha avaliação: 6,5/10
Resistência
3.3 270 Assista AgoraStar Wars do Gareth Edwards, na minha opinião, foi o melhor filme de toda a saga, mesmo com personagens totalmente novos! O diretor conseguiu uma proeza em tanto com "Rogue One".
Se neste filme ele seguir o padrão de qualidade de seu filme antecessor, pode emplacar facilmente um dos melhores filmes do ano, e também um dos melhores de seu gênero.
23 de setembro de 2023
The Flash
3.1 752 Assista Agora"The Flash" é o último lançamento da DC a fazer parte do Snyderverso, conjunto de filmes que contam com a participação do diretor Zack Snyder na produção. Os filmes são: "Mulher-Maravilha" (2017); "O Homem de Aço" (2013); "Batman vs Superman: A Origem da Justiça" (2016) e "Liga da Justiça de Zack Snyder" (2021). Com exceção do próprio filme do Flash, os outros dá para considerar tranquilamente como os melhores do DCEU (Universo Estendido da DC). Zack Snyder para mim é um ótimo diretor, irá fazer muita falta nos filmes futuros da DC.
Pegando carona na ideia da Marvel, a DC resolveu apostar na nostalgia, aplicando o conceito do multiverso em seu novo filme, só que de uma forma mais desorganizada e bagunçada. Sem sombra de dúvida, a melhor parte do filme são às cenas do Batman do Michael Keaton, acho bacana a volta de um personagem querido e clássico da antiga geração, após muito tempo, dar às caras novamente. Ainda assim, creio que faltou aquele algo a mais para sustentar a ideia central do filme.
A DC Comics parece que perdeu sua identidade e originalidade, deixando a parte sombria e características de suas principais obras de lado, para copiar a fórmula Marvel na cara dura! Usar o Ezra Miller de alívio cômico definitivamente não funcionou comigo, pois o ator nem é comediante. Com isso, o filme acabou ficando forçado com tantas cenas de comédia sem graça e completamente fora do tom, tirando todo o peso dos momentos mais dramáticos.
Outro problema bem evidente do filme é o CGI desleixado, principalmente na parte em que o Flash salva os bebês, numa sequência de cenas bem esquisitas, que entrega a fragilidade da parte técnica do filme, dando a impressão que faltou orçamento para a finalização dos efeitos visuais. Embora isso não esteja presente em todo o filme, esse problema do CGI ruim é bem preocupante, pois atualmente isso está ficando cada vez mais recorrente. Estamos numa era de 'Downgrade' de efeitos visuais, pois boa parte dos filmes atuais perdem feio para muitos filmes dos anos 2000 e, até mesmo para alguns dos anos 90, como, por exemplo: "Terminator 2".
O Ezra Miller até que atuou bem, não deve ser nada fácil atuar consigo mesmo em meio a tanta tela verde, uma pena que o ator na vida real seja bitolado das ideias e tenha tantos problemas pessoais e mentais. Talvez ele seja o principal motivo de "The Flash" ter fracassado nas bilheterias, afinal o ator tá envolvido em diversas polêmicas e mesmo assim passaram pano como se nada tivesse acontecido. "The Flash", o principal lançamento da DC do ano, é simplesmente o maior fracasso de bilheteria entre todos os filmes de super-heróis da história! Ligando o alerta para o futuro do subgênero.
Apesar dos inúmeros problemas, "The Flash" consegue cumprir com o básico de seu gênero que é entreter e ser um bom passatempo. Os efeitos visuais em alguns momentos até são aceitáveis e boa parte da ação até chega a empolgar, além de contar com boas aparições surpresas e uma homenagem bacana a história da DC Comics. No mais, "The Flash" é um bom filme pipoca e de sessão da tarde, porém com muitas ressalvas.
9 de setembro de 2023
Minha avaliação: 7,0/10
Adão Negro
3.1 690 Assista AgoraDifícil fazer uma análise com mais propriedade quando não se conhece absolutamente nada sobre o protagonista, também não sei nada sobre os outros personagens da Sociedade da Justiça. Provavelmente todos esses personagens fazem parte do terceiro escalão da DC, já que só agora ganharam a atenção do estúdio. Em meio a tantos filmes sobre o "Batman" já lançados, acho uma boa a DC diversificar um pouco e investir em personagens pouco conhecidos no mundo cinematográfico.
The Rock (Dwayne Johnson) foi a escolha perfeita para o papel de "Adão Negro", o ator caiu como uma luva no personagem, e combina muito bem com às principais características do Adão Negro de ser imbatível, indestrutível e destemido. The Rock não é um primor no quesito atuação, mas compensa a falta de talento natural com grande carisma e presença em tela como poucos.
Como filme de origem do Adão Negro, até gostei da apresentação e introdução do personagem, porém, achei a Sociedade da Justiça mal explorada e desenvolvida, obviamente não daria tempo de fazer algo mais abrangente em menos de duas horas. Para mim, o melhor personagem da liga foi o "Sr. Destino", e o que menos gostei foi o "Esmaga-Átomo".
O diretor Jaume Collet-Serra tentou imitar o Zack Snyder no estilo de direção, com o uso de slow motion, mas acho o Zack Snyder imbatível nesse tipo de recurso. Mas gostaria de ter visto uma direção com mais personalidade e estilo próprio, embora creio que sem o Zack Snyder a DC jamais irá voltar a ser o que era antes no início do universo estendido, já que considero os seus filmes os melhores do DCEU.
É verdade que este filme não tem nada de mais, é só mais um filme qualquer desse universo de super-heróis e vilões, que ganhou muita força e popularidade na década passada. No entanto, "Adão Negro" é um anti-herói com cara mais raiz e clássica que o normal, aquele típico personagem brucutu e de poucas palavras, que mais age do que fala. Apesar de o filme ter problemas e defeitos, ao menos não faz parte desses moldes atuais que infestam o cinema contemporâneo.
É uma pena que a DC se perdeu e virou uma bagunça generalizada, com demissões sem sentido e trocas de lideranças a todo instante. Com isso, a cena pós-créditos do longa ficou sem peso e totalmente flopada, algo que era para ser no mínimo empolgante se tornou algo broxante. Tudo graças a uma falta de planejamento e falta de consideração com os fãs.
"Adão Negro" é um bom filme pipoca, com muita ação, CGI ok e um bom passatempo de qualidade. Uma pena que faltou orçamento para dar mais profundidade a outros personagens, especialmente os membros da Sociedade da Justiça. Outros pontos também poderiam ter sido melhores, como o confronto final entre Adão Negro e Sabaac, que achei muito curto, apesar de a finalização ter sido épica!
Infelizmente o ator The Rock (Dwayne Johnson) foi demitido da DC logo no seu primeiro filme do estúdio, provavelmente isto ocorreu devido ao flop nas bilheterias e brigas internas. Acredito que foi mais uma decisão estúpida da DC, já que não consigo imaginar outro ator na pele de Adão Negro…
5 de setembro de 2023
Minha avaliação: 7,5/10
O Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final
4.1 1,1K Assista AgoraEis um exemplo de filme que beira a perfeição, fazendo parte da minha seleta lista de filmes que não me canso de assistir. Descobri recentemente que o filme possui uma versão estendida titulada "Versão Skynet", com isso, arrumei uma boa desculpa para rever esse grandiosíssimo clássico, e claro que valeu muito a pena ver essa versão. Esse segundo filme da franquia "O Exterminador do Futuro" é simplesmente o masterpiece do cinema moderno e o pioneiro (paizão) do cinema blockbuster, sendo o principal responsável pela ascensão do subgênero nas bilheterias mundiais.
Méritos totais para James Cameron, que consegue melhorar o que já era ótimo e ser especialista em superar filmes originais, foi assim com "Alien: O Oitavo Passageiro"; superado por "Aliens: O Resgate", e aqui ele conseguiu de novo essa façanha com "O Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final". Com isso, Cameron provou ser um diretor muito acima da média e definitivamente escreveu seu nome na história do cinema (mesmo com poucos filmes na época).
Na minha opinião, considero os anos 90 como a melhor década da história do cinema, e este filme é um dos principais motivos disso, apesar de muitos outros filmes também se destacarem como os melhores dessa década. No entanto, esse em especial consegue a proeza de ser nota dez em todos os quesitos cinematográficos (direção, roteiro, atuações, partes técnicas, etc.). Alguns se destacam mais pela beleza visual e efeitos, outros pelo entretenimento e outros pelo roteiro e atuações, mas "Terminator 2" simplesmente se destaca em tudo! Não há nenhum ponto fraco neste filme, ou algo que poderia ter sido melhor, simplesmente é um dos filmes mais perfeitos da história do cinema.
Ação na medida certa, efeitos visuais impressionantes, história envolvente e cativante, roteiro inteligente e relevante, personagens marcantes, elenco em sintonia, atuações convincentes e vilão extremamente foda; temível; perigosíssimo e letal. O filme é um conjunto de elementos de ação/ficção científica, que além de proporcionar diversão de alto nível, trabalha com um tema super relevante para a atualidade; os avanços tecnológicos e o mundo cada vez mais digital e dependente da tecnologia.
Um bom exemplo de representatividade feminina é da Sarah Connor (Linda Hamilton), aqui a personagem tá mais determinada, destemível e badass. Isso que é personagem que representa uma mulher de verdade, não essas porcarias cheias de militâncias insuportáveis da atualidade. Arnold Schwarzenegger também está muito bem nessa versão do T-800 como protetor, particularmente gosto mais dele assim.
O grande diferencial desse filme é transformar cenas aparentemente simples em algo marcante, inesquecível e grandioso! Como, por exemplo: A cena do bar de sinuca (impagável), e a perseguição do caminhão com a moto Harley (excelente sequência de ação). A Versão Skynet dá uma aprimorada no contexto da história, além de um final alternativo de desfecho definitivo para a franquia. Realçando ainda mais que às sequências do século XXI são meros caça-níqueis, apesar de serem bons entretenimentos também.
2 de agosto de 2023
Minha avaliação: 10/10
O Exterminador do Futuro
3.8 900 Assista Agora"O Exterminador do Futuro" foi o primeiro grande sucesso da excepcional carreira de James Cameron, conseguindo resultados satisfatórios de um grande filme de respeito, com direção e produção eficientes, além do visual impressionante apesar da escassez de recursos. Filme que deu início a uma das franquias mais famosas da história do cinema, totalizando até agora seis filmes! Entretanto, apenas os dois primeiros foram obras marcantes e acima da média. Apesar do original ser um ótimo filme, sua sequência é melhor ainda! Onde Cameron é especialista em realizar filmes superiores aos originais.
É interessante analisarmos como este filme conseguiu ser revolucionário, mesmo com tão pouco. Os efeitos práticos de maquiagem no ciborgue é de um capricho sem igual, principalmente quando o personagem do Arnold Schwarzenegger está se consertando de danos sofridos por acidente. O ator está excelente no papel, com ótima performance nos seus movimentos corporais, realmente dando a impressão de ser um robô. Apesar das pouquíssimas palavras, Schwarzenegger conseguiu imortalizar seu personagem para sempre na história do cinema, sendo um ícone da cultura pop e um dos mais queridos e lembrados de sua época.
A personagem de Sarah Connor é uma simples garçonete e vive uma vida cotidiana comum, de repente começa a ser caçada por um ciborgue semi-imortal sem nem fazer ideia da motivação disso tudo. Uma personagem muito bem desenvolvida e peça-chave fundamental para o desenrolar da história. Kyle Reese é o protetor enviado pela resistência, acho-o um personagem interessante, daqueles bem clássicos de honra e lealdade. Uma pena que não foi bem explorado nas suas cenas no futuro.
Filme bom é aquele com foco e objetivo, sem se desviar do contexto da história, além do roteiro bem estruturado e de conteúdo relevante para seu gênero. O modo da história ser contada é extremamente cativante, fazendo o telespectador se ligar nos mínimos detalhes. Como um ótimo entretenimento, não poderia faltar às cenas clássicas do gênero, com perseguições, tiroteios e uma cidade urbana de pano de fundo, além do maravilhoso clima e ambientação anos 80.
Quando procuro a palavra clássico no dicionário, me dou de cara com este filme, não é para menos que é um dos principais precursores do gênero sci-fi, e um dos mais importantes e significativos filmes de sua década. Com orçamento de apenas US$ 6,4 milhões, Cameron driblou todas às dificuldades de trabalhar com poucos recursos, realizando um filmaço que deixa a maioria dos blockbusters atuais de 200 milhões no chinelo!
30 de julho de 2023
Minha avaliação: 9,0/10
O Teorema Zero
3.1 224 Assista Agora"O Teorema Zero" é basicamente uma versão moderna de "Brazil" (1985), do mesmo diretor, às referências e semelhanças a este filme são muitas, principalmente no cenário distópico e totalitário em que os protagonistas vivem. Por tanto, quem já assistiu "Brazil" nem precisa perder tempo com este filme, muda uma coisa aqui e ali, mas a proposta de ambos são a mesma.
O filme é uma distopia de um mundo perturbador, onde pessoas são bombardeadas de publicidade, trabalhos que causam estresse alto e surtos psicóticos, problemas sérios de saúde; além da privacidade e tempo de lazer serem praticamente inexistentes. A obra é carregada de críticas sociais e recheada de filosofias e metáforas, sendo boa parte do filme interpretativo e abordando questões como: solidão, vazio existencial, sentido da vida, etc.
Com um início bem entediante de se acompanhar, acaba sendo um filme que exige muita boa vontade do telespectador em assisti-lo, porém, paciência não é muito meu forte e, somente terminei de assisti-lo depois de dois dias. Isso foi até uma surpresa para mim, pois raramente faço isso, ainda mais com um filme de menos de duas horas, mas pareceu que durou o dobro do tempo. Infelizmente esta obra do Terry Gilliam tem um ritmo muito ruim, além de diversos diálogos enfadonhos. Não é por menos que muitos falam ser um dos piores trabalhos de Terry Gilliam, e concordo com a opinião da galera.
Christoph Waltz é um baita ator premiado, aqui deu vida a um personagem bem fora dos padrões que estamos acostumados em ver, foi um dos poucos pontos positivos do filme. O universo criado é bastante interessante e muito vasto em detalhes, há um trabalho primoroso de direção de arte, sendo a melhor coisa do filme, com uma palheta de cores vivas, bastante interessante visualmente. Em muitos momentos até poluído demais imageticamente, mas de forma proposital para demonstrar toda essa desordem futurista.
A direção de Terry Gilliam é boa novamente, em um filme bastante autoral e de originalidade, mas infelizmente é bastante limitado. "O Teorema Zero" sofre do mesmo mal de "Não! Não Olhe!" 2022, de Jordan Peele. Onde ambos os filmes não conseguem contar uma história atrativa para o telespectador, com envolvimento de narrativa praticamente nulos. Como filmes reflexivos podem até funcionar, mas como entretenimento são um completo fracasso!
Maratona Terry Gilliam
Assistido em 24 de julho de 2023
Minha avaliação: 4,0/10
Os 12 Macacos
3.9 1,1K Assista Agora"Os 12 Macacos" era um dos principais filmes que eu queria ver quanto antes, mas por inúmeros motivos sempre acabava adiando… A presença de Bruce Willis de ator principal e, de Brad Pitt como coadjuvante, foi mais que um bom motivo para eu ficar animado com o filme, já que são dois dos atores que mais gosto, além de ser o único filme em que ambos atuam juntos.
Este filme é mais um entre tantos outros longas-metragens sobre viagem no tempo, uma das abordagens mais clássicas entre filmes de ficção científica. A obra conta com uma narrativa bem amarrada, se revelando muito mais atrativa do que muitas outras produções do gênero, que querem chamar mais a atenção pelas engenhocas futuristas e efeitos especiais do que propriamente pela história. Eis um bom exemplo da junção entre a criatividade da ficção e o universo da ciência em prol de um bom filme.
Já vimos muito sobre ficção científica no decorrer dos anos, onde cada vez mais se prezou pelo rigor técnico. Contudo, dessa vez, toda a ideia de viagem no tempo e caos apocalíptico foram unidos a uma crítica bem formada, e um roteiro de tirar o fôlego, onde mesmo se prezando pela estética, a importância do filme consiste em criticar a psiquiatria, ou mesmo a definição de verdade e realidade.
Contestador e revolucionário! A maneira que a história fictícia é manipulada para retumbar na realidade é sensacional! Possuindo um rigor técnico extremamente notável. A atmosfera do filme é cautelosamente climatizada, indo de cortes bruscos a diálogos que soam inacabados para passar a mesma sensação de confusão de seus personagens.
Terry Gilliam é um diretor diferente, neste caso, trabalha com closes claustrofóbicos e ângulos imprevisíveis, com os movimentos dinâmicos sendo mais certeiros e claro, servindo de suporte as outras loucuras do diretor. Ele também é infalível ao climatizar o filme, com os cortes bruscos e os diálogos que sempre soam inacabados. E mais tarde, quando já está chegando ao fim, ele coloca detalhes que impressionam, tirando todo o clima bagunçado, filmando toques e olhares em movimentos de câmera lenta.
O filme peca por não dar muita ênfase ao ano de 2035, senti falta de uma exploração melhor sobre o presente da história, por conta disso, dá a impressão de ser uma obra incompleta. Entretanto, seu final é satisfatório, coerente e sem pontas soltas; que apesar de muitas ressalvas e de sua complexidade, não faz o telespectador ficar com cara de besta ao término de sua projeção. "Os 12 Macacos" não faz parte dos seletos filmes que considero os melhores de seu gênero, mas atende os requisitos mínimos de um bom filme sci-fi.
Este filme acabou ganhando uma adaptação em forma de série. Intitulado "12 Monkeys", com estreia em 2015 (vinte anos após o lançamento do filme) e finalizada em 2018; possuindo quatro temporadas. Quem sabe a série não seja mais abrangente que o filme do Terry Gilliam? Não custa nada conferir…
Maratona Terry Gilliam
Assistido em 14 de julho de 2023
Minha avaliação: 7,0/10
Brazil, o Filme
3.8 404 Assista AgoraVez ou outra busco expandir o que consumo sobre cinema, dessa vez, chegou a hora de conhecer alguns trabalhos do diretor Terry Gilliam. A primeira impressão que tive é que ele é um cineasta bastante criativo, além de prever muitos malefícios dos tempos modernos, que futuramente aconteceriam mesmo, ou piorariam muito ao decorrer das décadas. Trata-se de um filme visionário sobre o caos da vida cotidiana corrida e avassaladora.
O filme como era de se esperar, é recheado de críticas políticas e sociais, mostrando diversas situações de dificuldades em lidar com um estado dominado pelo autoritarismo e burocracia. A obra mostra acontecimentos que podem levar a pessoa a ter síndrome de burnout, como a correria para chegar ao local de trabalho em ponto; cargas horárias abusivas; condições de trabalho precárias; dependência da tecnologia; violação de privacidade, etc.
Nada melhor do que 'papel' para representar a burocracia, é tanto papel neste filme que chega a causar desconforto e tontura rsrs. O filme é muito bom no sentido de mostrar como o sistema funciona, por outro lado, deixa a desejar na sua parte fantasiosa, já que os sonhos e viajadas do protagonista não acrescenta praticamente nada a história. Se intencional ou não, o filme acabou sendo 'burocrático', o que é no mínimo contraditório rsrs.
"Brazil: O Filme", possui muitos pontos a se exaltar, principalmente na direção de Terry Gilliam, um diretor que provou não se perder, além de saber o que está fazendo. No entanto, seu filme careceu de uma história mais contundente e interessante, é aquele típico filme que você se distrai facilmente e faz outra coisa durante sua projeção. O filme sofre do mal de muitos longas atuais, que é ficar só nas críticas e ponto final, sendo insuficiente ao contar uma história envolvente e fraco como entretenimento.
O filme se chama "Brazil" devido à música brasileira "Aquarela do Brasil", que ganhou uma versão em inglês e faz parte da trilha sonora do filme. Apesar da coincidência, o nome do filme não tem nada a ver com a situação política do Brasil dos anos 80. Entretanto, o filme retrata muito como é o Brasil atualmente, um país retrógrado e com pouquíssima liberdade econômica.
Maratona Terry Gilliam
Assistido em 30 de junho de 2023
Minha avaliação: 6,0/10
Contato
4.1 804 Assista AgoraRobert Zemeckis é um cineasta que se destacou e fez muito sucesso nos anos 80 e 90. Seu primeiro filme de grande destaque foi "De Volta para o Futuro", de 1985, uma obra muito querida pelo público e também um grande sucesso de bilheteria, que mais tarde se tornaria uma trilogia. Após a conclusão de sua trilogia, Zemeckis dirigiu o filme "Forrest Gump", em 1994, onde ganhou o prêmio de melhor diretor, além de ganhar também o de melhor filme e roteiro. Basicamente com isso, ele zerou sua vida cinéfila, com no mínimo dois de seus filmes podendo ser considerados uns dos melhores da história do cinema.
"Contato" talvez não faça parte desses filmes mais badalados e lembrados do diretor, entretanto, acredito que o filme mereça tanto reconhecimento quanto os outros citados acima. Robert Zemeckis teve sabedoria para não se perder com estrelismo, e novamente entregou mais um grande filme! "Contato" pode parecer arrastado e sem dinâmica em seu início, mas a partir do momento que a protagonista faz sua grande descoberta, você sem perceber já está completamente imersivo na história.
Zemeckis é um grande especialista em conduzir narrativas de forma agradável e correta, seu filme é muito completo! Conseguindo ser convincente no drama; na ficção; no suspense; no romance e até mesmo no debate de fé vs. ciência, onde os assuntos são abordados de forma imparcial, sem atacar e ofender nenhum dos lados. Filme bem atuado, onde Jodie Foster e Matthew McConaugh estão bem à vontade e, em sintonia nos seus respectivos papéis.
Após este filme, sugiram tantos outros sobre o tema vida inteligente fora da terra, como: "A Chegada" (2016) e "Ad Astra: Rumo às Estrelas" (2019). No entanto, nenhum dos dois conseguiu chegar perto desse aqui, principalmente na sua parte filosófica, e mais ainda nos diálogos antológicos entre os personagens principais. Eis um exemplo de filme sobre o tema que não precisa de batalhas intergalácticas para prender a atenção do telespectador. Boa parte do filme ter dado certo foi graças a direção do Zemeckis, que conseguiu fazer algo fora do óbvio e sem ser banal.
Enfim, "Contato" é mais um belíssimo trabalho do competente diretor Robert Zemeckis, com peso emocional de história bastante envolvente, aliado a ótimos efeitos visuais e excelentes imagens espaciais, principalmente levando em conta a época da produção. Os anos 90 foi uma década tão forte para o cinema, que até mesmo os filmes menos conhecidos e os inferiores às principais obras daquele tempo, mesmo assim, conseguem ser muito acima da média em comparação aos filmes da década atual…
Assistido em 24 de junho de 2023
Minha avaliação: 8,5/10
O Predestinado
4.0 1,6K Assista AgoraTalvez tenha sido o filme de mais difícil avaliação e o que mais tive dificuldade de escrever uma crítica. Pois é um daqueles seletos filmes muito fora da caixinha, e um dos mais loucos da história do cinema. Seu roteiro não é exatamente ruim e mal escrito, no entanto, para meu gosto pessoal, ficou muito aquém do que eu esperava. Pois ele meio que te força a aceitar, ou querer compreender algo impossível de acontecer.
"O Predestinado" é um filme até em certo ponto interessante, conseguindo fisgar o telespectador com facilidade em seu início. Possui praticamente todos os elementos e características necessárias de um bom sci-fi, em uma obra carregada de mistérios e descobertas impressionantes. Entretanto, pecou demais pelos excessos e exageros em seus desdobramentos, em uma história que literalmente anda em círculos. Infelizmente não o achei essa Coca-Cola toda que muitas pessoas o julgam.
O protagonista é ela; ele; mãe; pai; filha; agente e terrorista. Ela se relaciona com sua própria versão masculina, acaba engravidando e gera uma filha que é ele mesmo, depois ele se sequestra e mais tarde descobre que o terrorista é ele mesmo, e o mata. Fim. Posso tranquilamente aceitar que pai e mãe são a mesma pessoa, devido à viagem no tempo, mas agora dar à luz a si mesmo?! Hahaha! Isso é impossível! E nem essa desculpa furada de ovo e galinha vai me convencer do contrário.
Estava realmente gostando do filme até o desfecho da cena do bar. Mas acabei me sentindo um tremendo 'bocó' vendo a revelação principal desse filme, para mim soou extremamente forçado e, demasiadamente pretensioso e presunçoso. Uma obra que não têm limites com o bom senso, que passa por cima dos conceitos da biologia e física. O filme dos irmãos Spiering deixa aquela sensação desagradável de sua história não chegar a lugar algum.
E eu inocente achava que os dedos de salsicha e plugues anais do filme "Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo", seria uma das coisas mais bizarras que veria na vida, estava redondamente enganado! Até gosto de algumas coisas bizarras para assistir, pois no ramo da ficção isso é até "normal", mas neste caso não comprei a ideia do filme, mesmo ele sendo bem curioso de se acompanhar. Além disso, entrega um final bem anticlimático. Enfim, não gostei!
Um detalhe importante a se destacar aqui, é que o apelido do terrorista do filme era 'tolo'. Uma indireta perfeita para os telespectadores, pois é exatamente assim que me senti ao término desta obra. É um filme que não indicaria a ninguém, a não ser para às pessoas com a mente aberta, o que definitivamente não é o meu caso rsrs.
Assistido em 17 de junho de 2023
Minha avaliação: 4,5/10
Gattaca, uma Experiência Genética
3.9 650 Assista Agora"Gattaca" é um filme muito à frente de seu tempo, funciona perfeitamente como um espelho do mundo atual, sendo impressionante de se ver que muitas coisas retratadas nesse filme realmente estão acontecendo. Numa era de politicamente correto, se você não for perfeito, você não presta e não serve para nada! Vivemos em um mundo autoritário e extremamente ganancioso! Onde às pessoas no trabalho não podem ficar doentes, que o patrão já pensa em demissão e, em casos mais absurdos pegam no seu pé até quando você precisa ir ao banheiro.
Filme de estreia de Andrew Niccol como diretor e roteirista. Para começar bem, ele teve uma ideia de roteiro interessante e autoral, retratando um tipo de preconceito bem diferente do que estamos acostumados em ver no cinema convencional. Soube também escolher a dedo atores de bons nomes e, graças a isso o filme se sustenta bem! Com bons personagens e atuações exemplares. É um filme muito bom e acima da média, mesmo com algumas falhas no andamento da história.
Trata-se de um filme que aborda um mundo distópico, onde às pessoas que são concebidas de maneira natural serão consideradas inválidas pelo governo e grandes corporações. Com isso, acabam sendo discriminados pelo sistema, passando longe de terem às mesmas oportunidades das pessoas que foram concebidas artificialmente em laboratórios. O filme apresenta uma versão distorcida de realidade, onde os feitos de engenharia mudaram a sociedade atual, tentando explorar às considerações éticas.
Embora tenhamos a sensação de que este futuro mundo distópico ainda não começou a transportar "pessoas imperfeitas" para as câmaras de gás, você se pergunta se isso não será só uma questão de tempo? Além da sensação de que toda essa filosofia de mania "eugênica" deixou o mundo profundamente perdido e infeliz. "Gattaca" é um conto de fadas agridoce, que se concentra no esforço da humanidade pela perfeição em meio à crueldade esmagadora dos preconceitos da sociedade. Um filme ricamente temático e instigante.
Apesar de ter fracassado nas bilheterias em sua época, “Gattaca” com o passar dos anos foi ganhando o reconhecimento que merece. Uma das ficções científicas mais realistas e impactantes já feitas para o cinema e, também um dos grandiosos filmes da década de ouro dos anos 90, mesmo que não sendo um dos mais lembrados. Sem dúvidas é um dos filmes mais importantes de seu gênero, principalmente pelos acontecimentos atuais no mundo em relação à tecnologia.
Assistido em 30 de maio de 2023
Minha avaliação: 8,0/10
Velozes e Furiosos 10
3.0 300 Assista Agora"Velozes e Furiosos" é uma franquia que aos poucos foi conquistando muitos fãs ao redor do mundo e, consequentemente foi se tornando cada vez mais lucrativa ao longo dos filmes. Seu sucesso é impressionante! Principalmente por continuar dando lucro mesmo após a fatídica morte de Paul Walker, que era um dos protagonistas da franquia. Além de terem perdido o roteirista Chris Morgan, que estava estabelecido na franquia desde o terceiro filme, sendo um dos responsáveis pelas mudanças e reinvenção da saga para algo mais grandioso! Apesar desses contratempos, "Velozes e Furiosos" seguiu em frente sem perder prestígio dos fãs.
A franquia com este décimo longa estabelece de vez sua terceira década de filmes produzidos, uma marca mais do que expressiva, ainda mais se considerarmos o desgaste natural da franquia. "Velozes e Furiosos 10" arrecadou em seu primeiro final de semana mais de $300 milhões de dólares globais, um faturamento inicial bom demais! Se considerarmos que essa décima parte da saga foi um dos filmes mais avaliados negativamente pelos críticos de cinema. É uma franquia com muita força, pois também vêm ganhando muito hate dos cinéfilos cults, mas mesmo assim, segue com fôlego para mais filmes futuros.
Como fã da franquia, acompanho os filmes desde quando eu era guri, por tanto, a saga para mim têm um grande sentimento de nostalgia, devido aos primeiros filmes serem focados em rachas de rua. Com os carros tunados saindo de moda, aos poucos a franquia foi deixando de lado às corridas, se reinventou e acabou virando uma série de ação policial envolvendo crimes; vingança; missões internacionais e luta pela sobrevivência. Com isso, o objetivo dos filmes subsequentes eram de ser cada vez mais insanos e mirabolantes, funcionando como uma evolução da franquia.
Fui ao cinema e já sabia o que esperar, o filme entrega muitas explosões, destruição de veículos, tiros, porradas e boas doses de mentiradas e exageros, ou seja, a essência atual da saga mais presente do que nunca. Ainda assim, não têm os absurdos estratosféricos como, Tej e Roman terem ido ao espaço numa espécie de carro-foguete improvisado e, Toretto atravessando um penhasco para o outro, com seu carro pendurado em uma corda de ponte. Justin Lin já estava viajando na maionese e perdendo a mão na direção há um bom tempo, sua saída da direção fez muito bem a franquia. Garanto a todos que esse filme dá no mínimo de dez a zero no seu antecessor.
O grande destaque e surpresa do filme é sem dúvidas o vilão Dante (Jason Momoa), além de roubar a cena, o ator entendeu perfeitamente a essência dessa franquia, incorporando um vilão irreverente; caricato; lunático e sem escrúpulos, com uma sede insaciável por vingança! Tirou onda coringando em vários momentos hahaha. Foi de longe a melhor coisa do filme, inclusive superando às cenas de ação do mesmo. Um personagem marcante que trouxe respiro a franquia.
Pode aparentar ser repetitivo, mas todos os filmes "Velozes e Furiosos", ao menos, teve uma cena de ação que jamais foi filmada em outros filmes e, aqui não foi diferente. A cena do submarino do oitavo filme é um bom exemplo disso… Por isso, é sucesso garantido em quase todos os filmes já lançados, sempre dão um jeito de surpreender em uma cena inédita de ação.
Vale ressaltar também o grande trabalho da produção, onde a maioria das cenas de ação foram feitas com efeitos práticos, dispensando o uso exagerado de CGI. Destaque para às cenas de Roma e a cena alucinante da represa, onde Toretto desafia às leis de Newton, em seu lendário Dojão Preto com suspensão de titânio. No mais, gostei da referência a Rocket League e ao caminhão do Optimus Prime.
"Velozes e Furiosos 10" é o primeiro filme da saga a ter um final em aberto, deixando várias lacunas e incertezas sobre o futuro de muitos personagens importantes. Com excesso de personagens coadjuvantes, tudo ficou para o décimo primeiro filme da franquia.
Assistido no cinema em 24 de maio de 2023
Minha avaliação: 8,0/10
Lunar
3.8 686 Assista AgoraDependendo da situação, nem sempre é fácil de se fazer um filme, ainda mais com poucos recursos e sem experiência na direção de um longa. Duncan Jones faz sua estreia como cineasta, apostando em um sci-fi existencialista de bastante identidade pessoal. Temos mais uma prova de que a criatividade supera a falta de investimentos adequados, pois, "Lunar" surpreende em vários pontos, com o trabalho de Duncan Jones tirando leite de pedra.
Trata-se de um filme enxuto cuja narrativa vai crescendo gradativamente, oferecendo recompensas discretas, mas o roteiro conta com uma boa dose de surpresas que conspiram para a confusão do personagem. Uma obra que cria certo interesse por elementos explorados de maneira econômica, funcionando como segundo plano, como a que envolve a esposa do astronauta, a organização responsável pela base lunar e, até a própria vida na Terra, que se alimenta da energia proporcionada pelo trabalho realizado na Lua.
O filme é pautado em pesquisas científicas e emprega esse cenário para abordar temas como individualidade, identidade, resistência e isolamento. O roteiro é bem escrito e, todas as questões propostas são respondidas satisfatoriamente ao decorrer do filme. Duncan Jones cria sensações excelentes de solidão e rotina, onde Sam Bell é um sujeito fechado em uma estrutura, com uma missão a cumprir. Ele está cansado, desanimado da vida e da solidão de trabalhar numa missão espacial em outro planeta.
"Lunar" funciona basicamente graças ao bom trabalho de atuação de Sam Rockwell, que soube explorar diferentes vertentes de um mesmo personagem. Seja pelo seu lado mais frio ou mais psicodélico, indo de um extremo ao outro sem comprometer a atuação e, sem deixar de fazer o telespectador acreditar que se trata do mesmo personagem, mas que se encontram em momentos distintos daquela mesma jornada.
Não achei o filme lento e maçante como alguns relataram aqui, por ser um filme praticamente de apenas um personagem, seu ritmo é normal para sua proposta. Com certeza, "Lunar" é um dos melhores filmes "pequenos" de seu ano, pois mesmo com orçamento baixíssimo, deixa muitos blockbusters comendo poeira da lua rsrs.
16 de maio de 2023
Minha avaliação: 8,0/10
Contra o Tempo
3.8 2,0K Assista Agora"Contra o Tempo" era um filme que não estava nas minhas prioridades para este ano, entretanto, decidi assisti-lo agora. Com Jake Gyllenhaal em mais um protagonismo de destaque, além da lindona Michelle Monaghan de coadjuvante e, pela direção de Duncan Jones (responsável pelo bom filme do mesmo gênero: "Lunar"). Esses foram os bons motivos para eu antecipar a sessão desse filme.
Os Americanos gostam muito de produzir filmes que se passam em trens, como, por exemplo: "Incontrolável (2010)"; "A Garota no Trem (2016)" e o mais recente de todos; "Trem-Bala (2022)". São obras para todos os gostos, ação; crime; policial; suspense; comédia, etc. O diretor Duncan Jones teve uma ideia bastante original, criou um cenário nos trilhos de um trem e adicionou os principais elementos conhecidos de filmes sci-fi, além da eficiência na criação de tensão (o básico do suspense).
O roteiro acabou ficando um pouco atropelado, devido ao tempo curtíssimo de execução ser menos de 90 minutos (sem contar os créditos finais), e também aparentou ser um filme desconexo em seu início, mas com o desenrolar dos fatos, às peças foram se encaixando gradativamente. Apesar dos defeitos, o filme se sobressai graças a sua objetividade, indo direto ao ponto, com apresentação dos acontecimentos em ritmo frenético e dinâmica satisfatória.
Um ponto crucial que gostei bastante do filme; é que ele é inteligente, mas sem ser pretensioso! Não tentou ser mais do que é na realidade e, isso eu valorizo muito! A história não possui furos e, às explicações são totalmente verossímeis, isso para um filme de ficção científica é muito louvável. A trama além de ser bastante interessante, ainda revela boas surpresas para o telespectador.
É disparado o melhor filme da década desastrosa da Summit Entertainment, onde basicamente somente esse filme se salva. Foi a responsável por grandes porcarias cinematográficas como: "Saga Crepúsculo (2010-2012)"; "Meu Namorado é um Zumbi (2013)" e "Dezesseis Luas (2013)". Além de fracassar com a franquia "Divergente", onde nem final conseguiram entregar. Provavelmente por esses motivos que o estúdio está em baixa atualmente.
O filme não chega a fazer parte da seleta lista dos melhores e maiores clássicos de seu gênero, mas com certeza é um feijão com arroz muito bem-feito e bem temperado na medida certa. Duncan Jones assina mais um bom filme de ficção, espero que ele não demore anos para fazer mais filmes nesse estilo.
Assistido em 3 de maio de 2023
Minha avaliação: 7,5/10
Donnie Darko
4.2 3,8K Assista Agora"Donnie Darko" é mais um filme sci-fi bem famoso que fiquei devendo, mesmo sendo da época em que praticamente todo brasileiro só tinha a TV aberta como opção para ver filmes. Decidi assistir à versão do diretor com 20 minutos de cenas extras, sendo provavelmente mais abrangente e completo que a versão de cinema, além de um facilitador na compreensão do filme.
É um dos principais patrimônios históricos do cinema anos 2000, onde felizmente o cinema estadunidense ainda estava longe de enfrentar a sua pior crise. Os avanços tecnológicos fizeram bem aos filmes no sentido visual, porém às facilidades das tecnologias afetou o processo criativo dos filmes da década atual, deixando muitos produtores, diretores e roteiristas mais relaxados em seus projetos. "Donnie Darko" foi bem-sucedido em um filme de ficção científica, sem depender completamente de CGI de última geração.
Richard Kelly é um diretor conhecido por uma obra só, será que foi golpe de sorte? Sim ou não… o que importa é que aqui ele conseguiu realizar um filme interessantíssimo, intrigante, inusitado e cheio de camadas, que apesar do ritmo lento, deixa o telespectador vidrado em tela graças a imprevisibilidade de sua trama. O filme possui um grande roteiro intrincado, com complexidade na medida certa aliada a muitas bizarrices e demências (até lembrou alguns filmes asiáticos, mas infelizmente sem o mesmo nível de extremismo e visceralidade do oriente).
Embora seja um filme sobre adolescentes, passou longe de todos os clichês e chatices da temática e acabou sendo o grande diferencial do filme. Jake Gyllenhaal na época bem gurizão já mostrava ser um ator bem acima da média, passou com convicção toda a confusão existente na mente de seu personagem, em uma apresentação sublime. A obra conta com bons personagens secundários e bem misteriosos.
Apesar de ser bem focado no drama e suspense, os elementos de um bom filme de ficção científica estão bem presentes e consistentes no filme. O diretor e produtores deram um olhar diferente para os subgêneros de sci-fi, com conceitos poucos ortodoxos e um grande grau de ineditismo em sua história. O filme têm uma pegada bem doida, é totalmente fora da caixinha e com um final de explodir a mente. Na minha opinião, só vale a pena assistir se você tiver experiência com filmes de difícil discernimento.
Gostei bastante do filme, talvez se eu fosse direto ver a versão de cinema não teria a mesma opinião, já que não costumo gostar tanto de filmes que deixam várias pontas soltas. Essa versão do diretor foi uma ótima ideia, para dar uma direção um pouco mais lógica aos acontecimentos, além de proporcionar aos telespectadores interpretações mais certeiras.
Assistido em 21 de abril de 2023
Minha avaliação: 8,0/10
John Wick 4: Baba Yaga
3.9 695 Assista AgoraVou começar agradecendo a militância woke, por novamente me fazerem dar gargalhadas, ao opinarem e chorarem muito devido a um filme feito para "macho". Frases como: "É masculinidade tóxica branca"; "É uma ode sádica, e interminável, à testosterona" e a pior de todas; "É a fantasia do macho imbroxável" (essa última escrita por um jornal do RS, fazendo os gaúchos passarem vergonha 🤦♂️). Toda essa repercussão negativa por parte de uma minoria, me deixou animado a conferir "John Wick 4: Baba Yaga" nos cinemas. Já que quase tudo que essa galerinha não gosta, costuma ser maravilhoso para o bom cinéfilo.
Com uma trajetória ascendente nas bilheterias, os produtores da franquia resolveram apostar muito alto neste filme, ousaram na duração e num investimento maior, com o intuito de proporcionar a melhor qualidade possível. A longa duração não comprometeu o entretenimento, já que os minutos a mais foram muito bem utilizados para a apresentação dos novos personagens. Às quase três horas de filme passam muito rápido, pois souberam esticar o filme inteligentemente, sem encheção de linguiça.
Adorei todas às novas adições de personagens. Com exceção do "Marquês", ninguém é fraco e souberam valorizar bem os coadjuvantes, onde todos participam ativamente do filme, sem ficar preso somente ao Keanu Reeves. O Donnie Yen (Caine), em minha visão, foi o melhor personagem secundário, tirou muita onda e humilhou geral! Acho ele um ator muito subestimado, e já tinha passado da hora de finalmente ganhar um papel de destaque em Hollywood. Torço muito para um possível spin-off de seu personagem.
Este filme deu um belo exemplo de como se fazer representatividade sem vitimismo, sem militância, sem diminuir o sexo oposto para exaltar o outro e sem cansar o telespectador. Temos negros, asiáticos e até mesmo um cego; em personagens interessantes bem desenvolvidos, que não são insuportáveis. Um excelente exemplo a ser seguido por todos os estúdios do mundo!
Acredito que não faz sentido algumas pessoas reclamarem demais pelo fato do filme ser muito mentiroso, já que isso fica evidente desde seu segundo filme, ou seja, desde o início a franquia é bem honesta com seu público. Quem esperava algo diferente disso viajou na maionese, já que franquias como: "Missão: Impossível" e "Velozes & Furiosos", foram ficando cada vez mais mirabolantes em suas sequências. "John Wick" apenas seguiu o padrão das sagas de ação mais famosas.
Os telespectadores podem reclamar dos ternos a prova de balas, que praticamente tornaram os personagens semi-imortais. Mas isso trouxe dificuldade e desafio a mais nos confrontos, já que simplesmente matar uma pessoa com uma arma de fogo, pode ser uma ação extremamente difícil dependendo da situação. Desde o primeiro filme, a franquia "John Wick" nunca teve compromisso com a verossimilhança.
Keanu Reeves não emplacava uma franquia de sucesso desde a trilogia "Matrix", a sina chegou ao fim com seu personagem John Wick. Todos os quatro filmes da franquia são acima da média, e o mais impressionante disso tudo é que todos os filmes são a mesma coisa; repetitivo ao extremo. Entretanto, não deixa de ser sensacional, empolgante e visceral. É mais do que merecido ao Keanu Reeves esse sucesso todo, principalmente pela sua história de vida.
"John Wick 4: Baba Yaga" e os outros filmes da franquia resgataram o bom e velho cinema de ação dos anos 80 e 90, com uma pegada moderna, mas sem perder a essência dessa época. Um respiro ao cinema escapista, que vinha sendo dominado e monopolizado pelos blockbusters de super-heróis. Os telespectadores precisam de mais filmes com esse tipo de entretenimento.
Assistido no cinema em 3 de abril de 2023
Minha avaliação: 9,0/10
A Outra Terra
3.7 874 Assista AgoraEsse foi mais um filme em que esperava ver mais foco na ficção, mas infelizmente não foi o que aconteceu, acabou ficando em segundo plano. Novamente fui tapeado. Mas ao menos compensa com um roteiro contundente, com conteúdo interessante (mas pouco explorado), premissa bem desenvolvida e que foge dos padrões mais vistos ultimamente do gênero.
Muitos filmes de hoje em dia sobram em investimento, com orçamentos astronômicos! Mas no fim das contas acaba faltando roteiro e desenvolvimento de personagens. Com "A Outra Terra" aconteceu o oposto, roteiro e bons personagens tivemos, mas faltou orçamento e mais tempo em tela para explorar melhor seu conteúdo; realidades paralelas, visual científico, etc.
O filme apostou mais em um drama clássico, que aborda tragédia, perdas, dores emocionais e degradação humana. Trabalha muito bem a atmosfera de melancolia e sentimento de culpa da protagonista, com clímax de vazio existencial crescente ao decorrer da trama. Nisso o filme conseguiu ser bem-sucedido, contando uma história de acontecimentos pesados.
Imagina o soco na mente que seria se você descobrisse que a mulher que você deu uma trepadinha e se apaixonou, matou o seu filho e sua mulher grávida no passado em um acidente de carro e ainda te deixou em coma...
O drama só tem valor devido aos interessantes elementos da ficção científica na trama, que ficaram infelizmente ofuscados. O desenrolar do pós-tragédia é comovente, mas soa convencional em sua essência. Além disso, o longa pode cansar o telespectador pelo didatismo (toda a complexidade teórica é bastante esmiuçada), pelo ritmo lento e por ter uma narrativa de traços existencialistas carregados de depressão e compaixão.
Ainda que o diretor e roteirista Mike Cahill erre a mão em alguns detalhes, como na direção pesada em alguns momentos, em alguns furos de roteiro e na condução da câmera em alguns planos e zoons exagerados. Mas acerta em outros, trabalha bem a fotografia azulada e a trilha sonora na composição da atmosfera do longa. “A Outra Terra” funciona como drama, mas talvez fosse ainda melhor se realmente fosse um filme de ficção científica.
Assistido em 2 de abril de 2023
Minha avaliação: 6,5/10
Sr. Ninguém
4.3 2,7KNão costumo ser um telespectador muito assíduo dos filmes europeus, mas ainda assim, ocasionalmente costumo pegar alguns para assistir. Recentemente me surpreendi com o diretor Espanhol Oriol Paulo, seus poucos filmes na carreira foram mais que suficientes para entrar na minha lista de diretores favoritos. "Sr. Ninguém" me pareceu uma boa alternativa de diversificação, já que sempre gosto de estar por dentro das novidades do gênero Ficção Científica.
Infelizmente não tive a mesma experiência dos demais telespectadores com este filme. Não me agradou à edição e montagem da obra, achei tudo muito excessivamente aleatório, hora era o adolescente "Nemo Ninguém" em tela, em outra cena ele já adulto e logo em seguida volta o personagem como criança, e assim segue o filme até o seu final. A direção para mim também deixou a desejar, filme com muitos cortes em meio a uma edição caótica, em alguns momentos desconexa e principalmente sem foco (lembrando muito às características do filme "TENET", de 2020).
Outro ponto decepcionante a ser destacado é que os termos científicos praticamente nem foram explorados neste filme, nem mesmo parecia ser um filme de ficção científica, além de alguns conceitos apresentados serem desinteressantes. Também achei o peso emocional da história fraco, filmes como "Vingadores: Guerra Infinita" e "Top Gun: Maverick", por exemplo, conseguiram ser mais emocionantes, mesmo sem ter essa finalidade.
Para não dizer que não curti nada, gostei da escolha dos atores jovens serem parecidos com suas versões adultas, das atuações de todo o elenco e da maquiagem do protagonista na sua versão de velhinho. Entretanto, isso é muito pouco para um filme muito positivamente conceituado pelo público, ainda mais quando o filme não consegue surpreender na sua própria proposta.
O filme nada mais é que uma colagem de "2001: Uma Odisseia no Espaço", "Efeito Borboleta", "Déjà Vu", entre outros do gênero, só que bem inferiores aos filmes citados, principalmente no nível de entretenimento. Com isso, não consegui enxergar esse tal de ineditismo que muitos elogiam nesse filme. Com um ritmo morno acabei perdendo o interesse em boa parte da obra, com exceção da meia hora final, onde o filme melhora significativamente, mas ainda assim, insuficiente para que ao menos o considera-se um bom filme.
Assistido em 29 de março de 2023
Minha avaliação: 5,5/10
Shazam! Fúria dos Deuses
2.8 352 Assista AgoraCom grandes chances de "Shazam! Fúria dos Deuses" fracassar nas bilheterias, é capaz de sair dos cinemas primeiro que "Avatar 2", que estreou ano passado. Isso se deve provavelmente porque o primeiro filme foi bem fraquinho, sendo um dos piores do DCEU. Parece que a DC irá pagar muito caro pelas cagadas que fez de demitir o Zack Snyder e Henry Cavill...
Em início de maio já deve estar disponível o filme em HD no Torrent.
[Edit]: Já saiu o bluray 100% para baixar em 9 de abril de 2023. Flop total kkkkkkk.
20 de março de 2023
Efeito Borboleta
4.0 2,9K Assista AgoraSou um grande admirador de filmes de ficção científica, é o gênero que está há tempos em alta no mercado cinematográfico, e também oferecendo, em minha opinião, às maiores possibilidades de um filme ficar bom. "Efeito Borboleta" é um dos principais e mais lembrados do gênero no início do século XXI, ficando também bastante famoso no Brasil e sendo febre nas locadoras da sua época. Apesar disso, foi um filme que fiquei devendo por anos…
A forma de como a história é contada é muito interessante, com roteiro super criativo e original, em uma sucessão de desdobramentos surpreendentes. O ritmo do filme é bastante agradável, já que a cada volta ao passado não dá para prever o que irá acontecer nas cenas seguintes. Com isso, já ganha o status de filme acima da média, graças a sua imprevisibilidade, ousadia e montagem diferenciada.
Apesar dos elementos sci-fi, é um filme mais voltado para o drama, em um enredo bastante melancólico, que foca em traumas, perdas, dores emocionais, sofrimento psíquico, etc. A situação do protagonista é bem delicada e desesperadora, chega a dar pena dele tamanho o azarão que ele é… Apesar de poder mudar o passado e trilhar novos futuros, os erros e escolhas equivocadas custam caro e a vida não perdoa…
Um filme sobre o lado bom e obscuro da vida, abordando diversos temas distintos como, amizade, amor, pedofilia, alcoolismo, vícios, sadismo, violência, etc. "Efeito Borboleta" é uma obra alucinante e dolorosa, sobre às consequências de nossos atos, de como somos capazes, com simples gestos, de produzir tragédias homéricas para terceiros e para nós mesmos. Filme complexo e profundo, para te fazer refletir sobre a vida e te deixar pensante durante dias…
Sempre achei o Ashton Kutcher um ator mediado, onde a maioria dos seus filmes são irrelevantes e fracos para a sétima arte. Mas aqui, foi uma boa surpresa. O ator se mostrou apto para atuar em filmes fora da sua bolha de comédias românticas batidas e sem graça, provavelmente não deu sorte e praticamente seguiu sua carreira com agente ruim. "Efeito Borboleta" é disparado seu melhor filme na carreira, já "Jobs (2013)", considero a sua melhor atuação.
Descobri por acaso que este filme possui quatro finais. O primeiro é a versão oficial de cinema (a que assisti). O segundo é a versão do diretor, com um desfecho bem diferente da versão normal, contendo alguns minutos a mais, sendo o mais comum de se encontrar para baixar online. Já os outros dois finais alternativos, segue mais ou menos o desfecho da versão oficial de cinema, com pequenas mudanças nas cenas finais. Particularmente gosto mais da versão normal do filme, achei mais coeso e sensato que a versão do diretor, essa versão dos diretores apela demais! Com um final para tentar chocar o telespectador, mas não passa de um desfecho sem sentido e inverossímil.
Assistido em 10 de março de 2023
Minha avaliação: 8,5/10
Primer
3.5 490 Assista AgoraDescobri esse filme por acaso, já que ele não é muito conhecido no Brasil, nem mesmo ganhou dublagem. Ganhou minha atenção por se tratar de algo super interessante, com uma ótima ideia na teoria e um certo ineditismo em sua história. Adoro filmes sobre ficção científica, por tanto, não poderia deixar essa obra passar em branco.
Esqueça tudo que você crê ser muito complexo e impossível de entender à primeira vista. "Primer" certamente é um dos filmes mais complexos da história do cinema, ganha fácil de qualquer outro filme famoso de difícil compreensão. Seu desenvolvimento não-linear aumenta e muito o desafio para a mente.
O filme se caracteriza por ser quase cem por cento desenvolvido por diálogos, e em nenhum momento é mencionado do que realmente se trata, conta com um roteiro super intricado que exige muita atenção e interpretação do espectador. Se você busca um grande desafio mental, esse filme é ideal para rachar a cuca e resolver um grande quebra-cabeça.
Saquei que se tratava de um filme sobre viagem no tempo, mesmo não sendo muito claro isso, só que aqui é apresentado um novo conceito sobre o tema, tornando o filme muito instigante e único sobre o que retrata.
Não gostei muito da edição do filme. Entretanto, têm que considerar o baixíssimo orçamento, o improviso e criatividade para realizar um filme sci-fi sem o uso de efeitos visuais. O filme surpreende ainda mais por ser atuado por atores amadores e também por ser a estreia de um diretor promissor.
Altamente recomendável para quem quer assistir algo que foge dos roteiros e histórias convencionais. No Entanto, exige muita paciência do espectador, já que o filme foi feito propositalmente para ser assistido mais de uma vez, para a obra poder ser compreendida com mais clareza.
4 de março de 2023
Minha avaliação: 7,0/10