Tenho lido muitas críticas e comentários a respeito do filme, e um comportamento me chamou a atenção no meio de tudo o que li. Aqueles que não gostaram do filme tem visto seus argumentos ou experiência serem reduzidos por aqueles que gostaram, em comentários como: "Esse filme é diferente da fórmula marvel, então se esperarem um filme típico do MCU, vão se decepcionar". E eu acredito que, nem de longe, esse seja o sentimento real de quem não gostou do filme.
Apesar da abordagem diferente tanto em narrativa quanto em filmografia, Eternos não conseguiu desenvolver um aspecto essencial quando se conta uma história, que é o desenvolvimento de suas temáticas. O filme tem um claro excesso de personagens e tramas, com os quais tenta lidar ao mesmo tempo que constrói uma atmosfera intimista e grandiosa. O grande erro foi não desenvolver os temas que elenca através de seus personagens e conflitos, fazendo com que estes temas sejam apenas citados. No começo do filme a Duende se disfarça de mulher adulta e flerta com um homem na balada, e esta cena não recebe qualquer significado até o momento no final, onde descobrimos que ela gostaria de ser humana. O seu desejo de experimentar e viver uma vida humana plena só é apresentado na conclusão do filme. Sua paixão pelo Ikaris não tem motivo ou propósito até que se faz conveniente no fim.
A relação do Ikaris e a Sersei é tomada de cenas bonitas e vazias, uma vez que não é possível entender o porquê deles se amarem. O que exatamente despertou na Sersei o amor por ele? Não há admiração, reconhecimento ou qualquer gatilho que dê para nós, espectadores, motivos para acreditar que eles se amam tanto a ponto de ficarem juntos por 5000 anos. O mesmo vale para ele em relação a Sersei. Quando ele diz que está apaixonado por ela, fiquei sem entender quando isso aconteceu, porque até aquele momento, não havia qualquer sugestão de interesse que fundamentasse o sentimento. O que o atraiu nela? Força? Resiliência? Sensibilidade? Beleza? Capacidade? Inteligência? Não sei. É impossível não comparar esse casal, a outro bem conhecido no cinema, Bela e Edward de Crepúsculo.
Apesar do acerto de não transformar aspectos comuns em grandes discussões, como a surdez da Makkari e a sexualidade do Phastos, temas importantes são levantados pelo filme e nunca aprofundados, entre eles a natureza dos Eternos, Deviantes e Celestiais, a relação entre criador e criatura, o livre-arbítrio da humanidade frente a interferência dos Eternos (que tem passagens como a do Druig controlando mentes para evitar conflitos, o Phastos acelerando o desenvolvimento tecnológico humano, o sacrifício da humanidade para o nascimento de um celestial e por ai vai), os Deviantes e Eternos e seu antagonismo e os conflitos pessoais dos Eternos frente a sua existência maquinada.
Por fim, a motivação do Ikaris em impedir o plano dos outros não tem nenhuma explicação. Ele é fiel ao Celestial e apenas isso. Não há conflito entre sua personalidade (seja ela qual for), natureza, propósito ou vontade. É impossível para mim só aceitar essa lealdade sem qualquer motivo, ainda mais depois de descobrir o que isso significa e significou. A Ajak não tem função na história, assim como a doença da Thena e o vilão Deviante. Estes elementos existem única e exclusivamente para servir a uma narrativa que não se importa com eles. O único acerto deste filme, além da sua filmografia, é na subjetividade da relação entre Makkari e Druig, e Gilgamesh e Thena, e mesmo essas relações se baseiam mais no carisma dos atores, que o texto em si.
Filme completamente vazio, vai do nada ao lugar nenhum. A protagonista não tem personalidade, só um estereótipo idiota de garota com grande coração. Não há qualquer discussão sobre os temas que são citados nele, e ficam só nisso mesmo. O design de produção e dos personagens é bonito, mas somente isto, totalmente mediano.
Achei o filme fraco, principalmente por vir após Soul, que é uma das melhores coisas já produzidas pela Pixar. Luca nunca chega a lugar algum, tem dificuldade em estabelecer conflitos, e os que consegue fazer são sem peso real. Acho que se dedicaram muito a boas composições, e esqueceram do que iriam contar com elas.
Os personagens são pouco ou nada criativos, não há sensação de perigo real e, as situações são desdobradas em simples aventuras que em nada avançam a historia. A animação é bonita, viva e vibrante, mas carece de narrativa e identidade própria. Lembra bastante O Bom Dinossauro nesse aspecto, com exceção de que este tem seu tema bem claro.
Ser lançado logo em seguida a Soul agrava a experiência, uma vez que Luca nem de longe è capaz de evocar a qualidade do seu antecessor. É uma pena, mas não foi dessa vez.
Arrogante, pedante, presunçoso e desleixado, tudo o de pior que o Nolan tem a oferecer. A vontade exagerada de demonstrar sua capacidade, fez com o que o diretor complexificasse desnecessariamente uma narrativa simples, deixando-a cansativa e enormemente desinteressante. Um grande desperdício do talento de seus atores, que se esforçam para entregar o pouco que receberam. A trilha sonora parece reciclada de suas outras obras, com nenhum impacto no público.
Tudo o que lhe restou foram as cenas de ação, que apesar de boas, acontecem em um contexto em que nada inspira apego ou significado ao observador, são pura e simplesmente demonstração da capacidade do diretor, que investiu mais em sua construção, que na relação dos seus personagens e a história em si. É uma pena que tenha se entregue a soberba, alguém com sua capacidade não precisa disso. Confiar em suas próprias capacidades é excelente, mas não ao ponto de destruir o que lhe faz bom.
Filme feito por brancos para que outros brancos não se sintam mal ao pensar no quão racistas são, afinal, eles ainda podem mudar. Esse filme quando não me fazia sentir raiva do quão imbecil é, me fazia sentir vergonha de sua existência.
Eu adoro esse filme, mas ele me deixa mais triste que feliz em seu decorrer. Nenhum profissional deveria ter que escolher entre fazer bem seu trabalho e sua vida pessoal. A ideia romântica de um professor que se sacrifica em três empregos para conseguir lecionar é algo assustador, principalmente vendo como o estado não está nem ai para seus esforços, e que seus colegas podem te sabotar por puro egoísmo e teimosia.
De longe minha animação favorita. A jornada de crescimento do Kenai é tão sensível que me arrepio só de lembrar. Coerente narrativa e tematicamente, com bons coadjuvantes e uma trilha sonora excepcional. Não me canso de rever. Sem defeito algum.
Visualmente deslumbrante, canções belíssimas e um apuro narrativo incrível. Impossível não se conectar com a mensagem do filme, afinal todos já perdemos alguém.
A cena em que a Jyn desmorona vendo a mensagem do pai é linda, assim como todo o filme é. Transformar a missão em um personagem é louvável, sem defeitos.
Esse é tranquilamente o melhor filme sobre um super heroi já feito. Tudo aqui funciona, desde a abertura incrível com desenhos do Alex Ross, ao tema sensivelmente abordado. É a melhor representação do Aranha e de todos os outros personagens. A fala da Tia May sobre o significado de ser um heroi continua tocante e funcional. Todos os arcos encontram um fim pra lá de digno. Embora muitos não gostem, o Tobey Maguire tem uma forma de interpretar que me toca profundamente. Um filme sobre valores hoje ausentes. E as sequências de ação não envelheceram nada. Não há nos filmes de heroi desde então, nenhuma cena que resuma tão bem um personagem quanto a do Aranha parando o trem.
A discussão sobre a ética de se consumir carne é vaga, mesmo que graficamente violenta e impactante. Perderam a chance de serem relevantes com esses personagens insuportáveis.
Lembro quando vi esse filme. Ele me fez pensar em muita coisa a respeito da minha vida e como me relaciono com a solidão. Talvez precise rever, mas acho sensacional.
É o Tarantino dando aula sobre a estética da violência. Isso tem um ponto negativo que não vem ao caso. Podia ser uns vinte minutos mais curto, mas os diálogos são tão bons que não tem problema.
Eternos
3.4 1,1K Assista AgoraTenho lido muitas críticas e comentários a respeito do filme, e um comportamento me chamou a atenção no meio de tudo o que li. Aqueles que não gostaram do filme tem visto seus argumentos ou experiência serem reduzidos por aqueles que gostaram, em comentários como: "Esse filme é diferente da fórmula marvel, então se esperarem um filme típico do MCU, vão se decepcionar". E eu acredito que, nem de longe, esse seja o sentimento real de quem não gostou do filme.
Apesar da abordagem diferente tanto em narrativa quanto em filmografia, Eternos não conseguiu desenvolver um aspecto essencial quando se conta uma história, que é o desenvolvimento de suas temáticas. O filme tem um claro excesso de personagens e tramas, com os quais tenta lidar ao mesmo tempo que constrói uma atmosfera intimista e grandiosa. O grande erro foi não desenvolver os temas que elenca através de seus personagens e conflitos, fazendo com que estes temas sejam apenas citados. No começo do filme a Duende se disfarça de mulher adulta e flerta com um homem na balada, e esta cena não recebe qualquer significado até o momento no final, onde descobrimos que ela gostaria de ser humana. O seu desejo de experimentar e viver uma vida humana plena só é apresentado na conclusão do filme. Sua paixão pelo Ikaris não tem motivo ou propósito até que se faz conveniente no fim.
A relação do Ikaris e a Sersei é tomada de cenas bonitas e vazias, uma vez que não é possível entender o porquê deles se amarem. O que exatamente despertou na Sersei o amor por ele? Não há admiração, reconhecimento ou qualquer gatilho que dê para nós, espectadores, motivos para acreditar que eles se amam tanto a ponto de ficarem juntos por 5000 anos. O mesmo vale para ele em relação a Sersei. Quando ele diz que está apaixonado por ela, fiquei sem entender quando isso aconteceu, porque até aquele momento, não havia qualquer sugestão de interesse que fundamentasse o sentimento. O que o atraiu nela? Força? Resiliência? Sensibilidade? Beleza? Capacidade? Inteligência? Não sei. É impossível não comparar esse casal, a outro bem conhecido no cinema, Bela e Edward de Crepúsculo.
Apesar do acerto de não transformar aspectos comuns em grandes discussões, como a surdez da Makkari e a sexualidade do Phastos, temas importantes são levantados pelo filme e nunca aprofundados, entre eles a natureza dos Eternos, Deviantes e Celestiais, a relação entre criador e criatura, o livre-arbítrio da humanidade frente a interferência dos Eternos (que tem passagens como a do Druig controlando mentes para evitar conflitos, o Phastos acelerando o desenvolvimento tecnológico humano, o sacrifício da humanidade para o nascimento de um celestial e por ai vai), os Deviantes e Eternos e seu antagonismo e os conflitos pessoais dos Eternos frente a sua existência maquinada.
Por fim, a motivação do Ikaris em impedir o plano dos outros não tem nenhuma explicação. Ele é fiel ao Celestial e apenas isso. Não há conflito entre sua personalidade (seja ela qual for), natureza, propósito ou vontade. É impossível para mim só aceitar essa lealdade sem qualquer motivo, ainda mais depois de descobrir o que isso significa e significou. A Ajak não tem função na história, assim como a doença da Thena e o vilão Deviante. Estes elementos existem única e exclusivamente para servir a uma narrativa que não se importa com eles. O único acerto deste filme, além da sua filmografia, é na subjetividade da relação entre Makkari e Druig, e Gilgamesh e Thena, e mesmo essas relações se baseiam mais no carisma dos atores, que o texto em si.
Matrix Resurrections
2.8 1,3K Assista AgoraUma completa perda de tempo e desperdício de internet.
Não Olhe para Cima
3.7 1,9K Assista AgoraBacaninha.
Encanto
3.8 804Filme completamente vazio, vai do nada ao lugar nenhum. A protagonista não tem personalidade, só um estereótipo idiota de garota com grande coração. Não há qualquer discussão sobre os temas que são citados nele, e ficam só nisso mesmo. O design de produção e dos personagens é bonito, mas somente isto, totalmente mediano.
Não Olhe para Cima
3.7 1,9K Assista AgoraBacaninha.
Luca
4.1 769Achei o filme fraco, principalmente por vir após Soul, que é uma das melhores coisas já produzidas pela Pixar. Luca nunca chega a lugar algum, tem dificuldade em estabelecer conflitos, e os que consegue fazer são sem peso real. Acho que se dedicaram muito a boas composições, e esqueceram do que iriam contar com elas.
Os personagens são pouco ou nada criativos, não há sensação de perigo real e, as situações são desdobradas em simples aventuras que em nada avançam a historia. A animação é bonita, viva e vibrante, mas carece de narrativa e identidade própria. Lembra bastante O Bom Dinossauro nesse aspecto, com exceção de que este tem seu tema bem claro.
Ser lançado logo em seguida a Soul agrava a experiência, uma vez que Luca nem de longe è capaz de evocar a qualidade do seu antecessor. É uma pena, mas não foi dessa vez.
Tenet
3.4 1,3K Assista AgoraArrogante, pedante, presunçoso e desleixado, tudo o de pior que o Nolan tem a oferecer. A vontade exagerada de demonstrar sua capacidade, fez com o que o diretor complexificasse desnecessariamente uma narrativa simples, deixando-a cansativa e enormemente desinteressante. Um grande desperdício do talento de seus atores, que se esforçam para entregar o pouco que receberam. A trilha sonora parece reciclada de suas outras obras, com nenhum impacto no público.
Tudo o que lhe restou foram as cenas de ação, que apesar de boas, acontecem em um contexto em que nada inspira apego ou significado ao observador, são pura e simplesmente demonstração da capacidade do diretor, que investiu mais em sua construção, que na relação dos seus personagens e a história em si. É uma pena que tenha se entregue a soberba, alguém com sua capacidade não precisa disso. Confiar em suas próprias capacidades é excelente, mas não ao ponto de destruir o que lhe faz bom.
Green Book: O Guia
4.1 1,5K Assista AgoraFilme feito por brancos para que outros brancos não se sintam mal ao pensar no quão racistas são, afinal, eles ainda podem mudar. Esse filme quando não me fazia sentir raiva do quão imbecil é, me fazia sentir vergonha de sua existência.
Escritores da Liberdade
4.2 1,1K Assista AgoraEu adoro esse filme, mas ele me deixa mais triste que feliz em seu decorrer. Nenhum profissional deveria ter que escolher entre fazer bem seu trabalho e sua vida pessoal. A ideia romântica de um professor que se sacrifica em três empregos para conseguir lecionar é algo assustador, principalmente vendo como o estado não está nem ai para seus esforços, e que seus colegas podem te sabotar por puro egoísmo e teimosia.
X-Men: Apocalipse
3.5 2,1K Assista AgoraAbominação
Irmão Urso
3.9 623 Assista AgoraDe longe minha animação favorita. A jornada de crescimento do Kenai é tão sensível que me arrepio só de lembrar. Coerente narrativa e tematicamente, com bons coadjuvantes e uma trilha sonora excepcional. Não me canso de rever. Sem defeito algum.
Viva: A Vida é Uma Festa
4.5 2,5K Assista AgoraVisualmente deslumbrante, canções belíssimas e um apuro narrativo incrível. Impossível não se conectar com a mensagem do filme, afinal todos já perdemos alguém.
Divertida Mente
4.3 3,2K Assista AgoraA Pixar no seu auge, não tem como descrever como esse filme pode ser tão incrível.
Boyhood: Da Infância à Juventude
4.0 3,7K Assista AgoraAbsolutamente tedioso
Peixe Grande e Suas Histórias Maravilhosas
4.2 2,2K Assista AgoraVocê já foi bom Tim Burton, e esse filme é a prova disso.
Rogue One: Uma História Star Wars
4.2 1,7K Assista AgoraA cena em que a Jyn desmorona vendo a mensagem do pai é linda, assim como todo o filme é. Transformar a missão em um personagem é louvável, sem defeitos.
Homem-Aranha 2
3.6 1,1K Assista AgoraEsse é tranquilamente o melhor filme sobre um super heroi já feito. Tudo aqui funciona, desde a abertura incrível com desenhos do Alex Ross, ao tema sensivelmente abordado. É a melhor representação do Aranha e de todos os outros personagens. A fala da Tia May sobre o significado de ser um heroi continua tocante e funcional. Todos os arcos encontram um fim pra lá de digno. Embora muitos não gostem, o Tobey Maguire tem uma forma de interpretar que me toca profundamente. Um filme sobre valores hoje ausentes. E as sequências de ação não envelheceram nada. Não há nos filmes de heroi desde então, nenhuma cena que resuma tão bem um personagem quanto a do Aranha parando o trem.
As Branquelas
3.7 3,0K Assista AgoraContinua engraçadíssimo
Okja
4.0 1,3K Assista AgoraA discussão sobre a ética de se consumir carne é vaga, mesmo que graficamente violenta e impactante. Perderam a chance de serem relevantes com esses personagens insuportáveis.
As Aventuras de Pi
3.9 4,4KLembro quando vi esse filme. Ele me fez pensar em muita coisa a respeito da minha vida e como me relaciono com a solidão. Talvez precise rever, mas acho sensacional.
Avatar
3.6 4,5K Assista AgoraVisualmente maravilhoso, mas só isso também, completamente vazio
Os Oito Odiados
4.1 2,4K Assista AgoraÉ o Tarantino dando aula sobre a estética da violência. Isso tem um ponto negativo que não vem ao caso. Podia ser uns vinte minutos mais curto, mas os diálogos são tão bons que não tem problema.
Homem-Aranha: De Volta ao Lar
3.8 1,9K Assista AgoraVai do nada ao lugar nenhum. Perda de tempo.
Central do Brasil
4.1 1,8K Assista AgoraO maior erro do Oscar foi não ter premiado a Fernanda Montenegro.