De uma beleza incrível, tanto no aspecto visual - a fotografia e a direção de arte já encantam na primeiríssima cena - como na história em si. O modo como o Guillermo del Toro trabalha a fantasia é realmente muito único e, consequentemente, muito admirável. Acho que o início da relação do casal poderia ter sido mais detalhada, foi um pouco apressado demais. O elenco todo está fantástico.
Ansiei durante o filme todo pela cena mostrada no pôster e com certeza isso não foi em vão, visto que ela é realmente sensacional, causando surpresa, angústia e admiração, tudo em conjunto. Simboliza perfeitamente a questão da arte experimental sobre a qual o longa trata em diversas oportunidades. Também é o momento em que uma das principais características positivas de The Square, a criação do desconforto - vista tanto de formas mais secundárias, como com o bebê ou a interação na fila para o banheiro, quanto principais -, alcança seu ponto mais alto.
Todas as críticas sociais e reflexões podem ter se perdido um pouco no decorrer graças ao fato do filme seguir um personagem, mas ainda assim conseguem ser bastante efetivas.
Um filme, indubitavelmente, carregado por uma atuação primorosa de Gary Oldman, o que eu já havia imaginado desde que ele foi anunciado no papel, por volta de 2 anos atrás. A maquiagem, favorita para o Oscar, é sensacional e apenas complementa o trabalho do ator de uma forma incrível. No entanto, eu senti muitos problemas com o restante: o filme não causou em mim o impacto que parecia pretender causar. Embora a cena final, com o famigerado discurso, seja realmente uma das melhores do filme - com luzes e enquadramentos que simbolizaram a importância do momento de uma forma que ainda não decidi se foi muito bacana ou muito pouco sutil -, ela, ainda assim, não conseguiu me empolgar como vi que empolgou a muitos.
Ademais, o filme muitas vezes embarca em momentos que me pareceram de uma artificialidade prejudicial. A comparação - um tanto quanto óbvia - que rapidamente surgiu pelas minhas sinapses foi com The Crown. A série - embora com tenha um foco diferente, nem tão político - tem cenas que são muito mais realistas e palpáveis, o que me agrada mais. E o ápice da irrealidade desse filme é a cena do metrô, que até se inicia de uma forma interessante, mas que decai em um sentimentalismo surpreendentemente exagerado, cafona e forçado.
Ótimo filme com ótimas atuações de Margot Robbie e Allison Janney. Uma biografia com um ótimo ritmo e boa direção que merece ser vista e, mais que isso, merecia ter sido indicada ao prêmio principal no Oscar 2018. O estilo de "documentário", com os personagens em um ponto do futuro comentando sobre a história, é muito bacana e, provavelmente, foi o principal fator que rendeu a indicação a Melhor Montagem.
Eu, Tonya também merece estar na lista de filmes do ano com os personagens mais odiáveis - os personagens de Allison Janney, Sebastian Stan e Paul Walter Hauser são detestáveis e insuportáveis. Pobre Tonya.
Medíocre. Absolutamente nada na série é ótimo ou gera grande interesse, os personagens são, na maioria, bem rasos e vivem fazendo escolhas e dizendo coisas contraditórias com si mesmos. Muitos diálogos risíveis ou simplesmente patéticos, situações bobas e forçadas a um nível extremo -
um mutante com poder de usar a luz para atacar a média distância, um com super força e resistência e uma que pode se teletransportar não conseguem impedir a Polaris de derrubar um avião estando a meio metro dela
. Falham em conseguir qualquer tom decente: as cenas de ação não são empolgantes, momentos que deveriam representar perigo a personagens não geram nenhuma tensão, os conflitos não conseguem atingir um mínimo tom dramático. O CGI pode não ser ruim, mas todos os outros efeitos - movimento de câmera, coreografia, entre outros - que o complementam são vergonhosos, filmes de ação B conseguem fazer explosões e ondas de choque melhores que as vistas nos dois últimos episódios, por exemplo.
É importante ressaltar que, na maioria das versões encontradas para download na internet hoje - e, em praticamente todas as versões em mídia física -, a trilogia original está em uma versão "atualizada": os efeitos foram melhorados - e alguns até adicionados - no início da primeira década de século XXI. Ou seja, haviam efeitos inovadores quando o filme foi lançado, mas não são esses que vemos atualmente. Achei válido comentar isso depois de ver algumas pessoas em outras redes sociais impressionadas com o CGI que encontraram ao assistir o episódio IV.
Um filme bem bacana de se assistir sem estar esperando muita coisa. Dá pra dar boas risadas e passar o tempo. A trilha sonora, bem pegada no country, é muito boa e o trio principal - Channing Tatum, Adam Driver e Daniel Craig - está ótimo.
O filme poderia ter se tornado um clichê fraquíssimo se não tivesse sido conduzido da forma que foi. Não procurou inventar muito, tem uma trama simples que é carregada de um modo também simples e que, assim, acaba bem fechadinho. Vince Vaughn lidera de uma forma surpreendentemente incrível, muitas vezes é possível compreender o que se passa na cabeça do personagem apenas pelo olhar e, é claro, pela forma como ele é construído - toda uma dualidade sempre muito bacana de ver.
As cenas de ação algumas vezes não tem as melhores das coreografias, sem falar na violência extrema - que, confesso, me fez virar o rosto para longe da tela em alguns momentos. No entanto, ainda assim é competente, mesmo que não seja o ponto alto. Única coisa que me incomodou bastante foi a fotografia. A iluminação e o filtro que passaram na imagem, muitas vezes, fez com que o filme parecesse uma série de tv B, o que não era necessário. Isso acontece principalmente no início, mas conforme os ambientes vão se tornando menores e mais claustrofóbicos, a coisa vai melhorando.
Confesso que, tirando o visual impecável, a animação não havia me conquistado no início. O ponto de mudança foi quando o velhinho no mundo dos mortos - que acabo de descobrir, estupefato, que é dublado originalmente por Edward James Olmos -desaparece por ter sido completamente esquecido. Não sei exatamente o que a cena despertou em mim - além da emoção, é claro -, mas, a partir dali, meus olhos mudaram para Viva: A Vida é uma Festa - título nacional ridículo, inclusive. Só sei que, ao final, como não podia deixar de ser, chorei, me emocionei e me encantei com a última cena, de uma beleza espetacular.
Um dos óbvios pontos altos da animação é, sem dúvidas, a representação das tradições mexicanas de Dia dos Mortos. Como eu já disse - e, na verdade, vinha dizendo desde o primeiro trailer -, o visual é deslumbrante e uma representação perfeita do tema: o Mundo dos Mortos é simplesmente perfeito. Não só isso, também há o uso dos diversos conceitos de uma forma excelente e muito proveitosa para a trama. A musicalidade também é utilizada de uma forma incrível, sendo todos os momentos musicais muito bons de assistir, o que é mérito tanto do estilo melódico mexicano quanto do roteiro.
Talvez o filme conseguisse conquistar a minha avaliação de 4,5 estrelas - que dou para filmes que considero excelentes - se eu tivesse sido surpreendido pelo plot twist. Porém, para a minha surpresa, e juro que é verdade, eu o previ bem anteriormente - na cena que mencionei no primeiro parágrafo - e até mesmo comentei a minha teoria para meu irmão, que assistia comigo.
Desde o início, eu imaginei que Ernesto de la Cruz não seria uma boa pessoa e, tendo isso em mente, logo percebi que ele não devia ser o tataravô do protagonista. Afinal, a história se encaminhava obviamente para uma reconciliação entre a família e a música, o que deveria acontecer pela justificação dos atos do parente distante que parecia ter abandonado esposa e filha. Então, quando deparei-me com o fato que Hector tinha um grande talento musical, fechei o raciocínio e fiz minha aposta, que foi, satisfatoriamente, confirmada posteriormente.
Não tive contato com o material fonte, então apenas posso falar sobre o filme. A ação e a violência são, realmente, os maiores atrativos. Os personagens - e as relações entre eles, principalmente entre o protagonista e a menina - não são bem desenvolvidos, e a única coisa que acaba se tornando interessante neles são suas habilidades. As próprias cenas de violência, embora saciem o prazer primitivo, não são excepcionais e desperdiçam potencial ao serem todas bem parecidas. Temos aqui diversos antagonistas com armas e estilos de luta diferentes, o que poderia ter gerado uma maior diversidade nos momentos de batalha, mas isso, infelizmente, não ocorreu.
O aspecto visual também é um ponto alto: diversos enquadramentos muito belos e bacanas e um bom uso das cores, principalmente no referente ao figurino e direção de arte.
Pelo fato do início ser um pouco apressado e não apresentar bem os personagens ou suas motivações, a história parece, por uma boa parte do tempo, sem propósito. Parece que estamos apenas acompanhando duas crianças em um dia aventuresco. Isso não seria um problema se o mistério e os objetivos dos protagonistas gerassem curiosidade e interesse, o que, infelizmente, não acontece. Os minutos passam e vemos cenas bonitinhas ou que causam alguma - pequena - reação emotiva, mas nada a mais que isso. Soma-se a isso sequências demasiadamente longas - um crítico disse algo como "um filme com boas intenções, mas que talvez perca tempo demais com cenas de crianças correndo por corredores de um museu - e resoluções convenientes.
Na maior parte do longa, a surdez parece não fazer a menor diferença para a narrativa, o que significa um potencial desperdiçado. Dá a impressão que serve apenas para que, tecnicamente, crie-se algo diferenciado no decorrer da trama. E, de fato, existem momentos em que o silêncio dos personagens é harmonizado de forma muito bacana com efeitos sonoros. Além disso, a identidade visual é bem bela e a sequência com as maquetes, no final, é interessante.
Consegue juntar perfeitamente o tom dos demais filmes animados do Scooby-Doo com o da série Batman: Os Bravos e Destemidos - mais leve e divertida e, por isso, a escolha perfeita para esse cressover. Estão presentes as principais características de ambas as fontes, que são bem balanceadas e possuem um tempo de tela bem proporcional, o que é bem bacana.
Muito interessante ver a Warner aproveitando o potencial de seus materiais, mesmo que esses já estejam "esquecidos" - a série Batman: Bravos e Destemidos terminou há 7 anos! Além disso, achei curiosíssimo como a animação aqui nesse filme está ótima, os movimentos e os traços dos personagens estão bem fluídos, o que apenas deixa mais legal de assistir, diferentemente do incômodo que a maioria - se não todas - das animações da DC causam.
Em suma, uma maneira divertidíssima de passar o tempo.
Como apontado por muitos, o roteiro tem alguns pequenos problemas, o que atrapalha o filme em ser tão inteligente e reflexivo como poderia ter sido. Algumas situações parecem muito irreais e oportunas, os personagens às vezes parecem tomar decisões sem muitas justificativas, alguns conflitos e questões parecem ser um tanto quanto sem propósito, entre outros fatores. Pode ter sido alguma falha de interpretação minha ou eu apenas tenho uma capacidade inferior, mas os caminhos de reflexão que o filme propõe me pareceram um pouco confusos.
No decorrer de quase o filme inteiro, os personagens criticam em grande quantidade a guerra, as instituições e o pensamento militar, buscando realizar um enterro que deixasse de lado essas características. No entanto, no final, acaba que não só enterram o rapaz com o seu uniforme, como os personagens do Cranston e Fishburne repetem aspectos cerimoniais militares. Confesso que, apesar disso ter me incomodado um pouco, eu chorei nessa cena, e nem sei o porquê.
Além disso, embora eu saiba que não é sempre necessário histórias terem desfechos que expliquem tudo, senti falta aqui de saber o que acontece com os personagens posteriormente.
Mesmo com esses e outros problemas, o filme me agradou de uma forma que eu realmente não esperava. Esse fato é devido, principalmente, a uma coisa que um crítico da Rolling Stones disse: é simplesmente ótimo passar um tempo com os personagens de Cranston, Carell e Fishburne, e, consequentemente, com seus atores. As interações entre eles são realmente muito boas, o que fez com que eu tenha pensado, em alguns momentos, que eu poderia assistir esses caras simplesmente conversando em uma mesa de bar ou passeando por Nova York. A cena na qual os três, mais o personagem do J. Quinton Johnson, interagem no trem é incrível, além de muito engraçada.
Não sei se é meu fanatismo pelo ator, mas achei que essa foi mais uma ótima atuação da carreira de Cranston, que interpreta o melhor personagem, usando da melhor maneira todo o seu carisma. Contudo, senti que poderiam ter consolidado uma camada mais profunda ao personagem, algo que parece ter sido sugerido em alguns momentos - como uma grande solidão - e que, caso fosse desenvolvido melhor, apenas o tornaria mais interessante. Dos três protagonistas, Steve Carell é o que parece menos apto a um papel pesado e depressivo, porém consegue realiza-lo de uma forma também ótima. De mesmo modo são os momentos em que o personagem deixa um pouco de lado a melancolia, que poderiam ter sido bem artificiais caso ele se entregasse a uma personalidade cômica típica do ator, mas isso, felizmente, não acontece. Laurence Fishburne também está muito bem, e vale o destaque para a pequena participação de Cicely Tyson.
Algo que me chamou a atenção no decorrer do filme foi a importância que o silêncio aqui assume. Sempre apoiado na boa atuação de Daniela Vega - que em nenhum instante falha em demonstrar, sutilmente, o tormento que decai sobre sua personagem -, ele expõe os preconceitos desprezíveis e a repulsa que nem sempre são mostrados por falas e ações explícitas. Cria tensão e suspense em momentos que são, curiosamente, extremamente angustiantes - como é a cena do exame físico. Enfim, configura um grande ponto positivo para esse filme, que trata de um assunto importantíssimo com grande sensibilidade e, em grande parte do tempo, uma crível sutileza.
Tem realmente diversos problemas no seu decorrer: ritmo, situações e personagens sem propósito, humor desbalanceado, entre outros. No entanto, os 30 minutos finais do filme são uma das melhores coisas já vistas na franquia Star Wars. É épico, é bonito visualmente, é emocionante.
Tinha um grande potencial, como mostrado pelos dois primeiros episódios. Infelizmente, o roteiro não ajudou muito, temos diálogos fracos e algumas situações patéticas de tão oportunas ou forçadas. Os adultos parecem muitas vezes mais estúpidos que os adolescentes, e a atuação deles não ajuda nem um pouco. Os protagonista não parecem conseguir alcançar todo o potencial que possuem como personagens, mas não chegam a ser totalmente desinteressantes ou chatos. O lado "teen" não me incomodou como geralmente me incomoda, e já considero isso um ponto positivo.
Em suma, poderia ter sido realmente ótima, mas é apenas boa.
Resisti muito para assistir, porém fui surpreendido por quanto me agradou. A protagonista é interessantíssima - apesar de talvez parecer muito romantizada e perfeita e muito bem interpretada por Emma Stone, sua trajetória é muito bacana e o roteiro consegue contar a história de uma forma que consegue se manter interessante e não ficar cansativo. Gosto de como o filme trabalha pra humanizar - isso é, tornar mais complexo, mostrando diferentes aspectos - o lado oposto da batalha, interpretado pelo sempre carismático e ótimo Steve Carell, sem que em nenhum momento crie dúvidas para que lado o espectador deve torcer. Os coadjuvantes são também muito bons - temos atuações bem bacanas de Andrea Riseborough, Sarah Silverman e Bill Pulman - e, embora não tenham grande profundidade, conseguem cumprir seus papéis. Outro ponto a ser destacado são as cenas das partidas de tênis, que além de serem coreografas de forma excelente e extremamente realistas, conseguem ser muito interessantes.
O maior problema aqui é a questão de foco. No início, o filme parece que vai se encaminhar por um determinado caminho, dando destaque à jornada de Billie Jean em seu corajoso torneio e toda a sua luta. Aqui temos a introdução da importantíssima questão social de igualdade, que inicialmente parece que vai guiar o filme junto com aspectos do esporte. Contudo, quando entra em cena o romance - que, vale dizer, é desenvolvido de uma forma ótima e é um dos pontos altos do filme -, todo o aspecto anterior fica estranhamente para terceiro plano, o que gera certa confusão e até mesmo um certo penar, visto o potencial. E, novamente, em seguida, muda-se o foco, e agora, finalmente, para a batalha do título, que subitamente ganha uma importância que parecia ausente anteriormente. Volta-se, então, o destaque para a questão social, que é, nesse momento, o ponto alto do filme, com a presença de situações que geram revolta e expõem como tal fator é, de fato, fundamental. A questão é que, felizmente, todos os aspectos em que o filme foca são muito bem realizados - eu arriscaria até dizer que todos são ótimos -, o que oculta um pouco essa questão, que não deixa, no entanto, de ser problemática, pois impede o desenvolvimento total dos potenciais de cada parte.
É muito interessante como o filme trata o romance de Kumail e Emily de uma forma natural e real, conseguindo relacioná-lo com diferenças culturais e pessoais de uma maneira muito bacana. Falando nisso, o filme aborda questões de cultura, preconceito e diversidade, de uma forma humorada e que funcionam realmente muito bem. As cenas do "nós odiamos terroristas" e do "9/11" são simplesmente hilárias e realizam uma crítica de um modo ótimo, posto que não assemelham-se a uma lição de moral ou coisa do tipo, mas entregam a importantíssima mensagem da mesma forma.
Outro grande mérito é o ótimo balanceamento entre tons de drama e comédia. São diversos os momentos realmente engraçados, em que é possível dar boas gargalhadas, e que, mesmo assim, não tiram o peso das partes mais pesadas - e elas realmente existem - e dramáticas. É curioso como um filme cujo principal gênero é, de fato, comédia, consegue realizar esse equilíbrio de uma forma tão competente, ainda mais quando temos diversos exemplos atuais de longas que não são predominantemente de um gênero ou de outro - drama ou comédia -, mas que fazem uma grande bagunça ao possuir aspectos de ambos. Em suma, Doentes de Amor é tão competente ao fazer rir quanto ao fazer chorar - como e chorei.
Gosto bastante das atuações de Kumail Nanjiani - só tenho problema em uma certa cena, onde o personagem perde o controle e o ator não me pareceu corresponder a isso - e de Zoe Kazan. No entanto, o destaque mesmo fica com a sempre ótima Holly Hunter. Os momentos com a sua personagem - e todo o desenvolvimento da sua conturbada relação com o marido - são realmente um grande ponto positivo do filme.
Confesso que esse é o meu segundo filme favorito da trilogia original, ficando à frente de Uma Nova Esperança. Porém, acredito que, com uma direção melhor - gostaria muito que o diretor tivesse sido o mesmo de O Império Contra-Ataca, Irvin Kershner -, O Retorno de Jedi conseguiria ser mil vezes superior. Eu não sou um dos muitos que odeiam os Ewoks e acham a pior coisa de Star Wars, mas acho que houve sim alguns problemas no modo como as cenas em que eles aparecem foram realizadas: muitas vezes, tive a impressão que ficaram não intencionalmente cômicas ou simplesmente bobas.
Gostaria de aproveitar também e dizer como o Anthony Daniels faz um trabalho de voice acting excelente. É incrível como somos capazes de captar absolutamente TODAS as emoções e intenções do C-3PO apenas pela voz do personagem, mesmo que esse possua simplesmente uma face estática.
Se o segundo filme da trilogia prequel repete os erros do primeiro, esse aqui eleva todas às qualidades do seu antecessor a um nível muito alto. Império Contra-Ataca desenvolve o universo criado pelo filme anterior porém com muito mais segurança e competência, graças ao sucesso do primeiro. A direção é bem melhor, temos uma fotografia bem bacana que sabe aproveitar de uma forma excelente a direção de arte, que aqui é melhor e mais segura. Os atores já parecem entender mais seus papéis e, por isso, entregam interpretações superiores. As cenas de batalha estão bem mais empolgantes e muito melhor realizadas. Ademais, é aqui, afinal, que temos a introdução do Mestre Yoda, que, embora com pouco tempo de tela, é simplesmente excelente!
Indubitavelmente o melhor filme da franquia, incrível.
Assisti novamente, e, assim como Raul Seixas em Ouro de Tolo, eu confesso abestalhado que estou decepcionado...
Ok, exagerei apenas para valer a referência. Porém, realmente não consegui ficar tão empolgado como imaginei que ficaria ao assistir, mas tenho fé que a Força estará comigo e que isso mudará com o filme seguinte.
A Forma da Água
3.9 2,7KDe uma beleza incrível, tanto no aspecto visual - a fotografia e a direção de arte já encantam na primeiríssima cena - como na história em si. O modo como o Guillermo del Toro trabalha a fantasia é realmente muito único e, consequentemente, muito admirável. Acho que o início da relação do casal poderia ter sido mais detalhada, foi um pouco apressado demais. O elenco todo está fantástico.
The Square - A Arte da Discórdia
3.6 318 Assista AgoraAnsiei durante o filme todo pela cena mostrada no pôster e com certeza isso não foi em vão, visto que ela é realmente sensacional, causando surpresa, angústia e admiração, tudo em conjunto. Simboliza perfeitamente a questão da arte experimental sobre a qual o longa trata em diversas oportunidades. Também é o momento em que uma das principais características positivas de The Square, a criação do desconforto - vista tanto de formas mais secundárias, como com o bebê ou a interação na fila para o banheiro, quanto principais -, alcança seu ponto mais alto.
Todas as críticas sociais e reflexões podem ter se perdido um pouco no decorrer graças ao fato do filme seguir um personagem, mas ainda assim conseguem ser bastante efetivas.
O Destino de Uma Nação
3.7 722 Assista AgoraUm filme, indubitavelmente, carregado por uma atuação primorosa de Gary Oldman, o que eu já havia imaginado desde que ele foi anunciado no papel, por volta de 2 anos atrás. A maquiagem, favorita para o Oscar, é sensacional e apenas complementa o trabalho do ator de uma forma incrível. No entanto, eu senti muitos problemas com o restante: o filme não causou em mim o impacto que parecia pretender causar. Embora a cena final, com o famigerado discurso, seja realmente uma das melhores do filme - com luzes e enquadramentos que simbolizaram a importância do momento de uma forma que ainda não decidi se foi muito bacana ou muito pouco sutil -, ela, ainda assim, não conseguiu me empolgar como vi que empolgou a muitos.
Ademais, o filme muitas vezes embarca em momentos que me pareceram de uma artificialidade prejudicial. A comparação - um tanto quanto óbvia - que rapidamente surgiu pelas minhas sinapses foi com The Crown. A série - embora com tenha um foco diferente, nem tão político - tem cenas que são muito mais realistas e palpáveis, o que me agrada mais. E o ápice da irrealidade desse filme é a cena do metrô, que até se inicia de uma forma interessante, mas que decai em um sentimentalismo surpreendentemente exagerado, cafona e forçado.
Eu, Tonya
4.1 1,4K Assista AgoraÓtimo filme com ótimas atuações de Margot Robbie e Allison Janney. Uma biografia com um ótimo ritmo e boa direção que merece ser vista e, mais que isso, merecia ter sido indicada ao prêmio principal no Oscar 2018. O estilo de "documentário", com os personagens em um ponto do futuro comentando sobre a história, é muito bacana e, provavelmente, foi o principal fator que rendeu a indicação a Melhor Montagem.
Eu, Tonya também merece estar na lista de filmes do ano com os personagens mais odiáveis - os personagens de Allison Janney, Sebastian Stan e Paul Walter Hauser são detestáveis e insuportáveis. Pobre Tonya.
The Gifted: Os Mutantes (1ª Temporada)
3.8 115 Assista AgoraMedíocre. Absolutamente nada na série é ótimo ou gera grande interesse, os personagens são, na maioria, bem rasos e vivem fazendo escolhas e dizendo coisas contraditórias com si mesmos. Muitos diálogos risíveis ou simplesmente patéticos, situações bobas e forçadas a um nível extremo -
um mutante com poder de usar a luz para atacar a média distância, um com super força e resistência e uma que pode se teletransportar não conseguem impedir a Polaris de derrubar um avião estando a meio metro dela
Não sei mesmo se voltarei pra segunda temporada.
Star Wars, Episódio IV: Uma Nova Esperança
4.3 1,2K Assista AgoraÉ importante ressaltar que, na maioria das versões encontradas para download na internet hoje - e, em praticamente todas as versões em mídia física -, a trilogia original está em uma versão "atualizada": os efeitos foram melhorados - e alguns até adicionados - no início da primeira década de século XXI. Ou seja, haviam efeitos inovadores quando o filme foi lançado, mas não são esses que vemos atualmente. Achei válido comentar isso depois de ver algumas pessoas em outras redes sociais impressionadas com o CGI que encontraram ao assistir o episódio IV.
Logan Lucky: Roubo em Família
3.4 254 Assista AgoraUm filme bem bacana de se assistir sem estar esperando muita coisa. Dá pra dar boas risadas e passar o tempo. A trilha sonora, bem pegada no country, é muito boa e o trio principal - Channing Tatum, Adam Driver e Daniel Craig - está ótimo.
Confronto no Pavilhão 99
3.7 219 Assista AgoraO filme poderia ter se tornado um clichê fraquíssimo se não tivesse sido conduzido da forma que foi. Não procurou inventar muito, tem uma trama simples que é carregada de um modo também simples e que, assim, acaba bem fechadinho. Vince Vaughn lidera de uma forma surpreendentemente incrível, muitas vezes é possível compreender o que se passa na cabeça do personagem apenas pelo olhar e, é claro, pela forma como ele é construído - toda uma dualidade sempre muito bacana de ver.
As cenas de ação algumas vezes não tem as melhores das coreografias, sem falar na violência extrema - que, confesso, me fez virar o rosto para longe da tela em alguns momentos. No entanto, ainda assim é competente, mesmo que não seja o ponto alto. Única coisa que me incomodou bastante foi a fotografia. A iluminação e o filtro que passaram na imagem, muitas vezes, fez com que o filme parecesse uma série de tv B, o que não era necessário. Isso acontece principalmente no início, mas conforme os ambientes vão se tornando menores e mais claustrofóbicos, a coisa vai melhorando.
Miss Sherlock
4.0 4Sinto que tem potencial para ser uma grata surpresa: ansiedade aqui está alta.
Viva: A Vida é Uma Festa
4.5 2,5K Assista AgoraConfesso que, tirando o visual impecável, a animação não havia me conquistado no início. O ponto de mudança foi quando o velhinho no mundo dos mortos - que acabo de descobrir, estupefato, que é dublado originalmente por Edward James Olmos -desaparece por ter sido completamente esquecido. Não sei exatamente o que a cena despertou em mim - além da emoção, é claro -, mas, a partir dali, meus olhos mudaram para Viva: A Vida é uma Festa - título nacional ridículo, inclusive. Só sei que, ao final, como não podia deixar de ser, chorei, me emocionei e me encantei com a última cena, de uma beleza espetacular.
Um dos óbvios pontos altos da animação é, sem dúvidas, a representação das tradições mexicanas de Dia dos Mortos. Como eu já disse - e, na verdade, vinha dizendo desde o primeiro trailer -, o visual é deslumbrante e uma representação perfeita do tema: o Mundo dos Mortos é simplesmente perfeito. Não só isso, também há o uso dos diversos conceitos de uma forma excelente e muito proveitosa para a trama. A musicalidade também é utilizada de uma forma incrível, sendo todos os momentos musicais muito bons de assistir, o que é mérito tanto do estilo melódico mexicano quanto do roteiro.
Talvez o filme conseguisse conquistar a minha avaliação de 4,5 estrelas - que dou para filmes que considero excelentes - se eu tivesse sido surpreendido pelo plot twist. Porém, para a minha surpresa, e juro que é verdade, eu o previ bem anteriormente - na cena que mencionei no primeiro parágrafo - e até mesmo comentei a minha teoria para meu irmão, que assistia comigo.
Desde o início, eu imaginei que Ernesto de la Cruz não seria uma boa pessoa e, tendo isso em mente, logo percebi que ele não devia ser o tataravô do protagonista. Afinal, a história se encaminhava obviamente para uma reconciliação entre a família e a música, o que deveria acontecer pela justificação dos atos do parente distante que parecia ter abandonado esposa e filha. Então, quando deparei-me com o fato que Hector tinha um grande talento musical, fechei o raciocínio e fiz minha aposta, que foi, satisfatoriamente, confirmada posteriormente.
Fox and the Whale
3.6 3O visual é perfeito, qualquer frame é digno de ser enquadrado.
A Espada do Imortal
3.3 90Não tive contato com o material fonte, então apenas posso falar sobre o filme. A ação e a violência são, realmente, os maiores atrativos. Os personagens - e as relações entre eles, principalmente entre o protagonista e a menina - não são bem desenvolvidos, e a única coisa que acaba se tornando interessante neles são suas habilidades. As próprias cenas de violência, embora saciem o prazer primitivo, não são excepcionais e desperdiçam potencial ao serem todas bem parecidas. Temos aqui diversos antagonistas com armas e estilos de luta diferentes, o que poderia ter gerado uma maior diversidade nos momentos de batalha, mas isso, infelizmente, não ocorreu.
O aspecto visual também é um ponto alto: diversos enquadramentos muito belos e bacanas e um bom uso das cores, principalmente no referente ao figurino e direção de arte.
Sem Fôlego
3.0 76 Assista AgoraPelo fato do início ser um pouco apressado e não apresentar bem os personagens ou suas motivações, a história parece, por uma boa parte do tempo, sem propósito. Parece que estamos apenas acompanhando duas crianças em um dia aventuresco. Isso não seria um problema se o mistério e os objetivos dos protagonistas gerassem curiosidade e interesse, o que, infelizmente, não acontece. Os minutos passam e vemos cenas bonitinhas ou que causam alguma - pequena - reação emotiva, mas nada a mais que isso. Soma-se a isso sequências demasiadamente longas - um crítico disse algo como "um filme com boas intenções, mas que talvez perca tempo demais com cenas de crianças correndo por corredores de um museu - e resoluções convenientes.
Na maior parte do longa, a surdez parece não fazer a menor diferença para a narrativa, o que significa um potencial desperdiçado. Dá a impressão que serve apenas para que, tecnicamente, crie-se algo diferenciado no decorrer da trama. E, de fato, existem momentos em que o silêncio dos personagens é harmonizado de forma muito bacana com efeitos sonoros. Além disso, a identidade visual é bem bela e a sequência com as maquetes, no final, é interessante.
Rogue One: Uma História Star Wars
4.2 1,7K Assista AgoraTerceira vez que assisto - segunda no período de um mês - e simplesmente não decai: continua incrível.
Junto com The Last Jedi, o filme da saga Star Wars com o melhor visual.
Scooby-Doo! & Batman - Os Bravos e Destemidos
3.5 36 Assista AgoraConsegue juntar perfeitamente o tom dos demais filmes animados do Scooby-Doo com o da série Batman: Os Bravos e Destemidos - mais leve e divertida e, por isso, a escolha perfeita para esse cressover. Estão presentes as principais características de ambas as fontes, que são bem balanceadas e possuem um tempo de tela bem proporcional, o que é bem bacana.
Muito interessante ver a Warner aproveitando o potencial de seus materiais, mesmo que esses já estejam "esquecidos" - a série Batman: Bravos e Destemidos terminou há 7 anos! Além disso, achei curiosíssimo como a animação aqui nesse filme está ótima, os movimentos e os traços dos personagens estão bem fluídos, o que apenas deixa mais legal de assistir, diferentemente do incômodo que a maioria - se não todas - das animações da DC causam.
Em suma, uma maneira divertidíssima de passar o tempo.
A Melhor Escolha
3.4 101 Assista AgoraComo apontado por muitos, o roteiro tem alguns pequenos problemas, o que atrapalha o filme em ser tão inteligente e reflexivo como poderia ter sido. Algumas situações parecem muito irreais e oportunas, os personagens às vezes parecem tomar decisões sem muitas justificativas, alguns conflitos e questões parecem ser um tanto quanto sem propósito, entre outros fatores. Pode ter sido alguma falha de interpretação minha ou eu apenas tenho uma capacidade inferior, mas os caminhos de reflexão que o filme propõe me pareceram um pouco confusos.
No decorrer de quase o filme inteiro, os personagens criticam em grande quantidade a guerra, as instituições e o pensamento militar, buscando realizar um enterro que deixasse de lado essas características. No entanto, no final, acaba que não só enterram o rapaz com o seu uniforme, como os personagens do Cranston e Fishburne repetem aspectos cerimoniais militares. Confesso que, apesar disso ter me incomodado um pouco, eu chorei nessa cena, e nem sei o porquê.
Mesmo com esses e outros problemas, o filme me agradou de uma forma que eu realmente não esperava. Esse fato é devido, principalmente, a uma coisa que um crítico da Rolling Stones disse: é simplesmente ótimo passar um tempo com os personagens de Cranston, Carell e Fishburne, e, consequentemente, com seus atores. As interações entre eles são realmente muito boas, o que fez com que eu tenha pensado, em alguns momentos, que eu poderia assistir esses caras simplesmente conversando em uma mesa de bar ou passeando por Nova York. A cena na qual os três, mais o personagem do J. Quinton Johnson, interagem no trem é incrível, além de muito engraçada.
Não sei se é meu fanatismo pelo ator, mas achei que essa foi mais uma ótima atuação da carreira de Cranston, que interpreta o melhor personagem, usando da melhor maneira todo o seu carisma. Contudo, senti que poderiam ter consolidado uma camada mais profunda ao personagem, algo que parece ter sido sugerido em alguns momentos - como uma grande solidão - e que, caso fosse desenvolvido melhor, apenas o tornaria mais interessante. Dos três protagonistas, Steve Carell é o que parece menos apto a um papel pesado e depressivo, porém consegue realiza-lo de uma forma também ótima. De mesmo modo são os momentos em que o personagem deixa um pouco de lado a melancolia, que poderiam ter sido bem artificiais caso ele se entregasse a uma personalidade cômica típica do ator, mas isso, felizmente, não acontece. Laurence Fishburne também está muito bem, e vale o destaque para a pequena participação de Cicely Tyson.
Uma Mulher Fantástica
4.1 424 Assista AgoraAlgo que me chamou a atenção no decorrer do filme foi a importância que o silêncio aqui assume. Sempre apoiado na boa atuação de Daniela Vega - que em nenhum instante falha em demonstrar, sutilmente, o tormento que decai sobre sua personagem -, ele expõe os preconceitos desprezíveis e a repulsa que nem sempre são mostrados por falas e ações explícitas. Cria tensão e suspense em momentos que são, curiosamente, extremamente angustiantes - como é a cena do exame físico. Enfim, configura um grande ponto positivo para esse filme, que trata de um assunto importantíssimo com grande sensibilidade e, em grande parte do tempo, uma crível sutileza.
Star Wars, Episódio VIII: Os Últimos Jedi
4.1 1,6K Assista AgoraTem realmente diversos problemas no seu decorrer: ritmo, situações e personagens sem propósito, humor desbalanceado, entre outros. No entanto, os 30 minutos finais do filme são uma das melhores coisas já vistas na franquia Star Wars. É épico, é bonito visualmente, é emocionante.
Fugitivos (1ª Temporada)
3.5 75Tinha um grande potencial, como mostrado pelos dois primeiros episódios. Infelizmente, o roteiro não ajudou muito, temos diálogos fracos e algumas situações patéticas de tão oportunas ou forçadas. Os adultos parecem muitas vezes mais estúpidos que os adolescentes, e a atuação deles não ajuda nem um pouco. Os protagonista não parecem conseguir alcançar todo o potencial que possuem como personagens, mas não chegam a ser totalmente desinteressantes ou chatos. O lado "teen" não me incomodou como geralmente me incomoda, e já considero isso um ponto positivo.
Em suma, poderia ter sido realmente ótima, mas é apenas boa.
A Guerra dos Sexos
3.7 316 Assista AgoraResisti muito para assistir, porém fui surpreendido por quanto me agradou. A protagonista é interessantíssima - apesar de talvez parecer muito romantizada e perfeita e muito bem interpretada por Emma Stone, sua trajetória é muito bacana e o roteiro consegue contar a história de uma forma que consegue se manter interessante e não ficar cansativo. Gosto de como o filme trabalha pra humanizar - isso é, tornar mais complexo, mostrando diferentes aspectos - o lado oposto da batalha, interpretado pelo sempre carismático e ótimo Steve Carell, sem que em nenhum momento crie dúvidas para que lado o espectador deve torcer. Os coadjuvantes são também muito bons - temos atuações bem bacanas de Andrea Riseborough, Sarah Silverman e Bill Pulman - e, embora não tenham grande profundidade, conseguem cumprir seus papéis. Outro ponto a ser destacado são as cenas das partidas de tênis, que além de serem coreografas de forma excelente e extremamente realistas, conseguem ser muito interessantes.
O maior problema aqui é a questão de foco. No início, o filme parece que vai se encaminhar por um determinado caminho, dando destaque à jornada de Billie Jean em seu corajoso torneio e toda a sua luta. Aqui temos a introdução da importantíssima questão social de igualdade, que inicialmente parece que vai guiar o filme junto com aspectos do esporte. Contudo, quando entra em cena o romance - que, vale dizer, é desenvolvido de uma forma ótima e é um dos pontos altos do filme -, todo o aspecto anterior fica estranhamente para terceiro plano, o que gera certa confusão e até mesmo um certo penar, visto o potencial. E, novamente, em seguida, muda-se o foco, e agora, finalmente, para a batalha do título, que subitamente ganha uma importância que parecia ausente anteriormente. Volta-se, então, o destaque para a questão social, que é, nesse momento, o ponto alto do filme, com a presença de situações que geram revolta e expõem como tal fator é, de fato, fundamental. A questão é que, felizmente, todos os aspectos em que o filme foca são muito bem realizados - eu arriscaria até dizer que todos são ótimos -, o que oculta um pouco essa questão, que não deixa, no entanto, de ser problemática, pois impede o desenvolvimento total dos potenciais de cada parte.
Doentes de Amor
3.7 379 Assista AgoraÉ muito interessante como o filme trata o romance de Kumail e Emily de uma forma natural e real, conseguindo relacioná-lo com diferenças culturais e pessoais de uma maneira muito bacana. Falando nisso, o filme aborda questões de cultura, preconceito e diversidade, de uma forma humorada e que funcionam realmente muito bem. As cenas do "nós odiamos terroristas" e do "9/11" são simplesmente hilárias e realizam uma crítica de um modo ótimo, posto que não assemelham-se a uma lição de moral ou coisa do tipo, mas entregam a importantíssima mensagem da mesma forma.
Outro grande mérito é o ótimo balanceamento entre tons de drama e comédia. São diversos os momentos realmente engraçados, em que é possível dar boas gargalhadas, e que, mesmo assim, não tiram o peso das partes mais pesadas - e elas realmente existem - e dramáticas. É curioso como um filme cujo principal gênero é, de fato, comédia, consegue realizar esse equilíbrio de uma forma tão competente, ainda mais quando temos diversos exemplos atuais de longas que não são predominantemente de um gênero ou de outro - drama ou comédia -, mas que fazem uma grande bagunça ao possuir aspectos de ambos. Em suma, Doentes de Amor é tão competente ao fazer rir quanto ao fazer chorar - como e chorei.
Gosto bastante das atuações de Kumail Nanjiani - só tenho problema em uma certa cena, onde o personagem perde o controle e o ator não me pareceu corresponder a isso - e de Zoe Kazan. No entanto, o destaque mesmo fica com a sempre ótima Holly Hunter. Os momentos com a sua personagem - e todo o desenvolvimento da sua conturbada relação com o marido - são realmente um grande ponto positivo do filme.
Star Wars, Episódio VI: O Retorno do Jedi
4.3 915 Assista AgoraConfesso que esse é o meu segundo filme favorito da trilogia original, ficando à frente de Uma Nova Esperança. Porém, acredito que, com uma direção melhor - gostaria muito que o diretor tivesse sido o mesmo de O Império Contra-Ataca, Irvin Kershner -, O Retorno de Jedi conseguiria ser mil vezes superior. Eu não sou um dos muitos que odeiam os Ewoks e acham a pior coisa de Star Wars, mas acho que houve sim alguns problemas no modo como as cenas em que eles aparecem foram realizadas: muitas vezes, tive a impressão que ficaram não intencionalmente cômicas ou simplesmente bobas.
Gostaria de aproveitar também e dizer como o Anthony Daniels faz um trabalho de voice acting excelente. É incrível como somos capazes de captar absolutamente TODAS as emoções e intenções do C-3PO apenas pela voz do personagem, mesmo que esse possua simplesmente uma face estática.
Star Wars, Episódio V: O Império Contra-Ataca
4.4 1,0K Assista AgoraSe o segundo filme da trilogia prequel repete os erros do primeiro, esse aqui eleva todas às qualidades do seu antecessor a um nível muito alto. Império Contra-Ataca desenvolve o universo criado pelo filme anterior porém com muito mais segurança e competência, graças ao sucesso do primeiro. A direção é bem melhor, temos uma fotografia bem bacana que sabe aproveitar de uma forma excelente a direção de arte, que aqui é melhor e mais segura. Os atores já parecem entender mais seus papéis e, por isso, entregam interpretações superiores. As cenas de batalha estão bem mais empolgantes e muito melhor realizadas. Ademais, é aqui, afinal, que temos a introdução do Mestre Yoda, que, embora com pouco tempo de tela, é simplesmente excelente!
Indubitavelmente o melhor filme da franquia, incrível.
Star Wars, Episódio IV: Uma Nova Esperança
4.3 1,2K Assista AgoraAssisti novamente, e, assim como Raul Seixas em Ouro de Tolo, eu confesso abestalhado que estou decepcionado...
Ok, exagerei apenas para valer a referência. Porém, realmente não consegui ficar tão empolgado como imaginei que ficaria ao assistir, mas tenho fé que a Força estará comigo e que isso mudará com o filme seguinte.