Laura Kyvia

imagina que o dude lebowski decide fazer uns freelas de detetive noir num universo parecido com o de boogie nights que flerta com a atmosfera dos clássicos tarantinescos. essa é a brincadeira que o PTA tenta fazer aqui. o plot confuso atrapalha um pouco mas não tira o brilho das maravilhosas interpretações e da meticulosidade da direção. excelente produção.

um bom filme, forte e eficaz. ansiosa pelos próximos trabalho da ava.

qualquer análise desse filme seria reducionista
mas eu gosto de interpretar como uma crítica ao mito de manipulação da mídia. quem controla a mídia, ao defender determinados interesses, também é manipulado por ela em certo ponto, não é uma relação tão maniqueísta quanto gostam de pintar.
esse filme fuma psicanálise a partir do momento que defende a violência como natural e intrínseca à natureza humana, e a tecnologia como um artifício para fugirmos desse destino fatal. o problema mora justamente aí: a tecnologia tem tanto poder sobre nós quanto os nossos instintos mais primitivos.