É absurdo como os personagens se entregam passivamente a morte. Como que ninguém lá surta e da uma cadeirada ou mete um socão no chef? E o elemento humano do imprevisível em um sequestro é inexistente, como que eles não encontram nenhuma brecha para fugir? Custava pegar um garfo ou faca dento da manga e depois apunhalar os "caçadores" na hora da fuga?
Ok, é uma sátira. Mas do que exatamente? do vazio da vida burguesa? da insatisfação dos ricos? nada disso sustenta a preguiça do roteiro!
The Menu não funciona nem como comédia, nem como terror, nem como suspense. Enfim, decepção!
Ao contrário da geral aqui, eu não acho que o filme seja sobre a liberdade sexual feminina. Interpretei como um comentário sobre a impossibilidade de amor e desejo andarem lado a lado. Séverine amava tanto o marido ("mais que um prazer", como ela mesma diz, se bem me recordo), que não consegua se satisfazer sexualmente com ele. A a prostituição da personagem é simbólica, ela queria encontrar um tipo de gozo que não envolvia paixão, e a profissão deixa bem claro isso.
Vocês assistiram o mesmo filme que eu ou isso tudo é uma brincadeira sem graça? Não tem nada que funcione aqui,o suspense não leva a nada, os personagens não significam nada e não há sequer uma cena assustadora. Poucas vezes na minha vida tive a sensação de perda de tempo que este título me proporcionou.
A Babá é um daqueles filmes quem acertam naquilo que é tão raro no cinema: fazer um combo entre a comédia e o terror sem cair na mediocridade. Quando digo isso é porque quero ressaltar o quão difícil é essa tarefa. Nesse mesmo ano tivemos o privilégio de acompanhar prestigiado “Get Out” que também foi espetacularmente eficiente ao combinar comédia e terror. Mas, diferente do longa de Jordan Peele, este aqui é pouco preocupado com críticas sociais ou uma reflexão profunda.Despretensioso, o único objetivo do longa é nos divertir ao nos lembrar o quão idiota os filmes de terror podem ser.
Fazer filme de ação não é uma tarefa fácil,são tantas produções clichês em ritmos acelerados que o gênero é rapidamente associado como uma coisa tediosa na mente dos cinéfilos mais exigentes. As comédia de ação também não escapam do mau humor dos críticos, pois essa é uma categoria que comumente rende muito lucro e pouco conteúdo para os que primam pela excelência artista acima de piadas baratas que pouco ou nada tem a oferecer de profundo.
Mas eis que existe um homem chamado Edgar Wright. O talentoso cineasta britânico pode fazer uma série de cenas atípicas, que até podem serem vistas como bizarras por nós, (latino)americanos, afinal o humor britânico é conhecido por sua excentricidade.O que não se pode negar é o talento de Wright em criar cenas completamente imprevisíveis, uma genialidade criativa que constantemente brinca com o espectador em detalhes tão sutis,mas capazes de elevar a obra em um status peculiar e incomparável. E quando digo sutis é porque são tantos que eu mesmo não consigo elencá-los aqui.
Assumindo um tom um pouco mais sério que o de seus filmes mais conhecidos (Shaun of the Dead,Hot Fuzz,Scott Pilgrim ), Wright faz de Baby Driver um deleite incrível, que o coloca como um dos mais divertidos filmes de ação dos últimos anos. O elenco, formado pelos consagrados Kevin Spacey,Jamie Foxx , Jon Hamm (Mad Men) e o novato Ansel Elgot, garante uma química de diálogos impagáveis. E o que dizer então da trilha sonora, que vai de The Beach Boys até Queen? priorizando o que há de mais frenético no rock setentista, a sequência de cenas envolvendo música e perseguição de carros é um dos grandes triunfos do longa.
O mercado dos filmes de ação precisa de mais produções de qualidade como a desse filme. Ainda bem que existe um Edgar Wright para nos salvar da mediocridade que tanto persegue hollywood.
O terror é um gênero que dificilmente se sobressai no cinema, ao menos aos olhos da crítica. O prestígio é ainda menor quando se fala em “comédias de horror”, pois foram poucas as produções que conseguiram êxito na experiência de brincar com aquilo que deveria assustar. O filme Get Out triunfa virtuosamente em ambas as vertentes: funciona tanto como um suspense cabuloso quanto uma película de humor negro.
O plot criado pelo comediante Jordan Peele se desenvolve sobre a visita de um fotógrafo negro, Chris, à família de sua namorada, que é branca. Chris sente-se progressivamente desconfortável com os claros traços de racismo que surgem naquela bizarra família e nos igualmente esquisitos amigos que a acompanham. Há quem diga que o racismo não existe, nem aqui e nem nos EUA, mas a intenção do filme é provar o contrário. E é eficaz nesse aspecto, pois o protagonista se vê objetificado em várias situações, mesmo que os brancos insistem em fingir que nada de anormal está acontecendo.
A questão racial no entanto não se estende a ponto de tornar-se dramática, e não é o único elemento a ser lembrado no término da projeção. A trama funciona também pelos momentos de tensão e mistério que são conduzidos de maneira suave, evitando o clichê da superexposição de sustos grátis, como é de praxe no gênero. O alívio cômico deve ser creditado especialmente para o ator Lil Rel Howery, que interpreta o melhor amigo de Chris, o segurança Rod. A brincadeira do personagem é que ele é o único que consegue rir do absurdo da situação – sim, pois qualquer lenda urbana ou evento que soe horripilante tem um fundo risível, ainda mais quando se trata de
Com um elenco competente e uma direção admirável, Get Out se tornará um filme cult, equivalente a títulos como O Segredo da Cabana, Gremlins e Evil Dead, mesmo que (preciso dizer) ele seja até superior a estes. Despretensioso, o longa serve pra comprovar que até os filmes B conseguem ser produzidos com qualidade, e até mesmo críticas sociais.
Quando O Segredo de Brokeback Mountain perdeu o Oscar de melhor filme em 2006, muitos acusaram a academia de homofobia. Isso porque o filme de Ang Lee tinha uma aprovação global da crítica muito superior ao vencedor daquele ano: Crash — No Limite.
Até hoje o longa que ganhou a estatueta é alvo de ódio, sendo a aparente injustiça a única razão para que o filme não tenha sido completamente esquecido. É uma pena que isso tenha acontecido, pois, — não vou comparar as duas obras — Crash é sim um excelente filme.
Dirigido pelo desconhecido roteirista de Menina de Ouro, Paul Haggis, a trama se desenvolve em múltiplas narrativas com personagens que apresentam uma única coisa em comum: o preconceito. O preconceito aparece aqui entre pobres, ricos, negros, brancos, persas, latinos, e a lição que fica é que a descriminação não tem fim.
O filme consegue transmitir muito bem a ambivalência de bondade/maldade presente no ser humano, especialmente na cena em que o Sarg. John Ryan, um policial racista, salva a vida uma mulher negra apenas algumas horas depois de tê-la humilhado. A cena desafia o senso do espectador que ridiculamente pensa ué, mas o cara não era mal? (ao menos aconteceu comigo), ao projetar um rótulo de preto ou branco ao personagem, o que é comum não só na ficção como também no nosso cotidiano. Afinal, estamos sempre estigmatizando as pessoas em nossa cegueira emocional como boas ou ruins, prestativas ou inúteis, belas ou feias, quando na verdade elas são muito mais que uma única faceta.
Em outra cena antológica, Ryan tem seu caráter criticado pelo jovem colega de profissão, Tom, que se recusa a trabalhar como parceiro de um racista. O sargento responde: - Espere só e veja o que alguns anos podem fazer com você.
De fato, a profecia de Ryan não tarda a se concretizar, em uma triste ação de Tom que revela o racismo oculto não só nele mas em qualquer um que esteja assistindo o filme.
A impressão que tive ao término da projeção foi de ter vergonha por ser branco e ter uma vida fácil, mas pensando com mais clareza logo percebi que minha interpretação era equivocada por ser seletiva. Pois, na trama encontra-se sofrimento em todas as esferas sociais, independentemente de cor, gênero ou etnia.
E essa é a moral pessimista de Crash :somos todos preconceituosos. Não sei se por condicionamento social, ou por psicologia evolutiva, mas fato é de que ninguém escapa de traços racistas, violentos e fóbicos. Não há crença, vontade ou militância política que nos impeça de julgar um livro pela capa.
Nenhuma catarse proporcionada por uma obra de arte é permanente, e eu realmente queria que um filme fosse capaz de me fazer uma pessoa melhor e livre de julgamentos precipitados, mas isso só aconteceria se eu não fosse humano. Desde já lamento os erros que ainda vou cometer, e, pegando carona no título do filme, das pessoas que ainda vou colidir.
Não achei cansativo,só achei parado,o que são coisas diferentes.Não entendi qual é o objetivo do longa,ele tem um roteiro muito arrastado e resulta em um desfecho absurdo.Muitos destacam uma atmosfera assustadora e um suspense psicológico,mas eu não consegui me conectar com nada.
A ideia do longa poderia sustentar um belo filme,se fosse bem conduzida.Não era necessário entregar aquilo que deveria ser um mistério,de maneira tão mastigada.Quando o segredo é revelado,o filme morre,a partir daí não acontece nada de memorável
O filho do David Bowie fez um excelente trabalho como diretor e a atuação de Sam Rockwell é respeitável,mas nenhum dos méritos consegue apagar o erro que foi a coordenação da trama.
,eu já morri de rir.Enfim,boas críticas as autocracias e até mesmo as democracias,estão presentes no longa.Vale destacar a excelente atuação de Sacha Baron Cohen.
O bem intencionado,mas não tão bem realizado,The Machinist tenta entrar na lista de filmes com temática paranoica sem muito esforço,o resultado disso foi um filme divertido e envolvente,mas dirigido de maneira um tanto equivocada. Tenho que reconhecer que Christian Bale se entregou de corpo e alma ao papel,dando vida a um excelente personagem,que infelizmente carrega o filme inteiro nas costas - o que pode até ser perdoado.O roteiro tem um desenvolvimento interessante,mas o desfecho da trama foi muito vago.
Trevor matou e se esqueceu,do nada? Apenas um comentário rápido,como culpar a consciência e a insônia,já melhorariam esse final,mas nem isso aconteceu.
Um ponto positivo do longa é a trilha-sonora,fazia tempo que não assistia um suspense recente com uma trilha envolvente.A atmosfera sombria que o filme efetua,também é um mérito considerável. É uma pena que eu já(praticamente) sabia como seria o final,devido a uma dica muito forte de um amigo meu.Isso,certamente,deve ter influenciado muito na analise do filme,
Scarface é um dos poucos filmes que conseguem misturar ação e drama,sem perder qualidade.Mesmo com um tema que já foi tão explorado,o roteiro é muito bem desenvolvido,apesar da simplicidade.O elenco é bem competente,em especial,é claro,Al Pacino que não deixa transparecer nenhuma falha de atuação em seu personagem.
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O Menu
3.6 1,0K Assista AgoraUm filme com potencial desperdiçado!
De positivo só a atuação do Ralph Fiennes. Os outros personagens são todos mal desenvolvidos. Mas o pior nem é isso.
É absurdo como os personagens se entregam passivamente a morte. Como que ninguém lá surta e da uma cadeirada ou mete um socão no chef? E o elemento humano do imprevisível em um sequestro é inexistente, como que eles não encontram nenhuma brecha para fugir? Custava pegar um garfo ou faca dento da manga e depois apunhalar os "caçadores" na hora da fuga?
Ok, é uma sátira. Mas do que exatamente? do vazio da vida burguesa? da insatisfação dos ricos? nada disso sustenta a preguiça do roteiro!
The Menu não funciona nem como comédia, nem como terror, nem como suspense. Enfim, decepção!
Batman & Robin
2.3 992 Assista AgoraEsse é o pior filme de todos os tempos. É tão ruim que chega a ser artístico!
A Bela da Tarde
4.1 340 Assista AgoraAo contrário da geral aqui, eu não acho que o filme seja sobre a liberdade sexual feminina. Interpretei como um comentário sobre a impossibilidade de amor e desejo andarem lado a lado. Séverine amava tanto o marido ("mais que um prazer", como ela mesma diz, se bem me recordo), que não consegua se satisfazer sexualmente com ele. A a prostituição da personagem é simbólica, ela queria encontrar um tipo de gozo que não envolvia paixão, e a profissão deixa bem claro isso.
A Autópsia
3.3 1,0K Assista AgoraVocês assistiram o mesmo filme que eu ou isso tudo é uma brincadeira sem graça? Não tem nada que funcione aqui,o suspense não leva a nada, os personagens não significam nada e não há sequer uma cena assustadora. Poucas vezes na minha vida tive a sensação de perda de tempo que este título me proporcionou.
A Babá
3.1 960 Assista AgoraA Babá é um daqueles filmes quem acertam naquilo que é tão raro no cinema: fazer um combo entre a comédia e o terror sem cair na mediocridade. Quando digo isso é porque quero ressaltar o quão difícil é essa tarefa. Nesse mesmo ano tivemos o privilégio de acompanhar prestigiado “Get Out” que também foi espetacularmente eficiente ao combinar comédia e terror. Mas, diferente do longa de Jordan Peele, este aqui é pouco preocupado com críticas sociais ou uma reflexão profunda.Despretensioso, o único objetivo do longa é nos divertir ao nos lembrar o quão idiota os filmes de terror podem ser.
Em Ritmo de Fuga
4.0 1,9K Assista AgoraFazer filme de ação não é uma tarefa fácil,são tantas produções clichês em ritmos acelerados que o gênero é rapidamente associado como uma coisa tediosa na mente dos cinéfilos mais exigentes. As comédia de ação também não escapam do mau humor dos críticos, pois essa é uma categoria que comumente rende muito lucro e pouco conteúdo para os que primam pela excelência artista acima de piadas baratas que pouco ou nada tem a oferecer de profundo.
Mas eis que existe um homem chamado Edgar Wright. O talentoso cineasta britânico pode fazer uma série de cenas atípicas, que até podem serem vistas como bizarras por nós, (latino)americanos, afinal o humor britânico é conhecido por sua excentricidade.O que não se pode negar é o talento de Wright em criar cenas completamente imprevisíveis, uma genialidade criativa que constantemente brinca com o espectador em detalhes tão sutis,mas capazes de elevar a obra em um status peculiar e incomparável. E quando digo sutis é porque são tantos que eu mesmo não consigo elencá-los aqui.
Assumindo um tom um pouco mais sério que o de seus filmes mais conhecidos (Shaun of the Dead,Hot Fuzz,Scott Pilgrim ), Wright faz de Baby Driver um deleite incrível, que o coloca como um dos mais divertidos filmes de ação dos últimos anos. O elenco, formado pelos consagrados Kevin Spacey,Jamie Foxx , Jon Hamm (Mad Men) e o novato Ansel Elgot, garante uma química de diálogos impagáveis. E o que dizer então da trilha sonora, que vai de The Beach Boys até Queen? priorizando o que há de mais frenético no rock setentista, a sequência de cenas envolvendo música e perseguição de carros é um dos grandes triunfos do longa.
O mercado dos filmes de ação precisa de mais produções de qualidade como a desse filme. Ainda bem que existe um Edgar Wright para nos salvar da mediocridade que tanto persegue hollywood.
Corra!
4.2 3,6K Assista AgoraO terror é um gênero que dificilmente se sobressai no cinema, ao menos aos olhos da crítica. O prestígio é ainda menor quando se fala em “comédias de horror”, pois foram poucas as produções que conseguiram êxito na experiência de brincar com aquilo que deveria assustar. O filme Get Out triunfa virtuosamente em ambas as vertentes: funciona tanto como um suspense cabuloso quanto uma película de humor negro.
O plot criado pelo comediante Jordan Peele se desenvolve sobre a visita de um fotógrafo negro, Chris, à família de sua namorada, que é branca. Chris sente-se progressivamente desconfortável com os claros traços de racismo que surgem naquela bizarra família e nos igualmente esquisitos amigos que a acompanham. Há quem diga que o racismo não existe, nem aqui e nem nos EUA, mas a intenção do filme é provar o contrário. E é eficaz nesse aspecto, pois o protagonista se vê objetificado em várias situações, mesmo que os brancos insistem em fingir que nada de anormal está acontecendo.
A questão racial no entanto não se estende a ponto de tornar-se dramática, e não é o único elemento a ser lembrado no término da projeção. A trama funciona também pelos momentos de tensão e mistério que são conduzidos de maneira suave, evitando o clichê da superexposição de sustos grátis, como é de praxe no gênero. O alívio cômico deve ser creditado especialmente para o ator Lil Rel Howery, que interpreta o melhor amigo de Chris, o segurança Rod. A brincadeira do personagem é que ele é o único que consegue rir do absurdo da situação – sim, pois qualquer lenda urbana ou evento que soe horripilante tem um fundo risível, ainda mais quando se trata de
“escravos sexuais sob hipnose”.
Com um elenco competente e uma direção admirável, Get Out se tornará um filme cult, equivalente a títulos como O Segredo da Cabana, Gremlins e Evil Dead, mesmo que (preciso dizer) ele seja até superior a estes. Despretensioso, o longa serve pra comprovar que até os filmes B conseguem ser produzidos com qualidade, e até mesmo críticas sociais.
Crash: No Limite
3.9 1,2KQuando O Segredo de Brokeback Mountain perdeu o Oscar de melhor filme em 2006, muitos acusaram a academia de homofobia. Isso porque o filme de Ang Lee tinha uma aprovação global da crítica muito superior ao vencedor daquele ano: Crash — No Limite.
Até hoje o longa que ganhou a estatueta é alvo de ódio, sendo a aparente injustiça a única razão para que o filme não tenha sido completamente esquecido. É uma pena que isso tenha acontecido, pois, — não vou comparar as duas obras — Crash é sim um excelente filme.
Dirigido pelo desconhecido roteirista de Menina de Ouro, Paul Haggis, a trama se desenvolve em múltiplas narrativas com personagens que apresentam uma única coisa em comum: o preconceito. O preconceito aparece aqui entre pobres, ricos, negros, brancos, persas, latinos, e a lição que fica é que a descriminação não tem fim.
O filme consegue transmitir muito bem a ambivalência de bondade/maldade presente no ser humano, especialmente na cena em que o Sarg. John Ryan, um policial racista, salva a vida uma mulher negra apenas algumas horas depois de tê-la humilhado. A cena desafia o senso do espectador que ridiculamente pensa ué, mas o cara não era mal? (ao menos aconteceu comigo), ao projetar um rótulo de preto ou branco ao personagem, o que é comum não só na ficção como também no nosso cotidiano. Afinal, estamos sempre estigmatizando as pessoas em nossa cegueira emocional como boas ou ruins, prestativas ou inúteis, belas ou feias, quando na verdade elas são muito mais que uma única faceta.
Em outra cena antológica, Ryan tem seu caráter criticado pelo jovem colega de profissão, Tom, que se recusa a trabalhar como parceiro de um racista. O sargento responde:
- Espere só e veja o que alguns anos podem fazer com você.
De fato, a profecia de Ryan não tarda a se concretizar, em uma triste ação de Tom que revela o racismo oculto não só nele mas em qualquer um que esteja assistindo o filme.
A impressão que tive ao término da projeção foi de ter vergonha por ser branco e ter uma vida fácil, mas pensando com mais clareza logo percebi que minha interpretação era equivocada por ser seletiva. Pois, na trama encontra-se sofrimento em todas as esferas sociais, independentemente de cor, gênero ou etnia.
E essa é a moral pessimista de Crash :somos todos preconceituosos. Não sei se por condicionamento social, ou por psicologia evolutiva, mas fato é de que ninguém escapa de traços racistas, violentos e fóbicos. Não há crença, vontade ou militância política que nos impeça de julgar um livro pela capa.
Nenhuma catarse proporcionada por uma obra de arte é permanente, e eu realmente queria que um filme fosse capaz de me fazer uma pessoa melhor e livre de julgamentos precipitados, mas isso só aconteceria se eu não fosse humano. Desde já lamento os erros que ainda vou cometer, e, pegando carona no título do filme, das pessoas que ainda vou colidir.
O Mundo de Andy
3.9 357If you believed they put a man on the moon, man on the moon.
If you believe there's nothing up my sleeve, then nothing is cool.
Ted
3.1 3,4K Assista AgoraSó risadas de nariz.
Inverno de Sangue em Veneza
3.7 208Não achei cansativo,só achei parado,o que são coisas diferentes.Não entendi qual é o objetivo do longa,ele tem um roteiro muito arrastado e resulta em um desfecho absurdo.Muitos destacam uma atmosfera assustadora e um suspense psicológico,mas eu não consegui me conectar com nada.
Lunar
3.8 686 Assista AgoraA ideia do longa poderia sustentar um belo filme,se fosse bem conduzida.Não era necessário entregar aquilo que deveria ser um mistério,de maneira tão mastigada.Quando o segredo é revelado,o filme morre,a partir daí não acontece nada de memorável
até a chegada de Sam ao nosso planeta.
O filho do David Bowie fez um excelente trabalho como diretor e a atuação de Sam Rockwell é respeitável,mas nenhum dos méritos consegue apagar o erro que foi a coordenação da trama.
O Ditador
3.2 1,8K Assista AgoraFilmes pastelão,geralmente,arrancam algumas risadas e com O Ditador não foi diferente,exceto que foram muitas risadas.Logo na cena de abertura,
a "homenagem" a Kim Jong-Il
O Operário
4.0 1,3K Assista AgoraO bem intencionado,mas não tão bem realizado,The Machinist tenta entrar na lista de filmes com temática paranoica sem muito esforço,o resultado disso foi um filme divertido e envolvente,mas dirigido de maneira um tanto equivocada.
Tenho que reconhecer que Christian Bale se entregou de corpo e alma ao papel,dando vida a um excelente personagem,que infelizmente carrega o filme inteiro nas costas - o que pode até ser perdoado.O roteiro tem um desenvolvimento interessante,mas o desfecho da trama foi muito vago.
Trevor matou e se esqueceu,do nada? Apenas um comentário rápido,como culpar a consciência e a insônia,já melhorariam esse final,mas nem isso aconteceu.
É uma pena que eu já(praticamente) sabia como seria o final,devido a uma dica muito forte de um amigo meu.Isso,certamente,deve ter influenciado muito na analise do filme,
embora não seja muito difícil prever quem era Ivan
Scarface
4.4 1,8K Assista AgoraScarface é um dos poucos filmes que conseguem misturar ação e drama,sem perder qualidade.Mesmo com um tema que já foi tão explorado,o roteiro é muito bem desenvolvido,apesar da simplicidade.O elenco é bem competente,em especial,é claro,Al Pacino que não deixa transparecer nenhuma falha de atuação em seu personagem.