Um tédio. Tem momentos constrangedores. Se passa na Grécia, portanto todo mundo se chama "Leonidas" e "Penelope". Só faltou um Aquiles. Joseph Gordon-Levitt mesmo bêbado, ferido e sofrendo por quase ter morrido, ainda sai de casa com uma camisa de listras azuis e brancas. Direção em ponto morto. Previsível a partir de 5 minutos. Mas Shailene Woodley é sempre uma boa atriz.
O elenco está ótimo, convincente e claramente dedicado ao filme, a ponto de parecer relaxado - no melhor sentido. Mas o que que tem de tão interessante ou edificante nessa história? Precisava ser lançado no cinema? Se a vontade de realizá-lo era tão grande, poderia ser lançado como um telefilme de prestígio em algum grande canal a cabo para ganhar vários Emmys. O roteiro é muito esfregado na nossa cara também, a ponto de distrair.
Feio, mal enquadrado, encenações quase amadoras. Tem um senso de nobreza irritante. O elenco tira leite de pedra, acho até glamouroso demais. Mais um filme ruim e desonesto desse diretor.
No fim das contas, a única pessoa certa era o pai do menino que queria que ele fosse pra universidade. E estava coberto de razão. E também qual o sentido de traficar heroína se bastava pedir dinheiro pra ele, que é milionário? Não simpatizei com ninguém, um bando de gente burra com excesso de autoconfiança. Começou interessante mas foi ladeira abaixo.
Se você está desesperado atrás desse filme (como eu fiquei), e não conseguir assistir, saiba que ele é basicamente a primeira metade de "Sorelle Mai", apenas com algumas inserções de cenas de "De Punhos Cerrados" e outros pequenos fragmentos de filmes anteriores do Bellocchio. Há pequenas alterações na edição e no ritmo, mas enfim, nada que valha algum desespero.
O filme estava indo bem, me fazendo superar a falta de alguns elementos que eu queria ver. Mas depois das belas sequências após a ótima e oportuna explosão da Mariana Lima, o encontro à mesa me pareceu tão gratuito, tão classe média alta esclarecida... E o final... Que frustrante! A Bia pareceu apenas um problema superado. Eu já estava a encarando como uma representação de um certo mal-estar latente no meio da família perfeita, só que para nós, o público, ela era uma pessoa. A história tinha que ter acabado assim que ela sai de casa. Uma pena.
Descobri esse filme pesquisando a pequena filmografia da Stella Adler, a influente professora de interpretação que teve Marlon Brando como seu mais famoso pupilo. Além da chance de poder vê-la atuando, me chamou a atenção um filme da Warner sem estrelas; a Lilli Palmer eu conhecia mais pelos europuddings dos anos 60. Recentemente também, por acaso, eu assisti ao documentário do Ken Burns sobre a relação dos EUA com o holocausto, com um longo panorama do histórico de migração no país, suas tendências antissemitas e racistas, um paradoxo interessante num lugar fundado por imigrantes. A trama desse filmezinho se passa em 1905, segundo li antes de uma série de restrições à imigração que não foi abrandada nem durante a Segunda Guerra e de uma maneira ou outra, continua hoje. Ele foi lançado, imagino, para estimular um acolhimento aos refugiados do pós-guerra. No tema da tolerância, Elia Kazan, do círculo da sra. Adler, lançou A Luz é para Todos, mais pedagógico ainda e com muito mais fanfarra, um ano antes. O imigrante é apenas alguém aspirando por normalidade e, como sempre, não há lugar melhor para prosperar do que a América. Mas há um ar de dever que não deixa o estrangeiro esquecer que é estrangeiro: ele pode aconselhar o presidente, mas nunca será um. Talvez seus filhos. É preciso aceitar a assimilação. Há algumas pinceladas sobre uma certa angústia a esse respeito, na figura dos vizinhos cantores. É bonito ver o senso de comunidade entre os personagens, todos com os mesmos sonhos em diferentes estágios de realização. Há os que exploram o azar alheio também, mas isso não é a norma num país tão justo, do ponto de vista do filme. As normas que existem são corretas porque é isso o que garante a felicidade reinante no país: cumpri-las, como tentam Tisa e seu patrão, é o trabalho necessário para conquistar a cidadania. O elenco traz alemães, judeus, eslavos, etc, Akim Tamiroff, o eterno estrangeiro simpático. Hollywood e a Broadway viraram colossos pelo trabalho de refugiados. O clima de novela das 6 facilita gostar desse filme, com o humor meio proletário que o Brasil também importou. O final implausível dá um ar de fantasia que até funciona. Como curiosidade histórica valeu a pena assistir também. Agradeço ao abnegado que postou essa raridade numa cópia precária mas funcional no youtube.
A primeira parte é quase um desastre. Edição picotada, trilha invasiva, uma romaria de personagens e citações vazias. O diretor parece ansioso pra que ela avance logo. E impossível não notar algumas réplicas de Terrence Malick. Florence Pugh, afetada como sempre, tem uma personagem sofrível porque é rasa (e preciso dizer que aquela agora famosa cena de sexo é patética). A segunda das três mulheres do filme, Emily Blunt, encarna outra personagem desperdiçada. C. Nolan precisa de outros roteiristas para parar de usar recursos tão fáceis. DR com personagens pelados, pra mostrar vulnerabilidade? O amigo falando "você é genial demais para ser um pai presente"? Coadjuvantes literalmente entrevistados sobre suas opiniões sobre o herói? Até o momento do "recolha os lençóis" perde o impacto depois de ser explicado 10 vezes. A segunda parte, "a da bomba", é um deslumbre, e o motivo: é o que o diretor gosta e sabe fazer. C. Murphy está excelente e inclusive conserta certos problemas. A terceira parte é o triunfalismo básico pra tentar terminar o filme de maneira "oscarizável" (pode ser simplório da minha parte dizer isso, mas enfim). Achei aguada e estruturada de um modo até desleal com o espectador. E cacifa algo que me irritou muito: a teimosia em mostrar Oppenheimer em um sujeito dúbio moralmente, o que o deixa apagado. Seria possível sim colocá-lo como uma figura histórica importante abalada por suas decisões, e mesmo assim vaidosa e sem remorso. O personagem ficaria mais rico. Fico contente com a repercussão positiva do filme, porque diretores que se tornam grifes sempre conseguem contar histórias ambiciosas, caras e originais que estúdios não financiariam sem sua presença.
Gostei do filme! Recomendo. Um bom entretenimento. Envolvente, imprevisível, a ambientação é ótima e o elenco também. Preciso dizer que os bebês que interpretaram o Harry são adoráveis, mereciam uns oscarzinhos em miniatura.
Tem aquela presunção desagradável de ser "o filme definitivo" sobre algum tema; aqui, a depressão. Muito mal dirigido. E esse Zen McGrath não está nada bem no papel do filho.
O John Sayles como diretor é confiável e inesperado ao mesmo tempo. Fiquei com vontade de saber o futuro dos dois ótimos personagens - muito bem concebidos e interpretados.
The Last Showgirl
3.1 32 Assista AgoraElenco carismático, direção frustrante, roteiro fraco e também frustrante.
Calor Mortífero
2.7 53Um tédio. Tem momentos constrangedores. Se passa na Grécia, portanto todo mundo se chama "Leonidas" e "Penelope". Só faltou um Aquiles. Joseph Gordon-Levitt mesmo bêbado, ferido e sofrendo por quase ter morrido, ainda sai de casa com uma camisa de listras azuis e brancas. Direção em ponto morto. Previsível a partir de 5 minutos. Mas Shailene Woodley é sempre uma boa atriz.
Saturday Night: A Noite Que Mudou a Comédia
3.3 25O elenco está ótimo, convincente e claramente dedicado ao filme, a ponto de parecer relaxado - no melhor sentido. Mas o que que tem de tão interessante ou edificante nessa história? Precisava ser lançado no cinema? Se a vontade de realizá-lo era tão grande, poderia ser lançado como um telefilme de prestígio em algum grande canal a cabo para ganhar vários Emmys. O roteiro é muito esfregado na nossa cara também, a ponto de distrair.
Viveremos Outra Vez
4.1 1Paul Henreid e Ida Lupino está ótimos juntos. E com personagens muito simpáticos.
Memory
3.4 16Feio, mal enquadrado, encenações quase amadoras. Tem um senso de nobreza irritante. O elenco tira leite de pedra, acho até glamouroso demais. Mais um filme ruim e desonesto desse diretor.
Finestkind
2.8 29No fim das contas, a única pessoa certa era o pai do menino que queria que ele fosse pra universidade. E estava coberto de razão. E também qual o sentido de traficar heroína se bastava pedir dinheiro pra ele, que é milionário? Não simpatizei com ninguém, um bando de gente burra com excesso de autoconfiança. Começou interessante mas foi ladeira abaixo.
Irmãs
3.9 2Se você está desesperado atrás desse filme (como eu fiquei), e não conseguir assistir, saiba que ele é basicamente a primeira metade de "Sorelle Mai", apenas com algumas inserções de cenas de "De Punhos Cerrados" e outros pequenos fragmentos de filmes anteriores do Bellocchio. Há pequenas alterações na edição e no ritmo, mas enfim, nada que valha algum desespero.
Ela e Eu
3.6 19O filme estava indo bem, me fazendo superar a falta de alguns elementos que eu queria ver. Mas depois das belas sequências após a ótima e oportuna explosão da Mariana Lima, o encontro à mesa me pareceu tão gratuito, tão classe média alta esclarecida... E o final... Que frustrante! A Bia pareceu apenas um problema superado. Eu já estava a encarando como uma representação de um certo mal-estar latente no meio da família perfeita, só que para nós, o público, ela era uma pessoa. A história tinha que ter acabado assim que ela sai de casa. Uma pena.
Anos de Inocência
1Descobri esse filme pesquisando a pequena filmografia da Stella Adler, a influente professora de interpretação que teve Marlon Brando como seu mais famoso pupilo.
Além da chance de poder vê-la atuando, me chamou a atenção um filme da Warner sem estrelas; a Lilli Palmer eu conhecia mais pelos europuddings dos anos 60.
Recentemente também, por acaso, eu assisti ao documentário do Ken Burns sobre a relação dos EUA com o holocausto, com um longo panorama do histórico de migração no país, suas tendências antissemitas e racistas, um paradoxo interessante num lugar fundado por imigrantes.
A trama desse filmezinho se passa em 1905, segundo li antes de uma série de restrições à imigração que não foi abrandada nem durante a Segunda Guerra e de uma maneira ou outra, continua hoje. Ele foi lançado, imagino, para estimular um acolhimento aos refugiados do pós-guerra. No tema da tolerância, Elia Kazan, do círculo da sra. Adler, lançou A Luz é para Todos, mais pedagógico ainda e com muito mais fanfarra, um ano antes.
O imigrante é apenas alguém aspirando por normalidade e, como sempre, não há lugar melhor para prosperar do que a América. Mas há um ar de dever que não deixa o estrangeiro esquecer que é estrangeiro: ele pode aconselhar o presidente, mas nunca será um. Talvez seus filhos. É preciso aceitar a assimilação. Há algumas pinceladas sobre uma certa angústia a esse respeito, na figura dos vizinhos cantores.
É bonito ver o senso de comunidade entre os personagens, todos com os mesmos sonhos em diferentes estágios de realização. Há os que exploram o azar alheio também, mas isso não é a norma num país tão justo, do ponto de vista do filme. As normas que existem são corretas porque é isso o que garante a felicidade reinante no país: cumpri-las, como tentam Tisa e seu patrão, é o trabalho necessário para conquistar a cidadania.
O elenco traz alemães, judeus, eslavos, etc, Akim Tamiroff, o eterno estrangeiro simpático. Hollywood e a Broadway viraram colossos pelo trabalho de refugiados.
O clima de novela das 6 facilita gostar desse filme, com o humor meio proletário que o Brasil também importou. O final implausível dá um ar de fantasia que até funciona. Como curiosidade histórica valeu a pena assistir também.
Agradeço ao abnegado que postou essa raridade numa cópia precária mas funcional no youtube.
Oppenheimer
4.0 1,1KA primeira parte é quase um desastre. Edição picotada, trilha invasiva, uma romaria de personagens e citações vazias. O diretor parece ansioso pra que ela avance logo. E impossível não notar algumas réplicas de Terrence Malick. Florence Pugh, afetada como sempre, tem uma personagem sofrível porque é rasa (e preciso dizer que aquela agora famosa cena de sexo é patética). A segunda das três mulheres do filme, Emily Blunt, encarna outra personagem desperdiçada.
C. Nolan precisa de outros roteiristas para parar de usar recursos tão fáceis. DR com personagens pelados, pra mostrar vulnerabilidade? O amigo falando "você é genial demais para ser um pai presente"? Coadjuvantes literalmente entrevistados sobre suas opiniões sobre o herói? Até o momento do "recolha os lençóis" perde o impacto depois de ser explicado 10 vezes.
A segunda parte, "a da bomba", é um deslumbre, e o motivo: é o que o diretor gosta e sabe fazer. C. Murphy está excelente e inclusive conserta certos problemas.
A terceira parte é o triunfalismo básico pra tentar terminar o filme de maneira "oscarizável" (pode ser simplório da minha parte dizer isso, mas enfim). Achei aguada e estruturada de um modo até desleal com o espectador. E cacifa algo que me irritou muito: a teimosia em mostrar Oppenheimer em um sujeito dúbio moralmente, o que o deixa apagado. Seria possível sim colocá-lo como uma figura histórica importante abalada por suas decisões, e mesmo assim vaidosa e sem remorso. O personagem ficaria mais rico.
Fico contente com a repercussão positiva do filme, porque diretores que se tornam grifes sempre conseguem contar histórias ambiciosas, caras e originais que estúdios não financiariam sem sua presença.
Do Outro Lado da Ponte
2.9 1Parece aquele episódio dos Simpsons em que eles vão pro Japão. O texto professoral é irritante. Trata o público como criança. Teatro filmado monótono.
Sou Sua Mulher
3.2 60Gostei do filme! Recomendo. Um bom entretenimento. Envolvente, imprevisível, a ambientação é ótima e o elenco também. Preciso dizer que os bebês que interpretaram o Harry são adoráveis, mereciam uns oscarzinhos em miniatura.
Um Filho
3.3 80Tem aquela presunção desagradável de ser "o filme definitivo" sobre algum tema; aqui, a depressão. Muito mal dirigido. E esse Zen McGrath não está nada bem no papel do filho.
Saint Omer
3.7 18 Assista AgoraSublime.
Mirador
3.4 5 Assista AgoraFiquei comovido com a atuação do Edilson Silva.
Bardo, Falsa Crônica de Algumas Verdades
3.3 83Tem gente que não pode receber reforço positivo.
Tár
3.7 419 Assista AgoraLydia Tár queria controlar o tempo, mas infelizmente pra ela, ele passa
Um Romance Maluco
3.1 5O John Sayles como diretor é confiável e inesperado ao mesmo tempo. Fiquei com vontade de saber o futuro dos dois ótimos personagens - muito bem concebidos e interpretados.
Nem Só os Pombos Arrulham
4.0 2William Powell no auge do auge. Sensacional
Antes do Amanhecer
3.3 5Vincent Rottiers merecia uns prêmios, hein
Fourteen
3.3 9 Assista AgoraFacilmente, o melhor filme do diretor.
City Hall
4.1 2O mundo caminha e o Frederick Wiseman acompanha.
Uma Mulher Descasada
3.8 19Um filme de sua época. Jill Clayburgh merecia muito o Oscar naquele ano.
Paul Sanchez Está de Volta!
3.8 2Impressionante